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…Maria! Maria, não me ouves? -Ela saiu -disse Pierre, o francês -acho que foi ter com o Carlos, ao museu. O Carlos era um algarvio que estava há mais de seis anos em Madrid. Diziam que ele tinha sido PIDE e que se tinha posto oportunamente na alheta, directo para Amesterdão. Aí orientou-se bem, meteu-se nos negócios de heroína e coca e veio para Madrid controlar uma parte dos negócios do gang a que pertencia. Tinha a melhor branca que circulava em Madrid e só consumia por desporto, erva e coca. Estava lá havia mais de cinco anos e nunca tinha tido problemas com a lei.
Os movimentos sociais latino-americanos entre 2000 e 2005 enfatizaram a ação direta, a democracia participativa de base e a desprofissionalização da política. O forma de assembleia tornou-se um local privilegiado de tomada de decisão deliberativa. As organizações populares combinaram o enfrentamento do Estado com a construção de novas formas de autogoverno que prefiguraram as sociedades pós-neoliberais e, em alguns casos, pós-capitalistas, que esperavam forjar. Contudo, quando os partidos progressistas assumiram a liderança do Estado em meados da década de 2000, os movimentos sociais se limitaram à "participação subalterna", que Mabel Thwaites Rey e Hernán Ouviña definiram como a incorporação pacificadora de setores populares nas engrenagens do Estado capitalista , Ao invés de "participação autônoma e antagônica", na qual mantêm sua capacidade de romper e lançar as bases para a transformação emancipatória. A luta necessária contra, dentro e fora do Estado transformou-se em uma luta moderada capturada pelo Estado.
Sedução non stop 1 7 A indiferença pura 33 Narciso ou a estratégia do vazio 47 Modernismo e pós-modernismo 75 A sociedade humorística 127 Violências selvagens, violências modernas 161 PRÓLOGO Os artigos e estudos aqui apresentados colocam, todos eles, embora a níveis diferentes-e só por isso se justifica a sua publicação em conjun too mesmo problema geral: a desagregação da sociedade, dos costumes, do indivíduo contemporâneo da época do consumo de massa, a emergência de um modo de socialização e de individualização inédito, em ruptura com o instituído desde os séculos XVII e XVIII. E esta mutação histórica em curso que estes textos se esforçam por evidenciar, considerando, com efeito, que o universo dos objectos, das imagens, da informação e dos valores hedonistas, permissivos e psicologistas que lhe estão ligados geraram, ao mesmo tempo que uma nova forma de controlo dos comportamentos, uma diversificação incomparável dos modos de vida, uma flutuação sistemática da esfera priva da, das crenças e dos papéis, ou, por outras palavras, uma nova fase na his tória do individualismo ocidental. O nosso tempo só logrou evacuar a escato logia revolucionária levando a cabo uma revolução permanente do quotidia no e do próprio indivíduo: privatização alargada, erosão das identidades so ciais, desafecção ideológica e política, desestabilização acelerada das perso nalidades, eis-nos vivendo uma segunda revolução individualista.
Habent sua fata libelli. Os maus livras também têm seu destino. A obra que estamos em vias de entregar ao público chocará, sem dúvida, aos leitores menos avisados. A crueza das cenas de deboche e a violência dos ataques a todos os princípios da moral consagrada abalam mesmo ao espírito mais habituado a leitura fortes. A depravada orgia da imaginação do famigerado Marquês é tamanha que ninguém o superou até agora e sua obra é, ainda hoje, o melhor documento dos desvarios a que pode atingir a mente humana Nada ele respeita. A religião, a moral, os costumes, os mais puros sentimentos de família a amizade, os nobres impulsos do coração humano são vilipendiados por este espírito doentio e degenerado.
Álacre, 2022
Dos vazios ninguém se livra. Porém, a capacidade de produzir presença a partir da ausência é o convite inadiável da literatura dos afetos, a exemplo do Caderno de um ausente, de João Anzanello Carrascoza, livro que serviu de mote inicial para os textos das escritoras e dos escritores presentes na antologia Morada dos vazios. Esta obra é o resultado do trabalho de conclusão da turma de 2022.2 na Imersão em Escrita dos Afetos, ensinada pelo Prof. PhD Francisco Silva Cavalcante Junior e promovida pelo Álacre-Laboratório de Literatura dos Afetos, projeto de extensão universitária do Instituto de Cultura e Arte (ICA) da Universidade Federal do Ceará. Os onze textos aqui reunidos apresentam a voz autoral de quem faz da palavra a travessia para o bem-querer e o bem viver, preenchendo ausências com palavras lapidadas em prosa e versos, um belo mostruário de literatura dos afetos.
Carlos Henrique Nunes Costa A capa da edição 734 da revista Carta Capital (Ilustração 1) já deixa clara a sentença dada pelos juízes-jornalistas ao tema. O martelo foi batido: a cultura brasileira atual é estéril. O
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2014-JENARO MARINHAS DEL VALLE-Invenção do Mar, 2014
MIDAS - Museus e Estudos Interdisciplinares, 2022
Revista Geográfica de América Central, 2011
Rio Mira - Moinhos de Maré, 2000
Cadernos de Linguística, 2020