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2020, v. 29 n. supl
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No contexto da pandemia do Covid-19, os medos urgem e ressaltam ainda mais as desigualdades históricas e estruturais. Este ensaio trata dos medos e os coloca em uma direção relacional que aponta para as vulnerabilidades e precariedades que também constituem tais emoções. Diante disso argumento sobre como os modelos que valorizam um hiperindivíduo não contribuem para políticas de eficiência em tempos pandêmicos. Por fim, retomo as ontologias indígenas como um caminho de renovação frente ao modelo Ocidental que insiste em produzir indivíduos separados do mundo.
Aufklärung: journal of philosophy, 2020
O presente trabalho pretende, de forma muito breve, proporcionar algumas reflexões sobre o fenômeno do medo ao longo de um processo histórico, a partir de um ponto de vista de vários pensadores, desde a Antiguidade Clássica até os dias atuais. Mais do que um fenômeno individual, o medo pode ser considerado como uma representação coletiva, e em sua conexão com a religião tem sido um importante instrumento de controle social. Na atualidade, as reflexões de pensadores como Slavoj Zizek alertam que em função da necessidade de um processo de organização social e administração eficiente da vida em grupo, bem como da possibilidade de se dispor de um poder de grande amplitude, o poder do medo tornase cada vez mais relevante, dando ênfase a chamada política do medo. Em uma realidade cada vez mais desprovida de perspectivas futuras, onde se busca evitar tudo que seja capaz de causar sofrimento, o medo passa a adquirir uma modalidade de consumo, desprovido das antigas visões religiosas. PALAVRASCHAVES: medo; controle social; conflitualidade ABSTRACT: The present work intends, very briefly, to provide some reflections on the phenomenon of fear along a historical process, from the point of view of various thinkers, from Classical Antiquity to the present day. More than an individual phenomenon, fear can be considered as a collective representation, and in its connection with religion has been an important instrument of social control. At present, the reflections of thinkers like Slavoj Zizek warn that because of the need for a process of social organization and efficient management of group life, as well as the possibility of having a wide range of power, the power of fear becomes increasingly relevant, emphasizing the socalled politics of fear. In a reality increasingly devoid of future prospects, where one seeks to avoid anything that is capable of causing suffering, fear begins to acquire a mode of consumption, devoid of old religious views.
Artelogie, 2017
Resenha do livro "Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins"
Saúde em Debate
RESUMO Um novo coronavírus, designado inicialmente como 2019-nCoV e pouco depois como Sars- CoV-2, surgiu em Wuhan, China, no final de 2019. Em janeiro de 2020, pelo menos 830 casos haviam sido diagnosticados em diversos países. O Sars-CoV-2 é o terceiro coronavírus a surgir na população humana nas últimas duas décadas – uma emergência que colocou as instituições globais de saúde pública em alerta máximo. Pouco mais de um ano depois, registram-se casos e óbitos na escala dos milhões no mundo, com o Brasil ocupando posição destacada tanto em número de casos quanto de óbitos. A sucessão de eventos desse período recente atualizou questões de grande importância: o esgarçamento civilizacional, a potencialização das vulnerabilidades de toda ordem e os riscos decorrentes. Neste ensaio, propõe-se uma reflexão sobre as consequências sociais da pandemia a partir de uma perspectiva socioantropológica, revisitando temas clássicos da saúde e das ciências sociais, como medo, risco e vulnerabilida...
Revista Enunciação, 2023
Desde seus textos sobre o evento totalitário, Hannah Arendt realizou exercícios de pensamento assumidamente guiados pelo registro afetivo das experiências e acontecimentos que buscou compreender. No prólogo de A condição humana, obra em que a autora propõe, a partir de uma antropologia filosófica, fazer a análise histórica do fenômeno da alienação do mundo, estão claramente indicados os elementos afetivos que orientaram seu exercício de pensamento: o medo e a esperança. Neste artigo, veremos como este registro afetivo orienta a proposta arendtiana e qual o papel decisivo deste aspecto para a atividade da compreensão.
Materiais para a Salvação do Mundo -1 (Pedro Eiras org.), 2021
Resumo: Que mundo ou mundos temos em mente quando falamos de salvar o mundo? E a que espécie de salvamento podemos aspirar? Considerando que tanto uma percepção dualista da relação entre ser humano e natureza quanto a aceitação de uma condição de excepcionalidade do humano no plano ontológico dificultam o urgente reequilíbrio ecológico de que precisamos, procura-se cotejar algumas propostas para o recentramento do nosso lugar no mundo. Palavras-chave: mundo, salvação, Antropoceno, Capitaloceno, respiração, inspiração Abstract: What world or worlds do we have in mind when we talk about saving the world? And what kind of salvation can we hope for? The dualistic perception of the relationship between humankind and nature as well as the acceptance of an ontological exceptionality of the humankind make more difficult the struggle for an ecological balance. This article aims at articulating some proposals for the recentering of the human species’ place in the world. Keywords: world, salvation, Anthropocene, Capitalocene, breathing, inspiration
Em sua primeira e única entrevista, concedida a um programa de TV, Clarice Lispector afirmou que o papel do escritor na contemporaneidade é "falar o menos possível". Terminava, naquela ocasião, a década de 1970, e de lá para cá a literatura brasileira foi ficando, de fato, mais enxuta, confirmando a percepção da escritora. "Falar o menos possível" é, antes de tudo, abrir espaço para as elucubrações do leitor, ou, ainda, para a função que, segundo Wolfgang Iser (2013), lhe cabe: o de suplementar as narrativa s com os elementos de sua imaginação, conforme a delimitação de sua realidade.
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, 2020
Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas V.14 N.1 2020
Quadranti: rivista internazionale di filosofia contemporanea, 2019
Our argument is based upon three images provided by the French philosopher Henri Bergson to refer to philosophy. In the context of critiques of earlier philosophical traditions, we will examine the movements that developed on those these three moments as emissaries of different places of hope: in the way people inhabit the world, in philosophy’s relationship with itself, and in philosophy’s relationship with its teaching. We will quickly review Bergson’s conception of the image as a suggestion of meanings that constantly renew distinct ways of thinking and saying. Our argument does not constitute a superficial exercise in sterile, navel-gazing philosophy, but rather an attempt to urge reflection about how philosophy’s encounter with itself can open new avenues to think about its teaching. Can philosophy itself, as an image, transform itself into a movement of suggestion, instead of simple representation? Might the hope of a world where there is still space for novelty and unpredictability lie therein? And what space should we provide for novelty and unpredictability in our relationship with philosophy as we teach it? A nossa proposta parte de três imagens oferecidas pelo filósofo francês Henri Bergson para se referir à filosofia. No âmbito da crítica às tradições filosóficas anteriores, seguiremos os movimentos desenhados nesses três momentos enquanto emissários de diferentes lugares da esperança: no modo de habitar o mundo, na relação da filosofia consigo mesma e também na relação da filosofia com o seu ensino. Passaremos brevemente pelas conceções bergsonianas sobre a imagem enquanto sugestão de sentidos que permanentemente renovam distintos modos de pensar e de dizer. Mais do que um momento frívolo de uma filosofia que esterilmente se vê ao espelho, procuraremos sugerir pensamento sobre por que motivos o encontro da filosofia consigo mesma através da imagem poderá abrir caminhos para pensar o seu ensino. Poderá a própria filosofia, como uma imagem, transformar-se em movimento de sugestão, em vez de simples representação? Residirá aí a esperança de um mundo em que haja ainda lugar para a novidade e para a imprevisibilidade? E que lugar concedemos à novidade e à imprevisibilidade na nossa relação com a filosofia através do seu ensino?
Pandemoinhos , 2020
Ensaio publicado em agosto de 2020 no livro Pandemoinhos, coletânea de escritos sobre a pandemia reunidos pela editora Eriom. No ensaio são abordados temas como a dimensão cultural da pandemia, a relação entre capitalismo e cristianismo, a diferença entre confiança e fascínio, a problemática envolvendo o uso de dados para aprimorar os mecanismos de biopolítica, além de defender uma solução local para problemas globais. O ensaio oferece uma análise crítica sobre a pandemia causada pelo novo coronavírus, destacando sua relação com a cultura global contemporânea. O autor argumenta que a magnitude do avanço do contágio foi possibilitada por escolhas culturais, e que, apesar de inúmeros avisos da comunidade científica sobre a possibilidade de uma pandemia, optou-se por ignorá-los. O ensaio explora a ideia de que, enquanto fenômenos naturais como terremotos e erupções vulcânicas podem ser previstos, a natureza da pandemia atual revela uma complexidade que desafia nossa capacidade de previsão e resposta. O ensaio também aborda a vulnerabilidade diferenciada dos países frente à pandemia, destacando a relação entre conservadorismo, capital financeiro e a gestão da crise sanitária. O autor sugere que, embora o contágio seja democrático, nem todos os povos possuem a mesma vulnerabilidade aos efeitos sociais da pandemia. Esse argumento é ilustrado pela eficiência de alguns países sul-americanos na contenção e gestão dos efeitos da pandemia, em contraste com a resposta inadequada de outros, influenciada por alianças políticas e econômicas. Por fim, é defendido que problemas globais devem ser solucionados através de ações que levem em conta a especificidade de cada localidade. Desse modo, estados hegemônicos são menos eficientes em solucionar os problemas globais do que localidades soberanas.
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Sobre o medo e o mal na literatura brasileira, 2020
Anais Eletrônicos 9º SBECE | 6º SIECE, 2022
Revista de Direito da Cidade
Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia
Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, 2002
Revista Latinoamericana De Psicopatologia Fundamental, 2017
Fractal: Revista de Psicologia
Editora Hedra, 2020
Bioethics & Neuroethics in Global Pandemic Times., 2020
Anais da XVI Abralic, 2019
Diacrítica – Série Filosofia e Cultura, 2014
Proceedings of SBGames 2021 - Culture Track, 2021
Revista Investigação Filosófica, 2020