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Racismo, Racialismo e Identitarismo no sul do Brasil Mário Maestri** Nenhum gremista raiz canta o hino do glorioso Esporte Clube Internacional. Nem um monarquista francês entoaria a Marseillaise. Um mexicano que se preze não coloca a mão no peito quanto tocam a "Bandeira Estrelada" estadunidense. Os hinos objetivam expressar valores e solidificar laços de uma comunidade real, construída ou inventada. São, assim, produtos culturais com objetivos performáticos. Ou seja, espécies de mercadorias que procuram determinar o comportamento do consumidor. A impugnação e a proposta de modificação de dois versos do Hino Rio-grandense devido ao seu pretenso racismo anti-negro discutem o secundário e saltam por sobre as duas questões principais. Primeira: qual é o caráter daquele hino, como um todo? Segunda: existe razão para que a população sul-riograndense, em forma conjunta, entoe aquele ou algum outro hino regional?
Traduções dos Hinos Homéricos I, VI, VIII, IX - XVIII, XX-XXVII, XXXI-XXXIII que fiz para a página Primeiros Escritos (www.primeiros-escritos.blogspot.com) nos anos de 2009 e 2010. Trata-se de um trabalho em constante revisão. Sugestões são bem-vindas.
Aos meus pais que me ensinaram os valores corretos que procuro insistentemente seguir e me servem de rumo. À Márcia, Renata e Rafaela que sempre estão presentes e justificam e recompensam o esforço.
Revista ECO-Pós, 2021
Apresentação do Dossiê Guerras Culturais e do número 24.2 da Revista Eco-Pós
2003
No campo da música erudita, os efeitos mais profundos das invasões francesas, de 1807 a 1810, não se sentiram de imediato. A fuga da família real portuguesa para o Brasil e a tomada de Lisboa pelas tropas de Junot, em Novembro de 1807, longe de produzir um colapso na vida artística da capital, resultaram meramente numa mudança de direcção, pois a missão francesa não era apenas militar e econômica mas, em todos os sentidos, política. No caso específico do Teafro de São Carlos, por exemplo, o libreto da ópera Ifigênia in Aulide, do compositor italiano Luigi Giannella (?1778-1817), representada em estreia absoluta a 16 de Janeiro de 1808, deixa a nova política bem clara.i Num Avertissement, o libretista, Stefano Vestris, afirma como se esforçara para escrever um texto adequado à nova situação em que o teatro «livre à Ia saine critique de Ia raison, et du goút, pourrait sortir de 1'état d'abjection dans le quel il se trouve maintenant.»^ O mais prestigiado compositor português da época, Marcos Portugal (1762-1830), foi, aparentemente, obrigado pelas autoridades francesas a assumir o cargo de maestro do Teatro, onde reviu substancialmente a sua ópera Demofoonte para celebrar o aniversário natalício de Napoleão, a 15 de Agosto.3 Contudo, no dia 30 do mesmo mês, na seqüência da derrota das tropas francesas na Batalha do Vimeiro, foi assinado o Tratado de Sintra, e em meados de Setembro Lisboa viu-se libertada pelas tropas inglesas e portuguesas, criando, assim, uma nova situação bastante diferente. Os ingleses não trouxeram consigo qualquer política artística e cultural. Por via de 1 O compositor, normalmente residente em Paris, viajara para Lisboa com o objectivo de presenciar a estreia. ^0 único exemplar conhecido do libreto existe no fundo Carvalhaes, na Biblioteca do Conservatório di Santa Cecília, em Roma. Marcos Portugal, apesar das suas fortes ligações com o Príncipe Regente, D. João, não partiu para o Brasil com a famíla real, chegando a emigrar para este país apenas em 1811.
Guerra de Canudos -Releitura é mais uma publicação histórico-descritiva que caminha na mesma trilha das publicações anteriores produzidas pelo Sesc/DF -Construtores de Brasília, Café do Brasil, O Ciclo do Ouro e o Barroco em Minas Gerais, Desbravadores do Brasil -e que certamente contribuirá para melhor conhecer e interpretar o Brasil a partir de suas raízes, dos conflitos e dos movimentos políticos, econômicos e sociais. A linha mestra que une essas publicações é a pesquisa e o resgate de fatos relevantes do passado brasileiro, sobre os quais foi sendo desenhada e construída a identidade nacional. Nesta publicação, o propósito foi o de debruçar sobre o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, e mais especificamente sobre o relato da campanha de Canudos, para trazer à tona suas complexas e antagônicas motivações, a posição política de seus diversos atores, bem como seus reflexos diretos na construção da sociedade brasileira. A estrutura narrativa desta publicação está alicerçada em pesquisa arquivística, bibliográfica e iconográfica que permite entender, compreender e resgatar o conflito que se desenrolou no interior do estado da Bahia no findar do século XIX, tendo como protagonistas o beato Antonio Conselheiro e seus sertanejos, contra as forças militares deslocadas para a região em quatro expedições punitivas, tão bem registradas pelo escritor Euclides da Cunha em seu livro Os Sertões, publicado em 1902. Por meio de fotos de Flávio de Barros, tiradas no transcorrer da última expedição, das cores e da dramaticidade expressas nas telas do pintor Otoniel Fernandes Neto, nosso contemporâneo, que fez uma imersão pela região onde se desenrolou o conflito, além dos textos embasados na leitura de dezenas de livros e pesquisas realizadas em bibliotecas, arquivos e centros culturais do Brasil, podemos compreender a tragédia que aconteceu no Arraial de Canudos. A visão conjunta das imagens, das pinturas e dos textos permite uma releitura de um dos acontecimentos mais sangrentos e cruéis acontecidos em nosso país.
Revista Pré-UNIVESP, Brasil, 2014
Guerra dos Marimbondos, 2019
Considerando as finalidades principais do texto, o autor esclarece que a Guerra dos Marimbondos serve como base para uma análise do Brasil Imperial que não se limite a relatos obtidos singularmente a partir de esferas pertencentes ao domínio do Estado. Nesse sentido, propõe-se uma discussão para além do dito controle instrumental e apaziguamento político referente à relação Estado-população, sobretudo durante o segundo reinado. Tal conflito emergiu de dois decretos, que seriam estabelecidos no ano de 1852, de número 797 e 798, pelos quais se objetivava a execução do Regulamento do Registro dos Nascimentos e Óbitos, o que favorecia a construção do Censo Geral do Império. Partindo dessa perspectiva, essas medidas pertenciam a um anseio de controle administrativo do Estado, isto pois é notório que há um amplo distanciamento em relação a este para com o povo. Esse distanciamento se deu sobretudo ao decorrer da década de 1840, período esse marcado pela centralização política do Império, até mesmo em relação às províncias, ou seja, houve uma acumulação primitiva de poder imperial. Por conseguinte, realizou-se um massivo acúmulo de funcionários político-administrativos no que diz respeito ao governo central, mas sua escassez era evidente a nível provincial e mais ainda em âmbito local. Já durante a década de 1850, é caracterizada uma expansão da atuação do Estado para a margem do sistema, há uma necessidade de ampliar sua área de influência por mais distantes que os indivíduos pudessem estar localizados no espaço político, assim, tem-se uma expansão de alcance interno do Império. No entanto, essas mudanças não ocorreriam em consonância com a população, isso porque a instabilidade social desses cidadãos se traduzia em desconfianças no que tange ao poder político. Exemplificando pertinentemente à nossa análise, a Guerra dos Marimbondos se deu a partir de boatos originados através dessa tentativa de expansão interna do Império, esclarecendo; os decretos-os mencionados acima relativos ao censo imperial-foram vistos como tentativa estatal de controle administrativo populacional e, para além disso, com fins escravistas. Na década de 1850 vemos, senão o início, um dos principais pontos para o declínio da escravidão no Brasil, o que ocasionou, sobretudo, uma alta demanda interna e, consequentemente, a supervalorização da mão de obra escrava. Nesse conflito interno relativo ao escravismo, encontra-se uma liga que conectou uma amplitude de indivíduos para revogar os "interesses do Império" e, assim, lutar contra a escravização de si e de seus. A província de Pernambuco é um exemplo dentre os quais se concretizou explicitamente esse ideário a respeito da Guerra dos Marimbondos, emergindo conflitos que, sendo recusados por parte da administração política da província, foram divulgadas diversas notas que
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Arqueologia da guerra e do conflito, 2013
Revista Estudos Feministas, 1996
A Aplicação das Guerras Híbridas no Brasil. In: Coletivo Andorinha. (Org.). O Brasil contemporâneo e a democracia. 1ed.Lisboa: Le Monde Diplomatique Portugal, 2020, v. 1, p. 131-152, 2020
Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF
Paradidatico desenvolvido no mestrado pelo PPGHIST/UEMA, 2018
Revista Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais (2238-3565)