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2020
INTRODUÇÃO Ethos, pathos, logos correspondem respectivamente à credibilidade, à emoção e à razão, elementos que desde a Antiguidade clássica são mo-bilizados pela arte retórica com vistas a persuadir. Conhecedores do po-der da palavra, os gregos faziam da argumentação um meio indispensável para o exercício da cidadania nos debates que eram travados na ágora. No contexto atual, temos assistido à escalada de uma retórica tóxica que tem como principal objetivo atingir os direitos humanos. Antissemitismo, xe-nofobia, homofobia, jihadismo, racismo são algumas das manifestações de ódio que geram perplexidade, pois deixam no ar uma interrogação sobre a continuidade do convívio democrático nas sociedades atuais. O uso da palavra, que já foi o motor da construção política da civilização grega, vem se tornando um obstáculo ao convívio, devido à adoção de um discurso baseado no "eles contra nós". Sob o falacioso argumento do exercício da liberdade de expressão, grupos e líderes políticos vêm empregando discursos que visam desuma-nizar comunidades inteiras através de toda sorte de insultos. O objetivo é criar bodes expiatórios para os mais diferentes problemas, fazendo-os ocupar o papel de inimigos públicos da sociedade, da família, do Estado.
RESUMO: Problematizando o racismo e os processos de discriminação sociocultural, discute-se a questão da diferença na educação, por meio de estudos recentes que focalizam os campos das relações étnicas, geracionais, de gênero, assim como das diferenças físicas e mentais. Tendo como referência Bhabha, Pierucci, Scott, Skliar e, de modo particular, jovens pesquisadores que se apresentaram na 25ª Reunião Anual da ANPEd, busca-se compreender as motivações construídas nos processos identitários relativos à diferença. Concluise que as novas perspectivas emergentes de compreensão das diferenças indicam uma visão mais complexa do diferente, para além do paradigma da diversidade. Deste modo, surge o campo híbrido, fluido, polissêmico, ao mesmo tempo promissor, da diferença, que se * Este artigo completa uma trilogia de estudos sobre a questão da diferença na educação. Ao retomar e reformular, sob novo enfoque, partes do estudo elaborado para subsidiar a discussão deste tema na 25 ª Reunião Anual da ANPEd , o presente artigo amplia e dá continuidade ao estudo apresentado no nosso artigo "Intercultura e educação" . O primeiro texto constitui um esboço de subsídios teóricos, tomados de trabalhos que estavam sendo apresentados naquela mesma reunião da ANPEd, tendo como objetivo debater como o colega Carlos Skliar, da sessão especial A questão da diferença na educação, sobre o conceito de alteridade, relacionando-o com o de interculturalidade. O segundo texto (2003) teve como objetivo, a partir do debate realizado, fundamentar a proposição do conceito de intercultura no campo da educação. O presente artigo (2006) retoma a análise de alguns elementos do mesmo referencial com o objetivo de discutir mais explicitamente a questão dos estereótipos e do racismo na educação. Colaboraram na pesquisa textual inicial Silvana Maria Bitencourt (mestre em Ciências Sociais pela UFSC) e Lia Vainer Schucman (mestre em Psicologia pela UFSC). 496 Políticas da diferença: para além dos estereótipos na prática educacional Educ. Soc., Campinas, vol. 27, n. 95, p. 495-520, maio/ago. 2006 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br> constitui nos entrelugares das enunciações de distintos sujeitos e das múltiplas identidades socioculturais. Palavras-chave: Interculturalidade. Multiculturalidade. Diferença cultural. Identidade cultural. Diversidade. Etnia. Gênero. Infância.
2009
Sabemos que a escola recebe ano a ano alunos diferentes entre si. Cada um com as suas peculiaridades culturais, étnicas, religiosas, sociais. A idéia de respeitar essa diversidade torna-se incongruente com a proposta de se trabalhar de maneira homogênea, ou seja, com objetivos únicos, currículo determinado. Pode-se considerar que essa é uma especificidade da escola no século XXI das mais desafiadoras, pois pressupõe uma mudança quase que total na organização do currículo em nossas instituições educativas. Como trabalhar essa diversidade na escola de forma que esta não seja uma produtora (discriminatória) de diferenças? É possível tratar igualmente os diferentes? Levando-se em consideração que seja possível trabalhar um currículo diferenciado, ajustado às peculiaridades de cada aluno, como fazê-lo sem promover (ou chancelar mesmo que implicitamente) a discriminação e a exclusão? É possível desenvolver estratégias de inclusão em escolas tradicionais, sem mudar suas características de ...
O presente ensaio tem como objetivo central analisar a emergência do conceito de diferença no âmbito das ciências humanas, em especial nos Estudos Culturais e Literários. Para tanto, busca-se construir uma revisão bibliográfica, examinando a contribuição de intelectuais como Jacques Derrida, Stuart Hall, Tomas Tadeu da Silva e Terry Eagleton acerca da questão. Ao elevar o conceito de diferença à categoria de objeto de análise, pretendo realizar uma aproximação teórica da noção fundadora de abordagens que investigam questões de gênero, questões raciais, culturais e identitárias
As reflexões deste artigo são parte da pesquisa que realizei para meu pós-doutorado no Nesprom/Ceam/ UnB. Agradeço ao Professor Dr. Elioenai Dornelles Alves, pela tutoria, e ao CNPq, pelo financiamento da pesquisa. 2 Para discussão sobre as identidades travesti e transexual, ver Berenice BENTO, 2008. Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: Resumo: Neste artigo, problematizo os limites das instituições sociais em lidar com os sujeitos que fogem às normas de gênero. Deter-me-ei principalmente nas respostas que a escola tem dado aos/às estudantes que apresentam performances de gênero que fogem ao considerado normal. PalavrasAbstract: Abstract: Abstract: Abstract: Abstract: This article explores the limits of social institutions in dealing with the subjects fleeing gender norms. I will focus mainly on the responses given by schools to students whose gender performance departs from what is considered normal.
Griot: Reivsta de FIlosofia, 2021
O trabalho cumpre dois propósitos. Tem como objetivo amplo relativizar a divisão entre o estruturalismo e sua pretensa superação ou prosseguimento, com o pós-estruturalismo. O faz a partir de um procedimento específico: o modo como Saussure desenvolve e antecede teses caras a filosofia da diferença de Deleuze. Inicia pela crítica que Deleuze endereça ao estruturalismo do primeiro como incapaz de apreender tanto a diferenciação quanto a organização das diversas formas de experiência. O foco em Saussure se deve ao fato de que Deleuze considera este um descobridor da diferença no âmbito da linguagem, embora insista em lê-la em termos opositivos e, portanto, negativos. Um “descobridor encobridor”, pode-se dizer, que traz à luz a dinâmica diferencial do sentido e, ao mesmo tempo, encobre-a pela imagem tradicional do pensamento que é subordinada à identidade. Em seguida, ficará claro como esta leitura não considera as verdadeiras posições da filosofia da linguagem elaborada por Saussure e que esta deve em muito ser afastada de alguns dos seus considerados herdeiros e seguidores (consideramos o caso exemplar de Trubetskoy, tal como o fizera o próprio Deleuze noutro sentido). A conclusão é que a teoria do valor voltada ao sistema linguístico antecede a teoria diferencial das faculdades que Deleuze emprega a compreender cada das estruturas de nossa existência.
Resumo: Trata-se de sublinhar que uma prática educacional contemporânea que se deseje produtiva não se constitui como um efeito paralelo a um mundo histórico, linguístico, geográfico, filosófico, artístico, científico, mas visa promover encontros com suas formas de conteúdo e expressão. Apropriando-se destas formas as utiliza como elementos processuais de sua prática, transformando-as e agenciando-as para a fabricação de diferentes lógicas de produção de sentido. A ideia é a de tratar a Educação como intransitiva. Uma potência em si que não decorre em explicar o mundo via modelos referenciais, mas por ser força mais que forma, atua pela via diferencial escolhendo o aumento de ambiguidades como um jogo eficaz para um devir produtivo. O texto procura estudar processos e procedimentos de criações artísticas para delas extrair modos de formular uma didática contemporânea. Didática que atue como criação pedagógica e à espreita da constituição de um currículo que considere que cada elemento que o constitui é infinitesimal, continente e conteúdo de uma variação múltipla, uma vez que admite que todo elemento é composto e, por isso mesmo, compositivo. Palavras-Chave: Educação. Aula. Filosofia. Expressão
Tratado como ser, indivíduo, pré-individual, impessoal, tomado em segmentos de devir, que são processos de desejo, o docente é pensado a partir da Filosofia da Diferença em Educação. Extrator de partículas, que não pertencem mais a como vive, pensa, escreve, pesquisa, mas são as mais próximas daquilo que está em vias de tornar-se, e através das quais ele se torna diferente do que é, o docente da diferença atravessa os limiares do sujeito em que se tornou, das formas que adquiriu, das funções que executa. Entretanto, não se identifica, não imita, não estabelece relações formais e molares com algo ou alguém, mas estuda, aprende, ensina, compõe, canta, lê, apenas com o objetivo de desencadear devires. Ressalta o seu próprio potencial de variação contínua e critica, assim, o conceito Docente e a forma docente. Desenvolve traços fugidios do seu ensinartistar, por meio de XX devires. Então, indaga: – Como criar uma artistagem docente? Sabe que engendrar, encontrar e seguir alguma resposta de tristeza ou de alegria, de juventude ou de velhice, de ânimo ou de cansaço, de vida ou de morte, é o que configura a covardia ou a coragem de cada docente artistador.
Editora UFS, 2020
O presente ebook intitulado “Processos formativos e diversidade: educa- ção para a diferença ”tem por objetivo contribuir com pesquisadores, estudantes e profissionais das ciências humanas, focando suas reflexões na área da Educação, com textos de pesquisadores de unidades do Nordeste e do Sul do país. Esta parceria se realiza a partir dos diálogos estabelecidos pelos pesquisadores com autores que, embora heterogêneos, se comprometem em direcionar seu trabalho à perspectiva da educação para a diferença.
Si la diferencia es un universal absoluto, construcción lógica de la metafísica, la diversidad es un universal concreto de toda realización humana. Para la metafísica occidental sin embargo el problema crucial es el reconocimiento de lo mismo, que se supone verdadero, y así lo diverso no puede ser entendido más que a través de la comparación discriminatoria y la dominación. El respeto a la diversidad del otro debe pasar entonces por un reconocimiento – no intelectual, sino sensible – de su propio espacio y su propia potencia. Abstract If difference is an absolute universal, a logical construction of metaphysics, diversity is a concrete universal of all human realisations. For Western metaphysics though, the quest is the knowledge of “the same”, which is supposed to be true, in such a way that the diver- se can not be understood but through discrimination and domination. Respect for the other calls for acknowledging it – not as an intelectual, but a sensible construction – of its own space and capabilities.
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