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RESUMO Este trabalho levanta e analisa o fantástico nos contos de Machado de Assis. Entre os quinze contos coligidos, verifica-se, em sua maioria, um padrão típico das narrativas fantásticas de Théophile Gautier, ambientadas no espaço onírico. Para efeitos de classificação, as obras foram divididas em gautierianas e não-gautierianas. Por diluir, desfazer ou racionalizar invariavelmente o inexplicável no desfecho das narrativas, a produção fantástica machadiana pode ser classificada como "quase-macabra", conforme o explicita, em seus aspectos técnicos e conceituais, o presente trabalho. ABSTRACT This work is a survey and an analysis of the fantastic in the stories of Machado de Assis. The fifteen collected stories reveal a pattern typical of Théophile Gautier's fantastic tales taking place ina dreamlike setting. For classification purposes, the works were divided into gautierian and non-gautierian ones. Because of the invariable diluting, subverting and rationalizing of the inexplicable in the tales' denouement, the fantastic in the machadian stories can be classified as " semi-macabre " , as argued by the present thesis on the strenght of the analysis of the stories technical and conceptual aspects.
A idéia de realizar e publicar esse debate em torno do livro Um Mestre na Periferia do Capitalismo -Machado de Assis (Duas Cidades, 1990, 227pp.), de Roberto Schwarz, explica-se sobretudo pela tentativa de reconstituir, de um ponto de vista polêmico, a transdisciplinaridade contida nesse trabalho de crítica literária. Em lugar de procurar um consenso estrito acerca do livro de Roberto Schwarz, foi nossa intenção -como o leitor verificará a seguir -reunir pessoas que representassem não apenas diferentes disciplinas e áreas de interesse, mas também posições diferenciadas e, por vezes, conflitantes. É bem verdade que, por essa via, nos livrávamos, ao mesmo tempo, de uma dificuldade que frequentemente tem impedido que Novos Estudos adquira uma feição mais polêmica: a escassez de intelectuais dispostos a discutir num nível que supere as simples idiossincrasias bem como a bajulação fácil. Embora esta tenha sido nossa primeira experiência desse gênero -a que procuraremos dar continuidade -, temos a convicção de que o resultado valeu a pena.
1908 e 2003. Separadas por noventa e cinco anos, estas datas marcam a ocorrência de encontros entre os historiadores e Machado de Assis. Na primeira delas, a morte do escritor enseja a publicação de "O Velho Senado" e de um texto sobre Machado, de autoria do Conde de Afonso Celso, na Revista do IHGB. Quase um século mais tarde, assiste-se à publicação de Machado de Assis historiador, de Sidney Chalhoub. O objetivo desta comunicação é demonstrar que, em cada um destes momentos, os historiadores encontraram em Machado aconcepção de história que era a deles. Procura-se evidenciar, além disso, que sua leitura da obra do romancista foi guiada por essas concepções, as quais se impuseram sob o preço de apagar a singularidade da concepção de história presente na literatura machadiana.
Revista Tempo e argumento, 2010
O Relíquias de Casa Velha foi o último livro organizado por Machado de Assis. Nele, o autor quis arejar sua casa ao expor as relíquias de um tempo passado, vivido e testemunhado por ele. Na leitura dos contos e dos outros textos não-ficcionais, é possível perceber uma relação entre o passado imperial e o presente republicano, época da organização do livro. Logo, esse artigo pretende discutir essa relação através de uma leitura mais atenta dos contos e problematizar os valores destacados pelo autor para seu tempo, por exemplo, patriotismo, modernidade, progresso e trabalho, e que seriam as relíquias do Império para a República.
Resenha do livro de Ana Claudia Suriani da Silva, Machado de Assis's Philosopher or Dog? From serial to book form. Oxford: Legenda (Maney Publishing), 2010.
Procuramos apresentar a série coletiva de crônicas “Balas de esta- lo”, da qual Machado de Assis fez parte, publicada na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, entre 1883 e 1886. Esta apresentação inclui a caracterização da Gazeta de Notícias e da série, que, por hipótese, possuía um projeto es- pecífico com diretrizes e procedimentos comuns que orientaram a escrita de seus colaboradores. Reinterpretamos, então, a participação de Machado na série, como sua escrita se particularizou, sob o foco de seu contexto de pro- dução, ao levar em conta informações trazidas à tona pelo estudo das “Balas de estalo” enquanto conjunto.
“Amas Machado de Assis?... esta inquietação me melancoliza.” Mário de Andrade traz esta indagação logo no primeiro parágrafo de seu texto sobre o autor em Aspectos da Literatura Brasileira. O texto de Andrade foi escrito em celebração ao centenário do autor e destaca as contribuições de Machado enquanto romancista, poeta, contista e cronista; além de discutir as posições ideológicas e o papel do autor na sociedade letrada oitocentista. O texto, espécie de exaltação melancólica da carreira de Machado de Assis, será ponto de partida para a reflexão sobre os aspectos que contribuíram para a canonização de Machado de Assis A compreensão do complexo processo de canonização começa com o estudo das escolhas literário-comerciais feitas por Machado de Assis ao longo da vida, enfatizando a sua longa relação com o livreiro B. L. Garnier. Destacam-se também suas contribuições para a crítica literária, com especial atenção aos textos “Ideal do crítico” e “Instinto de Nacionalidade”. No primeiro, Machado discute o papel do crítico naquele período, propondo que a crítica feita deveria seguir determinados preceitos, deixando de lado intrigas e amizades. “Instinto de nacionalidade” propõe uma reflexão sobre o estado da Literatura Brasileira, colocando em xeque a contribuição que o excesso de obras que tratavam da “cor local” para a consolidação da literatura no país, propondo a ideia de que era possível escrever obras que se detivessem na análise de caracteres. Segundo Machado de Assis, só a crítica fecunda poderia contribuir para a consolidação da Literatura Brasileira. Considerando que o processo de canonização depende da aceitação – ou não – pelos pares, assim como de instâncias de consagração que reafirmam a posição central de Machado de Assis no campo literário brasileiro, será necessário levar em conta para esta singela reflexão os textos de crítica do próprio Machado, de seus contemporâneos, e de críticos atuais.
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Literatura e resistência, 2018
Revista da Ordem dos Médicos, Ano 30, nº 152, Julho-Agosto 2014, p. 80-81 , 2014
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Interacoes Cultura E Comunidade, 2012
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