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2000, Marcas do corpo, dobras da alma
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Texto do catálogo da XII Mostra da Gravura de Curitiba/2000 da mostra "Uma história da pele"
INTRODUÇÃO Nos primórdios da existência humana houve a formação de uma sociedade natural baseada na colaboração, na propriedade coletiva e na farta disponibilidade de recursos a todos, porém com o passar dos tempos o homem viu a necessidade de instituir a propriedade privada de forma a garantir primeiramente seus interesses e de seu grupo. Assim com a propriedade privada também se deu a necessidade de defesa e garantia destes direitos individuais e não mais coletivos, dando origem à sociedade civil. Nesse sentido o homem viu também a necessidade de defender seus direitos, pois o que antes era de uma sociedade natural alguém decidiu ser proprietário, desencadeando o rumo de uma guerra de direitos, a posse sobre propriedades alheias iniciando assim um estado de guerra de todos contra todos, onde o mais forte vencia. O Direito Romano surge decisivamente para causar uma evolução no Direito Penal com criações de muitos princípios penais como erro, culpa e dolo; imputabilidade; coação; agravantes e atenuantes; entre outros. Contribui, assim, de forma a abolir a pena de morte, mitigando-as e substituindo-as por exílios e deportações, o que ainda afetavam sua família. No decorrer do século XVIII, inicia-se o período denominado de Período Humanitário do Direito Penal, o qual iniciou a reforma das leis e da administração da justiça penal, através de seu maior mentor Cesar Bonesana, Marquês de Beccaria, um filósofo nascido em Florença, influenciado pelos pensamentos de Rousseau e Montesquieu, que publica a Obra "Dos Delitos e das Penas", um verdadeiro marco na história penal. Dentre todo o contexto da obra do Marquês de Beccaria destacam-se os seguintes pontos: a privação de uma parcela da liberdade e dos direitos, pelo cidadão, em favor de uma sociedade harmônica, contudo sem abrir mão do seu 1
HISTÓRIA DA PAUPÉRIO E SUAS LATAS
É em pleno centro de Valongo, uma cidade onde as padarias e as biscoitarias são História desde o século XIX, que se encontra a Fábrica Paupério, um dos principais “pontos doces” tradicionais desta terra. Foi em 1874, que nasceu a Paupério – uma padaria na altura em que Valongo era o principal fornecedor de pão à cidade do Porto, justificado pela necessidade de assegurar a elevada procura desta cidade.
Sob a perspectiva da História Ambiental, o artigo analisa as relações sociais para a conservação ambiental no tempo e no espaço do Parque Estadual da Serra da Tiririca. A história da institucionalização do Parque foi analisada utilizando pesquisa documental e entrevistas. Há visões positivas, relacionadas à mobilização política e vigilância social, no processo de governança do território. A ineficiência legal e administrativa determinou sua precária institucionalização. Para que o Parque seja gerenciado efetivamente, de maneira que os erros do passado não se perpetuem, o passivo histórico deve ser contextualizado.
Era uma vez um homem que vivia numa pequenina cabana à beira-mar, lá para as bandas das Áfricas, das Índias ou dos Brasis, onde o calor é tanto que o mar parece de vidro azul, e as florestas crescem tanto que se apertam, apertam, e chegam mesmo ao pé da água. Num sítio daqueles, o homem, coitado, quase não tinha onde pôr a cabana. Havia entre as ondas e as árvores só uma tirinha de areia muito estreita, que não dava para nada. Quando vinha o mau tempo, e às vezes vinha, ainda ele não tinha chegado e já o homem ficava sem casa nenhuma. E daquele aperto da casa entre as ondas e as árvores, nunca chegava a saber o que primeiro lhe deitava a casa abaixo, se os salpicos das águas, se uma bofetada dos ramos que cobriam a casa e o vento sacudia. Felizmente para ele, a casa desfazia-se mal a tempestade se prenunciava, porque, de outro modo, ali entalado entre as ondas e os troncos, numa tirinha tão estreita, seria levado pelas ondas mais altas que viriam depois, ou os troncos, batendo uns contra os outros, lhe partiriam a cabeça. Por isso, logo que a cabana, que era uma construção muito fraca, feita de uns paus e de umas folhas e de umas algas, tomava o jeito de cair, o homem saía dela, ia pela tirinha de areia fora e sentava-se mais longe, num grande cabo que entrava pelo mar dentro, a esperar com paciência que a tempestade aumentasse, fingisse que ia acabar com o mundo e amainasse de todo. O cabo era muito grande, entrava muito pelo mar dentro, e o mar não lhe chegava ao cimo, porque ele era muito alto; e como, além disso, era de pedra, uma pedra muito rija, não havia árvore nem erva que nele metesse raiz. Parece que, sendo o cabo assim, estava mesmo a calhar para o homem lá fazer a casa, e não naquele sítio tão estreitinho entre a floresta e o mar. Mas o homem não gostava dele, achava-o duro, alto de mais, inacessível às águas e impenetrável às raízes. Ou talvez nem pensasse nada disto. O certo é que gostava do outro sítio, aonde, depois de ter esperado no cabo, com paciência, o fim da tempestade, voltava a construir a sua cabana pequenina. E, porque do sítio gostava, era nele que sempre queria estar. Não se pode dizer que ninguém soubesse a razão de ele viver sozinho naquele sítio, porque ninguém sabia
© 1996 primeira edição no Canadá pela Alfred A. Knopf, nos Estados Unidos pela Penguin USA e no Reino Unido pela Harper Col ins. Título original: A history of reading Tradução: Pedro Maia Soares Companhia das Letras 2004 epub
Resumo: Lacatumarea Silicata é uma espécie de criatura que, como a Siphonora Ovulares, pode ser que habite uma das Ilhas Flutuantes que Beatriz Chachamovits fez emergir nos seus desenhos. As Ilhas têm seus contornos mal definidos e é impossível afirmar que os animais feitos por Beatriz vivam ali. Não é uma questão factual, certamente; mas esse mundo – de Beatriz, da Lacatumarea, da Siphonora e das Ilhas – conta uma história e existe por causa dela. É na relação entre a artista e suas criaturas que todos os atores emergem. A relação é, de fato, a menor unidade de análise possível. Depois da manifestação do ciborgue, é " a espécie de companhia " , não " o animal de estimação " , que melhor contesta o binarismo natureza/cultura e que talvez possa, de modo mais produtivo, " informar políticas e ontologias mais vivíveis nos atuais mundos de vida " .
O homem é o único animal histórico que faz e conta a história e que vive historicamente, tendo consciência do tempo e espaço que ele ocupa. Enquanto a organização social das outras espécies obedece a uma determinação natural, que se repete geração após geração, uma espécie humana ao longo da história, organiza-se em diferentes modelos da sociedade, geralmente de acordo com os interesses dos grupos dominantes. Sendo a história uma obra coletiva, o processo de ensino-aprendizagem de história só alcançará sucesso na medida em que resultar da ação conjunta de todos os envolvidos e interessados de modo especial professores e alunos.
Pensar o espetáculo é pensar o inalcançável, aquilo que nos escapa a cada nova representação e, talvez, aí resida o fascínio e o encanto do teatro, uma ação metamórfica; a mesma peça, a mesma cena pode ser vista infinitas vezes e, embora seja a mesma é, no entanto, sempre outra. Esse fascínio, do mesmo, porém, diferente, se deve à presença única do corpo do ator em cena, que empresta sua materialidade, seus gestos, sua voz, suas expressões e sua alma aos personagens e nos permite o grande prazer de observar, sem culpa, o Outro/Eu. Assim como ocorre na ação erótica, o papel do olho e do olhar é determinante para a representação. O teatro, como o voyeur, precisa de um corpo e das emoções de um ser/persona que se entregue a seu espectador sem restrições e pudores. Esse jogo sedutor do teatro, que oscila entre o real e o imaginado, tem na ilusão criada pela pessoa, pela carne e, sobretudo, pela pele do ator, sua raiz. E se o corpo do ator é indispensável para criar essa mágica atrativa, sua pele é seu cartão de visita, seja ela ocultada pelas vestimentas, que também se tornam pele, seja pela maquilagem.
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Anais da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Instituto Federal de Rondônia - Campus Cacoal, 2020
Revista De Historia Comparada, 2007
A HISTÓRIA E SAGA DO NÚMERO PI, 2023
História filosófica da culpa, 2023
Caderno de Ciências Sociais Fundaj, 2006
TEODOROVICZ, Jeferson; FONÇATTI, Gabriel Martins; LICHS, Lucas Mendes. HISTÓRIA DO FATO GERADOR. In: Anais do XI Congresso Brasileiro de História do Direito. Curitiba: UFPR, 2019, 2019