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2020, DISSERTATIO Revista de Filosofia
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Nossa investigação propõe a hipótese de que os introitos dos diálogos platônicos não se esgotam enquanto mero recurso dramático para suas respectivas ambientações, mas visam, sobretudo, expor as disposições de espírito necessárias para o fazer filosófico e o método que o põe em movimento. Ante a impossibilidade de recorrer ao exame particular de cada introito, escolhemos Parmênides como diálogo exemplar a ser investigado. Os resultados obtidos apontaram que há, no introito selecionado, uma compreensão do método dialético enquanto condução fortuita, global e paradoxal que leva à rememoração e que, como tal, é acompanhado de uma disposição que se explicita enquanto um fazer-se presente no lugar do encontro e da conversa, deixando-se conduzir corajosamente à rememoração pela ausculta cuidadosa.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, 2020
Este estudo se ocupa com algumas questões do prólogo do Parmênides, que, em geral, passam desapercebidas, mas são importantes para a compreensão da arquitetônica do diálogo. Haverá de ter, por exemplo, algum significado o fato de Platão trazer para dentro do Diálogo, Céfalo de Clazômenas (da Jônia), que veio para Atenas encontrar Antífon e ouvir dele um relato de Pitodoros sobre o que Parmênides e Zenão, vindos de Eleia (da Magna Grécia), confabularam com Sócrates em Atenas. Clazômenas é a terra de Anaxágoras, daquele que, a convite de Péricles, fundou em Atenas uma escola filosófica. Do debate que ocorreu entre Parmênides, Zenão e Sócrates, na casa de Pitodoros, foi Pitodoros, quem, por primeiro, registrou de memória; depois ele passou a Antífon (irmão de Platão por parte de mãe), e, Antífon, passou a Céfalo, que, enfim, veio a ser, e não o irmão de Platão, o relator do Diálogo. Há, pois, um fluxo de personagens e de regiões que compõem o Diálogo. Há ainda algo inusitado: Zenão, pe...
ConTextura, 2017
O artigo tem por objetivo demonstrar como o diálogo Cármides é uma resposta hábil e sutil de platão às contradições e desafios do seu tempo; e não, como poderia parecer, apenas uma busca infrutífera por uma definição ou um mero exercício intelectual. Para tanto, oferecemos contextualização do diálogo através de uma reconstrução da conjuntura histórica e política dos períodos arcaico e clássicos, valendo-nos da noção de temperança (σωφροσύνη) como fio-condutor. The article attempts to show how the dialog Charmides is a skillful and subtle response by Plato to the contradictions and challenges of his time; and not, as one could assume, a fruitless search for a definition or a vain intellectual exercise. In order to do that, we’ll contextualize the dialog through a reconstruction of the historical and political conjuncture of the archaic and classical periods, using the notion of temperance (σωφροσύνη) as our guide.
Voluntas, 2020
Resumo: O objetivo deste texto é evidenciar o papel desempenhado pela noção de "aporia" no Parménides de Platão. Depois de ter descrito alguns dos usos da noção nos diálogos platónicos, o texto concentra-se no Parménides, analisando: 1. O debate de Sócrates com Zenão; 2. O conjunto de objeções apresentadas por Parménides ao uso por Sócrates das noções de "separação" e "participação", focadas em particular no "Argumento do Terceiro Homem"; 3. Algumas conclusões paradoxais resultantes das oito "Hipóteses sobre o Um", na segunda parte do diálogo. Com o objetivo de sustentar a unidade da Obra, argumentando a favor do uso dos "resultados atingidos na II parte do diálogo para resolver os problemas levantados na I", defendemos que o exercício de Parménides sobre o Um e os Outros propõe uma reformulação da dialética, denunciando a deficiência da prática atribuída a Zenão, de reduzir ao absurdo as consequências da hipótese "Se há muitos". Em vez disso, o Eleata examina as consequências de "Se há Um", mediante a relacionação do Um consigo próprio e com cada um dos Outros; depois dos Outros consigo próprios e com quaisquer outros, primeiro afirmando, depois negando, a hipótese.
Gêneros Poéticos da Grécia Antiga, 2014
No Górgias, Sócrates se desculpa antecipadamente à personagem homônima, caso ela venha a entender que sua crítica à retórica lhe pareça ser uma ridicularização de sua atividade profissional (462e-463a). A ocorrência do verbo diakōmōidein nesta passagem (literalmente, “fazer comédia de”, 462e7) não é uma escolha acidental de Platão, pois a discussão subsequente entre Sócrates e Polo é de fato permeada de elementos tipicamente cômicos. Todavia, a menção indireta à comédia neste trecho do Górgias não parece indicar apenas que o debate entre as personagens remeta o leitor aos agōnes cômicos, tais como aqueles que conhecemos por meio das peças supérstites de Aristófanes; Platão parece ter em mente aqui, no tratamento da retórica como uma espécie de “lisonja” (kolakeia), uma comédia aristofânica em específico: Os Cavaleiros, encenada no festival das Leneias em 424 a.C. Nela, Aristófanes satiriza a figura do político Cléon (sob a máscara da personagem Paflagônio) e do político democrático em geral, bem como sua relação de dominação e/ou subserviência para com o Povo, representado na peça também como personagem. O objetivo principal desta comunicação, portanto, será mostrar como em Os Cavaleiros encontram-se presentes diversos elementos de caracterização da prática oratória que serão centrais na crítica de Platão à retórica no Górgias, quando ele a define como uma espécie de lisonja (462b-466a). Serão ressaltadas nesta análise tanto as semelhanças de imagens, analogias e metáforas empregadas por ambos os autores (e, em especial, a analogia entre retórica e culinária), quanto os ecos verbais, com o intuito de mostrar como Platão parece se apropriar de elementos da sátira aristofânica na sua reflexão crítica sobre a retórica e a democracia ateniense no Górgias. Se é neste diálogo que se verifica uma das primeiras ocorrências do termo rhētorikē na história da literatura grega, então a comédia Os Cavaleiros de Aristófanes nos oferece, em contrapartida, indícios de que a caracterização da prática oratória como kolakeia precede a abordagem crítica do filósofo.
The Third Man Argument found in the Parmenides is a formidable objection to the Theory of Forms, and it is well known that Plato left us no explicit answer to it. In recent decades the argument was scrutinized by commentators, becoming commonplace to divide it into some logical steps: the principles of self-predication, non-identity and " one over many ". Since the infinite regress arises from the combination of these three principles, those who want to defend that the argument is not a definitive objection to the Theory of Forms cannot accept that these three principles integrate Plato's philosophy simultaneously. As such, in this paper we undertake a critical examination of the contributions of some leading Platonists regarding the problem at hand.
Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, 2020
Diz Cornford (em seu Plato and Parmenides: Way of truth and Plato’s Parmenides) que o diálogo Parmênides inicia “a série das obras nas quais Platão pela primeira vez confronta a sua própria doutrina com os principais sistemas dos predecessores e a submete a um exame crítico” (p. 63). Sim, mas é ainda mais: a reconstrução do diálogo à luz do método hermenêutico de Tübingen-Milão nos leva a colher a estrutura na qual se entrecruzam as visões ontológicas em três níveis, do mundo físico às Ideias e das Ideias aos Princípios primeiros. O elemento-chave do desenvolvimento estrutural não apenas teorético, mas também dramático, é o vínculo que se interpõe entre as duas partes do diálogo. Apenas a unidade entre as duas partes torna plausível e justificável o percurso dialético registrado no texto, como tentar-se-á evidenciar. A primeira parte do Parmênides traz a teoria das Ideias, mas abre mão de uma protologia. Não obstante isso, uma visão completa do texto põe em jogo o Uno e o/s Outro/Ou...
2023
Nosso objetivo aqui é fazer um recorte e apresentar uma reflexão recente que tivemos sobre a possibilidade de entender a temática do tempo (140e-141e), abordada pelo personagem platônico Parmênides, a partir de um paralelo com os paradoxos de Zenão que chegaram até nós através do testemunho de Aristóteles e Diógenes. Assim, primeiramente apresentamos como estamos lendo esses paradoxos, em seguida contextualizamos como a temática do tempo surge no Parmênides, e como um paralelo com Zenão pode nos ajudar a compreendê-la.
Revista DIAPHONÍA
Neste trabalho, discutiremos a visão de Platão sobre a dialética, sua relação com os pensadores pré-socráticos Heráclito e Parmênides, e os desafios filosóficos que ele enfrentou. Platão viveu em um período de mudanças na Grécia clássica, onde tradições filosóficas antigas não mais atendiam às novas formas de pensar e viver. Heráclito enfatizou a importância da mudança e do combate como fundamentais para a existência, enquanto Parmênides buscava a verdade por meio de argumentos racionais não contraditórios. Essas perspectivas colocaram Platão diante de questões complexas, que ele explorou em sua própria filosofia.
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Caderno Anpof XV, 2013
Veritas (Porto Alegre), 1997
Cadernos Da Fucamp, 2014
Ética e Filosofia Política, 2023
Revista PHILIA | Filosofia, Literatura & Arte
Vol. 44, N.4, 2021
PERSPECTIVAS EM FILOSOFIA DA MENTE: Atas do IX Colóquio Internacional de Filosofia da Mente , 2017
Anais de Filosofia Clássica, 2007
Eλληνικo βλεμμα, 2017
Polyphonía/Solta a voz, 2007
Hypnos Revista Do Centro De Estudos Da Antiguidade Issn 2177 5346, 2004