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2021, REVISTA DOS ESTUDANTES DE PÓS-GRADUAÇÃO DO INSTITUTO DE LETRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INVENTÁRIO
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Elemento fulcral para a disseminação e consolidação de expressões e valores culturais há alguns séculos, o livro, além de ter servido como esteio decisivo à reprodução da linguagem escrita, foi alçado da condição de suporte a tema não somente no campo literário. Esse objeto, marco indelével do imaginário moderno, também vem sendo explorado em manifestações estéticas diversas como a música, o cinema e as artes plásticas. Na produção do cantor e compositor brasileiro Caetano Veloso, a figura do livro não se apresenta circunscrita a suas canções. Veloso, além de se expressar de maneira brilhante a partir da linguagem musical, ousou se arriscar pelas sendas da escrita. Autor de livros nos quais foram editados textos de variados gêneros como o ensaio, a entrevista, a poesia e o manifesto, além de uma autobiografia, o músico baiano tem exercido o ofício das letras paralelamente à própria trajetória musical. Um recorte desse duplo trajeto será entrevisto ao longo desta análise. Inter-relacionando partes do texto autobiográfico Verdade Tropical (1997) e faixa do álbum musical Livro (1997) junto a uma série de paratextos vinculados a tais constructos o percurso desta investigação apresenta-se norteado por algumas linhas teóricas, a saber: reflexões sobre o conceito de livro, propostas por Gilles Deleuze, Félix Guattari (1995) e Michel Melot (2012); ponderações sobre as figurações do livro, do leitor e do autor, registradas por Jorge Luis Borges (1999), Ítalo Calvino (2015); a taxionomia da paratextualidade desenvolvida por Gérard Genette (2009). A partir de tais lentes, este trabalho intenciona vislumbrar nesse corpus extraído da obra de Caetano Veloso tematizações acerca do livro tomando como ponto de partida as materializações das figuras do autor, do leitor, do próprio livro e seus múltiplos agentes. O objetivo é contribuir para a reflexão crítica sobre esse objeto tão caro ao imaginário cultural.
Actas del V Congreso de la IASPM-AL. Rio de Janeiro., 2004
Caetano Veloso sempre se mostrou preocupado com os rumos tomados pela música no Brasil. Desde o início de sua carreira, tornou-se ato freqüente em sua atividade como cancionista a incorporação de fragmentos da cultura lítero-musical brasileira e mundial e a rearticulação destes elementos de maneira a olhar criticamente a tradição, o estado presente da arte e suas projeções para o futuro. Tal conduta é coerente com a prática artística no século XX, que tem se caracterizado por um processo constante de auto-reflexão, através de procedimentos intertextuais. Dos procedimentos adotados por Caetano, podemos destacar a paródia. Porém, pelo grau de complexidade alcançado pelas manifestações artísticas modernas em “virar-se para dentro”, faz-se necessário a ampliação deste conceito. Segundo Affonso Romano de Sant’Anna, a paródia deve ser estudada ao lado da paráfrase, da estilização e da apropriação. Estes conceitos iluminam o processo criativo de Caetano ao nível lingüístico, porém, sendo a canção uma forma de arte essencialmente verbo-musical, faz-se necessário a observação de que forma a música contribui neste jogo de sentidos. A presente comunicação abordará uma das canções de Caetano Veloso que faz uso da intertextualidade e levantará questões a respeito de como essa noção pode ser aplicada aos estudos de música popular.
ARTis ON
José Maria Veloso Salgado (1864-1945) nasce em Orense (Espanha) e vem para Portugal aos 10 anos. É um aluno de excelência da Academia de Belas-Artes de Lisboa, desde 1878-1887, e vencedor de diversos prémios nacionais e internacionais no mundo da pintura. Considerado como um dos melhores pintores da segunda geração do Naturalismo português, destacou-se essencialmente no género de Pintura de História (não descurando a Pintura de Costumes e Retrato). Em 1897 submete-se a concurso para professor efetivo da aula de Pintura de História, na Academia de Belas-Artes de Lisboa, saindo vencedor com a obra aqui tratada, Túlia passando o carro sobre o cadáver do pai. Na sequência da intervenção de conservação e restauro a que foi sujeita foram realizados diversos exames, incluindo radiografia, revelando-sealgumas alterações no desenho. Tratando-se de uma peça de concurso com regras definidas e um pré-desenho, esta descoberta causou espanto e revestiu-se de grande curiosidade e relevância.
Comunicação & Educação
Este artigo trilha os aspectos poéticos de duas célebres letras de Caetano Veloso, “Alegria, Alegria” e “Tropicália”, ambas realizadas no contexto político e cultura dos anos 1960. Veloso foi um dos grandes poetas da canção brasileira e o seu trabalho em torno dessas duas canções representou um dos marcos da história da canção brasileira no século XX e do movimento tropicalista.
Aletria: Revista de Estudos de Literatura
Resumo: Pretendo analisar, neste artigo, o dispositivo de leitura engendrado por Silviano Santiago em sua investigação da viravolta cultural que reposiciona os estudos literários e as relações entre arte e política no final da década de 1970 no Brasil. Tomo como corpus três ensaios de Santiago, elaborados em diferentes momentos de sua trajetória intelectual, a partir dos quais busco identificar procedimentos críticos comuns que caracterizam um modo singular de aproximação do objeto, a um só tempo difuso e agudo, cuja recorrência revela uma obsessão do crítico pelas inflexões e pelos descentramentos na ordem da cultura. A ênfase recai na figura de Caetano Veloso e de sua atitude antropofágica cujo trabalho, em confluência com o de Santiago, conjuga elementos de diferentes registros culturais, de modo a revelar as ambiguidades e os paradoxos instituídos entre o campo estético e o político, entre a arte e a cultura, no processo de modernização conservadora da sociedade brasileira.Palav...
ARJ – Art Research Journal / Revista de Pesquisa em Artes, 2016
Estudo sobre o trinômio texto-música-imagem no videoclipe A Bossa Nova é foda do compositor, poeta e cantor Caetano Veloso, dirigido por Fernando Young e Tonho Quinta-feira (VELOSO, BANDA CÊ, YOUNG e QUINTA-FEIRA, 2013), a partir de referenciais analíticos multidisciplinares: [1] a interação entre as linguagens verbais, sonoras e imagéticas na compreensão e comunicação de significados (PEIRCE, 2005; SANTAELLA, 2005; PLAZA, 2003); [2] os conceitos de Segmentação, Contorno de Ativação, Cinemática, Dinâmica e Pontos de Sincronização em movimentos de dança (HAGA, 2008, adaptados à análise de vídeos de música por BORÉM, 2014, BORÉM, 2016); [3] o reconhecimento de emoções e sensações na linguagem corporal, especialmente nas expressões faciais (emoções básicas, EKMAN e FRIESEN, 2003). Os resultados mostram que a intrincada codificação na letra da música apresenta grande correspondência com ambos os sons da gravação de áudio e o videoclipe. Mais do que isso, a integração entre estas três in...
Revista NUPEM, 2024
Os livros biográficos, no Brasil, representam um lugar privilegiado para as histórias de vida de pessoas conhecidas ou anônimas. Temos como objetivo, portanto, neste artigo, refletir sobre o processo de produção das biografias de João Gilberto e Caetano Veloso, ambas escritas por jornalistas, a partir de dois operadores metodológicos, que são a memória e o testemunho. A análise das obras, tendo como referência esses operadores, nos possibilitam indicar que o jornalismo testemunhal amplia as temporalidades do campo, antes visto especialmente pela lógica do tempo presente, e passa a ser também um poderoso agente de memória cultural.
2006
The lyrics of Caetano Veloso are connected to the best poetical tradition, verses by nature, form and significance. They are setting by an inexhaustible self-reflection, endorsed by the world and the culture. Dialogical too in concern with the many literary and poetical traditions. Analyzing them by this way, this academic essay was constructed from a research about the connections between this poetic and the tradition, trough the studies of intertextuality. On this view, will show the authorial marks, direct and indirect, of tradition in the poetic production of Caetano Veloso, through of parodies, paraphrases, pastiches, quotations, references, allusions and others intertextual acts showed by the analysis of some of his poems. 4 Essa é a distinção clássica que Barthes retoma para designar a poesia e distingui-la da prosa. O que pretendemos ressaltar é que a poesia se aproxima da 2 Do disco homônimo, de 2001. 3 O abolicionismo, mais precisamente. 4 BARTHES, R. O grau zera da escrita. Trad. Mario Laranjeira. 2 ed. São Paulo Martins Fontes, 2004. p. 37-38 (somente) signos na linguagem cotidiana, ao passo que elas se tornam, em poesia, símbolos. 6 Desse modo, a obra de Caetano Veloso caracteriza-se por apresentar letras de canções repletas de signos e de significações, em que a maneira "diferente" é a transfiguração simbólica de momentos e instantes da história brasileira, da realidade política e dos objetos do mundo cultural circundante. Se poéticas, e, se repletas de signos e significações com sentido poético, podemos seguramente empreender um estudo desses elementos visando a análise dos cruzamentos intertextuais que aparecem em algumas das letras de Veloso, a saber:
Tecendo Saberes, 1994
Resultante de apresentações de Dissertação de Mestrado em Antropologia e de apresentação em congressos, o artigo traz uma síntese do estudo sobre os símbolos e os arquétipos veiculados na obra poético-musical, nas canções, de autoria exclusiva de cantor e compositor de Música Popular Brasileira, Caetano Veloso, com vistas à identificação de mitos estruturadores de uma produção artística que representa orientações subjacentes à cultura popular brasileira, à luz da teoria e da metodologia dos mitos do filósofo e antropólogo francês, Gilbert Durand. Para este estudo, reuni a análise de 174 canções, em 36 LPs e CDs, que cobriram o período de 1967 a 1991, e me permitiram identificar a orientação, a força, a responsabilidade de três mitos clássicos na produção da cultura brasileira do período. Constituiu também material para este estudo dezenas de entrevistas de Caetano Veloso para a imprensa e para a televisão, cartas, artigos e trabalhos acadêmicos.
Noting the persistence of the parallel between Caetano Veloso and Chico Buarque held by the public, critics and popular music historiography, this study starts with the identification and comprehension of the process of the formulation of their artistic performances. It exceeds the simple notion of conflict and points to complementary or convergent perspectives among the two musicians. From this confrontation and systematic analysis comes a much richer dynamic about their work, which since the dawn of their careers in the mid-1960s, reveal similar characteristics to present issues related to everyday life, the relation between daily life/culture and city/poor suburbs. With an intense artistic activity reflecting the impact of industrialization, market development and cultural transformations, at the same time their songs also dealt with wider issues of Brazilian culture and society, thus forming representative as well as peculiar artistic careers, whose several correlations expressed perceptions and actions with a certain social basis, able to reveal continuities and transformations in the fabric of history.
Fórum de Literatura Brasileira Contemporânea
No conjunto das produções de Caetano Veloso (tanto no cancioneiro quanto nas publicações em prosa), observamos uma peculiar aptidão para fundir questões privadas com discussões públicas. Em Verdade tropical (1997), em que o autor conta a história do tropicalismo a partir de sua perspectiva pessoal, essa combinação resulta em uma forma original de discutir e interpretar o Brasil e sua cultura. O presente texto pretende observar como tal fusão entre o público e o privado se projeta estruturalmente no caráter híbrido do livro (entre a autobiografia e o ensaio de nacionalidade), utilizando como mote a símile com uma espécie de “método mediúnico” -- imagem sugerida pelo próprio Caetano na introdução de sua obra.
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Revista Leitura, 2019
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Revista Brasileira de Psicanálise, 2014
Revista Criação & Crítica, 2021
Caderno de Resumos I CILEL Colóquio Internacional de Literatura e Estudos da Linguagem: interfaces com os fenômenos culturais da contemporaneidade., 2024
El Oído Pensante, 2022
Revista de Antropologia USP, v.63 n.1, 83 - 104, 2020
Revista Recorte, 2012
Bibliotecas para a Vida II – Bibliotecas e Leitura, Lisboa, Edições Colibri/CIDEHUS/UE/ /Biblioteca Pública de Évora, pp. 437-460. , 2009