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2020, Matraga
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A partir de coleção de biografemas de Guimarães Rosa-tomado aqui como personagem de seu próprio projeto singularíssimo de cruzamento de vida e obra-o conto "Os chapéus transeuntes" é lido como performance autoficcional; isto é, a escritura dessa estória pode ter servido de gesto de confissão e contrição do próprio Rosa, que assim expiaria seu pecado maior: a Soberba. A hipótese da pesquisa é que existe em vigência no aparato crítico um Rosa cor-de-rosa, tanto no sentido de atenuar sua "fala narcísica" (CHAUVIN, 2020), como no de obliterar a tradicional relação dessa cor à feminilidade. Na conclusão, aventam-se algumas questões sobre o autor talvez ainda não devidamente respondidas.
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Em seu número 75, a Revista do Instituto de Estudos Brasileiros leva aos leitores um conjunto impressionante composto de nove artigos, duas resenhas e uma importante contribuição na seção Documentação. Impressionante não só pela qualidade dos textos, mas, paralelamente, pela diversidade de abordagens, inovadoras tanto no sentido dos temas, como também de novas leituras e interpretações de autores e problemáticas recorrentes no contexto acadêmico. O universo rosiano-no sentido mais amplo possível-é recuperado e (re)visto a partir de diferentes olhares e saberes. Tânia Biazioli, doutora em Psicologia Social pela USP, tendo por base a história da alimentação, nos apresenta as "Receitas para o amor, por Aracy e João Guimarães Rosa". De um lado, os cadernos de receitas de Aracy (mantidos no acervo rosiano do IEB), de outro, a obra Noites do sertão, de João, de entremeios com a relação amorosa do casal. No artigo "Ambivalências humanas e não humanas em 'Meu tio o Iauaretê', de Guimarães Rosa", os autores propõem, a partir do referido conto (ROSA, 1969), repensar o "encontro entre as noções de humanidade e animalidade", de maneira a problematizar o que seriam os limites do civilizado e do selvagem. Gustavo de Castro e Silva e Vanessa Daniele de Moraes-respectivamente, professor de Estética da Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Comunicação pela mesma instituição-colocam em discussão a suposta oposição entre "humanidade" e "animalidade", recuperando, para além da prosa do nosso autor, os mitos e as narrativas anteriores à colonização das Américas, bem como tradições rabínicas seculares. Mas o perscrutar da fortuna rosiana vai ainda mais longe. No artigo "Grande sertão: veredas, um inventário da avifauna", Klaus F. W. Eggensperger, professor de Estudos Culturais e Literários da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Willian Dolberth, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma universidade, objetivam apresentar "uma alternativa de leitura ecologicamente consciente que se opõe à perspectiva antropocêntrica que retrata os elementos da natureza de forma opaca e pitoresca". Para tanto, partem dos vocábulos utilizados por Guimarães Rosa (1956) para descrever flora e fauna, com especial atenção para as aves, atentando para os elementos masculino, feminino, temporal e de vocalização. Ade lia Bezer ra de Meneses, pr ofessora colaboradora do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP, em seu artigo "Sereias: sedução e saber", apresenta uma instigante re(leitura) do romance Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, de Clarice Lispector (1993), em contraponto com a Odisseia, de Homero
Revista Humanidades em Diálogo, 2014
Resumo: Esse ensaio busca retomar as discussões iniciadas por Fredric Jameson sobre o pós-modernismo e sua aplicação na contemporaneidade. Nosso objetivo é procurar no pós-modernismo alguma objetividade capaz de responder aos anseios concretos de liberdade e de promover um estado verdadeiramente novo e humano que a arte promete. Para isso passamos primeiro por uma contextualização histórica sobre origem do pós-moderno; após, sua caracterização em expressões artísticas; e por fim, a relação da arte com a política em uma analise crítica sobre o seu potencial de emancipação
Cultura, 2016
Investigação financiada pela FCT (bolsa de pós-doutoramento [RH/BPD/93234/2013]) e desenvolvida no âmbito do Projecto FCT "Fotografia Impressa. Imagem e Propaganda em Portugal (1934-1974)" [PTDC/CPC-HAT/4533/2014]. […] a ideologia foi tanto mais eficaz quanto menos política pareceu.
Literatura e Sociedade, 2021
A partir da leitura de “Anúncio da rosa” (A rosa do Povo) e de sua referência explícita ao parnasiano, o ensaio busca compreender o movimento, que, estruturando-se em torno ao embate entre os “tempos difíceis” (burgueses) e o esteticismo, propõe a reflexão sobre engajamento e fechamento, ou (num desdobramento disso) sobre os limites e entraves do próprio projeto drummondiano, em seu livro mais participante (1945).
Alguns dizem que nos sonhos não existem senão engano e mentira, mas às vezes se podem ter sonhos que não mentem e que, com o passar do tempo, revelam-se verdadeiros. Para demonstrar isso, apresento um autor que se chamava Macróbio: ele não tomou os sonhos como brincadeiras, pelo contrário, escreveu uma obra sobre o sonho que teve o rei Cipião. 3 Apesar de tudo, se alguém pensa ou diz que é loucura e ignorância acreditar naquilo que sonhou, quem assim considera, que me tenha por louco, pois sei que o sonho adverte o bem e o mal que acontecerá às gentes. Além disso, são muitos os que durante a noite sonham coisas obscuras, as quais depois se apresentam com clareza.
Revista Aspas, 2018
Neste artigo discuto a transexualidade feminina na infância. Utilizo como objeto de análise o filme Minha vida em cor-de-rosa (Bélgica, França, Reino Unido, 1997) e o documentário Meu eu secreto (Estados Unidos da América, 2007), procurando fazer uma relação com o debate atual sobre ideologia de gênero. O interesse, então, está concentrado nas ideias centrais das duas produções, ou seja: a transição do gênero masculino para o feminino, a patologização e despatologização das identidades trans, a relação entre sexo anatômico e identidade de gênero, violência simbólica, cis heteronormatividade e a supervalorização do adulto. Para fazer esse debate recorro às reflexões de John Thompson (2009) sobre comunicação de massa e violência simbólica, os estudos de gênero e sobre diversidade sexual, bem como os estudos pós-estruturalistas, especialmente a obra de Michel Foucault. Palavras-chave: Identidade de gênero, Transexualidade, Infância, Violência simbólica, Sociedade.
Ana Guardião, Miguel Bandeira Jerónimo, Paulo Peixoto, orgs., Ecos Coloniais: Histórias, Patrimónios e Memórias (Lisboa: Tinta-da-China), 2022
Letras, 2015
Resumo: O poema de William Blake "The Sick Rose" é analisado levando-se em conta não apenas os elementos intrínsecos ao poema, a ilustração que o acompanha e as características do Romantismo, mas também elementos externos que ampliam seu significado, inserindo-o em um contexto mais amplo, que insinua que ele seja lido como uma afirmação sobre o estado corrupto da Inglaterra.
Psico, 2010
Existem poucos estudos empíricos sobre as implicações de escolher uma ou outra palavra ao se construir um questionário. Aproveitou-se um estudo sobre honestidade acadêmica para verificar se o uso da palavra ajuda, ao invés de cola, faria uma diferença na participação e nas respostas de alunos do ensino médio. Participaram 540 alunos de uma escola particular e de duas escolas públicas em Brasília entre 15 e 19 anos, sendo 53% do sexo feminino. Duas formas de um mesmo questionário foram aplicadas em salas de aula, sendo a única diferença o uso da palavra ajuda versus cola nas 14 perguntas sobre comportamento durante as provas. Análises individuais dos 14 itens mostraram poucas diferenças entre os comportamentos relatados nas duas formas do instrumento. Por outro lado, encontraram-se diferenças significativas nas frequências com a qual perguntas foram deixadas em branco, fato que pôde ser observado mais vezes na forma "cola". As poucas diferenças nos itens individuais podem ser explicadas pela compreensão metafórica das perguntas. Já a maior falta de respostas de uma das formas do questionário aponta para o cuidado com a formulação de perguntas sensíveis. Palavras-chave: Construção de questionário; ajuda; cola; escolha de palavras.
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Cultivo e manejo da Rosa-do-Deserto
Caderno de Graduação - Humanas e Sociais - UNIT - PERNAMBUCO, 2017
Existe Taxa Rosa no Brasil?, 2020
Revista Crises, 2021
Boletim de Pesquisa NELIC, 2018
Joana Souto Mateus, 2009