Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
Meus olhos acabam de abrir-se para esses mistérios da áfrica eterna; em minha ânsia de saber, tive, mais de uma vez, de sacrificar minhas pequenas pretensão de intelectual engravatado diante dos silêncio das tradições, sempre que minhas perguntas-por demasiado impertinentes-insistiam em levantar os véus de um mistérios" (Djbril Niane, Sundjata Keita ou epopéia Mandinga)
Revista do GEL, 2017
Resumo: Considerando que na afasia o quadro sintomático de linguagem é marcado pela "insistência/persistência de uma diferença" (LIER-DE VITTO, 2006, p. 186, grifo da autora), este trabalho tem como objetivo compreender aspectos do percurso de reconstituição da escrita de um sujeito em estado de afasia, cuja linguagem foi gravemente perturbada. Diante desse propósito, constituímos um corpus de análise formado por seis textos escritos pelo sujeito em diferentes momentos de sua recuperação.
Anuário de Literatura, 2023
The approach to the relationship between writing and orality in several academic studies on Portuguese-speaking African literature produced in the country showed us the constancy of some conceptual notions that, it seems to us, articulate this relationship by reiterating a disjunctive perspective. These studies focus on ideas and conceptual notions that reiterate the hierarchy of different ways of representing, still anchored in dichotomies such as writing and orality, traditional and modern, rationality and animism, realism and antifigurativeness, etc. In doing so, they circumscribe the production and reception of African literary writings within a framework that models and affirms their dependence on European literature, whether to confront it with the canonical discourse or to reiterate its foundations. With this, European literature continues to occupy a central place around which the writings produced in Portuguese-speaking African countries gravitate, since their production results from established ways of reading according to pre-established norms, which function as mechanisms of control that, when exhaustively repeated, produce and displace the terms through which these writings could, in fact, increase their visibility. As a result, this text reflects on some questions that involve the disjunctive approach to the terms of this relationship, highlighting that its study points to the need to revisit concepts such as orality, writing, tradition, modernity, among others, in order to try to advance the reflections that take place in this area of study.
2021
This proposal aims to bring together works about the subject “War Memories in African Literary Experiences/Experiments” and how collective trauma has been elaborated through writing. Evoking notions such as narrative, trajectories and memory, we believe it is possible to observe how the processes of recall and elaboration have been constructed through literary writing. What do these narratives mobilize from their collective landscapes? How do they tell narratives about the confrontations and the consequences of the civil war? How are the trajectories of these writers, their countries and their cultural repertoires outlined in these narratives? Finally, how are memories mobilized in their writings? What spaces of remembrance are mobilized in the assembly of their writings? The memory of trauma is a way to recover the understanding of the history and socio-anthropological conditions of each society in the fragility of individual tracks. In this dossier, we propose to bring together re...
2020
A revista Mulemba utiliza uma licença Creative Commons-Atribuição-Não Comercial 4.0 Internacional (CC-BY-NC).
Revista Africa e Africanidades, 2021
Islão, norte de Moçambique, escrita árabe, ajami. Pesquisadora analisa como o uso da escrita árabe entrou historicamente nesta região e como evoluiu para uma alfabetização africana antes do estabelecimento do domínio colonial moderno europeu no início do século XX. Aponta que a preeminência dos muçulmanos no comércio mundial e o envolvimento de Moçambique nesse comércio foram fundamentais para a expansão do Islã e a adoção do árabe como uma importante língua de comércio.
Matraga - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, 2019
Este artigo objetiva destacar a expressão grega existente na Literatura Africana, ao mesmo tempo que evidencia um posicionamento sobre os conteúdos literários por vezes segregados do âmbito da Literatura Africana por estarem atrelados a nomes comumente associados ao mundo helênico. Desse modo, propõe-se ultrapassar não apenas as concepções sobre o que define a Literatura Africana de expressão helênica para além da utilização da língua grega, na qual o conteúdo literário fora produzido. Também se busca evidenciar que os encontros ocorridos entre etnias, na África da Antiguidade, não deixam de ser demonstrados nessa literatura, como percebido no "romance grego". Assim, é possível apontar a troca entre essas culturas e como elas se tornaram próximas e, às vezes, extremamente inter-relacionadas. Contudo, as abordagens histórico-literárias deixam de transparecer essa imbricação ao rotulá-las como "gregas" ou seus autores como "gregos de". Diante de um complexo contexto, coloca-se a questão central para a reflexão: em que medida a literatura feita no chamado período Alexandrino/ Helenístico pode ser considerada ou rotulada apenas de "grega"? A partir dessa indagação, vamos retornar a Heródoto e a teóricos como Maria Regina Cândido e Susan Stephens para destrinchar o tema.
Diversidade: Diferentes, não Desiguais, 2019
Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br APRESENTAÇÃO Em pleno século XXI deveria ser natural vivenciar a diversidade, pois aceitá-la não é apenas conseguir lidar com gêneros, cores ou orientações sexuais distintas, mas principalmente respeitar ideias, culturas e histórias de vida diferentes da sua. A intolerância muitas vezes manifestada em virtude de uma generalização apressada ou imposta por uma sociedade, leva ao preconceito. E, esse preconceito leva as pessoas a fazerem juízo de valor sem conhecer ou dar oportunidade de relacionamento, privando-as de usufruir de um grande benefício: aprender e compartilhar ideias com pessoas diferentes. A partir da discussão de conceitos de cor, raça, gênero, que nada mais é do que um dispositivo cultural, constituído historicamente, que classifica e posiciona o mundo a partir da relação entre o que se entende como feminino e masculino, negro e branco, os autores deste livro nos convidam a pensar nas implicações que esse conceito tem na vida cotidiana e como os arranjos da diversidade podem muitas vezes restringir, excluir e criar desigualdade.
Via Atlântica, 2005
Amazônica - Revista de Antropologia
Se os textos escritos geralmente envolvem algum tipo de dimensão performativa, as performances orais também implicam a constituição de um texto. A antropologia linguística americana usa o termo “entextualização” para o processo pelo qual trechos de discurso falado são destacados de seu contexto imediato e tornados repetíveis e, assim, transmissíveis. Na poesia oral africana existem estratégias de entextualização que envolvem fazer do discurso algo objetivável: ao torná-lo foco de exegese ou ao apresentá-lo como citável, ressaltando assim a percepção de que essas palavras preexistiam ao seu momento presente de enunciação e depois deste poderiam continuar a existir. No entanto, os cânticos de louvor africanos são também altamente dinâmicos. O texto não é consolidado de modo a constituí-lo como monumento imutável. Em vez disso, a consolidação ocorre para que ele possa ser reativado em um novo contexto de enunciação, no qual tenha engajamento efetivo e força dialógica. Logo, pode-se obs...
Revista da Associação Brasileira de Pesquisador s Negr s - ABPN, 2020
Resumo: O acesso à escolarização formal na sociedade brasileira teve início com restrições a alguns grupos. Africanos, mesmo livres ou libertos, não poderiam adentrar nos espaços escolares. Eram proibidos por lei, assim como os que padeciam de moléstias contagiosas. Contudo, apreenderam os códigos de escrita e leitura. Foram além, utilizando essa ferramenta em suas visões de mundo, bem como em negociações, apropriações, ações e exigências. Nesse sentido, consideramos, como leitura possível, que as múltiplas experiências das escravidões no Brasil permitiram aos africanos e seus descentes construírem, a partir do domínio dos códigos de escrita e leitura, o letramento, utilizando esse saber na articulação entre política, memória e história. Utilizamos, nesta reflexão, dois documentos: carta escrita por libertos de Paty do Alferes (1889) e o documento de apreensão de um quilombola no Espirito Santo, com a posse de gramática (1861).
Resumo: São diversos estudos sobre oralidade e escrita que atribuíram à segunda condi-ção de superioridade à segunda. Nessa lógica, a escrita seria capaz de desenvolver habili-dades cognitivas mais abstratas que a oralidade. No caso do Brasil, a oralidade associada à cultura africana é apresentada nessa mesma lógica inferiorizante, refletindo tal processo na formação escolar. Torna-se imprescindível uma reflexão sobre a necessidade de valo-rização de culturas com fortes marcas da oralidade e a superação de um modelo curricular eurocêntrico. Palavras-chave: Oralidade e escrita. Hierarquização. Tradição oral africana. Griots. Abstract: There are several studies on orality and writing that attributed to the second condition of superiority to the second. In this logic, the writing would be able to develop more abstract cognitive abilities than orality. In Brazil, orality associated with African culture is presented in the same logic of inferiority, reflecting that process in school education. It is essential to reflect on the need to value cultures with strong brands of orality and overcoming a Eurocentric curriculum model. INTRODUÇÃO Costuma-se associar as culturas de matrizes orais ao primitivismo, como sendo a carac-terística que as diferenciaria dos povos " civilizados " ou " letrados ". Este artigo busca refletir sobre isso: em que medida as manifestações da língua em dimensão oral ou dimensão escrita podem ser classificadas como superiores ou inferiores? E mais: quais são os motivos que re-legaram historicamente a tradição oral africana presente no Brasil à condição de representante de saberes primitivos?
Revista Letras Raras, 2015
Cada literatura nacional africana tem suas características peculiares, o que as faz desenvolver-se de acordo com formas estéticas e linguísticas da região na qual ela é construída. Ressalte-se que as diferenças entre as literaturas africanas resultam não só das diferenças étnicas existentes entre as nações desse continente, mas sobretudo, devido às diferenças linguístico-culturais (LEITE, 2012). Essas diferenças são percebidas nos textos literários, uma vez que o autor desses textos traz a sua identidade cultural para sua obra. Isso nos faz lembrar das literaturas africanas de língua portuguesa, já que, conforme Leite (2012, p.34), essas literaturas “encontraram maneiras próprias de dialogar com as “tradições”, intertextualizando-as, obtusamente, no corpo linguístico”. Diante disso, temos como objetivo, no presente trabalho, fazermos algumas considerações sobre as literaturas africanas de língua portuguesa, tendo como foco principal as literaturas angolana e moçambicana. Para tanto,...
Revista Mulemba
O objetivo deste ensaio é esboçar um percurso de reflexão crítica em torno da relação entre escrita e oralidade nas Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, tomando como ponto de partida a obra de Mia Couto e procurando observá-la em contraponto com as propostas estéticas de outros autores destas mesmas literaturas. Procurar-se-á mostrar a pluralidade de entendimentos críticos e estéticos que marca a relação entre o dito e o escrito, as constelações conceituais que desta desembocam e os desdobramentos críticos que a tensão entre escrita e oralidade determina para o surgir de aparatos teóricos que podem indiciar novas pistas de leitura na área disciplinar das Literaturas Africanas.
2008
The theme of the relations between orality and writing can be found in most studies and programs dedicated to the issue of the school education of indigenous populations, but it has seldom been taken as the central problem in understanding the teaching-learning processes in the contexts where schools take part. In fact, authors that deal with this question emphasize almost exclusively writing, and tend to forget about orality. In this sense, associated to the need for a deeper theoretical discussion, one can observe the lack of analyses dedicated to comprehend the role and meaning of writing and orality among the various indigenous peoples. With the purpose of contributing to expand and advance the debate, this article seeks to discuss the theme based on an approach that allows us to move between the reading of specialized texts and reports that register interpretations by Mbya Guarani individuals. The testimonies collected and transcribed during seven years of research and living with the Mbya in different villages in the South and Southeast regions of the country allowed us to reconceptualize orality and writing as important aspects within a wider group of processes of production, acquisition and transmission of knowledge. From this viewpoint, education is conceived in a wide sense that cannot be reduced to schooling.
Signótica, 2014
As mArcAs dA AncestrAlidAde nA escritA de Autores contemporâneos dAs literAturAs AfricAnAs de línguA portuguesA JuremA oliveirA* resumo O presente trabalho propõe uma leitura crítica das marcas da ancestralidade nas narrativas africanas de língua portuguesa. O corpus escolhido para a análise compõe-se de
Agradeço às energias do universo que orientaram a minha vida até aqui. À Universidade Federal da Bahia e à Universidade Federal do Oeste da Bahia, por todas as oportunidades que me foram dadas, tanto acadêmicas quanto profissionais, indispensáveis para a realização deste trabalho. Ao Professor Valdemir Zamparoni, meu querido orientador, pela escuta atenta, pelos diálogos, pela indicação de referências, por acreditar na minha escrita, pelo incentivo e apoio constante em prol do meu crescimento acadêmico, profissional e pessoal. Ao querido coorientador Professor Jesiel Oliveira pelo companheirismo e acompanhamento da pesquisa nas discussões, indicação de leituras e orientação de escrita. Ao Professor Henrique Freitas, à Professora Fernanda Murad, ao Professor Ayoh'Omidire, membros da Banca Examinadora, pelas contribuições intelectuais e considerações significativas no encaminhamento desta pesquisa. A todos os professores do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, os quais possibilitaram que eu enxergasse novas perspectivas no meu estudo, portanto, a Lívio, Jamile, Osmundo e Patrícia. Aos meus colegas do curso, por compartilhar dos mesmos anseios, medos e realizações, através do laço de amizade que foi além da sala de aula: Hugo, Stéphanie, meus grandes amigos desde então; gratidão. Aos funcionários do Pós-Afro pela solicitude. Aos professores do DCH I do mestrado em Estudo de Linguagens e do DCHT XXIV do curso de Letras da Universidade do Estado da Bahia, que me incentivaram e contribuíram para que eu continuasse meu caminho acadêmico: João Rocha, A todos os meus colegas de graduação e, em particular, a Allisson, Scharlina, Silvana e Pollyana, que foram meus primeiros parceiros de pesquisa sobre a obra de Hampâté Bâ. A todos os meus colegas de mestrado. 7 À comunidade acadêmica do Centro Multidisciplinar do Campus de Barra da Univeridade Federal do Oeste da Bahia por todo o apoio que tornou possível a concretização deste trabalho; nunca me esquecerei das palavras de incentivo e ações de diretores, coordenadores, professores e terceirizados, em especial de Jaime, Jacy, João, Rafael, Cleuto, Luciano, Márcio, Terezinha, minha maior interlocutora na pesquisa e na vida e Stelamares, que me acolheu como uma filha quando eu estava morando em Salvador. Nunca me esquecerei de todos os estudantes que estiveram junto comigo através do Grupo de Estudos Fihxs de Frida e de todos os outros projetos que enfrentamos: Jamille, Deyse, Oscar, Evelyn; vocês foram e são a minha maior força na UFOB. Nunca me esquecerei também dos meus colegas técnicos e seu apoio, compreensão e carinnho sem medidas, vendo em mim uma colega local que seguiria um futuro possível a toda Edvaldo, Marluce, meu muito obrigada. Nunca me esquecerei da ajuda de Fernanda, Cristiane, Joanice e Kaenna por ter acolhido minha filha nos dias em que precisava viajar para assistir às aulas. À Claúdia, Victor, Marcos e Kaenna por terem me acompanhado nos momentos mais difíceis dessa jornada.
Vozes do Pluriverso, 2022
Capítulo de Livro. O livro na integra está disponivel para download no site da Editora Pimenta Cultural: https://www.pimentacultural.com/livro/vozes-pluriverso/
This article will constitute an analysis of the contentious relationship between the use of oral history in the record of African orality. Will highlight their function as a tool of resistance, indicating this interdependence, which marks some of their distances and approximations regarding the formation of a black identity. A proposal that will lead to difficulties indicated in this communication, and the importance of the various elements that constitute the orality. Will approach how to composed these affinities, and the reason there is this altercation between oral history and memory, both marking the identity construction of African peoples. Keywords: Orality. Memory. Africanities. Culture.
Loading Preview
Sorry, preview is currently unavailable. You can download the paper by clicking the button above.