Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
2010, Revista USP
…
4 pages
1 file
Em Tempo de Histórias, 2020
O presente artigo, a partir da perspectiva metodológica do cinema comparado, reúne e analisa as relações entre pais, filhos e Segunda Guerra Mundial, representadas em dois diferentes filmes produzidos na Alemanha Oriental, em 1968 e 1971. Die Russen Kommen e Karriere possuem enquanto principal escopo o imediato pós guerra na Alemanha. Nas duas obras, enfatizamos passagens nas quais evidenciam-se o tensionamento geracional e familiar a respeito do passado. Esta abordagem possibilitou perceber a relação dos filmes com seu contexto específico de produção e, concomitantemente, a compreensão parcial da forma como o passado, colaboração ao regime nazista e relações familiares foram interpretadas pelo cinema da Alemanha Oriental.
Revista Opinião Filosófica, 2020
O presente artigo tem como ponto de partida a investigação de como um sistema cosmológico específico pode determinar um sistema ético e moral específico. Demonstraremos isso através de uma análise da crítica do filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600) ao descobrimento da América em seu livro De Triplice Immenso et Mensura (1591). Bruno insere o problema da descoberta da América como uma descoberta semelhante aos novos feitos celestes de sua época, nos quais a visão apocalíptica da América poderia ser julgada como resultado de uma falsa cosmologia e antropologia, uma errônea concepção das relações humanas com a divindade. Na primeira parte apresentaremos o efeito nefasto decorrente de um princípio errado, ou seja, a conquista da América sob dois pontos centrais. Primeiro, como Cristovão Colombo inseriu a descoberta da América no esquema apocalíptico do final dos tempos. Segundo, apresentaremos alguns pontos que foram o cerne do debate na Europa do século XVI sobre se os povos ind...
Revista Hospitalidade, 2009
I. UMA CLÍNICA PSIQUIÁTRICA DO FUTURO Olhemos para um mundo possível que ainda não é o nosso. Este é um anúncio de uma empresa de saúde que será publicado nos jornais do futuro: «Somos uma empresa especializada na indução de estados mentais. Disponibilizamos técnicas de substituição do humor, de apagamento de memórias dolorosas, de reconstrução da identidade pessoal, de reforço das capacidades cognitivas. Para os casos mais difíceis, propomos técnicas de expressão dos genes do cérebro como forma de terapia dos distúrbios de desenvolvimento cerebral (anencefalias, microcefalias] e de degenerescência dos tecidos. Para danos na massa encefálica, recorra aos nossos bancos de lobos e hemisférios cerebrais prontos a serem programados. Não fique refém da sua mente natural! Viva feliz com a mente que desejar ter!» Conhecendo-se o mundo da publicidade, este anúncio terá imagens de pessoas bonitas, jovens e saudáveis. O que nos impede de realizar este futuro? Mais, por que razão não vivemos já num mundo que tenha empresas como esta? Uma resposta a estas questões é de natureza técnica e ética. Ainda não temos tecnologia médica para realizar o que consta no anúncio. Além disso, tememos com prudência um mundo que altere tão facilmente os estados mentais, mesmos os estados mentais que causam desconforto e dor. Sublinhe-se, contudo, que nenhuma destas dificuldades deriva de uma violação das leis da natureza. Porquê? Atentemos a cada um dos conceitos que constam da publicidade. É esta a lista: Não temos grandes certezas sobre a mente anómala, nem sobre a mente normal. Qualquer livro de Filosofia da Mente dá-nos uma colecção tão vasta de problemas que rapidamente ficamos embaraçados com a nossa ignorância sobre assuntos da nossa intimidade. Apesar de sabermos pouco, sabemos pelo menos isto. Batendo à porta do vizinho do lado da mente, alteramos a mente. O vizinho do lado é o cérebro. Qualquer alteração na fisiologia manifesta-se na fenomenologia. Com a certeza de que podemos Q Hospitalidade l 37
Ensaio de um opúsculo de Richard Rorty em discussão ainda com o papa Bento XVI sobre o papel da ética, se controlando de um ponto de vista único a ação humano ou se pluralista e pragmática.
A difícil questão da existência do vazio na natureza ganhou um novo impulso a partir do século XVII em decorrência da divulgação do ensaio barométrico de Torricelli na França. Inspirando-se nesse experimento, Blaise Pascal (1623-1662) realizou suas próprias experiências que foram oferecidas ao público em um opúsculo intitulado Expériences nouvelles touchant le vide (1647). Essas "novas experiências", entretanto, provocaram uma calorosa controvérsia entre Pascal e o jesuíta Étienne Noel (1581-1659). Tão logo o opúsculo de Pascal foi publicado, Noël enviou-lhe duas cartas e publicou um pequeno escrito intitulado Le plein du vide. Nessas duas cartas e no referido escrito, o jesuíta replicou as conclusões admitidas por Pascal e defendeu a idéia de que a natureza era plena. Esta comunicação procura mostrar que essas duas posturas distintas, adotadas por Noël e Pascal, estão relacionadas a duas concepções teóricas divergentes, implicadas em duas noções diferentes de experiência.
Estudos Espinosanos - Depto Filosofia/USP, 2011
No artigo “A única tradição materialista”, Althusser (2,4,5) apresenta alguns fundamentos de sua teoria da materialidade da ideologia referenciados explicitamente em Pascal: 1) o pró-ao-contra e a condição material da verdade (que pode tomá-la por contrária sem contraditório); 2) a intuição [sic] do vácuo como assunto filosófico (postulação capaz de negar o substrato para a matéria). Caracteriza a produção ideológica como um trabalho humano capaz de incorporar as contradições de classe e impregnar diretamente os aparatos ideológicos e postula a necessidade da formulação de uma doutrina dogmática, para combater numa arena de dogmáticos. Apresenta-se aqui uma das ferramentas centrais de tal teoria: o aparato dos corpos – que também tributa a Pascal – efetivamente uma forma de expressar a materialidade da ideologia.
A crise ambiental com a qual nos temos vindo a deparar e que apresenta um crescimento exponencial não será resolvida, nem o seu espectro de acção diminuído, se não começarmos a equacionar a realidade de um modo diferente (Varner, 2004). No fundo, a desconsideração para com a natureza reflecte-se numa atitude negativa sobre o ser humano, como escreve Menéres (2002) no seu artigo Ética e Ambiente: “se nos considerarmos donos da natureza haverá uma catástrofe ecológica”. Foi através da percepção do degradar da natureza, com origem na acção humana, que o ser humano reflectiu sobre o seu modo de conviver com a natureza, ou seja, sobre a dimensão moral desta convivência (Neves, 1997). O ser humano é o único ser que se reconhece como um ser moral, capaz de agir moralmente em função da liberdade e da responsabilidade que descobre em si mesmo.
2005
O título deste artigo vem do livro do filósofo espanhol José Antonio Marina, que não me sai da cabeça a cada caminhada, a cada viagem ou a cada contato com as pessoas pelo mundo afora, quando observo mais atentamente os seus comportamentos. Nós, profissionais da educação, temos uma quase mania de sempre buscar um link, como se diz hoje em dia, entre as cenas do cotidiano com alguma possível prática e/ou teoria educacional. Espero também, ao longo deste texto, poder apresentar esses links de forma mais explicita.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.
Coletânea Formação Sociocultural e Ética, 2019
História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 2010
Revista De Antropologia, 59(2), 109-130., 2016
Interaccoes, 2012
Filosofia e Educação
Revista da ESPM, v.17, n.4, jul-ago, 2010