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2010, Opinião Pública
Resumo: As abordagens culturalistas, baseadas nos fatores relacionados com a socialização, e institucionalistas, baseadas nos fatores relacionados à experiência com o sistema político, competem pela explicação dos fatores relacionados aos baixos níveis de confiança política na América Latina. Este artigo faz uma breve revisão das duas perspectivas, compara seus poderes preditivos para explicar a confiança política na região. A partir do Latinobarômetro 2005, aplicou-se a técnica do modelo hierárquico linear com o objetivo de considerar a dependência entre as observações no nível do país. A confiança política é maior entre os que apóiam o presidente; entre aqueles que estão em países considerados mais democráticos; entre os indivíduos que avaliam positivamente a situação econômica, as políticas públicas e a capacidade do governo para combater a corrupção e entre os indivíduos com maior sofisticação política. As variáveis culturais, por sua vez, quais sejam, a confiança interpessoal e a avaliação dos concidadãos também aumentam a confiança política, mas têm efeito muito menor do que as variáveis institucionais.
Opinião Pública, 2004
Este artigo identifica os determinantes de confiança política e sua relação com o apoio ao regime nos países latino-americanos de tradição democrática relativamente recente. A partir dos dados do Latinobarômetro de 1996, a autora analisa hipóteses explicativas em uma amostra de cinco países: Argentina, Brasil, Costa Rica, Colômbia e Chile. Os resultados apontam como principais determinantes da confiança nas instituições políticas: a preferência pela democracia em oposição ao autoritarismo, as visões sobre a economia e satisfação com o governo, o otimismo em relação ao futuro do país e do núcleo familiar e o interesse pela política.
Revista de Sociologia e Política, 2011
Política & Sociedade, 2009
Uma das principais explicações sobre o fenômeno da desconfiança política nas atuais democracias afirma que a mesma seria resultado de um processo de mudança cultural que estaria conduzindo ao estabelecimento da cidadania crítica, combinação de uma postura desafiadora com uma clara opção pela democracia. Embora consistente no cenário dos regimes solidamente estabelecidos, críticos têm apontado que essa tese não poderia ser estendida às jovens democracias. Nesses países o fenômeno seria explicado pela desilusão dos cidadãos com o funcionamento concreto do sistema político, que não estaria satisfazendo as expectativas geradas ao longo do processo de transição. Nesse trabalho tratamos dessa polêmica ao testar essas hipóteses no contexto brasileiro, investigando os determinantes individuais da desconfiança política. Utilizando dados produzidos pelo projeto World Values Survey, propomos um modelo de análise que confronta simultaneamente diferentes hipóteses para o fenômeno e concluímos que a tese da desilusão tem maior consistência empírica para o caso nacional. Palavras-chave: confiança política, democracia, desilusão, mudança cultural.
Revista Eletrônica de Ciência Política, 2014
As democracias latino-americanas seguem em consolidação, entretanto, ainda estão em estado de incompletude, nesse sentido, a percepção de corrupção parece altamente disseminada. Este trabalho tem o objetivo de testar duas hipóteses sobre a América Latina: 1) o baixo nível de confiança nos partidos políticos e no Congresso Nacional guarda relação com a percepção de corrupção; 2) a percepção de corrupção guarda relação com a qualidade da democracia. Para testar nossas hipóteses utilizamos três bases de dados distintas: 1) dados do corruption perception index, dos anos de 2012 e 2013; 2) dados do Latinobarómetro referentes à confiança em partidos políticos e confiança no Congresso Nacional de 2010 e 2011; 3) dados do The Democracy Ranking of the Quality of Democracy de 2008 a 2011 desenvolvidos pelo The Democracy Ranking Association. Nossos resultados mostram que a percepção de corrupção influencia no nível de confiança no Congresso e nos partidos; indicam também que, países latino ame...
O contexto político latino-americano é marcado pela recorrência de frágeis vínculos programáticos e ideológicos entre eleitores e partidos, além de acentuada volatilidade eleitoral e níveis decrescentes de confiança política. A despeito desse cenário, os partidos continuam centrais ao funcionamento das democracias na região, assim como em regimes consolidados. Entendendo que um dos elementos centrais na dinâmica dos sistemas partidários é o vínculo existente entre eleitores e partidos, nosso objetivo é identificar as bases individuais e contextuais da manifestação de simpatia partidária entre os eleitores latino-americanos. Para tanto, construímos modelos de regressão hierárquica com dados individuais do Latin American Public Opinion Project (Lapop) e informações dos contextos político e econômico nacionais. Os resultados apontam a preponderância da capacidade explicativa da idade da democracia diante de características individuais e nacionais (econômicas, políticas e partidárias). Palavras-chave : Partidos; Sistemas partidários; Simpatia partidária; América Latina.
No final do século XX, diversos países latino-americanos passaram por processos de transição política, incentivando diversos estudos que buscavam compreender o fenômeno. Muitos desses estudos elegeram a análise comparada como método de investigação, com o objetivo de identificar padrões nos processos de transição política. Entretanto, essa metodologia muitas vezes foi criticada pela ausência de rigor matemático e pelo fato de trabalhar com a análise de poucos casos. Contudo, a análise das principais pesquisas comparadas sobre transições políticas na América Latina nos indica que, apesar dos seus problemas, essa metodologia trouxe resultados relevantes para a compreensão do fenômeno. Dessa forma, o presente artigo se propõe a verificar a importância do método comparativo para a compreensão do fenômeno e para as ciências sociais.
Utopia y Praxis Latinoamericana, 2019
Este trabajo está depositado en Zenodo: DOI: http://doi.org/10.5281/zenodo.3344919
2018
Comportamento eleitoral e instituições políticas na América Latina Aprovada em 16 de agosto de 2018, pela banca constituída pelos membros: MARIELA CAMPOS ROCHA Tese submetida à Banca Examinadora designada pelo Colegiado do Programa de Pós-Graduação em CIÊNCIA POLÍTICA, como requisito para obtenção do grau de Doutor em CIÊNCIA POLÍTICA, área de concentração INSTITUIÇÕES, COMPORTAMENTO POLÍTICO E POLÍTICAS PÚBLICAS, linha de pesquisa Comportamento Político. Prof(a). Mario Fuks-Orientador UFMG Prof(a). Luciana Fernandes Veiga-Videoconferência UNIRIO Prof(a). Julian Borba UFSC Prof(a). Bruno Pinheiro Wanderley Reis UFMG Prof(a).
2005
Why do the countries in Latin America seem to experience a more ineffective economic and political development compared with the more industrialized nations? This is the central question that underlies this article. The paper argues that despite the undeniable advances in the institutional poliarquic engineering, serious problems of political representation exist, as well as problems in the economic and social dimension. This situation, in our point of view, is due to the existence of a reactive knowledge, which turns difficult the development of new strategies of analysis capable of incorporating the complex nature of Latin America. In this context, we argue that the type of democracy in this region is of an inertial nature, because the matrix of social exclusion, although new, remains intact. One of the mechanisms that could be useful to create alternative knowledge is social capital, mainly because it allows testing the new theorems generated by new perspectives of analysis. Thro...
A Pátria - jornal da comunidade científica de língua portuguesa, 2022
“Antigamente é que era bom” ou “antigamente a vida era melhor”. São frases que comumente ouvimos por aí. Em geral, vale destacar a imprecisão (antigamente quando? Antigamente onde? Era melhor para quem?). Mas no Brasil existe uma grande chance daqueles que usam essas frases estarem a se referir à ditadura militar. Muitas pessoas hoje de meia-idade se mostram saudosas dos anos de chumbo e defendem que a vida era melhor naquela época. Mais do que isso, em um típico exemplo de “saudade do que não se viveu”, há jovens que repetem esse discurso sem nunca terem vivido os tempos de repressão da ditadura. Esse saudosismo de um passado idílico, romantizado, misturado a uma grande desconfiança a respeito das instituições, mais especificamente das instituições democráticas, é um dos fermentos que fizeram crescer uma extrema-direita protofascista que alçou ao poder no Brasil o presidente Jair Bolsonaro.
O presente artigo focaliza o ativismo partidário, tendo como ponto de partida os vários estudos que apresentam um diagnóstico de distanciamento crescente entre eleitores e partidos políticos nos Estados Unidos e em países europeus. Análises dessa natureza envolvendo países latino-americanos são, entretanto, destoantes, uma vez que há autores que confirmam o desalinhamento partidário e outros que afirmam que as jovens democracias se encontram em processo de consolidação, de modo que a ainda baixa institucionalização partidária faz parte da história política da maioria dos países em processo de fortalecimento democrático. O objetivo da pesquisa foi identificar os determinantes individuais e contextuais do envolvimento do eleitorado latino-americano em partidos. A partir de modelos multivariados hierárquicos, os resultados indicam a
Revista Opinião Jurídica (Fortaleza), 2019
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição-Não comercial-Compartilhar igual 4.0 Internacional.
Participação política na América Latina" é resultado da parceria estabelecida pelos pesquisadores Ednaldo Aparecido Ribeiro e Julian Borba desde a segunda metade da década passada, materializada em projetos de pesquisas financiados por órgãos de fomento, como o CNPq e a Fundação Araucária, e em mais de uma dezena de artigos publicados em expressivos periódicos nacionais e internacionais, nos quais trataram de questões relacionadas à participação política de modo geral e a aspectos específicos, como sua relação com o pós-materialismo.
Paraná Eleitoral, 2022
O objetivo deste artigo é fazer uma análise quantitativa longitudinal da percepção dos brasileiros, chilenos, mexicanos e poloneses sobre o processo eleitoral. Este trabalho tem, portanto, o objetivo de compreender em que medida os cidadãos desses países percebem e entendem o processo eleitoral em suas vidas e explicar essa relação com a crise da democracia liberal e a ascensão do fenômeno populista. Os dados utilizados são da World Values Survey (WVS) e abrangem as duas últimas ondas disponíveis para esses países. Os resultados evidenciam uma piora na percepção do eleitorado sobre as instituições que circunscrevem o processo eleitoral, o que pode ser entendido tanto como causa quanto como consequência da ascensão do populismo contempo- râneo, um fenômeno que acentua a crise do modelo liberal de democracia. Palavras-chave: cultura política; confiança política; percepção eleitoral; populismo autoritário; crise da democracia liberal.
Anagrama, 2020
O presente artigo propõe uma análise dos discursos circulantes (CHARAUDEAU, 2018) acerca dos discursos sobre limites da democracia e da liberdade de expressão em matérias jornalísticas publicadas na Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo a propósito das manifestações no Chile em outubro de 2019. Para isso, buscamos apreender traços de dialogismo e polifonia (GRILLO, 2005) presentes nos textos analisada. A partir de rastreamentos junto aos acervos digitais dos veículos em foco, o corpus de pesquisa se constitui de reportagens estampadas nas capas dos periódicos no período de oito dias subsequentes à determinação do estado de exceção no país pelo presidente Sebastián Piñera.
Resumo A pesquisa que ampara este artigo teve como foco investigar os graus de relações políticas estabelecidas entre o movimento revolucionário brasileiro e o exterior em países que tanto favoreceram a luta de brasileiros, como serviram de acolhimento aos exilados. A solidificação destes acordos ocorreu no bojo de um contexto explosivo de transformação social, dando origem a grupos que substituíram os conflitos armados tradicionais do passado por estruturas políticas paralelas e difusas que estiveram na emergência de uma variedade de movimentos de resistência armada existentes na América Latina, África e Europa.
Porque confiamos? Análise comparativa II Agradecimentos O percurso que me trouxe até estas páginas foi longo e por vezes, acidentado. Por tudo isso, são algumas as pessoas a quem devo um agradecimento sentido.
SER Social
O presente artigo resulta de uma análise crítica sobre a configuração da política social na América Latina, a partir de seu terreno histórico no âmbito do modo capitalista de produção: seus determinantes estruturais sob a insígnia da dependência e da superexploração da força de trabalho nos países periféricos. O exame proposto considera a totalidade das relações sociais de produção no capitalismo, de modo que nos apropriamos, portanto, de categorias e conceitos próprios do materialismo dialético e do pensamento crítico e teórico Latino-Americano, especialmente alinhado a partir da Teoria Marxista da Dependência.
2001
O argumento principal do artigo é mostrar que os partidos e sistemas partidários da América Latina são mais estáveis do que em termos gerais se costuma sustentar. Apesar da percepção hostil dos eleitores sobre os partidos, os sistemas de partidos apresentam certos níveis de estabilidade na região, afora casos como Venezuela e Peru, que parecem ser mais a exceção do que a regra. Foi realizada uma tipologia de quatro cenários em que se compara a oferta partidária na eleição fundacional pós-transição e na última eleição legislativa realizada em cada sistema.
2021
Objetivo/contexto: a corrupcao politica e um dos principais desafios para a qualidade e a consolidacao da democracia no Brasil, diagnostico reiterado de forma recorrente com a sequencia de escândal...
Sociologias, 2017
Resumo Neste artigo, analisamos os impactos do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB), programa de simulação parlamentar juvenil da Câmara dos Deputados brasileira, a partir do teste de duas hipóteses. A primeira avalia se a experiência interferiu na confiança política e a segunda examina se o PJB estimulou o engajamento e a participação política dos jovens. O estudo resulta de pesquisa concluída em 2014, baseada em levantamento do tipo survey, com questionário aplicado on-line com os egressos das edições de 2004 a 2013 (10 eventos). Do total de 762 de ex-participantes, 173 responderam o questionário (22,70% do universo estudado). As conclusões confirmam as duas hipóteses testadas empiricamente. Fica evidente, nos resultados da pesquisa, um aumento expressivo no nível de confiança e de engajamento político dos egressos do PJB, com destaque para a participação político-partidária.
Revista Brasileira de Ciência Política, 2016
Resumo O presente artigo busca qualificar a adesão à democracia no Brasil. Ele parte da ideia de que a adesão à democracia é mais bem entendida de um ponto de vista multidimensional. Os indivíduos podem aderir a diferentes princípios subjacentes à democracia, em vez de optarem pela simples adesão ou não a ela. Nosso enfoque são os democratas: queremos saber quão democráticos são os democratas brasileiros. Utilizamos aqui o banco de dados Barômetro das Américas de 2006 a 2012. Os resultados mostram que existem diferentes níveis de adesão à democracia, conforme o princípio democrático em questão. Os brasileiros aderem com maior intensidade à dimensão participativa, em detrimento da procedimental e da representativa. Mostramos, no entanto, que esses princípios podem caminhar de forma mais ou menos independente.
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