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2016, , Actas do Encontro Nacional da SPM (2014), Lisboa
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Resumo: Nos anos 20 do século passado, Gomes Teixeira dava-nos conta de um suposto conselho dado por Pedro Nunes à Rainha D. Catarina, regente do Reino de Portugal, em vésperas da coroação de D. Sebastião, no sentido de adiar a cerimónia alegando motivos astrológicos. Neste texto discutimos a possibilidade de Pedro Nunes ter de facto construído a carta astrológica para o momento da coroação. Será que a análise das efemérides para aquele momento à luz dos tratados da época pode trazer algo mais a este assunto? Abstract: During the 20's of last century, Gomes Teixeira wrote about an alleged advice from Pedro Nunes to Queen D. Catarina, ruler of the Kingdom of Portugal, a few days before the coronation of King Sebastian, in order to postpone the ceremony for astrological reasons. We discuss the possibility that Pedro Nunes had actually examined the astrological chart for the moment of the coronation. Will the analysis of ephemeris using literature from that period bring more information on this subject?
Livro de Actas, 2011
Contrariando uma visão romântica e nacionalista do início do século passado, segundo a qual Pedro Nunes terá estado directamente envolvido no desenvolvimento e aplicação da ciência náutica às missões de exploração do século XVI, sabemos hoje que ele foi sobretudo um matemático teórico, e que a sua relação com as matérias práticas da cartografia e arte de navegar nunca foi muito estreita. Pelo contrário, os comentários que deixou escritos sobre a geometria da carta de marear sugerem algum desprendimento relativamente ao seu uso no mar e, em certos casos, uma estranha ignorância sobre os pormenores da sua construção. Um exemplo significativo, do Tratado em defesa da carta de marear (1537), é a interpretação de Nunes sobre a forma como o Mediterrâneo é representado nas cartas da época, sem ter em conta as latitudes dos lugares, onde o matemático parece não se aperceber da influência da declinação magnética. Um outro exemplo bem conhecido do mesmo tratado é a sugestão em substituir as cartas náuticas do seu tempo, construídas a partir de rumos magnéticos e latitudes observadas, por cartas rectangulares, baseadas nas latitudes e longitudes dos lugares, parecendo ignorar a impossibilidade prática de determinar a longitude com exactidão e o efeito da declinação magnética na navegação. Nesta comunicação, os comentários e propostas de Pedro Nunes sobre a geometria das cartas de marear são analisados, à luz do que se conhece sobre os métodos de navegação e cartografia da época.
História da ciência luso-brasileira: Coimbra entre Portugal e o Brasil
Memorial Descritivo Circunstanciado do professor Pedro Nunes Filho apresentado no Centro de Comunicação, Turismo e Artes na Universidade Federal da Paraíba para a progressão de Professor Titular. O presente memorial relata a trajetória acadêmica do professor, destacando a sua entrada na universidade, como aluno, até os dias de hoje como professor atuando no Ensino, na Pesquisa, na Extensão, no Audiovisual entre outros aspectos.
2002
Nas suas obras, Pedro Nunes sugeriu vários instrumentos de medida que imaginava serem úteis para a navegação astronómica. De entre as suas concepções, há sobretudo três que perduraram e vieram a contribuir para o progresso da instrumentação científica: o Nónio, o Instrumento de Sombras e o Anel Náutico. O primeiro destes encontra-se descrito com pormenor e rigor em vários trabalhos acessíveis, nomeadamente Carvalho (1961) e Reis (1999). O mesmo não acontece em relação aos outros dois instrumentos, que serão aqui discutidos. O Anel Náutico-Uma Aplicação Engenhosa da Geometria Com o objectivo de permitir um maior rigor na medição da altura do Sol, Pedro Nunes imaginou um instrumento que ficou conhecido como anel náutico, anel astronómico ou anel graduado. A sua ideia vem descrita numa obra que fez publicar em 1573 em Coimbra, De arte atque ratione navigandi libri duo, onde o matemático lhe chama apenas astrolábio, pois a sua forma é muito semelhante à
1. Divagação inicial Toda a estatuária celebrativa é pública e, portanto, eminentemente fálica, na medida em que exibe um poder subjugador e impõe uma centralidade organizadora do espaço, conferindo-lhe uma racionalidade, estruturando-o, geometrizando-o, fundando aquilo a que Mircea Eliade designou como um Axis Mundi. É então a publicitação de um poder fundador, quer sob o ponto de vista urbanístico quer, no que agora mais nos importa, sob o ponto de vista ideológico, ao revelar uma estética, um discurso simbólico que é a expressão de uma ruptura e a afirmação de um poder inaugurador. Em Lisboa, a estátua de D. José I no Terreiro do Paço, D. Pedro IV no Rossio, o monumento aos Restauradores ou ao Marquês de Pombal, ou ainda, de forma mais enviesada e sublimada, o monumento ao 25 de Abril da autoria de Cutileiro, provam, sem necessidade de alongamento, este ponto inicial. Serve este preâmbulo para introduzir um exemplo do inverso: a estatuária do rei D. Sebastião produzida em Portugal nos últimos cem anos, praticamente inexistente. D. Sebastião, o misógino, o casto capitão de Deus, o Rei-Menino, o mártir de Alcácer, o «pedaço de asno» de António Sérgio, foi apenas objecto de uma
Revista Portuguesa de História, 2001
Muitos habuit antiquitas Archimedes, nostra tamen aetas uno Petro contenta est, non enim nascuntur frequenter adamantes, ut raritas pretio sit 1. No ano em que se celebra o quinto centenário do nascimento do ilustre matemático Pedro Nunes, reveste-se de algum sentido atentar na sua actividade como universitário, uma vez que ela representa uma porção significativa e uma fase importante do seu percurso biográfico. Tendo obtido os seus graus em Lisboa e aí exercido o professorado, participando igualmente em funções administrativas e tendo um papel relevante, mesmo já depois de ter deixado a 1 M. e João Fernandes-A oração sobre afama da universidade (1548). Prefácio introdução, tradução e notas de Jorge Alves Osório, Coimbra: Instituto de Estudos Clássicos, 1967, p. 146. Este elogio a Pedro Nunes, inserido no contexto de uma oração laudatória em que são incluídos os professores que então regiam cadeira nas faculdades maiores da universidade de Coimbra (pela sua ordem hierárquica) e alguns de humanidades, é mais longo e inclui referências biográficas, conforme se pode ver na tradução referida: "Mas porque motivo de queixa te calava eu, sapientíssimo Pedro Nunes? Julgava acaso que a matéria médica era inferior a essa abundância do teu talento? Com certeza que nenhuma ciência é inferior ao talento humano, por mais alto Pedro Nunes na Universidade 1. Pedro Nunes vem para a universidade de Coimbra em 1544: têm a mesma data (16 de Outubro) o alvará, dirigido ao reitor Fr. Diogo de Murça, em que o monarca determina que "o doctor pero nunez meu Cosmografo lea a cadeira de na dita universidade" com o mantimento de oitenta mil reais, e o que lhe faz mercê de um acréscimo de vinte mil reais, "por quanto por asi hir ler a dita cadeira perde a moradia que tem do Ifante dom amrrique" 4. Esta última determinação atesta que, depois de deixar a docência na universidade de Lisboa e durante os anos que mediaram entre a transferência desta para Coimbra e a sua nomeação para a regência de Matemática, se havia dedicado a outro tipo de ensino ou preceptorado de que haviam beneficiado os infantes D. Luís (a quem dedicou o Tratado da Sphera, impresso em 1537 por Germão Galharde) e D. Henrique, irmãos do rei, e não só eles 5. Quando Pedro Nunes recebia a sua nomeação, na abertura do ano lectivo de 1544-1545, chegava ao fim um primeiro ciclo da vida universitária em Coimbra, marcado pela forte influência institucional do Mosteiro de Santa Cruz 6 : terminava então a divisão das faculdades (Teologia, Medicina e Artes liam-se nos colégios de Santa Cruz) que durava desde 1537, unificando-se ajurisdição e, a atendermos às missivas régias que o afirmam, eram enviados à 4
Gazeta de Matemática, 2002
Em resumo, para Silva Dias, Pedro Nunes manteve silêncio acerca de Copérnico, não por ignorância nem por estar movido por preocupações didáticas, mas por receio de possíveis problemas teológicos. O problema com esta apreciação -que, como disse, foi depois repetida por outros 3 -é que ela é factualmente errada logo à partida. Pedro Nunes não manteve silêncio sobre Copérnico; referiu-o e à sua obra em alguns comentários que são de enorme interesse.
Algumas questões sobre o Tratado sobre certas dúvidas da Navegação publicado por Pedro Nunes em 1537
Medievalista online
À vo l ta d o ca s a m e n to d o i n fa n te D. Pe d r o • D o u g l a s M o ta X a vi e r de L i m a Medievalista online Nº 21 | Janeiro-Junho 2017 © IEM-Instituto de Estudos Medievais 2 www2.fcsh.unl.pt/iem/medievalista Resumo Tendo como base o célebre artigo de António Joaquim Dias Dinis acerca da união matrimonial do rei D. Duarte, propõe-se uma abordagem de um outro enlace igualmente importante para a coroa de Avis, o casamento do infante D. Pedro de Portugal com D. Isabel de Urgel. Tal consórcio é analisado no contexto das relações diplomáticas ibéricas, em especial entre Portugal e Aragão, e da política matrimonial avisina das primeiras décadas do século XV. Por tratar-se de um matrimónio tradicionalmente visto como negativo para o reino, em virtude das disputas pela e durante a regência entre D. Pedro e D. Leonor de Aragão, rainha de Portugal e membro de uma família rival da esposa do infante, analisa-se o enlace propondo uma revisão historiográfica e uma nova leitura da documentação sobre as relações luso-aragonesas dos anos de 1420 e de 1430.
Em 2002 celebraram-se os quinhentos anos do nascimento de Pedro Nunes (1502-1578, o mais importante matemático da história portuguesa. Um pouco por todo o país a ocasião foi comemorada numa variedade de celebrações que envolveram muitos milhares de pessoas: exposições, ciclos de conferências, sessões de divulgação, actividades em escolas, concursos, publicações diversas, sites na internet, emissões de selos e medalhas, cartazes, etc.
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Quaderns d’Història de l’Enginyeria, 2010
Análise Social n. 182, 2007 (1), pp. 11-33, 2007
Ciência & Educação (Bauru), 2004
Armas e Troféus, 2021
Penélope: revista de história e ciências sociais, 1990
in Revista de História da Arte. – Lisboa, Instituto de História de Arte / FCSH da UNL, 2008, n.º 5, pp. 188-207., 2008
Revista da Dignidade Celeste - Tomo último, 2022
Revista Portuguesa de História, 2013
Revista de História (São Paulo), 2021