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2020, Filosofia I
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184 pages
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Material didático para ensino de Filosofia produzido para NTE/UAB/UFSM
Desde os primórdios até hoje em dia o homem ainda faz o que o macaco fazia, eu não trabalhava eu não sabia que o homem criava e também destruía... Titãs 1 "Desde os primórdios até hoje em dia..." o homem aprendeu a viver e conviver em grupo, e isso, ocorreu por diversos motivos. Certamente, as adversidades enfrentadas para superar as dificuldades climáticas e naturais foram as mais significativas, contudo, não foram as únicas razões que levaram os homens se aproximarem um dos outros. O homem ao perceber que para manter sua sobrevivência era necessário se unir, começou a procurar no outro algo que coincidia com seus interesses, segundo sua maneira de agir e pensar. Foi dado nesse momento, o primeiro passo em direção ao reconhecimento do outro como parte integrante de nós mesmo. Essa dependência do outro para sobreviver e incapacidade de ser totalmente independente, despertou nesses primeiros seres humanos outras necessidades, como por exemplo, a capacidade de se comunicar e de trabalhar em grupo. Assim, com o passar do tempo o homem descobriu que para criar novas ferramentas, construir abrigos para seu sustento e proteção, bem como, transmitir ideias, expressar sentimentos, vontades, interesses e emoções, seria mais fácil se fosse feito de maneira coletiva. Esse convívio despertou capacidades intelectuais e sensitivas que foram sendo desenvolvidas, descobertas e criadas pelo próprio homem, passando de gestos e sinais para a música, a arte, para o aprimoramento da linguagem e das diversas manifestações culturais existentes (folclore, lendas, mitos, etc.), política, educação, ciência, história, entre outras. Todas essas relações existentes criadas entre os seres humanos que conviviam em grupo, foram chamadas de relações sociais, pois, segundo alguns sociólogos, historiadores e cientistas, se elas não tivessem existido, certamente a nossa sociedade viveria de uma outra maneira completamente diferente da atual. 1 Grupo de rock brasileiro que fez sucesso nas décadas de 80 e 90 no Brasil. A música citada no texto se chama Homem primata e foi registrada em nome da banda. Filosofia, Ética e Cidadania: educação para a formação do jovem e do adulto na sociedade CESU -Centro de Estudos Supletivos Custódio Furtado de Sousa Página 2 Em nossa sociedade é primordial a existência de pessoas que integram e interagem reciprocamente, contudo, isso não quer dizer que essas relações são fixas e imutáveis, pelo contrário, são dinâmicas, imprecisas, por muitas vezes transformadoras e, sobretudo, interativas. É com o intuito de aprender um pouco melhor sobre o homem e a sua forma de pensar, de relacionar e de criar, que buscamos nos textos a seguir, entender um pouco sobre o conceito sobre ' O Homem, o Poder, a Democracia e Estado'. A intenção desse curso de filosofia é instigar o aluno para o pensamento filosófico, possibilitando ao mesmo, conhecer e refletir um pouco mais acerca desse homem, que com o passar dos anos, aprendeu a dar sentido e significado as coisas. O HOMEM E A RELAÇÃO SOCIAL A relação social pode ser compreendida de diversos modos, dentre elas podemos citar: desde o simples encontro de duas pessoas na rua, até uma relação social mais complexa, como a do trabalho, da política, comercial, econômica, religiosa, cultural, familiar, da comunidade em que vivemos, entre outras. Segundo o sociólogo chamado Max Weber, essa reciprocidade é dotada de sentidos comuns. Para ele, o que define se existe uma relação social, é justamente a capacidade de duas ou mais pessoas elaborarem "códigos" que sejam comuns de entendimento. Como exemplo, podemos citar a relação de respeito, de autoridade e de obediência. Assim, quando elaboramos determinados "códigos" que definem uma certa relação social, como sinal vermelho indicando que é proibido passar com o carro ou quando gritamos socorro em momentos de algum apuro, ou mesmo, quando ficamos em sentido, como sinal de respeito ao hino nacional, nós estamos utilizando de determinados modos comuns de entendimento com a certeza que eles estão de acordo com os nossos princípios sociais. Segundo Max Weber, esses sinais de respeito e de obediência, somente é possível por existir nas relações sociais, pessoas quem mandam e obedecem, pois aceitam a autoridade daquele que deu a ordem como ordem. Por exemplo; caso o capitão do exército dê uma ordem e os soldados obedecem, é porque eles aceitam aquela autoridade como capaz de emitir a eles uma ordem que não pode ser negada, se quer podendo passar em sua cabeça a possibilidade de rejeitá-la. Filosofia, Ética e Cidadania: educação para a formação do jovem e do adulto na sociedade CESU -Centro de Estudos Supletivos Custódio Furtado de Sousa Página 3 Para o filósofo Karl Marx, essa perspectiva é bem diferente do modo de pensar de Max Weber. Para Marx, nesse caso, o soldado somente aceitaria tal ordem do capitão porque ele, soldado, está preso numa relação social de trabalho, ou seja, no modo de produção. Nesse caso, cabe ao soldado, pelo que ganha, e segundo o que faz e as regras sociais do seu trabalho, cumprir da melhor maneira possível a ordem do seu superior. Caso esteja muito complicado para visualizar o exemplo acima, vamos pensar de outro modo. Imagine numa relação de trabalho numa fábrica, onde existe o dono, o gerente, engenheiro responsável e o trabalhador. Se por ventura algum deles, de menos o dono, desobedeça uma ordem, provavelmente esse empregado sofrerá punições. O que faz com que ele obedeça sem contestar muito tal ordem é justamente, saber que ele necessita daquele dinheiro no final do mês para sobreviver. Para Marx, essas relações sociais não podem ser consideradas como estáticas, justamente, por estarem ligadas as diversas forças produtivas existentes. Desse modo, ao adquirir novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, e modificando o modo de produção, e o seu modo de viver. Segundo Marx nos informa: As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, e modificando o modo de produção, o seu modo de ganhar a vida, modificam também todas as relações sociais (Marx, K. In: BIROU, Alain. Dicionário de Ciências Sociais. P.335). Como vimos, para Marx, ao contrário do pensamento de Weber, o homem e suas relações sociais estão vinculadas ao modo de trabalho e de produção do homem e, para Weber, numa conduta de várias pessoas, segundo o sentido significativo atribuído à ação das pessoas.
O que essa pergunta pede? Geralmente perguntas da forma "O que é ____?" pedem uma definição, entendida como a especificação de condições necessárias e suficientes para que algo seja o que é. No presente caso, são as condições necessárias e suficientes para que algo seja filosofia que estão em questão. Mas agora que já temos uma ideia do que essa pergunta pede, como podemos respondê-la? Se alguém nos pergunta qual é o peso de um certo objeto, sabemos o que devemos fazer para responder à pergunta. Devemos procurar uma balança, colocar o objeto no local apropriado e olhar para o mostrador da balança para ver o que ele registra. Essas são as instruções que devemos seguir, desde o começo, para responder à pergunta sobre o peso de um objeto. Mas quais são as instruções que devemos seguir na tentativa de responder à pergunta "O que é filosofia?" É claro que nem a filosofia é um objeto físico, nem a pergunta pede informação sobre alguma característica física da filosofia. Sendo assim, qual a primeira coisa que devemos fazer ao tentar responder a essa pergunta? É claro, também, que devemos pensar, refletir, sobre a filosofia. Mas como devemos fazer isso? Qual é o primeiro passo nessa reflexão? Para quem está no início dos seus estudos filosóficos, uma resposta tentadora a essa meta-pergunta (ou seja, a essa pergunta sobre outra pergunta) consiste em dizer que devemos examinar a história da filosofia, prestando atenção no que os grandes filósofos disseram sobre a filosofia. Dado que são grandes, pensa-se, eles devem ter tido uma excelente compreensão do que a filosofia é. Portanto, no que essas autoridades no assunto disseram sobre a filosofia, deve estar a resposta à pergunta "O que é a filosofia?". Essa estratégia tem vários problemas que a tornam irremediavelmente errada. (1) A natureza ou essência da filosofia é matéria de enorme controvérsia entre os filósofos. Alguns deles dizem coisas sobre a natureza da filosofia que são mutuamente incompatíveis, ou seja, coisas que não podem ser todas verdadeiras. Aqui há duas alternativas. Se as afimações dos filósofos forem contraditórias entre si, então uma delas é verdadeira e a outra é falsa. Se forem contrárias, então talvez ambas sejam falsas 2. Se tais afirmações forem, de um jeito ou de outro, incompatíveis entre si, se for o caso que nem todas as afirmações dos filósofos sobre a filosofia podem ser verdadeiras, como podemos saber quais são as verdadeiras e quais são as falas? Duas afirmações são contraditórias quando são incompatíveis e uma é a negação da outra. Por exemplo: "A filosofia é uma ciência" e "A filosofia não é uma ciência". Essas afirmações não podem nem ser ambas verdadeiras, nem ambas falsas. Duas afirmações são contrárias quando são incompatíveis, embora uma não seja a negação da outra. Por exemplo: "Isso é completamente verde" e "Isso é completamente vermelho". Essas afirmações não podem ser ambas verdadeiras. Todavia, podem ser ambas falsas.
1. "Eu afirmo que a Verdade é tal como a escrevi: cada um de nós é medida das coisas que são e das que não são, de mil modos entretanto um do outro diferindo, por isso mesmo que, para um, umas coisas são e parecem, mas outras, para outro." (cf. Platão, Teeteto 166d). Dessas palavras, proferidas por Sócrates em nome de Protágoras na famosa Apologia de Protágoras contida no Teeteto, não creio seja incorreto dizer que elas antecipam, de algum modo, na história do pensamento, a reflexão crítica sobre o problema de que nos vamos ocupar. E é verdade, entretanto, que, ao constatar o conflito das opiniões e das verdades dos homens umas com as outras, ao procurar mostrar que o verdadeiro é sempre, para cada homem, o que tal lhe parece e o que como tal, portanto, assume e propõe aos outros, Protágoras não visava especificamente as oposições e divergências que dividiam o pensamento filosófico anterior ou contemporâneo; conforme a sua doutrina, ao contrário, tal diferença de perspectivas sobre a verdade e o saber não configuraria mais do que um caso particular da infinda e irredutível diversidade das opiniões humanas. Mas também é certo que, reduzindo dessa maneira a Verdade às verdades particulares, o conhecimento certo às certezas de cada um, Protágoras desqualificava resolutamente a oposição parmenidiana entre o verdadeiro saber do Ser e as dóxas brotéias, as opiniões dos mortais que não se alçaram à sabedoria 2 : é a segunda parte do poema de Parmênides que triunfa sobre a primeira. E, ao mesmo tempo, repelia a condenação heraclitiana da maior parte dos
Este livro é baseado, em grande parte, em aulas de filosofia da lógica ministradas na Universidade de Warwick desde 1971. Agradeço a todos os colegas e amigos com quem discuti as questões levantadas aqui; especialmente a Nuel Belnap, Robin Haack, Peter Hemsworth, Paul Gochet, Dorothy Grover, Graham Priest e Timothy Smiley, por seus comentários detalhados a meu manuscrito. Sou grata também a meus alunos, que muito me ensinaram; e a Jeremy Mynott, por sua orientação editorial e seu apoio.
2021
Programa da disciplina obrigatória oferecida na modalidade remota para o curso de graduação em Ciências do Estado da UFMG no primeiro semestre de 2021.
Publicado na revista Canguru, n.2 (Curitiba, editora Medusa, 2017)
Tomás de Aquino que foi chamado o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios. Nasceu em março de 1225 no castelo de Roca-Sica, perto da cidade de Aquino, no reino de Nápoles, na Itália. Com apenas cinco anos seu pai, conde de Landulfo d'Aquino, o internou no mosteiro de Monte Cassino. Aí iria ser educado pelos sábios monges beneditinos, ordem religiosa fundada por Bento de Núrsia exatamente naquele local.
DICIONÁRIO DE FILOSOFIA TEXTO PREPARADO POR EDUARDO GARC A BELSUNCE E EZEQUIEL OLASO TRADUZIDO DO ESPANHOL POR ANTÓNIO JOSÉ MASSANO E MANUEL PALMEIRIM PUBLICAÇÕES DOM QUIXOTE LISBOA 1978 ALGUNS DADOS SOBRE JOSÉ FERRATER MORA: --José Ferrater Mora nasceu em 1912, em Barcelona. Estudou na sua cidade natal, indo viver depois, sucessivamente, para Cuba, (1931)(1932)(1933)(1934), Chile (1941Chile ( -1947, e Estados Unidos, onde ainda reside.
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A FILOSOFIA COMO TRAVESSIA: UMA APRENDIZAGEM FILOSÓFICA A PARTIR DA LITERATURA, 2019
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