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2012, Revista de Ciências Gerenciais
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O fenômeno de intensa urbanização percebido em qualquer parte do mundo, em especial no Estado brasileiro, reforça o papel das cidades enquanto local de oportunidades e também marca o espaço urbano por diversos problemas, instigando a ciência urbana e os profissionais responsáveis pelo planejamento e gestão das cidades. Com o desenvolvimento da computação, o uso da tecnologia como instrumental para aplicação de teorias e modelos permitiu avanços nas técnicas de modelagem urbana e simulação, possibilitando que esses instrumentos possam ser incorporados ao processo de planejamento urbano, em sistemas de suporte à decisão, aliando base técnica e científica consistente ao conhecimento empírico e imaginação. Sendo assim, o presente artigo aborda a temática do urbanismo contemporâneo e da modelagem urbana, trazendo paradigmas, conceitos e técnicas (com destaque para a Teoria de Grafos e Autômatos Celulares), como também apresentando os modelos implementados nos softwares Medidas Urbanas® e SACI® e discutindo a operacionalidade.
SIGraDi b i o b i o 2 o o 1 Pressupostos Conceituais As técnicas de representação usadas na arquitetura refletem o estágio de desenvolvimento tecnológico da sociedade e da própria arquitetura. A busca de meios de representação que simulem a realidade vem desde o Renascimento com a Perspectiva, passando pela Revolução Industrial com o surgimento da Geometria Descritiva e chega aos nossos tempos com a possibilidade de criação de modelos computacionais que simulam a realidade. A falta de uma maior reflexão induz ao uso da tecnologia CAD apenas como uma forma de reproduzir e automatizar os atuais meios de representação, usando-se a mesma basicamente na produção de desenhos. A vantagem nesses casos é a facilidade e rapidez da produção gráfica. Mas é evidente que com algumas exceções, relacionadas a dificuldades de produção gráfica de formas mais sofisticadas pelo desenho téc-nico tradicional, não existe incremento efetivo em termos de qualidade do projeto se ferramentas CAD forem usadas somente em representação gráfica bidimensional, nem beneficio, em termos de ensino, se os estudantes passam a ver esses recursos como a automação de processos obsoletos ou pouco eficientes. A introdução de práticas projetuais mais efetivas vai se configurar com o arquiteto atuando como gerador e gerente de informações. Neste caso o projeto deixa de ser representado por uma série de desenhos e passa a ser visto como um modelo de onde várias informações podem ser extraídas. A compreensão de que a representação do projeto pode ser feita por modelos mais completos e complexos, é o cerne da possibilidade de mudança que as tecnologias de informação oferecem aos arquitetos na sua prática projetual (Pereira, 2000). O Desenho sempre foi a linguagem de maior importância para o arquiteto, estando presente na elaboração do projeto, nas suas diversas fases, desde a fase de concepção, até a fase de documentação, incluindo aí a fase de "as build". Todavia quando se considera o desenho como o meio por excelência para representação do projeto, ainda que isto seja mais adequado ao processo usual até então, torna-se difícil a utilização das novas tecnologias em algo mais que máquinas de desenhar extremamente sofisticadas. Nos primórdios do CAD, o computador não aspirava mais do que isso, hoje é possível descobrir "novas maneiras de fazer novas coisas", além da possibilidade óbvia de continuarmos a fazer "velhas coisas de novos modos" (Pereira, 1997).
2022
A originalidade da pesquisa se concentra nos subprojetos que sustentam a cidade digital estratégica e sua articulação urbano-regional em tempos de pandemia global. Inclui-se o papel das políticas públicas vinculadas às oportunidades de repensar a cidade a partir das múltiplas escalas espaciais, incluindo a regional. Reforça-se que se considera a cidade digital estratégica como uma ferramenta disruptiva de gestão municipal contemporânea e analítica das diferentes abordagens governamentais frente às crises e pandemias emergenciais.
PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade
Diante da crescente simbiose entre homem e máquina, a ideia de percepção urbana necessita ser revisitada na era digital. Por meio da estratégia metodológica da argumentação lógica, tem-se como objetivo debater a percepção do meio urbano com o advento das transformações e inserções das ferramentas digitais. Parte-se das teorias de percepção advindas das abordagens construtivista e ecológica, como também, do pensamento ambiental dos anos 1960 e 1970 sobre percepção. A análise concentra-se mais especificamente em três tipos de abordagens digitais: mapeamento por sensoriamento remoto, tecnologias em crowdsourcing e human-like machine perception, de forma a fornecer uma nova maneira de olhar para fenômenos existentes, categorizá-los e extrair ideias-síntese para pesquisas posteriores. Apesar da crescente dependência da máquina com relação ao ser humano para apreender, indica-se cada vez mais uma certa inconsciência humana nesse processo e a necessidade de reflexão da máquina como uma pos...
Este livro é fruto do Projeto Qualidade do Ambiente Urbano Este livro é fruto do Projeto Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador (QUALISalvador), esforço interinstitucional de Salvador (QUALISalvador), esforço interinstitucional de uma rede de pesquisadores de universidades públicas, de uma rede de pesquisadores de universidades públicas, cujo objetivo é refletir sobre a Cidade da Bahia na escala cujo objetivo é refletir sobre a Cidade da Bahia na escala intraurbana, no contexto de flexibilização produtiva, de intraurbana, no contexto de flexibilização produtiva, de acirramento da crise urbano-ambiental e de desconstrução de acirramento da crise urbano-ambiental e de desconstrução de conquistas de gestão democrática das cidades. conquistas de gestão democrática das cidades. O estudo fundamenta-se nos conceitos de qualidade O estudo fundamenta-se nos conceitos de qualidade urbano-ambiental, espoliação urbana, mais-valia fundiária e urbano-ambiental, espoliação urbana, mais-valia fundiária e gentrificação -todos perpassados pelas dimensões de classe, gentrificação -todos perpassados pelas dimensões de classe, raça e gênero. A principal fonte de dados foi pesquisa realizada raça e gênero. A principal fonte de dados foi pesquisa realizada em 15.260 domicílios amostrados em 160 bairros, distribuídos em 15.260 domicílios amostrados em 160 bairros, distribuídos nas bacias hidrográficas e de drenagem natural, sendo um nas bacias hidrográficas e de drenagem natural, sendo um dos seus resultados um sistema de indicadores e o Índice de dos seus resultados um sistema de indicadores e o Índice de Qualidade Urbano-Ambiental de Salvador (IQUASalvador). Qualidade Urbano-Ambiental de Salvador (IQUASalvador). O QUALISalvador associa dados qualitativos e quantitativos, O QUALISalvador associa dados qualitativos e quantitativos, revelando uma situação de profunda desigualdade intraurbana. revelando uma situação de profunda desigualdade intraurbana. Os bairros classificados em melhor condição estão localizados Os bairros classificados em melhor condição estão localizados na Área Urbana Consolidada e na Orla Atlântica, enquanto os na Área Urbana Consolidada e na Orla Atlântica, enquanto os classificados em pior situação estão no Subúrbio Ferroviário e no classificados em pior situação estão no Subúrbio Ferroviário e no Miolo de Salvador. O estudo indica também acentuada degradação Miolo de Salvador. O estudo indica também acentuada degradação urbano-ambiental das bacias hidrográficas e de drenagem natural. urbano-ambiental das bacias hidrográficas e de drenagem natural. A qualidade do ambiente urbano em Salvador é impactada A qualidade do ambiente urbano em Salvador é impactada por degradação da cobertura vegetal e das águas, aumento da por degradação da cobertura vegetal e das águas, aumento da temperatura de superfície, pobreza, desigualdade de acesso a temperatura de superfície, pobreza, desigualdade de acesso a saneamento básico, serviços, equipamentos urbanos e bens culturais, saneamento básico, serviços, equipamentos urbanos e bens culturais, bem como exposição a situações de riscos, insegurança alimentar bem como exposição a situações de riscos, insegurança alimentar e insegurança pública. O QUALISalvador é, enfim, um convite ao e insegurança pública. O QUALISalvador é, enfim, um convite ao aprofundamento da reflexão sobre os desafios da vida na cidade aprofundamento da reflexão sobre os desafios da vida na cidade de Salvador neste começo de século. de Salvador neste começo de século.
The objective is to analyze how urban planning and urban design are conceptualized, contemporaneously, individually and in their relationship. Reference works are analyzed in the aspects of the specific concept of each field and the relationship between them.The conclusions, on contemporary approaches are: (a) the concept and the relation between the fields is understood unevenly among the authors evaluate them (b) they promote little internal debate, (c) they tend to value one field over another, (d) they differentiate into “organizing” and “critical”. Key words: Urban planning; Urban design.
RESUMO: O artigo tem por objetivo apresentar princípios orientadores de planejamento e gestão urbana no sentido da implementação do direito à cidade sustentável. Neste sentido discute as relações entre o planejamento urbano e o contexto político mais amplo, em especial os modelos de Estado e a construção histórica dos direitos humanos. PALAVRAS-CHAVE: Cidade; Sustentabilidade; Direitos Humanos; Planejamento Urbano.
Considering the variety of digital tools available nowadays and the growth of their possible uses in architecture and urbanism,, we propose to study their potential as auxiliary tools in the process of urban design, based on their ability to help understand and take part in complex projects that are currently out of reach, technically or literally, to the general population. This article analyzes the origins and the theoretical framework behind urban planning in the Brazilian contemporary cities, currently based on Euclidean Zoning, and the processes of connecting contributions from participatory process and digital tools into city-planning level decisions. attempting to have a closer look into the questions behind a new proposal of planning, on a non-euclidean way, where the urban parameters could be evaluated and defined individually for each plot, based on a set of parameters that vary gradually and are dynamic in nature. Introdução Este artigo tem como objetivo explorar o uso das ferramentas digitais como experimentação de modelo da cidade para compreensão e legibilidade das dinâmicas urbanas aliadas a diferentes graus do processo participativo. Além disso, busca compreender o contraste entre o planejamento urbano vigente (euclideano, com zonas delimitadas em polígonos que definem usos e padrões de ocupação) e a cidade real, com características nuançadas e que raramente se conformam em polígonos. A partir desta análise, delinea-se uma metodologia de utilização de parâmetros urbanísticos dinâmicos para gerar gradientes com parâmetros continuamente variáveis, estabelecidos na escala do lote. É estudada uma área da cidade de Belo Horizonte para colocar em prática as teorias levantadas e propor formas mais dinâmicas e responsivas de lidar com as cidades. Zoneamento euclideano e as cidades brasileiras contemporâneas A legislação urbanística vigente nas cidades brasileiras baseia-se no Zoneamento Euclideano com a adição de cada vez mais especificidades e números de zonas, que podem ser melhor visualizadas e gerenciadas através de ferramentas digitais que têm se tornado cada vez mais acessíveis e disponíveis para uma melhor compreensão de suas realidades. O planejamento urbano é tratado até os dias de hoje como um produto acabado, buscando estabelecer ordem, tratando a espacialidade das cidades com mecanismos de intervenção como os de hierarquização e zoneamento, visando controlar a ocupação urbana e os agentes sociais. No Brasil, durante boa parte do século XX, o planejamento sofreu influências do pensamento modernista-racionalista, cujos pressupostos básicos estavam calcados na idéia de modernidade, originária do iluminismo, crença no progresso linear, no discurso universal e o Estado centralizador, capaz de viabilizar usos e funções mais racionais do espaço. Segundo Monte-Mór (2007), "o urbanismo progressista-racionalista propôs autoritariamente um espaço urbano acabado e que visava permitir um rendimento máximo no desempenho das funções urbanas". A ferramenta de planejamento urbano que predomina nas cidades brasileiras se baseia em delimitar diferentes zonas e prescrever usos e parâmetros de ocupação específicos para cada uma delas. A este processo se dá o nome de Zoneamento Euclideano. O termo "euclideano" tem origem em uma ação judicial iniciada por uma empresa imobiliária que teve seu terreno zoneado como industrial e processou a cidade de Euclid, em Ohio nos Estados Unidos, em 1922. A Suprema Corte deu ganho de causa à cidade, estabelecendo jurisprudência que permitiria às demais cidades adotar limitações semelhantes no uso e ocupação de seu espaço urbano (Nova York foi a primeira cidade a usar o zoneamento euclideano) e em outros países do mundo (ELLIOT, 2012). Este processo, segundo Reno (1963), consiste em conceber os zoneamentos como ferramentas reguladoras do uso do espaço urbano, tais como altura dos edifícios, área dos lotes e o redimensionamento do município em regiões que posteriormente seriam os bairros como conhecemos hoje nas cidades brasileiras.
EDITORA KOTEV, SÉRIE MEIO AMBIENTE 14/ ENSAIO ELABORADO DURANTE PESQUISA DE DOUTORADO (GEOGRAFIA USP, 2000-2006), 2018
Desafios da Cidadania Ambiental refere-se a ensaio elaborado em 2004 durante a Tese de Doutorado do autor, realizada junto ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP, 2000-2005), sob orientação do Professor Doutor Ariovaldo Umbelino de Oliveira. No ano de 2018, Desafios da Cidadania Ambiental foi repaginado, revisado e masterizado, incluindo cautelas de estilo, reconfiguração normativa e ajustes de programação inerentes ao formato PDF, iniciativa encaminhada através da Editora Kotev (Kotev©), com vistas a disponibilizar o material em acesso livre na web. Esta edição incorpora revisão ortográfica com base nas regras vigentes quanto à norma culta da língua portuguesa, em vigor desde 2009. Anote-se que editorialmente, o texto de Desafios da Cidadania Ambiental é um material gratuito, sendo nesta senda, vedada qualquer modalidade de reprodução comercial e também, de divulgação sem aprovação prévia da Editora Kotev (Kotev©). A citação de Desafios da Cidadania Ambiental deve obrigatoriamente incorporar referências bibliográficas conforme padrão modelar que segue: WALDMAN, Maurício. Desafios da Cidadania Ambiental. Série Meio Ambiente, Nº. 14. São Paulo (SP): Editora Kotev. 2018.
Edufes, 2024
Este fragmento da tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, insere-se no campo teórico da morfologia urbana, o qual considera a cidade como um objeto passível de ser estudado, no tempo, a partir de sua forma física ordinária. Com isso, faz uma investigação acerca dos elementos urbanos de maior longevidade, adotando como chave de interpretação a noção de persistências morfológicas. Considerando esse objetivo proposto, o objeto da tese é o processo morfológico de estagnação do traçado urbano, trabalhando com a hipótese de que os elementos públicos e bidimensionais, em especial a rua, são os mais duradouros. Optou-se por prosseguir com essa proposta a partir do estudo de caminhos primitivos e preexistentes, analisando um eixo viário suburbano localizado na porção nordeste da cidade de Vitória, Espírito Santo, denominado Eixo Maruípe. A estratégia metodológica adotada está amparada no método hipotético-dedutivo e nas abordagens morfológicas histórico-geográfica e tipológico-processual, empregando procedimentos de comparação, de análise estrutural e do hiperdesenho.
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URBE. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 2011
Dayana Aparecida Marques de Oliveira
Anais do XIX Congresso da Sociedade Ibero-americana de Gráfica Digital 2015, 2015
Dayana Aparecida Marques de Oliveira Cruz
Periódico Técnico Científico Cidades Verdes, 2013
Actas do Congresso 6º SOPCOM - Sociedade dos Media: Comunicação, Política e Tecnologia, que decorreu na Universidade Lusófona, Lisboa, entre 14 e 15 de Abril de 2009, pp.4975-4990 ., 2009
Revista de Gestão e Secretariado, 2017