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Leandro Rust é um historiador que, como poucos, enfrentou o desafio de Walter Benjamin: escovar a história a contrapelo. Tarefa difícil, sobretudo, se o objeto de estudo escolhido pertence à categoria dos grandes monumentos historiográficos, como é o caso do papado. Em termos políticos, sua história configura um modelo referencial que transcende as estruturas religiosas, para chegar a significar a fonte de inspiração e de experiência do Estado laico no Ocidente. Nesse sentido, a história do papado na Idade Média, principalmente entre os séculos XI e XIII, tem sido entendida como fundamental para a compreensão das origens do processo de fortalecimento/centralização do Estado. Mais concretamente, a historiografia chegou mesmo a criar um momento gerador, que ficou conhecido como Reforma Gregoriana.
SIGNUM - Revista da ABREM, 2016
As coleções canônicas são fontes do direito canônico pouco utilizadas pelos historiadores que normalmente deixam este campo aos juristas. As da alta Idade Média representam um desafio específico na medida em que, frequentemente, reúnem documentos de variadas naturezas e proveniências e em que seu objetivo final nem sempre é evidente. Assim, verifica-se entre os historiadores uma evidente preferência pelas coleções maiores e mais conhecidas. Fica em segundo plano um grande número de pequenas coleções, mais ou menos obscuras, muitas vezes conservadas em um único manuscrito. No entanto, elaboradas principalmente sob a ordem de prelados dos séculos IX-X, o historiador da alta Idade Média pode tirar grande partido delas tanto para compreender as formas de raciocínio e ferramentas mentais dos compiladores, quanto para conhecer os projetos e as concepções políticas dos bispos que ordenaram tal trabalho.
Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a manhã até a tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas". Lucas (At 28:23).
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), 2021
A presente tese tem como objetivo principal estudar a configuração da política missionária de Portugal no período compreendido entre a aclamação de D. João IV e os acordos de Paz (Tratado de Utrecht) que colocaram fim à Guerra de Sucessão Espanhola em 1715. Tal propósito foi realizado a partir de duas frentes principais de investigação, em nossa visão fundamentais e ao mesmo tempo complementares para o amplo entendimento do tema proposto. A primeira delas procurou compreender os antecedentes e desdobramentos que se seguiram à iniciativa da Coroa portuguesa de criar novos organismos com o intuito de aperfeiçoar a gestão de seu empreendimento missionário. A instituição de uma Junta de Missões no reino (1655) e de Juntas de Missões ultramarinas em 1681, integram um movimento mais largo de especialização dos processos decisórios e de institucionalização de novas instâncias político-administrativas que marcou os anos que se seguiram à Restauração de Portugal. Por outro lado, as Juntas de Missões estão igualmente vinculadas às políticas e estratégias desenvolvidas pela monarquia portuguesa para defender suas prerrogativas espirituais nos territórios ultramarinos num momento de profundas disputas no cenário europeu. Nessa chave, nos interessou especialmente a relação que Portugal teceu com a Santa Sé e sua mobilização frente à atuação da Sagrada Congregação 'De Propaganda Fide' criada em 1622. Os embates político-diplomáticos travados entre Portugal e a Santa Sé em defesa de seu direito de padroado, e as estratégias concebidas pelo reino no anseio de opor-se a uma política de expansão da fé católica que progressivamente se conformava e se fortalecia na Cúria Romana, constituíram o cerne da segunda frente de investigação que animou este trabalho.
2014
Resumo Este trabalho pretende caracterizar a crescente alienação do padrado régio na diocese de Lisboa no período medieval. Um tal estudo é acompanhado de uma reflexão sobre a definição de uma tal instituição, da tipologia da documentação existente para o seu estudo, assim como de um conjunto de anexos que pretendem recensear a informação disponível sobre o assunto.
Através de uma leitura internacional dos primeiros anos de pontificado de Francisco, associada à análise do contexto mundial e regional - com especial ênfase na conjuntura da América Latina - que o precedeu, buscar-se-á, nesta pesquisa, evidenciar a importância do papel que a Santa Sé pode desempenhar neste atual momento de reconfiguração mundial, não apenas em âmbito religioso, como também político. Tal estudo busca contribuir também para a construção de novas categorias conceituais aptas a explicar a noção de ator religioso transnacional e sua atuação no âmbito de um sistema internacional considerado pela maioria das teorias de relações internacionais como um sistema secularizado e com pouco espaço para o fenômeno religioso.
Clio: Revista de Pesquisa Histórica, 2019
No início do século XVII, quando se discutia em toda a Europa os limites das jurisdições eclesiástica e civil, o desembargador Gabriel Pereira de Castro questionou as teses de Francisco Suárez sobre a supremacia do Papa em temas envolvendo bens e pessoas religiosas. Sua crítica principal tratava dos limites da independência dos tribunais da Igreja diante do poder do Rei. O padre Suárez respondeu reafirmando suas teses sobre a autonomia da jurisdição eclesiástica. A controvérsia foi interrompida com a morte do jesuíta em 1617. A análise do debate revela a dimensão portuguesa de uma tensão importante que marcou a formação do Estado Moderno em toda a Europa
Ecos de Pio IX: política e historiografia oitocentistas na criação de um estado pontifício para a Idade Média. História Unisinos, 2012
Com este artigo apresentamos algumas reflexões sobre a instituição dos Estados Papais como um objeto de estudos historiográficos. O enquadramento deste tema na escrita da História remonta ao pioneiro estudo elaborado pelo teólogo John Miley, em meados do século XIX. Esta referência contextual é indicadora de uma importante relação epistemológica: a constituição do novo objeto de estudos foi conceitualmente delineada de modo a refletir as características das relações políticas protagonizadas pelo pontificado de Pio IX (1846-1878). Todavia, embora o tema tenha perpassado o século XX atraindo incessantemente a atenção dos historiadores, os parâmetros oitocentistas que modelaram sua abordagem permaneceram intocados, perpetuando a adoção científica de controversos critérios de análise. De modo geral, a historiografia permanece presa ao pioneirismo de John Miley, este é o argumento central atribuído a este artigo.
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aPátria - Jornal da Comunidade Científica de Língua Portuguesa | ISSN 2184-2957, 2020
Ponta de Lança: Revista Eletrônica de História, Memória & Cultura, 2016
Revista Encontros, 2016
Perspectivas e diálogos, 2022
Domínios da Imagem, 2020
À Sombra dos Cardeais: política e hegemonia eclesiástica no cisma papal de 1130. Scripta Mediaevalia (Mendoza), 2012
Diálogos, 2017
aPátria - Jornal da Comunidade Científica de Língua Portuguesa | ISSN 2184-2957, 2020
Anais do 31° Simpósio Nacional de História : história, verdade e tecnologia / organização Márcia Maria Menendes Motta. , 2021
Oriente 24: Estudos sobre Próximo Oriente, 2024
A Reforma Papal (1050-1150): trajetórias e críticas de uma história. Cuiabá: Ed. UFMT., 2013
Medievalismo Boletin De La Sociedad Espanola De Estudios Medievales, 2006
aPátria - Jornal da Comunidade Científica de Língua Portuguesa | ISSN 2184-2957, 2020
V Enanparq , 2018
Revista Brasileira de História, 2014