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2019
"Não nasci com fome de liberdade, nasci livre em todos os aspetos que me era dado conhecer. Livre para correr pelos campos cerca da choça de minha mãe, livre para nadar no ribeiro transparente que atravessava minha aldeia (...) Só quando comecei a compreender que minha liberdade infantil era uma ilusão, quando descobri, sendo jovem, que minha liberdade já me tinha sido arrebatada, foi quando comecei à sentir falta."
Revista Crioula, 2010
RESUMO: Esse artigo trata do poema "Noturno da rua da Lapa" de Manuel Bandeira. A princípio, abordaremos o aspecto da musicalidade por que visamos algumas mudanças na obra de Bandeira desde a herança romântico-simbolista até a modernidade do verso livre. Nossa hipótese é de que o ritmo do verso livre, em Bandeira, ultrapassa o essencialismo para aderir, em alguns casos, à forma musical, a exemplo do noturno.
Revista Periódicus
Neste artigo buscou-se analisar elementos que constituem o álbum Bluesman do cantor Baco Exu do Blues, especialmente aqueles reveladores das masculinidades negras e seus sentimentos. Destarte, construiu-se uma narrativa para entender como determinados estigmas sobre a negritude permanecem no imaginário social, bem como porque os espaços artísticos são fundamentais para expressão de liberdade da gente negra. Seguindo a interpretação do conceito de representações do sociólogo e teórico cultural Stuart Hall, refletiu-se como a produção de significados sobre o corpo do homem negro impacta em suas produções culturais. E, ao invés de pensar o conceito de reprodução, para exemplificar a influência que as mídias de massa produzem sobre o indivíduo, condicionando-o a olhar pessoas negras pela lente da estereotipagem, propõe-se refletir sobre as atualizações de determinados rótulos que permeiam as representações sobre a negritude no imaginário social. Por fim, foi explorado como as questões s...
Introdução assunto deste Ensaio não é a chamada liberdade do querer, tão infortunadamente oposta à doutrina mal denominada "da necessidade filosófica"; e sim a liberdade civil ou social: a natureza e os limites do poder que a sociedade legitimamente exerça sobre o indivíduo. Uma questão raramente exposta, e quasi nunca discutida, em tese, mas que influencia profundamente as controvérsias políticas da época, pela sua presença latente, e na qual talvez se reconheça a questão vital do futuro. Está tão longe de ser nova que, num certo, sentido, tem dividido a humanidade desde, quasi, as mais remotas idades. Mas no estágio de progresso em que as porções mais civilizadas ria espécie entraram agora, ela se apresenta sob novas condições, e requer um tratamento diferente e mais profundo.
Cadernos Benjaminianos, 2020
Resumo: O cinema constrói uma diversidade de narrativas importantes para discutir sobre a humanidade e seus modos de relacionar-se. Muitas delas tratam do autoritarismo dos estados e sua antítese, que é a revolta, a resistência. Objetivamos analisar duas dessas narrativas fílmicas, intituladas Manhã cinzenta e Contestação, ambas de 1969, tanto por serem filmes que tematizaram sobre o protagonismo dos estudantes frente ao autoritarismo e à violência das ditaduras, quanto por terem sido compostas por reutilização de imagens de arquivos fílmicos e jornalísticos, destes, sonoras de noticiários e clipagem de jornais. Essas narrativas serão lidas tendo como embasamento as teses benjaminianas, a fim de observar como foram construídas as temporalidades,
A presente obra é disponibilizada pela equipe Le Livros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura.
Entre a Desmistificação e a utopia: Indagação sobre as Lusofonias , Macau: University of Saint Joseph.69-95, 2014
Virgílio de Lemos (1929-2013), poeta de vanguarda, é um dos precursores da modernidade e experimentalismo como criador do “barroco estético” que ele próprio designou como a linguagem poética marcante nas letras moçambicanas no das décadas de 50 e 60 do século XX. Será, ainda, porventura o mais cosmopolita e universal dos poetas de Moçambique, mas simultaneamente, mercê duma lírica ancorada numa articulação estética e ideológica, procurou reinventar uma nova forma de cultura miscigenada. Empenhado na contestação ao regime colonial através da resistência estética e política, é autor de um dos mais belos poemas libertários em língua portuguesa, o que lhe valeu a censura da polícia política, a prisão por subversão, e, por último, o exílio voluntário em França. Mas, é sobretudo a sua escrita heteronímica feminina sob o nom de plume da “lusa macaense” Lee-Li Yang, dedicada ao alter ego do poeta e um dos seus outros heterónimos (Duarte Galvão) um dos traços mais singulares da sua poética como experiência pioneira na lírica portuguesa inspirada por Fernando Pessoa. No estudo, ora proposto, a partir de uma breve abordagem a poemas seleccionados do seu corpus poético, pretende-se apresentar uma análise da poética heteronímica de Vírgilio de Lemos, publicada entre 1944-1963. Ao propor uma “linguagem estética de ruptura”, Lemos almejava “libertar o corpo oprimido dos poemas” (Lemos, 1999:154),por vezes sob a forma de uma escrita feminina epistolar, e questionar os cânones estéticos e eurocêntricos da época. Nestes poemas, o eu-lírico, assumidamente feminino subverte a subalternidade social dos paradigmas patente no discurso patriarcal luso tropicalista para assumir a experiência corpórea e sensorial de uma uma nova subjectividade feminina onde o discurso erótico reclama a libertação sexual e o sonho libertário duma futura pátria.
Tradução em Revista, 2020
Na primeira metade do século XIX, o compositor alemão Felix Mendelssohn publicou uma série de peças para piano solo denominada Canções sem Palavras. A discussão sobre o experimento de Mendelssohn acarreta reflexões sobre as relações entre texto, música e artes em contato. A partir da ideia de livro como modelagem do mundo, este artigo explicita implicações estéticas e performativas deste experimento.
Palavra Cantada, 2006
A pesquisa sobre a canção de câmara brasileira, mais especificamente sobre a parte pianística ainda está em seu início, sendo que a disponibilidade de material para auxiliar o pianista acompanhador na tomada de decisões interpretativas na performance de canções é quase inexistente. Pesquisou-se o ciclo Quatro Líricas (1938) de Francisco Mignone com poesia de Manuel Bandeira, de modo a identificar o papel do piano e do cantor, intentando a performance das mesmas. Para um maior aprofundamento, no presente artigo enfocar-se-á a primeira das quatro canções, Cantiga. Após a análise musical da canção, utilizou-se uma abordagem interdisciplinar na tentativa metodológica de abarcar poesia e música, a saber, a identificação da relação texto-música, fundamentada no modelo proposto por Stein e Spillmann (1996) e a utilização dos conceitos literários de persona e modo de direcionamento, transpostos para a área musical por E. T. Cone (1974). Dessa forma, pôde-se embasar as decisões interpretativas, especificadas nesse artigo em forma de sugestões, que nortearam a preparação e performance da referida canção.
Via Atlântica, 2007
ESTE ARTIGO TRATA DE UM DIÁLOGO INTERTEXTUAL ENTRE AS AUTOBIOGRAFIAS DE NELSON MANDELA E DE EDUARDO MONDLANE COM AS ESCRITAS PROTESTATÁRIAS AFRO-AMERICANAS, NUM CAMPO TEMÁTICO REGULADO PELOS CONCEITOS DE CENTRO E DE PERIFERIA.
Estudos Avançados, 1998
Neste artigo procuro analisar criticamente um poema de Manuel Bandeira, intitulado Lua Nova, composto no Rio de Janeiro em 1953. Lendo os versos à luz de algumas reflexões de Dilthey, busco neles a expressão das vivências do poeta, tentando assim compreender, através de Lua Nova, sua constante recusa de todo o excesso e sua serena aceitação do ritmo da vida, que contém como fim inevitável e fundamente significativo a própria morte.
Introdução assunto deste Ensaio não é a chamada liberdade do querer, tão infortunadamente oposta à doutrina mal denominada "da necessidade filosófica"; e sim a liberdade civil ou social: a natureza e os limites do poder que a sociedade legitimamente exerça sobre o indivíduo. Uma questão raramente exposta, e quasi nunca discutida, em tese, mas que influencia profundamente as controvérsias políticas da época, pela sua presença latente, e na qual talvez se reconheça a questão vital do futuro. Está tão longe de ser nova que, num certo, sentido, tem dividido a humanidade desde, quasi, as mais remotas idades. Mas no estágio de progresso em que as porções mais civilizadas ria espécie entraram agora, ela se apresenta sob novas condições, e requer um tratamento diferente e mais profundo.
Ágora Filosófica, 2012
O presente texto, originalmente apresentado como uma conferência, objetiva apresentar uma reconstrução do conceito de liberdade. Para tanto, todo o primeiro momento do texto é um acerto de contas com os vários usos semânticos da palavra liberdade e das conseqüências advindas de tais opções. Para o estabelecimento de tal intento mostrarei como a liberdade é reciprocamente um conceito mental e um estado de ação e em tal tensão é que reside as dificuldades deuma tematização da liberdade. No âmbito da proposição de uma alternativa aos vários modos de tematização da liberdade, construirei um modo de dizer a liberdade que partindo de Kant, estenda-se até Strawson e apoiando-se nas últimas contribuições de Apel, possa dar razões aos desafios postos pelas neurociências e a filosofia da mente.
Resumo: O trabalho pretende analisar a construção do argumento da obra Mandú-Çarará, concebido por Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e publicado no catálogo " Villa-Lobos: Sua Obra ". Este argumento, segundo o compositor, foi elaborado a partir das lendas indígenas recolhidas por João Barbosa Rodrigues (1842-1909) durante sua expedição científica no Amazonas. De igual maneira será estudado o texto em nheengatu presente na obra Mandú-Çarará – cantado por dois coros: misto e infantil – como resultado do tratamento e utilização, realizado por Villa-Lobos, de trechos destas mesmas lendas indígenas recolhidas por Rodrigues. Abstract: This essay intends to analyze the argument's conception found into the work Mandú-Çarará, created by Heitor Villa-Lobos (1887-1959) and published in " Villa-Lobos: Sua Obra " catalog. This argument, according to the compositor, was built on indigenous folktales collected by João Barbosa Rodrigues (1842-1909) during his scientific expedition in Amazonas. In this essay will also be studied the nheengatu text from Mandú-Çarará-sang by mixed formation choirs and children choirs-as a result of Villa-Lobos' registers and studies on the same Rodrigues' indigenous folktales collection mentioned above.
Resumo: o presente artigo propõe-se a realizar uma leitura acerca de A cinza das horas, livro de estreia do poeta Manuel Bandeira (1886-1968), partindo do pressuposto de que a sua recepção como livro melancólico de um autor tísico e desenganado, integrante de um momento menor de uma das maiores obras da poesia brasileira, não abarca a sua miríade de sentidos. Para isso, nossa abordagem interpretativa almejará-inspirada nos dizeres de Martin Heidegger sobre a poesia e sua interpretação-a escuta do dizer da linguagem que ressoa em cada poema interpretado. Assim, vislumbraremos, em A cinza das horas, além de seu notável tom de desalento, a arte em seu papel redentor e até a liberdade de renunciar ao habitual ressentimento perante o sofrimento.
Trabalho de Avaliação Distribuída para cadeira de Filosofia do Direito e Metodologia Jurídica (Profª Anabela Costa Leão) da Faculdade de Direito da Universidade do Porto – 1º semestre do ano letivo 2017/2018.
HORIZONTE, 2011
V Encontro Internacional do CONPEDI, 2016
Os constitucionalistas chamam a Constituição de 1988 de “Constituição Cidadã”, pois ela surge num momento de redemocratização, estabelecendo um rol de direitos fundamentais dentre os quais se destaca o direito à liberdade. Mas será que é possível afirmar que os brasileiros são livres? Que o Brasil proporciona aos seus cidadãos as condições necessárias para alcançar liberdade? Se considerarmos o conceito de liberdade kantiano, a resposta é negativa. Se, para Kant, liberdade é independência do arbítrio de outro, então, numa sociedade na qual as condutas são pautadas por “vontades” alheias à do sujeito, pode-se declarar o fracasso do direito à liberdade.
Q: O que define uma pessoa? O que faz com que algo ou alguém pertença a esta categoria?
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