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JOSÉ AUGUSTO DE ARAUJO E O GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964 NO ACRE: INTOLERÂNCIA, PERSEGUIÇÕES E RESSENTIMENTOS A PARTIR DE CARTAS E TELEGRAMAS, 2021
Este trabalho trata de algumas das rememorações acerca das situações dolorosas vivenciadas por José Augusto de Araújo, correligionários e sua família após sua posse no executivo acreano em 1963, posterior deposição em 1964 e morte em 1971. De acordo com Gagnebin (2014) "A 'rememoração' é coletiva e política, mas não é de forma alguma uma 'comemoração' oficial, organizada com bandeiras, desfiles ou fanfarras para comemorar uma vitória, ou, então, um pedido de perdão" (p. 260). José Augusto foi eleito governador do Acre pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e assumiu em um curto período de tempo, entre janeiro de 1963 e maio de 1964-período em que se passa pela primeira vez por uma escolha eleitoral e direta para o executivo local. Nesta direção, buscaremos abordar o contexto da cassação do mandato, deposição e morte do então governador que culminou em um processo complexo de traumas, humilhações e ressentimentos, tanto no âmbito político quanto no familiar. Dialogaremos com cartas pessoais e telegramas oficiais como fontes principais, notadamente entendendo as cartas como portadoras de memórias mais íntimas e como paliativos comunicativos em momentos de traumas para purgar as dores e os sofrimentos vivido através da escrita-testemunho. Embora bastante estudada, cabe ressaltar que a ditadura civil-militar não esteve restrita somente às grandes metrópoles brasileiras. Os estados da região amazônica abrigaram contextos marcados também por perseguições e acusações contra aqueles considerados inimigos da nova ordem. É isso que este artigo se propõe também a apresentar em âmbito localizado e micro quando comparado a historiografia canônica. Palavras-chave: Ditadura; José Augusto; Acre; Ressentimentos; Humilhações.
Nascido no Porto em 24.1.1840, José Joaquim Rodrigues de Freitas Júnior cedo se revelou um estudante aplicado, começando a publicar textos aos 14 anos. No ambiente familiar pesavam os ideais setembristas e uma grande aproximação aos irmãos Passos, tendo mesmo crescido sob o amparo de um deles, José Passos. Culturalmente, Rodrigues de Freitas integra-se já numa nova geração, que evidencia o conhecimento das novas correntes científicas, o positivismo e o evolucionismo, aspetos que hão de marcar as suas opções profissionais e político-ideológicas. A entrega ao jornalismo, a vida académica na área da economia política (Academia Politécnica do Porto, onde antes se formara em engenharia) e o envolvimento político são opções desenvolvidas por Rodrigues de Freitas em paralelo e estreitamente ligadas. O publicista emergiu convicto na aproximação da ciência e da razão junto das massas populares, criando "opinião pública".
Em Tempo de Histórias
O presente artigo analisa o filme Anchieta, José do Brasil, de 1977, vinculando-o aos contextos de sua proposição, produção e exibição. Procura-se, sobretudo, desvendar as representações e a memória que o filme veiculou sobre o missionário jesuíta José de Anchieta – que teve um dia instituído em sua homenagem pelo presidente Humberto Castelo Branco, em 1965 –, relacionando-as com o projeto de Estado e com a moral defendida pelo regime militar.
Entrada de Dicionário sobre o artista português Almada Negreiros
Human resource management in health and humanization: a hermeneutical perspective Administración de recursos humanos en salud y humanización: el sesgo hermenéutico A Política Nacional de Humanização é considerada uma forte possibilidade de reconstrução da produção do cuidado em saúde. Diversos estudos a têm discutido sob as perspectivas teórico-prática e/ou filosófica que lhe dão sustentação. Este artigo também se habilita a discuti-la, mas sob o viés da administração de recursos humanos em saúde. Para tanto, consideramos que é no interior dessa prática que as relações também são intensamente marcadas pelo trabalho vivo em ato e, por isso, é nelas que devem ser mapeados, principalmente, os novos territórios das chamadas tecnologias relacionais. É nessa atividade que se dá a condição unívoca de constituição das (inter)subjetividades que permeiam as relações que marcam os encontros ocorridos na área, e onde se dá a produção de significados que medeiam a relação homem-mundo/texto. Tal possibilidade centrou-se na hermenêutica de Gadamer, no que ela pode contribuir para a ampliação dessa política e para o viés aqui enfocado. Defende-se que a política de humanização se configure para além de suas próprias diretrizes, devendo transcender às prescrições tecnicistas e aos modos de produção de sujeitos atuais, destacando a urgência de se rediscutir a categoria sujeito dentro da gestão precarizada do trabalho. Defende-se a possibilidade de mudança nos encontros tradicionalmente marcados por modos de desafetação/desvinculação do outro para um encontro onde os coletivos possam estar ancorados pela dialogicidade defendida por Gadamer, o que poderia levar ao reconhecimento dos diferentes atores que coabitam o serviço, reconhecendo-os mutuamente como sujeitos legítimos.
T Te ei ia a t tr ró óf fi ic ca a e e f fl lu ux xo o d de e e en ne er rg gi ia a n no o E Es st tu uá ár ri io o d do o R Ri io o M Ma am ma an ng gu ua ap pe e, , P Pa ar ra aí íb ba a, , B Br ra as si il l
Meu amigo. Este livro o vai naturalmente encontrar em seu pitoresco sítio da várzea, no doce lar, a que povoa a numerosa prole, alegria e esperança do casal. Imagino que é a hora mais ardente da sesta. O Sol a pino dardeja raios de fogo sobre as areias natais; as aves emudecem; as plantas languem. A natureza sofre a influência da poderosa irradiação tropical, que produz o diamante e o gênio, as duas mais sublimes expressões do poder criador. Os meninos brincam na sombra do outão, com pequenos ossos de reses, que figuram a boiada. Era assim que eu brincava, há quantos anos, em outro sítio, não mui distante do seu. A dona da casa, terna e incansável, manda abrir o coco verde, ou prepara o saboroso creme do buriti para refrigerar o esposo, que pouco há recolheu de sua excursão pelo sítio, e agora repousa embalando-se na macia e cômoda rede. Abra então este livrinho, que lhe chega da corte imprevisto. Percorra suas páginas para desenfastiar o espírito das cousas graves que o trazem ocupado. Talvez me desvaneça amor do ninho, ou se iludam as reminiscências da infância avivadas recentemente. Se não, creio que, ao abrir o pequeno volume, sentirá uma onda do mesmo aroma silvestre e bravio que lhe vem da várzea. Derrama-o, a brisa que perpassou os espatos da carnaúba e a ramagem das aroeiras em flor. Essa onda é a inspiração da pátria que volve a ela, agora e sempre, como volve de contínuo o olhar do infante para o materno semblante que lhe sorri. O livro é cearense. Foi imaginado aí, na limpidez desse céu de cristalino azul, e depois vazado no coração cheio das recordações vivaces de uma imaginação virgem. Escrevi-o para ser lido lá, na varanda da casa rústica ou na fresca sombra do pomar, ao doce embalo da rede, entre os múrmures do vento que crepita na areia, ou farfalha nas palmas dos coqueiros. Para lá, pois, que é o berço seu, o envio. Mas assim mandado por um filho ausente, para muitos estranho, esquecido talvez dos poucos amigos, e só lembrado pela incessante desafeição, qual sorte será a do livro? Que lhe falte hospitalidade, não há temer. As auras de nossos campos parecem tão impregnadas dessa virtude primitiva, que quantas raças habitem aí a inspiram com o hálito vital. Receio sim que seja recebido como estrangeiro e hóspede na terra dos meus. Se porém, ao abordar às plagas do Mocoripe, for acolhido pelo bom cearense, prezado de seus irmãos ainda mais na adversidade do que nos tempos prósperos, estou certo que o filho de minha alma achará na terra de seu pai a intimidade e conchego da família. O nome de outros filhos enobrece nossa província na política e na ciência; entre eles o meu, hoje apagado, quando o trazia brilhantemente aquele que primeiro o criou. Neste momento mesmo, a espada heróica de muito bravo cearense vai ceifando no campo da batalha ampla messe de glória. Quem não pode ilustrar a terra natal canta as lendas suas, sem metro, na rude toada de seus antigos filhos. Acolha pois a primeira mostra e ofereça a nossos patrícios a quem é dedicada. Este pedido foi um dos motivos de lhe endereçar o livro; o outro lhe direi depois que o tenha lido. Muita cousa me ocorre dizer sobre o assunto, que talvez devera antecipar à leitura da obra, para prevenir a surpresa de alguns e responder às observações ou reparos de outros. Mas sempre fui avesso aos prólogos; em meu conceito eles fazem à obra o mesmo que o pássaro à fruta antes de colhida; roubam as primícias do sabor literário. Por isso me reservo para depois. Na última página me encontrará de novo; então conversaremos a gosto, em mais liberdade do que teríamos neste pórtico do livro, onde as etiquetas mandam receber o público com a gravidade e reverência devidas a tão alto senhor.
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Dicionário Histórico-Biográfico da Academia das Ciências de Lisboa, 2024
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