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2021
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Perante as sucessivas crises financeiras, a decadência da democracia, a crise ambiental, a crise pandémica, soluções tecnocráticas como o 5G, a quarta revolução industrial, o grande reiniciar do Fórum Económico Mundial, a inteligência artificial, o pós-humanismo, devem ser escrutinadas por uma razão sábia, maduramente treinada, em vez de uma razão subordinada aos interesses das elites. As gerações mais bem formadas de sempre estão reféns do seu próprio profissionalismo, impotentes perante os desafios conhecidos e falhados há décadas, como a humanização das instituições. As evidências do caminho destrutivo que estamos a seguir levam as elites a promover campanhas de medo e terror para encobrir as suas responsabilidades e adiar qualquer oposição. A ciência e, sobretudo, o espírito científico também estão reféns da situação. O que se ensina nas escolas e nas universidades, o discurso único, a tecnocracia, reduz o espírito científico a seguidismo ignaro. Este livro propõe um diagnóstico da situação – a imposição política da ciência centrípeta – e uma perspectiva de libertação – a promoção institucional da ciência centrífuga.
ATAS DO CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE METODOLOGIA: DESAFIOS METODOLÓGICOS ATUAIS, 2021
O grupo tem por objetivo debater as bases lançadas pela Declaração Sobre a Ciência e o Uso do Conhecimento Científico, por ocasião da Conferência Budapeste, em 1º de julho de 1999, para a ciência do século XXI. Nessa linha, propõe um olhar para a renovação do ensino da ciência e da tecnologia, por vias formais ou informais, mediante uma análise da compreensão pública da ciência e da tecnologia como parte da cultura, tal qual dispõe a Declaração de Santo Domingo, do mesmo ano. Para tanto, serão bem-vindos trabalhos que versem sobre uma ciência interdependente, inclusiva e inovadora, com foco na cultura de paz e na diversidade cultural, na ciência e na tecnologia, a partir de uma perspectiva multidisciplinar, a partir de um ou múltiplos olhares: do discente, do professor/pesquisador, dos gestores de Instituições de Ensino Superior e da própria comunidade, no cenário local. A inclusão encontra-se relacionada a uma política educacional com matriz que inverta, ordene e mobilize preceitos, na gestão escolar ou universitária. Já a inovação se apresenta como um processo capaz de criar recursos tecnológicos aptos a enfrentar os desafios impostos pela pandemia de COVID-19, no âmbito do ensino-aprendizagem. Com isso, vislumbra-se uma grande oportunidade de reflexão crítica acerca da percepção dos vínculos e limites da ciência com a cultura e a tecnologia, frente à complexidade da crise global vivenciada pela humanidade. Neste contexto, destaca-se uma ciência a serviço da humanidade como um todo, sem distinções, com o objetivo de favorecer um entendimento mais profundo, com consciência social e inteligência coletiva, favorecido por inovações atentas à realidade e às necessidades locais.
Plano da obra II O primeiro obstáculo: a experiência primeira III O conhecimento geral como obstáculo ao conhecimento científico IV Exemplo de obstáculo verbal: a esponja. Extensão abusiva das imagens usuais V O conhecimento unitário e pragmático como obstáculo ao conhecimento científico VI O obstáculo substancialista VII Psicanálise do realista VIII O obstáculo animista IX O mito da digestão X Libido e conhecimento objetivo XI Os obstáculos do conhecimento quantitativo XII Objetividade científica e psicanálise Tornar geométrica a representação, isto é, delinear os fenômenos e ordenar em série os acontecimentos decisivos de uma experiência, eis a tarefa primordial em que se firma o espírito científico. De fato, é desse modo que se chega à quantidade representada, a meio caminho entre o concreto e o abstrato, numa zona intermédia em que o espírito busca conciliar matemática e experiência, leis e fatos. Essa tarefa de geometrização que muitas vezes pareceu realizada -seja após o sucesso do cartesianismo, seja após o sucesso da mecânica newtoniana, seja com a óptica de Fresnel -acaba sempre por revelar-se insuficiente. Mais cedo ou mais tarde, na maioria dos domínios, é forçoso constatar que essa primeira representação geométrica, fundada num realismo ingênuo das propriedades espaciais, implica ligações mais ocultas, leis topológicas menos nitidamente solidárias com as relações métricas imediatamente aparentes, em resumo, vínculos essenciais mais profundos do que os que se costuma encontrar na representação geométrica. Sente-se pouco a pouco a necessidade de trabalhar sob o espaço, no nível das relações essenciais que sustentam tanto o espaço quanto os fenômenos. O pensamento científico é então levado para "construções" mais metafóricas que reais, para "espaços de configuração", dos quais o espaço sensível não passa, no fundo, de um pobre exemplo. O papel da matemática na física contemporânea supera pois, de modo singular, a simples descrição geométrica. O matematismo já não é descritivo e sim formador. A ciência da realidade já não se contenta com o como fenomenológico; ela procura o porquê matemático. Da mesma forma, já que o concreto aceita a informação geométrica, já que o concreto é corretamente analisado pelo abstrato, por que não aceitaríamos considerar a abstração como procedimento normal e fecundo do espírito científico? Com efeito, ao examinar a evolução do espírito científico, logo se percebe um movimento que vai do geométrico mais ou menos visual para a abstração completa. Quando se consegue formular uma lei geométrica, realiza-se uma surpreendente inversão espiritual, viva e suave como uma concepção; a curiosidade é substituída pela esperança de criar. Já que a primeira representação geométrica dos fenômenos é essencialmente uma ordenação, essa primeira ordenação abre-nos as perspectivas de uma abstração alerta e conquistadora, que nos levará a organizar racionalmente a fenomenologia como teoria da ordem pura. Então, nem a desordem será chamada ordem desconhecida, nem a ordem uma simples concordância entre nossos esquemas e os objetos, como poderia ser o caso no campo dos dados imediatos da consciência. Quando se trata de experiências sugeridas ou construídas pela razão, a ordem é uma verdade, e a desordem, um erro. A ordem abstrata é, portanto, uma ordem provada, que não fica sujeita às críticas bergsonianas da ordem achada. Nossa proposta, neste livro, é mostrar o grandioso destino do pensamento científico abstrato. Para isso, temos de provar que pensamento abstrato não é sinônimo de má consciência científica, como parece sugerir a acusação habitual. Será preciso provar que a abstração desobstrui o espírito, que ela o torna mais leve e mais dinâmico. Forneceremos essas provas ao estudar mais de perto as dificuldades das abstrações corretas, ao assinalar a insuficiência dos primeiros esboços, o peso dos primeiros esquemas, ao sublinhar também o caráter discursivo da coerência abstrata e essencial, que nunca alcança seu objetivo de um só golpe. E, para mostrar que o processo de abstração não é uniforme, chegaremos até a usar um tom polêmico ao insistir sobre o caráter de obstáculo que tem toda experiência que se pretende concreta e real, natural e imediata. Para descrever o trajeto que vai da percepção considerada exata até a abstração inspirada pelas objeções da razão, vamos estudar inúmeros ramos da evolução científica. Como, a respeito de problemas diferentes, as soluções científicas nunca estão no mesmo estágio de maturação, não vamos apresentar uma seqüência de quadros gerais; não hesitaremos em pulverizar nossos argumentos para permanecer no contato mais preciso possível com os fatos. Entretanto, para obter uma clareza' provisória, se fôssemos forçados a rotular de modo grosseiro as diferentes etapas históricas do pensamento científico, seríamos levados a distinguir três grandes períodos: O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a Antigüidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas, como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que representa o estado científico, em preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o século XIX e início do século XX. Em terceiro lugar, consideraríamos o ano de 1905 como o início da era do novo espírito científico, momento em que a Relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre. A partir dessa data, a razão multiplica suas objeções, dissocia e religa as noções fundamentais, propõe as abstrações mais audaciosas. Idéias, das quais uma única bastaria para tornar célebre um século, aparecem em apenas vinte e cinco anos, sinal de espantosa maturidade espiritual. Como, por exemplo, a mecânica quântica, a mecânica ondulatória de Louis de Broglie, a física das matrizes de Heisenberg, a mecânica de Dirac, as mecânicas abstratas e, em breve, as físicas abstratas que ordenarão todas as possibilidades de experiência. Mas não nos restringiremos a inserir nossas observações particulares nesse tríptico, o que não seria suficiente para delinear com precisão as minúcias da evolução psicológica que desejamos caracterizar. Mais uma vez, as forças psíquicas que atuam no conhecimento científico são mais confusas, mais exauridas, mais hesitantes do que se imagina quando consideradas de fora, nos livros em que aguardam pelo leitor. É imensa a distância entre o livro impresso e o livro lido, entre o livro lido e o livro compreendido, assimilado, sabido! Mesmo na mente lúcida, há zonas obscuras, cavernas onde ainda vivem sombras. Mesmo no novo homem, permanecem vestígios do homem velho. Em nós, o século XVIII prossegue sua vida latente; infelizmente, pode até voltar. Não vemos nisso, como Meyerson, uma prova da permanência e da fixidez da razão humana, mas antes uma prova da sonolência do saber, prova da avareza do homem erudito que vive ruminando o mesmo conhecimento adquirido, a mesma cultura, e que se torna, como todo avarento, vítima do ouro acariciado. Mostraremos, de fato, a endosmose abusiva do assertórico no apolítico, da memória na razão. Insistiremos no fato de que ninguém pode arrogar-se o espírito científico enquanto não estiver seguro, em qualquer momento da vida do pensamento, de reconstruir todo o próprio saber. Só os eixos racionais permitem essa reconstrução. O resto é baixa mnemotecnia. A paciência da erudição nada tem a ver com a paciência científica. Já que todo saber científico deve ser reconstruído a cada momento, nossas demonstrações epistemológicas só têm a ganhar se forem desenvolvidas no âmbito dos problemas particulares, sem preocupação com a ordem histórica. Também não hesitaremos em multiplicar os exemplos, pois queremos mostrar que, sobre qualquer questão, sobre qualquer fenômeno, é preciso passar primeiro da imagem para a forma geométrica e, depois, da forma geométrica para a forma abstrata, ou seja, seguir a via psicológica normal do pensamento científico. Portanto, partiremos quase sempre das imagens, em geral muito pitorescas, da fenomenologia primeira; veremos como, e com que dificuldades, essas imagens são substituídas pelas formas geométricas adequadas. Não é de admirar que essa geometrização tão difícil e tão lenta apareça por muito tempo como conquista definitiva e suficiente para constituir o sólido espírito científico, tal como se vê no século XIX. O homem se apega àquilo que foi conquistado com esforço. Será necessário, porém, provar que essa geometrização é um estágio intermediário. Mas esse desenvolvimento feito através das questões particulares, no desmembramento dos problemas e experiências, só ficará claro se nos for permitido -desta feita fora de qualquer correspondência histórica -falar de uma espécie de lei dos três estados para o espírito científico. Em sua formação individual, o espírito científico passaria necessariamente pelos três estados seguintes, muito mais exatos e específicos que as formas propostas por Comte: l o -O estado concreto, em que o espírito se entretém com as primeiras imagens do fenômeno e se apóia numa literatura filosófica que exalta a Natureza, louvando curiosamente ao mesmo tempo a unidade do mundo e sua rica diversidade. 2 o O estado concreto-abstrato, em que o espírito acrescenta à experiência física esquemas geométricos e se apóia numa filosofia da simplicidade. O espírito ainda está numa situação paradoxal: sente-se tanto mais seguro de sua abstração, quanto mais claramente essa abstração for representada por uma intuição sensível. 3 o O estado abstrato, em que o espírito adota informações voluntariamente subtraídas à intuição do espaço real, voluntariamente desligadas da experiência imediata e até em polêmica declarada com a realidade primeira, sempre impura, sempre informe. Enfim, para terminar a caracterização desses três estágios do pensamento científico, devemos levar em conta interesses diferentes que, de certa forma, lhe constituem a base afetiva. A psicanálise, cuja...
Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), 2015
Este estudo objetivou averiguar, através do tema “Educação Ambiental”, Este estudo objetivou averiguar, por meio do tema “Educação Ambiental”, a aplicação de duas metodologias distintas para a aquisição do conhecimento: orientações teóricas e oficinas de reciclagem. O público alvo foram duas turmas de alunos dos oitavos anos de uma escola pública do município de São João del-Rei/MG. Na primeira turma, foram realizadas aulas teóricas e, na segunda, oficinas de reciclagem. O terceiro momento foi a aplicação do questionário nas duas turmas. Utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0, que mostrou que, as aulas práticas não influenciaram no aprendizado dos alunos se comparadas às aulas teóricas. Logo, observa-se a necessidade de serem realizadas mais pesquisas envolvendo didáticas metodológicas diferentes.
Revista Oculum Ensaios, 2020
At the end of the second decade of the 21st century, the "scientific mind" is once again attacked by a global antiscientificist wave with especially serious interferences in Brazil. This context proves the survival and continuous seduction of pre-scientific conceptions in the contemporary imaginaire. It is again necessary to revisit the efforts to review the foundation of science as undertaken by the French philosopher Gaston Bachelard (1884-1962) at the end of the 1930s, when Europe experienced a dark period of wars and excuses to obscurantism, violence, intolerance, and extermination. To recognize and defend the basis of the "formation of the scientific mind" in such adverse times certainly requires a restatement of the historical values of dialogue, sensitive experience, meticulous experimentation, the sharing of protocols, and public exposure to criticism and debate. However, a "psychoanalysis of objective knowledge" must go beyond and improve an incisive epistemological investigation that recognizes fake assumptions, distortions, and obstacles to the formation of a new scientific mind. Such "psychoanalysis" could contribute to invigorate and adjust the understandings and scientific practices in a new dialectical, critical, and conscious condition of the mobility of images and of the imaginaire's interactions that do not act upon any other field, except for politics, aesthetics, and ethics. ARTUR SIMÕES ROZESTRATEN
Vedada, nos termos da lei, a reprodução total ou parcial deste livro sem autorização da editora. Direitos adquiridos para a língua portuguesa por CONTRAPONTO EDITORA LIDA.
2010
7o Congresso Latino-Americano de História da Ciência e da Tecnologia, SBHC, UFBA, Salvador, Brazil, November 2010
2014
A revista Intellèctus (Uerj), em seu segundo número do volume XIII, dá início a uma nova fase de seu projeto editorial, passando a incluir dossiês temáticos organizados por especialistas convidados, como este que temos o prazer de apresentar sobre o tema "Intelectuais, ciência e modernidade". Os artigos que reunimos trazem resultados de pesquisas originais, vinculadas às distintas matrizes no campo da história intelectual, na sua especial interface com a
Título original: La Formation de l'esprit scientifique : contribution à une psychanalyse de la connaissance Tradução de: La Formation de 1'esprit scientifique : contribution à une psychanalyse de Ia connaissance ISBN 85-85910-11-7 1. Epistemologia. 2. Ciência -Filosofia. 3. Teoria do conhecimento. I. Abreu, Esteia dos Santos. II. Título.
2016
Science has played a central role in what Max Weber called the disenchantment of the world. The world of science is a causal mechanism, a world of intelligible causes and effects which works according to rational laws. This is a world where magic and religions are banished to the horizon of the irrational, and where only what is calculable and usefull is rational. Science and technology cannot give meaning to a world conceived that way. However, nowdays, we face discourses that claim precisely the opposite, and the most exciting is the fact that they claim the science and technology as the key elements that enable to re-enchantment of the world. We aim with this project present a systematization of theories whose focus is the re-enchantment of the world through scientific and technological means but we will not limit ourselves to a systematic presentation. We have as a broader and central objective a critical analysis of such theories, evidencing not only their themes, approaches and arguments, but also its shortcomings and dilemmas regarding the diagnosis of the role of science and technology in the contemporary world.
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Revista Crítica de Ciências Sociais, 2004
Crise e Crítica - Revista latino-americana de filosofia e política, 2023
CATAVENTOS - Revista de Extensão da Universidade de Cruz Alta, 2021
Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 2017
Comunicação & Educação, 2013
Revista da Escola Superior de Guerra, 1969
In C. P. Correia (Ed.), Primeiro Encontro de História das Ciências Naturais e da Saúde (pp. 55–80). Shaker Verlag / Instituto Rocha Cabral, 2005
Dialogia, 2016
Revista Insignare Scientia - RIS, 2021
Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), 2005
31 Desafios para o Ensino Superior - Ensaios, 2019
Revista de Letras, 2010
"Impactos das mudanças climáticas na América Latina e no Caribe, 2022
Revista Brasileira de História da Ciência
Ciência & Saúde Coletiva