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Neste artigo analisa-se as relações entre o quadro clínico da ¿loucura histérica¿, surgido no século XIX, em contraste e comparação com a concepção psicanalítica da psicose. O objetivo é mostrar que se trata de uma variante pouco tematizada da estrutura histérica, tal qual foi investigada por Lacan. Para mostrar a utilidade clínica e diagnóstica representada por esse quadro, recupera-se a especificidade da noção de loucura em Lacan. Os resultados sugerem que a indistinção entre a apresentação clínica da ¿loucura histérica¿ e a psicose pode induzir a uma trajetória de internamento e a cronificação psiquiátrica indesejável e desnecessária.
Este artigo trata da relação entre a história do cinema e da histeria. Ao longo do texto, são abordados aspectos concernentes à evolução de ambos os domínios, propondo--se um cruzamento sobre a maneira segundo a qual esses dois fenômenos impactaram o meio social a partir da segunda metade do século XIX. A partir daí, estudamos a forma com que as imagens se comunicam, produzindo ressonâncias umas sobre as outras e rompendo fronteiras temporais. O corpus onde esse processo de recriação imagética é observado é composto pelo documentário Os Mestres Loucos (1955), de Jean Rouch, bem como pelas imagens registradas pelo serviço fotográfico da Salpêtrière, em Paris, no final do século XIX, catalogadas na obra de Georges Didi--Huberman Invention de l'Hystérie (2012).
Diálogos Interdisciplinares em Psiquiatria e Saúde Mental
Objetivo: Revisar a história das intervenções sobre a loucura, com enfoque na Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea, e apresentá-la como texto introdutório ao estudo do tratamento das psicoses. Metodologia: Revisão narrativa da literatura não sistemática, de caráter histórico, sobre o tratamento da psicose. Desenvolvimento: A loucura, interpretada neste texto como psicose, é estudada desde a Idade Antiga, inicialmente interpretada como fenômeno de influência divina, seguida pela teoria dos humores, que perdurou do período clássico grego até o Iluminismo, após o qual introduziu-se o Tratamento Moral e de caráter manicomial. A partir do século XX, iniciaram-se as terapias biológicas, como a convulsoterapia, e, na segunda metade do século, surgiram os primeiros antipsicóticos. Assim, ao longo da história, diversas explicações e tratamentos foram formulados. Neste texto, abordamos parte dessas teorias e terapêuticas, da antiguidade até a contemporaneidade, excet...
Loucura e Experiência Social, 2024
E-Book que reúne ensaios sobre a relação entre loucura e experiência social
REVELLI - Revista de Educação, Linguagem e Literatura (ISSN 1984-6576), 2020
Resumo: Este artigo objetiva apresentar uma análise discursiva das representações de leitura e do perfil leitor inscritos nos textos de três adaptações do clássico de Miguel de Cervantes “Dom Quixote de La Mancha”, a saber: “Vida e proezas de Dom Quixote” (1964), cujo adaptador é Erich Kästner, “Dom Quixote de la Mancha”, de Terra de Senna (198?) e “Dom Quixote”, do adaptador Orígenes Lessa (1972). Por se tratarem de publicações lançadas em décadas distintas, buscamos apresentar brevemente aspectos do contexto histórico dessas produções, das décadas de 1960 a 1980. Nos dedicamos especificamente a análise de uma estratégia de escrita, relativa à escolha lexical para a designação e qualificação da ‘loucura’, quando ela é referida nessas diferentes adaptações. Nas análises, observamos que houve uma progressiva simplificação lexical no modo como se aborda a ‘loucura’, bem como uma abordagem que se torna mais lúdica. Isso parece refletir uma mudança estrutural da própria escolarização da...
História, Memória, Oralidade e Culturas. Vol III, 2016
A loucura, já faz algum tempo, deixou de ser tema exclusivo da área médica ou especifi camente da psiquiatria; deixou de estar restrita ao círculo hermeticamente fechado, composto por especialistas e teóricos e de estar condicionada às práticas institucionalizadas de produção de conhecimento empírico, realizadas nas clínicas, enfermarias, hospitais psiquiátricos e manicômios. Em processo contínuo e ininterrupto, ela entra como objeto de discussão em salas de aulas não especifi camente das Faculdades de medicina e/ ou direito (quando referente à medicina e psiquiatria forense). Mas, das áreas das ciências humanas, a saber: das ciências sociais, antropologia, história e das linguagens artísticos e cul-turais, como na literatura, artes visuais, cinema, pinturas, performances teatrais. Fóruns de debates, simpósios temáticos, encontros-como o que propomos realizar-são indícios de que o processo de discussão so-bre a loucura alastra-se nos âmbitos social e acadêmico mediante uma simples e inequívoca constatação: a loucura está presente no cotidiano dos indivíduos. Está hoje e sempre esteve no passado, embora em tem-poralidades anteriores à contemporaneidade, a forma como a loucura era percebida e concebida não estava em pauta de discussões ampla-* Profª Dra. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). Programa Nacional de Pós-Doutora-do PNPD-CAPES-MAHIS/UECE. Coordenadora do GT História, Saúde e Doenças (ANPUH-CE).
Um Grito de Loucura – as doenças silenciosas, 2024
Um Grito de Loucura – as doenças silenciosas Espírito Duarte Vilas Boas Médium Arthur Ângelo Moderador Olivio Cezar Sinopse: Um Grito de Loucura - um grito aos loucos. Porque aos loucos? Louco é aquele que decide se distanciar de sua missão. Nosso objetivo nesse livro é abordar essa loucura, na busca da ressignificação da pureza e do amor. Respeitar todas as chagas é entender a dor do outro de forma compassiva, vendo nele nosso semelhante, agregando a essa dor nossa capacidade de empatia para absorver e aceitar suas necessidades. Hoje, o mundo lentamente desperta seu interesse para tratar as chamadas doenças silenciosas. Dentre elas, a ansiedade, a depressão, a esquizofrenia e a loucura, que culminam no suicídio. A missão deste nosso despretensioso trabalho é ajudar as pessoas a reencontrarem o amor - o amor perdido, o amor esquecido...
2005
Sobretudo a meus pais e meu irmão Maurício, pelo apoio, carinho, suporte e compreensão, sem os quais eu não poderia ter redigido esse trabalho; À minha querida Graziella, companheira na distância e na proximidade, que acompanhou carinhosamente, e desde o início, a confecção e a execução desse projeto; Aos professores Luís Damon e Vinicius Figueiredo: O primeiro, pela ajuda e interlocução (às vezes próxima, às vezes mais distante) que fez amadurecer minhas leituras e minha escrita, e tornou possível a elaboração de meu projeto de mestrado; o segundo, pela acolhida e orientação de meu projeto, pela confiança em meu talento e em minhas considerações, pela compreensão e pelo apoio em momentos cruciais que foram minha saída de Curitiba e meu retorno aos estudos com o recebimento da bolsa; À CAPES, pela bolsa de mestrado tardia (o pequeno detalhe de recebê-la desde o início do mestrado teria mudado completamente o rumo de minha vida subseqüente e o tempo de execução de minha pesquisa), porém essencial; À equipe da PPGFILOS-UFPR, pelo atendimento, receptividade e disponibilidade desde minha passagem pela especialização em filosofia e psicanálise; Ao grupo de estudos Foucault da UFPR, principalmente a Alberto Aleixofoucaultiano carioca que desapareceu tão repentinamente como apareceu, mas deixou marcas em minha pesquisa-e a meu amigo Augusto Bach, pelas longas discussões-que duravam tardes-e conversas regadas a café e chimarrão;
2017
Resumo Ao longo das Centúrias, de Amato Lusitano (1511-1568), médico português do renascimento, são descritos vários casos clínicos que envolvem alterações do comportamento, em particular, do sexo feminino. Situações como o aborto, a morte de crianças ou de parentes, a infertilidade, a própria gravidez, as pressões para a mulher aceitar pretendentes não desejados ou os namoros proibidos, aparecem como causas que levam as mulheres a ter alterações comportamentais, por vezes pronunciadas, manifestando-se no sofrimento da chamada melancolia, hoje referida como depressão clínica. Neste texto analisaremos alguns desses casos, bem como, uma das primeiras referências à depressão pós-parto. Consideramos, face aos casos relatados e à pertinência das suas observações que este autor nos deixou um importante contributo para a história da depressão.
Geruza Valadares Souza, 2020
Based on the genealogical analysis of Foucault (2014) in History of Madness: in the classical age, we find that psychiatry is legitimated as a science supported by the moral discourse of the classical era in the 17th and 18th centuries. In the work of Machado et al. (1978) Danação da norma: medicina social e constituição da psiquiatria no Brasil, a history of the emergence of social medicine and psychiatry in Brazil is presented. Foucault (2014) notes that the classical era is marked by the condemnation and exclusion of poverty, through the enclosure and practice of forced labor imposed on subjects considered unproductive by society. In this context, segregation and the use of the labor force are an important technology of control and subjection of the subject, which became appropriate by psychiatry in the 19th century. This research will be conducted in two parts. In the first, we will present an analysis of the work as a control technology of madness and madness as advocated by Foucault (2014). In the second part, we will demonstrate how the fight against idleness and social disorders, which are subject to control in 17th and 18th century Europe, becomes an object of domination in 19th century Brazil, a context in which psychiatric discourse and practices in Brazil are constituted. In this article, we will investigate how work as a tool to control madness and madness appears to legitimize the new psychiatric science, through the idea of therapy. In this field, we question the naturalization of the use of activities as a therapeutic resource and the theoretical-practical foundations that direct therapeutic interventions today. KEYWORDS: Genealogy, History of psychiatry, Control technology, Work.
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Brasiliana- Journal for Brazilian Studies
Revista Polis e Psique, 2018
Fractal : Revista De Psicologia, 2009
Dignitas: Revista Internacional do Instituto Brasileiro de Direito e Religião
Editora Mnemosine , 2021
Revista Heterotópica, 2024
Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1950
Debates em Psiquiatria, 2015