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2021, Cadernos de Pós-Graduação em Letras
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O presente artigo procura mostrar como Gastão Cruls faz uso das “imagens obsedantes [images obsédantes]” da prosa de ficção decadentista para criar uma narrativa fantástica acerca da duplicidade. Ao mesmo tempo, objetiva expor como Gastão Cruls, ao recorrer a essas “imagens obsedantes”, no romance Elza e Helena (1927) e no conto “O espelho” (1938), filia‑se à tradição literária de autores como Edgar Allan Poe e Robert Louis Stevenson. Palavras-chave: Gastão Cruls. Duplo. Femme fatale.
This paper focuses the monster, in Mary Shelley's Frankenstein, as the double antagonic being of his creator, and also as a powerfull sign of alterity. It has two approaches: mythological and psycho-analitical. The latest one will be based especially on Freud's texts, on the book called The duality, by Eduardo kalina and Santiago Kovadloff and on Melanie Klein's concepts about paranoid.
Gragoatá, 2018
The essay aims to examine the human body as a source of horror in literature. More specifically, we seek to describe the ways in which the human body is represented in horror narratives. In order to do so, we discuss the body horror as a narrative tradition that exploits the fear we feel of our own body. The works to be examinated are Gastão Cruls’ (1888-1959) short narratives “G.C.P.A.” (1920) and “O espelho” (1938).
Sobre o medo: o mal na literatura brasileira do século XX, 2020
Após a publicação de Elza e Helena (1927), não foram poucos os leitores que observaram o parentesco entre o romance de Gastão Cruls e O médico e o monstro: o estranho caso do dr. Jekyll e sr. Hyde (1886), de Robert Louis Stevenson. O presente artigo procura mostrar como, em seu segundo romance, Gastão Cruls faz uso das “imagens obsedantes” da prosa de ficção decadente para criar uma narrativa fantástica acerca da duplicidade.
2016
Objetivamos, por meio deste trabalho, analisar o elemento do duplo na obra dramatica Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues. A peca psicologica, que marcou a dramaturgia brasileira, foi encenada pela primeira vez em 1943 e proporcionou gloria ao seu criador, ao mesmo tempo que ofereceu ao teatro brasileiro a inovacao e a vivacidade de que carecia. Dentre as muitas leituras que a peca permite, abordaremos o drama sob a perspectiva teorica do mito do duplo, que costura a relacao entre as personagens e se manifesta em varias partes do texto. Para realizar essa abordagem, levantamos as teorias sobre o tema, que sao diversificadas e podem expor um vies tanto positivo quanto negativo, ambos presentes na peca. As acepcoes do mito variam de acordo com as culturas e com os periodos das suas manifestacoes. Para que essa relacao de significados fosse construida, consultamos os escritos de teoricos como Freud (1969) e Lacan (1998), que trazem o duplo como um fenomeno psiquico. Alem disso, obtive...
No aniversário de dez anos de sua morte, a rapidez com que W. G. Sebald passou da consagração ao desaparecimento ainda é um acontecimento difícil de assimilar. Escritor tardio, este acadêmico de profissão estreou na vida literária como um narrador amadurecido e, em menos de uma década, publicou os quatro livros que o destacaram entre os romancistas contemporâneos. Poucos meses após a publicação de Austerlitz, seu trabalho mais complexo, um infarto ao volante numa estrada inglesa resultou em sua morte prematura. Antes que o público tivesse a chance de habituar-se à sua figura, ele já se afastava como escritor de uma época passada.
Este artigo 3 discute a potência da sinergia entre a canção popular e o drama sentimental cinematográfico; reflete brevemente sobre o lugar do filme musical, no contexto dos estudos fílmicos, e põe em foco algumas estratégias dramatúrgicas, flagradas por Rick Altman (1987) no epicentro do gênero que, segundo Thompson e Bordwell (2003), pode ser considerado o mais estável da indústria de Hollywood, ao longo da História.
Significação: Revista de Cultura Audiovisual
Desde fins do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX, mulheres e fotografias são figuras-chave em uma cultura em que as fronteiras entre público e privado, visível e invisível, revelado e oculto estão sendo borradas ou rapidamente modificadas. Este ensaio procura desenvolver essa premissa, discutindo trajetórias de fotógrafas e explorando imagens, provenientes dos mais diferentes campos, que colocam em cena essa correlação.
Genética na Escola
Essa atividade permite ao aluno reavaliar a sua rede de conhecimento por meio da elaboração de um mapa de conceitos que busca estabelecer relações relevantes entre conceitos da Genética Mendeliana e conceitos da Genética Molecular.
RESUMO O presente trabalho pretende analisar a configuração de personagens femininas a partir do conceito de duplo em três contos de Por meio dessas narrativas, discutimos os conflitos entre duplo e duplicado que surgem nas tramas de Poe de forma irreconciliável. Esse ponto é observado nas mortes das três personagens femininas, pois ocorrem diante de uma impossibilidade de coexistência com suas duplicatas. Este trabalho discute ainda a construção de narradores que não são confiáveis, entregando-se ao ópio ou aproximando-se de uma possível loucura. Esses narradores colocam à prova toda a leitura de seus relatos, transformando a dúvida numa forma potente de se discutir o próprio conceito de literatura fantástica. Além disso, investigamos em que medida a temática do duplo produz estruturas narrativas também duplicadas por meio da construção da história dentre da história. Palavras-chave: Allan Poe. Duplo. Conto. Personagem. Feminino. A construção de personagens literárias reflete a criação de uma complexa teia de emoções e sensações. Tudo isso contribui para a ampliação do repertório de questões humanas com as quais nós leitores nos confrontamos cotidianamente. De Emma Bovary a Capitu, de Werther a Brás Cubas, de semelhantes a opostos, existe a criação de um universo ficcional que envolve cada leitor. Essa é a experiência da alteridade destacada pela escritora Ana Miranda em entrevista para a Abralic universos criados, outras vidas. Isso nos faz pensar que sim, em alguma medida, Madame Bovary somos todos nós. Que os olhos de ressaca um dia também foram os nossos, que a morte foi uma ameaça real diante da impossibilidade do amor ou que o
2014
O crime passional normalmente acontece motivado pelo ciume e sentimento de posse nas relacoes conjugais. Trata-se de um tipo de homicidio qualificado previsto no artigo 121 §1 do Codigo Penal, tendo como principais atenuantes motivo torpe e futil. Os registros de criminosos dessa categoria de crime, em sua maioria sao compostos por homens. A pesquisa objetivou demonstrar de que forma o crime passional acontece, sua motivacao e em quais circunstâncias geralmente ocorre. A metodologia utilizada contemplou o levantamento de fontes bibliograficas, na forma de artigos publicados entre 2007 e 2013, os quais foram submetidos a tecnica de fichamento. Constatou-se que nas ultimas decadas, o crime passional tem ocorrido com mais frequencia, incluindo-se nesse cenario, a mulher como autora, apesar de ainda ser mais comum o criminoso passional do sexo masculino. Quanto ao perfil da agressora, trata-se de uma pessoa normalmente possessiva, vaidosa, insegura e ciumenta. Alem disso, ressalta-se ...
2011
Na literatura, a figura feminina tem se apresentado sob as mais diversas formas, indo de anjo a demonio. Nestas reflexoes, destacamos um conto considerado um fracasso de publico e da critica da epoca, Smarra ou les demons de la nuit. Nele se percebe o fantastico pelos caminhos dos labirintos oniricos e no qual e possivel identificar tres imagens femininas distintas que balizam esse conto de Charles Nodier como o primeiro a apresentar uma femme fatale avant la lettre.
2010
De acordo com Blanchot, o episodio homerico que descreve a estrategia de Ulisses para escutar as sereias pode ser considerado como a narrativa paradigmatica da tradicao literaria ocidental. Kafka escreveu duas pequenas variantes desse episodio que sao consideradas aqui paradigmaticas para o cinema como dispositivo, tanto mudo quanto sonoro. O quadrado semiotico de Greimas e empregado na elaboracao do componente gerativo do cinema entendido como dupla articulacao das imagens e dos sons ao olhar e a voz como objetos. Palavras-chave : Kafka. Sereias. Silencio. Narrativa. Cinema.
Pandaemonium Germanicum, 1998
Absicht dieses Aufsatzes ist es, die zwei verschiedenen, in den Reiseaufzeichnungen und der Lyrik von Marie Luise Kaschnitz gestalteten Brasilienbilder zu zeigen und zu deuten.
De acordo com Luís Alberto de Abreu, Hoje é Dia de Maria trabalhou com o universo dos contos fantásticos. Muito presente na minissérie é o tema do duplo, recorrente na literatura universal fantástica. Para Eco "a presença do sósia é quase obrigatória em um romance barroco" (ECO,2003: p.212), e, no caso do maravilhoso e do fantástico, mais ainda. No cinema e na televisão, mesmo quando não havia a possibilidade dos efeitos especiais digitais, a adaptação de textos fantásticos, por exemplo, já instigava os cineastas no século XIX, como George Mélies em sua Viagem à Lua, e continuou sendo um processo recorrente para o cinema surrealista e expressionista alemão e hoje para os filmes de terror ou de cineastas cult. Assim também a literatura vem trabalhando o fantástico através da história até a contemporaneidade, como vemos desde Edgar Alan Poe, Hoffmann, Gaultier e Mérimée a Isabel Allende, Julio Cortázar, Jorge Luís Borges, Rubem Fonseca, Lígia Fagundes Teles e Murilo Rubião, para citarmos alguns brasileiros. Bakhtin revela o fenômeno habitual das personagens duplas em Dostoiévski, como sendo uma sua particularidade, pois escrevia "obrigando as personagens a dialogarem com seus duplos, com o diabo, com seu alter-ego e com sua caricatura" (BAKHTIN, 1997: p. 28-29). Segundo Le Goff, há "uma relação entre o espelho, símbolo da duplicidade, e o maravilhoso" (LE GOFF,1983: p.20), já no título do livro de Pierre Mabille sobre o maravilhoso, Le Miroir du Merveilleu x. Segundo Cesarini, o desdobramento, gêmeos e sósias, a duplicidade de cada personalidade, tudo isso é tema já muito desenvolvido no teatro, seja no trágico ou no cômico, mas também nas narrativas de todos os tempos. Entretanto, no fantástico o tema enriquece por meio dos motivos do retrato, do espelho, das muitas refrações da imagem humana, da duplicação obscura que cada indivíduo joga para trás de si, na sua sombra.(CESARINI, 2006: p.83), Para os românticos alemães, como Hoffmann, reflexos de espelho e sombras se confundem. De acordo com Junito Brandão , a sombra tem função ambivalente, já que possui qualidades comuns à luz e às trevas, assim aflorando o problema do bem e do mal. A força da fertilidade da sombra é associada à luz geradora da vida. "Possui instintos normais e impulsos criadores" (BRANDÃO, 1987: p.187). Sua força curativa é exaltada em muitas culturas, nas quais ela se acha imbuída de mistério e sobrenaturalidade. Para os latinos, a sombra, umbra, tem seu lado negativo: são os "aspectos ocultos, reprimidos, desfavoráveis da personalidade." Aí estamos no terreno da magia, do espiritual, característica apontada como sendo do maravilhoso. Entre os mitos gregos é que surgiram primeiramente estas tendências fantasmagóricas e demoníacas: "os mortos perdem a sombra, ou, por outra, transformam-se eles próprios em sombras, imago, umbra, eídolon e podem assustar os vivos: são as assombrações." (BRANDÃO, 1987: p.188) Sendo uma parte inconsciente da personalidade ou mesmo uma parcela do inconsciente coletivo, no dizer de Jung, a imagem perdida de Narciso continua viva entre nós.
A adaptação cinematográfica do romance O homem duplicado, publicado pelo português José Saramago em 2002, trouxe de volta ao cinema o mito do duplo. Em Enemy (2013), somos apresentados a uma história onde arquétipos consagrados no imaginário humano ajudam a compor uma narrativa complexa e enigmática. Deste modo, procuramos estratégias para apreciar o filme não apenas em seus aspectos narrativos, mas sobretudo em seus aspectos simbólicos. Através do viés da psicanálise, este artigo busca desenvolver uma análise fílmica do mito do duplo a partir das teorias do imaginário. Almeja-se que ao final da leitura tenhamos uma dimensão mais precisa da profundidade simbólico-imagética de Enemy tanto enquanto adaptação quanto como obra cinematográfica, com linguagem e estética soberanas.
“O Horla” (segunda versão), de Guy de Maupassant, narra, em forma de diário, o encontro de um narrador-personagem não identificado com uma criatura invisível, que o persegue, usurpa sua identidade e autonomia como indivíduo, deixando-lhe a morte como única alternativa. Com o intuito de estudar as imagens criadas por Maupassant para construir o mito do duplo no conto, apoiamo-nos na hermenêutica simbólica, utilizando pressupostos teóricos de Gaston Bachelard, C. G. Jung e Gilbert Durand. Além disso, valemo-nos de autores que teorizam sobre a questão da morte e do duplo como Edgar Morin, Otto Rank e Clément Rosset.
2019
Resumo: Violências e violações constituem o viver da população LGBTI+ 3 no Brasil. Essas violências ganham maior complexidade em se tratando de mulheres transexuais. Este trabalho analisa o fenômeno das violências contra as mulheres transexuais, que tem suas vidas marcadas pela morte, aqui pensada na duplicidade do morrer (processo biológico) e social, a que implica isolamento e abandono. Abstract: Several types of violence constitute the everyday lives of LGBTI+ people in Brazil. Those types of violence are more complex when targeting trans women. This article offers an analysis on the violence against trans women, whose lives are marked by death, hereby discussed both as a biological process and as a social one, which results in isolation and neglect.
CIFEFIL Almanaque 2016 - 2a edição, 2016
Uma impressão comum à leitura de O Homem Duplicado (2002) e à assistência de sua adaptação cinematográfica (2013) é o desconforto, a perturbação, e por vezes a incompreensão provocada no receptor das duas produções. O fato de apresentarem múltiplas interpretações promove em parte dos leitores e/ou espectadores certo grau de perplexidade a ponto de alguns não conseguirem atribuir sequer uma a interpretação. Nesse contexto, esse trabalho tem como objetivo analisar como a crise de identidade do(s) protagonista(s) na narrativa fílmica (VILLENEUVE, 2013) e na narrativa literária (SARAMAGO, 2002) de O Homem Duplicado instaura nos espectadores e leitores certa perturbação a respeito do tema identitário. Para essa proposta, além da análise da narrativa fílmica como uma transposição midiática (CLÜVER, 2006) da narrativa de José Saramago, pretendemos refletir sobre esta adaptação como processo criativo cinematográfico utilizando como referência "Teoria e prática da adaptação" de Robert Stam (2006) através da análise da linguagem cinematográfica e seus efeitos de sentido. Palavras-chave: Intermidialidade. Adaptação cinematográfica. Saramago.
Contemporanea
A proposta do artigo é entender o papel da antropomorfia nos desenhos animados, considerando a maneira como ela atua na manutenção de estereótipos de gênero em histórias para crianças com até seis anos. Argumentamos que, longe de neutralizar as problemáticas em torno dos olhares sobre os gêneros, o uso da antropomorfia reproduz, com alto teor pedagógico, modelos em torno dos significados do gênero feminino. Para tal, faremos um debate sobre o lugar da antropomorfia nos desenhos, para então analisarmos a construção de personagens da série Patrulha Canina que, especificamente no Brasil, passou por uma mudança de dublagem na primeira temporada, modificando o gênero de dois dos seis protagonistas. A análise é fundamentada pelas diferenças apresentadas em dois episódios da série: O Festival Dos Filhotes e Os Filhotes e as Tartarugas Marinhas; ambos veiculados, originalmente, em 2015, mas que sofreram alterações no corpo de dubladores, após 2019. Além desta pequena amostragem, acionaremos...
Como noutros países do Sul da Europa a implantação do liberalismo em Portugal no século XIX foi um processo longo e conflituoso. Na verdade, embora a primeira revolução liberal portuguesa tenha ocorrido em 1820 inscrevendo-se assim na vaga revolucionária que, da Espanha ao Piemonte, sacudiu vários estados da Europa meridional, foi só em 1834 que os liberais conseguiram vencer a tenaz resistência dos partidários do absolutismo. Tal como os carlistas em Espanha os absolutistas portugueses tinham também como referência uma figura dinástica cujo direito ao trono evocavam: o infante D. Miguel, filho segundo de D. João VI e irmão de D. Pedro o herdeiro do trono que viria a tornar-se no primeiro imperador do Brasil. Defendendo que D. Pedro, ao tornar-se soberano da antiga colónia portuguesa sulatlântica cuja independência ele próprio tinha promovido, perdera os seus direitos ao trono português, os partidários do absolutismo rejeitaram a Carta Constitucional outorgada por este príncipe e recusaram a solução dinástica por ele proposta que passava pelo casamento da sua filha D. Maria da Glória, em quem abdicou do trono português, com o seu irmão D. Miguel. Quando em 1828 D. Miguel chegou a Portugal para, supostamente, dar execução às disposições do seu irmão, foi de facto aclamado rei e rei absoluto pelos seus apoiantes sustentados por uma forte mobilização popular.
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