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Praxis Educacional, 2020
Resumo: Os jardins e os parques urbanos são espaços públicos construídos socialmente pela ação humana, nas suas múltiplas dimensões e na diversidade dos grupos sociais, culturais e geracionais que os frequentam. No entanto, o espaço urbano não tem sido compatível com a inclusão social plena de todas as crianças. Estes espaços são geralmente concebidos sem a sua participação, com base numa série de assunções e imaginários culturais e sociotécnicos sobre a infância e as crianças. Estas assunções, ao serem efetivadas no espaço público, contribuem para a estandardização e normalização das crianças nesses espaços, com implicações nos modos de administração simbólica da infância contemporânea, nomeadamente pela restrição da sua agência e práticas socioespaciais. Este artigo analisa o(s) modo(s) como crianças e adultos percebem e experienciam dois espaços públicos diferenciados da cidade de Lisboa (Portugal): o Jardim Vasco da Gama, em Belém e o Parque urbano da Quinta das Conchas, na Alta de Lisboa. Partindo de uma análise etnográfica assente na observação participante e em entrevistas qualitativas a frequentadores destes espaços e recorrendo a perspectivas da Sociologia Urbana e da Sociologia da Infância, pretende-se dar visibilidade às crianças como produtoras de conhecimento diferenciados dos adultos. Estes estudos de caso possibilitam discutir a situação da infância na cidade como revelador social, com especial incidência nos jardins/parques urbanos, enquanto espaços sociais estruturados, onde as crianças são particularmente tornadas visíveis nas interdições formais e simbólicas feitas às mesmas, mas também no modo como se apropriam do espaço público e efetivam o seu direito à cidade. Palavras-chave: Cidade. Infância. Jardins/Parques urbanos. Abstract: Urban gardens and parks are public spaces socially constructed by human action, in their multiple dimensions and in the diversity of the social, cultural and generational groups attending them. However, urban space planning and management have not been fully compatible with the social
FONTES, João Luís Inglês (dir.); GOUVEIA, António Camões; ANDRADE, Maria Filomena e FARELO, Mário (coords.), Bispos e Arcebispos de Lisboa, Lisboa, Livros Horizonte, 2018, pp. 691-701, 2018
Uma obra sobre os bispos e arcebispos de Lisboa e as suas formas de representa-ção não ficaria completa sem abranger os usos heráldicos desses prelados. Porque, a partir de certa época, a seleção de um emblema heráldico passou a ser inerente ao múnus episcopal, nem que fosse para a abertura de cunhos dos respetivos selos de autenticação. Ainda hoje em dia, aqueles que ascendem à condição episcopal são instados a escolher um emblema, que geralmente se coaduna com as normas vigentes da heráldica eclesiástica. Mas nem sempre foi assim.
há uma espécie de personagem que domina a narrativa completamente, atravessando cerca de mil anos de história de Portugal. Trata-se da cidade de Lisboa, que assume na narrativa um papel central, onipresente. Mais do que uma referência geográfica, o autor transforma essa cidade em um espaço polifônico, com um protagonismo diferenciado no enredo, já que através dele é discutida e problematizada a ideia de uma identidade portuguesa. Essa importância de Lisboa na obra transcende a condição de lócus para se constituir em uma tessitura de referências, que, entretanto, foram esquecidas no tempo. Resgatadas pela escrita literária de Saramago, elas rememoram especialmente as raízes mouras soterradas pela ação dos reis católicos portugueses e suas lutas por expansão e ocupação de territórios. Apesar das marcas da presença árabe não serem mais visíveis, elas foram recuperadas em História do cerco de Lisboa, quando o autor reconta à sua maneira a expulsão dos mouros da capital portuguesa e a conecta com a Lisboa do presente. Nossa abordagem parte dos estudos de paisagem desenvolvidos por Michel Collot, elaborando uma análise em que considera a escrita dessa cidade como uma construção cultural, na medida em que se articulam história, memória e identidade.
Mouraria é um dos mais tradicionais bairros da cidade de Lisboa, que deve o seu nome ao facto de D. Afonso Henriques, após a conquista de Lisboa, ter confinado uma zona da cidade para os muçulmanos. Foi neste bairro que permaneceram os mouros após a Reconquista Cristã. Por sua vez, os judeus foram confinados aos bairros do Castelo. Neste e nos bairros circundantes, tiveram origem as primeiras produções de arte mudéjar portuguesa, que viriam a dar alas para o surgimento do Manuelino. A dolência e a melancolia dos seus cânticos estão na origem do Fado. Nasceu na Rua do Capelão, junto ao Beco dos Três Engenhos, Maria Severa Onofriana, primeira fadista portuguesa e expressão máxima do fado à época. Na casa em frente, nasceu já no século XX, aquele que foi considerado o "rei do fado da Mouraria", Fernando Maurício. A Rua do Capelão faz hoje parte da iconografia do Fado. Mais acima, numa casa cor-de-rosa da Travessa dos Lagares, cresceu Mariza, a mais internacional fadista portuguesa contemporânea. Junto à casa, agora fechado ao público, localizava-se o restaurante Zalala, onde Mariza aprendeu a cantar fado. Depois da abertura ao público do Centro Comercial da Mouraria no Martim Moniz, o bairro tornou-se num local bastante movimentado e acolhedor. Actualmente, a Mouraria é considerado um dos bairros mais seguros da capital; é um ponto de encontro de gentes de diferentes culturas e, simultaneamente, um local que mantém vivas as suas antigas tradições populares, como se pode confirmar pela existência de várias casas de fado, bares, tabernas e colectividades culturais e desportivas a par de estabelecimentos comerciais de origem chinesa e indiana, entre outros. ALFAMA
ABSTRACT: This paper examines the relationship between memory, desire and space, with reference to Lisbon as it is described by José Cardoso Pires in his book Lisboa - Livro de bordo. Vozes, olhares, memorações. I aim to investigate the problem of the representability of postmodern dematerialized spaces, whether in face of the transformation of places into non-places, either by the erosion of the globalizing world and the consequent impossibility to access the “real” in an unmediated way, ie, through an “ontologically pure” mimesis.
2010
Resumo: João Francisco Lisboa, jornalista e historiador maranhense, foi considerado por Capistrano de Abreu como um dos maiores historiadores brasileiros do século XIX, especialmente por ter sido julgado o pioneiro na escrita de uma história "das municipalidades". Entretanto, isso não foi suficiente para que Lisboa se igualasse a Varnhagen, o grande historiador brasileiro da época. A proposta deste trabalho consiste em analisar algumas das características da escrita da história de Lisboa em confronto com outras de Varnhagen, avaliando quais eram as possibilidades discursivas para maior valorização do último do que de Lisboa. No confronto dos enunciados entre uma história mais regional e uma história geral do Brasil, podemos observar algumas das possibilidades discursivas sobre como se escrevia a história do Brasil no século XIX. Palavras-chave: Varnhagen; historiografia; Lisboa.
ROTA DOS JARDINS HISTORICOS DE LEIRIA, 2020
O ICOMOS-IFLA International Comitee for Historic Gardens, reunindo em Florença a 21 de Maio de 1981, decidiu emitir uma carta sobre a preservação dos jardins históricos que levaria o nome dessa cidade. A actual Carta de Florença foi preparada pelo Comité e registada pelo ICOMOS a 15 de Dezembro de 1982 como uma adenda à Carta de Veneza cobrindo o campo específico correspondente. Artigo 1. “Um jardim histórico é uma composição arquitectónica e hortícola com interesse para o público pelo seu ponto de vista histórico ou artístico”. Como tal, deve ser considerado como sendo um monumento. Artigo 4. A composição arquitectónica do jardim histórico inclui : • A sua planta e a sua topografia. • A sua vegetação, incluindo as suas espécies, proporções, esquemas de cores, espaçamentos e alturas respectivas. • Os seus elementos estruturais e decorativos. • A sua água, corrente ou parada, reflectindo o céu. Artigo 5. Como expressão da afinidade directa entre a civilização e a natureza, e como lugar de fruição adequado à meditação ou ao repouso, o jardim adquire assim o significado cósmico de uma imagem idealizada do mundo, um “paraíso” no sentido etimológico da palavra e, mesmo, um testemunho de uma cultura, de um estilo, de uma época e, frequentemente, da originalidade de um artista criador. Artigo 23. É tarefa da responsabilidade das autoridades adoptarem, sob o parecer de peritos qualificados, as apropriadas medidas legais e administrativas para a identificação, registo e protecção dos jardins históricos. Deve ser prevista a preservação desses jardins no enquadramento dos planeamentos de utilização do território, e essas previsões devem ser taxativamente mencionadas nos documentos relacionados com o planeamento regional e local. Também é tarefa da responsabilidade das autoridades adoptarem, sob o parecer de peritos qualificados, as medidas financeiras que facilitem a manutenção, a conservação e o restauro, e, quando necessário, a reconstrução dos jardins históricos. Artigo 25. O interesse pelos jardins históricos deve ser estimulado por todo o tipo de actividades capazes de enfatizarem o seu real valor como parte do património e devem ser encorajados os seus melhores conhecimento e apreço, através de : promoção de investigação científica; troca e circulação internacional de informação; publicações, incluindo trabalhos destinados ao público em geral; encorajamento do acesso pelo público, sob adequadas condições de controlo, e uso dos media para o desenvolvimento do reconhecimento da necessidade de serem respeitados a natureza e o património histórico. Os mais extraordinários jardins históricos devem ser propostos para inclusão na Lista do Património Mundial. CARTA DE FLORENÇA “Os jardins são espaços de vida, de contemplação, de produção, de fruição em que elementos como as plantas e a água lhe conferem excecionalidade e, ao mesmo tempo, fragilidade e efemeridade. São ecossistemas e obras de arte. Um jardim histórico tem uma valia acrescentada que resulta do seu valor como património cultural e património natural. Aqui património natural e património cultural fundem-se reclamando uma única perspetiva de conservação e manutenção e também de fruição e de apreciação.” In “Manifesto pela Salvaguarda dos Jardins Históricos de Portugal”, ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS JARDINS HISTÓRICOS, 2017 A composição arquitetónica do jardim histórico inclui: • A sua planta e a sua topografia. • A sua vegetação, incluindo as suas espécies, proporções, esquemas de cores, espaçamentos e alturas respetivas. • Os seus elementos estruturais e decorativos. • A sua água, corrente ou parada, refletindo o céu. Os jardins históricos são bens de valor estratégico para a sociedade, a economia, a cultura e o meio ambiente. Constitui uma tarefa coletiva, preservar os jardins históricos de modo a transmitir esta herança cultural às gerações futuras. A Rota de Jardins Históricos de Leiria que agora se apresenta visa estimular a divulgação e partilha de informação sobre este património, assim como o seu reconhecimento e apreço.
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Ceuta e a Expsnasão Portuguesa. Actas do XIV Simpósio de História Marítima: 10 a 12 de novembro de 2015, Lisboa, Academia de Marinha, 2016, p. 297-323.
UNIDADE CURRICULAR DE PROJECTO II , 2017
O VIADUTO DE ODIVELAS DA LINHA AMARELA DO METROPOLITANO DE LISBOA, 2002
CONJUNTO DE AZULEJOS NO TERRAÇO DA GALERIA DAS ARTES, 2022
Revista Projetar - Projeto e Percepção do Ambiente