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2019, Revista Poeisis
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Esta entrevista com Tania Alice, artista-pesquisadora, aborda a trajetó- ria de sua virada do teatro para a performance de arte relacional como cura que hoje vem assumindo uma radicalidade maior como atravessamentos entre projeto artístico, social, urbano e terapêutico. Seus trabalhos também envolvem interven- ções urbanas e atravessamentos poéticos coletivos, interlocuções afetivas e soci- ais entre vidas na escala público e privado. A conversa foi realizada no dia 8/4/2019 no NEPAA, UNIRIO, Rio de Janeiro.
POIÉSIS
Esta entrevista com Tania Alice Feix, artista-pesquisadora, aborda a trajetória de sua virada do teatro para a performance de arte relacional como cura que hoje vem assumindo uma radicalidade maior como atravessamentos entre projeto artístico, social, urbano e terapêutico. Seus trabalhos também envolvem intervenções urbanas e atravessamentos poéticos coletivos, interlocuções afetivas e sociais entre vidas na escala público e privado. A conversa foi realizada no dia 8/4/2019 no NEPAA, UNIRIO, Rio de Janeiro.
teresse de juristas naturalmente curiosos. Como você entende essa afirmação? R. Reporto-me ao que usualmente acontecia, há mais de 40 anos atrás, quando a disciplina começou a ser ministrada na graduação do Departamento de Direito da PUC-Rio, em caráter eletivo. Na orientação para a matrícula, os professores encarregados dessa atividade, eram indagados pelos alunos sobre o significado da expressão "Direito Comparado". O que se comparava, com que se comparava, era um cotejo do direito brasileiro em relação ao estrangeiro? A curiosidade era sanada na primeira aula, durante a qual se explicitava que o Direito Comparado visa comparar os sistemas jurídicos entre si, seja em seu sentido amplo, de famílias de direito (como a romano-germânica e a de "common law") seja em sua acepção restrita de ordenamentos jurídicos nacionais. O direito brasileiro pode ser, mas não obrigatoriamente é claro, um dos termos da comparação. A essa natural curiosidade discente some-se aquela dos docentes, particularmente os brasileiros, que, de regra, se interessam pelas experiências jurídicas estrangeiras, embora nem sempre empreendam estudos de
Lia Faria é mulher pública. Sujeito político que se percebe melhor porque ente coletivo. Carioca da gema, ama o Rio de Janeiro e, também, a " Fazenda Boa Sorte " , o verde e a paz em Nova Friburgo, município da região serrana fluminense. Adolescente, já sabia o que queria ser: livre. Descobriu, ao longo da vida, os inúmeros constrangimentos a isto, sobretudo, para as mulheres de sua geração, dos anos 1960. Teve um companheiro maravilhoso de quase 50 anos de vida em comum, Roberto Faria que, como ela, era professor. Lia quis estudar jornalismo mas se descobriu professora de História. Depois, a Educação virou paixão. Parabéns pelos 50 anos de magistério que comemora, Lia! Nos anos da redemocratização, foi uma das fundadoras do PT no interior do Rio de Janeiro, militou no SEPE, foi trazida pelo próprio Darcy Ribeiro – que respeitou sua filiação partidária – para fazer com ele e sua competente equipe os CIEPs, no Governo Brizola (1983-1987). Mestre e doutora em Educação, Lia abraçou a proposta de uma escola e de uma pedagogia de primeiro mundo e em tempo integral a revelar à criança o quanto ela pode sonhar e realizar. Com dois pós-doutorados, hoje é professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (ProPEd-Uerj) e mantém seu ímpeto de formar gerações para a autonomia e para o ethos solidário. Mulher, mãe, professora, crítica e auto-crítica, sabe o quanto a " nova mulher " e o " novo homem " precisam aprender juntos para serem felizes, e o quanto a escola (ainda) pouco ajuda nisto. Em sua fala, entusiasmada, crítica, engajada, multifacetada, Lia deixa transbordar as marcas da mulher que se tornou intelectual sem deixar de ser " filha de seu tempo " – quando o " lugar de mulher " era em casa, silenciosa, mas ela gritou! Por isso, talvez, hoje seja tão grata ao marido e fale tanto dele ao falar de si, tão misturados que eram. Num instante, pensa que ele é o criador e ela, a criatura. No momento seguinte, sabe, porém, que foram cúmplices " nos descaminhos e nas incertezas " , como diz na epígrafe de seu livro, e que viveram um grande amor. Lia se mostra encantadoramente contraditória – nada mais humano! Reinventa-se na folia. E afirma: " Não é o fim do caminho! ". Antes que a gente esqueça, é avó da Maria Eduarda, de 2 aninhos, mas que os netos mais velhos não se sintam enciumados! 2
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2023
educere et educare, 2019
Nesta entrevista o professor Luiz Antônio Cunha responde às seguintes perguntas: 1. Professor Luiz Antonio Cunha, em seu artigo de 2006, intitulado Sintonia Oscilante: Religião, moral e civismo no Brasil, há uma passagem em que o senhor, ao constatar a rapidez com que o ensino religioso vem sendo inserido nas redes públicas de ensino, comenta que isso o levou a pensar “no enfraquecimento político do laicismo difuso, todavia eficaz, que protelou, por décadas, a implantação generalizada dessa disciplina nas escolas públicas”. O senhor poderia comentar um pouco mais sobre esse “laicismo difuso”: suas principais características e suas origens? O fato desse laicismo ser “difuso” teria contribuído para seu enfraquecimento político ou, ao contrário, teria sido uma das razões de sua eficácia por décadas, no combate ao ensino religioso na escola pública? Qual a extensão e a profundidade que lhe parece ter o fenômeno do enfraquecimento do laicismo na educação brasileira? 2. No mesmo texto, o senhor comenta que “surpreendentemente, o ensino religioso tem sido tema evitado pelos laicos, apenas seus defensores mais ostensivos dele tratam”. O senhor realmente considera esse fato surpreendente ou teria alguma hipótese explicativa para o mesmo? A temática do ER não seria potencialmente reveladora de conflitos ideológicos que as pessoas preferem evitar em nome do bom convívio social, acadêmico e político? 3. Aproveitando ainda a temática do seu mencionado artigo, como o senhor avalia as possibilidades de separação, na educação escolar pública no Brasil, entre a concepção religiosa e a formação ética. Em outras palavras, haveria espaço para a defesa de uma formação ética laica, não fundamentada em premissas religiosas? 4. O principal argumento do movimento “escola sem partido” para propor a censura nas escolas a determinadas abordagens teórico-metodológicas (nomeadamente o marxismo) é o de que os objetos de ensino têm sido alvo de uma suposta politização e ideologização, para tanto defendem a “neutralidade”, o que poderia nos remeter a uma visão positivista das ciências e da educação. No entanto, a laicidade não é defendida e o ensino religioso não é apresentado como um elemento de distúrbio da neutralidade defendida por este movimento. Como o senhor analisaria esta contradição? 5. O Conselho de Campus da Unioeste / Cascavel deliberou pela construção de uma “Capela Ecumênica”. No portal da Universidade, o responsável pelo projeto declarou que o mesmo “será feito especificamente com duas intencionalidades, uma é efetivamente ter um espaço religioso para a universidade, já que como congregamos todo tipo de conhecimento, a religiosidade não pode ficar de fora por ser algo constitutivo do ser humano. A segunda intenção é ser um espaço para que as pessoas que encontram na religião uma válvula de escape, possam ter um lugar”. Como o senhor vê esta iniciativa relativamente à questão da laicidade? 6. Recentemente foi publicado um artigo seu na revista da SBPC sobre as posições em prol da laicidade do Estado da vereadora carioca assassinada Marielle Franco. O senhor concordaria com a afirmação de que esse assassinato foi uma brutal demonstração da fragilidade da democracia brasileira? Que relações o senhor estabeleceria entre a dificuldade do Estado brasileiro em se tornar um estado efetivamente laico e nossa histórica dificuldade na construção de uma real democracia?
Suplemento Pernambuco, 2021
Ao longo de sua trajetória como pesquisadora e militante, Virgínia Fontes vem nos alertando para a urgência de bloquearmos a capacidade de recomposição do capitalismo, revolucionando a existência e dando um basta a essa forma de economia e a esse modo de ser. O conjunto de sua obra busca desvendar, de maneira rigorosa e bastante original, a historicidade e os modos de funcionamento do “capital-imperialismo”, a partir de uma perspectiva voltada para a compreensão e superação da sociedade de classes erigida pelo capital. Relembrando a experiência da Comuna de Paris, ocorrida há exatos 150 anos, conversamos sobre as contradições que surgem da socialização em escala global dos processos produtivos e da crescente apropriação privada desses resultados, dinâmica que, ao invés de abrir espaço para novas e maiores insurgências anticapitalistas, tem nos empurrado para uma verdadeira catástrofe social, expropriando direitos de trabalhadores/as em todo o mundo e extraindo mais-valor de maneiras assustadoramente brutais.
2020
Em tempos de pandemia, o contato presencial para atividades acadêmicas com professores e pesquisadores têm se tornado limitado por conta das questões de protocolos de saúde que devem ser respeitados. Diante disso, esta entrevista foi realizada em um formato diferente. A realizamos através de uma live pelo canal no YouTube da Wamon-Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM. Essa entrevista com a Professora Dra. Deise Lucy Oliveira Montardo segue algo que vem sendo realizado em números anteriores da Wamon: entrevistar professores do PPGAS/UFAM. Com isso, diante também do Dossiê Temático "Arte: Poder e Política na Amazônia" buscamos entrevistar a professora Deise Lucy Montardo por ser uma referência nos estudos da Antropologia da Arte na/sobre Amazônia. A professora Dra. Deise Lucy Montardo é graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), possui mestrado em História, com habilitação em Arqueologia, pela Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul, além do doutorado em Ciência Social (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (USP). Tem vasta experiência em estudos da antropologia, etnologia indígena, antropologia da arte, etnomusicologia, antropologia da dança, música e xamanismo. *** Marcos Alan Costa Farias: Então para começar a entrevista, professora Deise Lucy. Eu gostaria que você falasse um pouco como foi a sua inserção na antropologia. Deise Lucy Oliveira Montardo: Então, eu queria contar lá do comecinho, porque eu fiz Ciências Sociais e antes de fazer Ciências Sociais, eu entrei na Engenharia de Alimentos. Uma coisa bem pragmática na época de adolescente. Eu fui sempre muito leitora, eu lia muito. Quando eu ia morar numa cidade do interior, eu morei em várias cidades, sempre procurava a biblioteca e começava a ler, baixar os livros da biblioteca e ler. E comecei a ler as revistas também, as revistas semanais. E no final dos anos setenta se falava de uma crise que ia acontecer. E eu pensava assim: "ah, se vai ter essa crise, as pessoas vão cada vez comer mais alimentos industrializados, então eu vou fazer Engenharia de Alimentos". Entrei na Engenharia de Alimentos e quando eu estava já na graduação eu conheci uma pessoa que fazia Ciências Sociais. O namorado de uma amiga. Quando ele disse: "Eu faço Ciências Sociais, Sociologia aqui na UFSC". O meu coração quase saiu pela boca, eu lembro que foi uma coisa incrível. Eu falei: "Mas tem este curso aqui na minha universidade? Eu posso fazer isso também?" Estava já em crise com a Engenharia. Conversei com minha família e eles concordaram com a mudança de curso. Eles falaram: "Você pode trocar, o importante é ser feliz". Nas Ciências Sociais, quando entrei, foi interessada em Ciência Política, eu queria entender a sociedade, a questão política, era época da abertura política, anos 80. E nas Ciências Sociais é que eu descobri a Antropologia. Nas Ciências Sociais eu tive professores, que trabalhavam com a questão indígena, e este universo foi me fascinando. Se eu for me lembrar desde criança eu tenho fascínio pela questão indígena, mas ali na graduação em Ciências Sociais foi que eu conheci a Antropologia. Depois eu conheci a arqueologia, trabalhei 10 anos com arqueologia. Via a possibilidade de trabalhar com a história indígena de longa duração. Trabalhei no Museu de Antropologia da UFSC, com Arqueologia, e no doutorado eu fiz na Antropologia Social. Luiza Maria Fonseca Câmpera: Quais as instituições que você trabalhou até chegar hoje na UFAM? D. L. O. M.: Quando estava fazendo a graduação, logo no início, eu comecei a trabalhar, fiz um concurso público e comecei a trabalhar na universidade, eu sempre estudei e trabalhei. Trabalhei muitos anos no Museu de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina, eventualmente eu dei algumas aulas Revista dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFAM 19
Este artigo discorre sobre o empoderamento da mulher na publicidade, por meio de uma análise a respeito da percepção social de mulheres sobre esta temática. Para tanto, foi necessário compreender o feminismo como agente de transformação social e empoderamento, entender como as transformações sociais auxiliam na construção das identidades e observar como a inclusão deste público nas mídias tem a capacidade de conduzir mudanças na vida das pessoas.
Cena
Morgada Assumpção Cunha relata sobre a criação do Grupo de Dança da UFRGS na Escola de Educação Física, grupo do qual foi diretora e coreógrafa de 1976 à 1983. O Grupo nasce no mesmo período que outros grupos de dança contemporânea de Porto Alegre, por um desejo da professora em estabelecer um trabalho como coreógrafa e das alunas do curso de educação física em ter um grupo de dança na universidade.
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Momento - Diálogos em Educação, 2019
Revista Estudos Políticos, 2020
Perspectiva Sociológica , 2022
Gonçalo M. Tavares: ensaios, aproximações, entrevista, 2018
Cadernos de Letras da UFF
Memórias da Imigração: Sírios e Libaneses no Rio de Janeiro, 2005
DISSENSÃO CONTÍSTICA EM TREMOR DE TERRA, DE LUIZ VILELA, 2017
Revista de História, 2007
Littera On Line, 2019
Revista de Direito Civil Contemporâneo, 2020
Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli, 2016
Revista Diversidade e Educação, 2019
Caderno Virtual de Turismo - Tempespaço, 2021