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As relações entre escola e família baseiam-se na divisão do trabalho de educação de crianças e jovens, envolvendo expectativas recíprocas. Quando se fala na desejável parceria escola-família e convoca-se a participação dos pais na educação, sobretudo pelo dever de casa como estratégia de promoção do sucesso escolar, não se consideram: as mudanças históricas e a diversidade cultural nos modos de educação e reprodução social; as relações de poder entre estas instituições e seus agentes; a diversidade de arranjos familiares e as desvantagens materiais e culturais de grande parte das famílias; as relações de gênero que estruturam a divisão de trabalho em casa e na escola. Este texto discute estas questões argumentando que a política educacional, o currículo e a prática pedagógica articulam os trabalhos educacionais realizados pela escola e pela família, segundo um modelo de família e papel parental ideal e com base nas divisões de sexo e gênero, subordinando a família à escola e sobrecarregando as mães, o que perpetua a iniqüidade de gênero. RELAÇÕES DE GÊNERO -RELAÇÕES ESCOLA-FAMÍLIA -EDUCAÇÃO -PAIS ABSTRACT WAYS OF EDUCATION, GENDER AND SCHOOL FAMILY RELATIONSHIP. School-family relationship is based on the sharing of responsibilities in the education of children and adolescents, considering mutual expectations. When referring to the ideal school-family relationship and the need for parents to be involved in education, specially in homework, as an strategy to promote school success, some factors are not taken into consideration: historical changes and cultural differences in educational and social reproduction modes; power relations between these institutions and their agents; the diversity of family arrangements and material and cultural disadvantages in many households; gender relations shaping the division of labour at home and at school. This text discusses these issues arguing that educational policy, the curriculum, and pedagogical practice coordinate the educational work at school and at home according to an ideal model of family and parental role and based on sex and gender division, subordinating the family to the school and overburdening mothers, therefore perpetuating gender inequity. GENDER RELATIONSHIP -FAMILY SCHOOL RELATIONSHIP -EDUCATION -PARENTS
Oliveira, 2018
Este trabalho tem como objetivo refletir acerca do tabu existente nas discussões de identidade de gênero, sexualidade e orientação sexual no contexto educacional e escolar. Além disso, busca abarcar a posição da escola frente a representação do presente tema para a família e as possibilidades de atuação da Psicologia nesse cenário. Dentre as instituições discursivas que constituem os corpos, encontram-se a família e a escola. Nesse sentido, o presente trabalho versa sobre a possibilidade de conexão entre essas instâncias com vistas a promover, sem excluir, a discussão e o conhecimento sobre o tema da identidade de gênero. Para isso, partimos da experiência de um dos autores em uma unidade de educação infantil onde uma atividade que evocava a família revelou a ausência do seu discurso na cena escolar. A discussão acerca desse acontecimento evidenciou o receio em abordar o tema e a surpresa ao encontrar famílias dispostas a fomentar a discussão. Acreditamos, portanto, que a exclusão da família no contexto educacional e escolar reforça estereótipos e dificulta a comunicação sobre temas considerados socialmente controversos e complexos. Destarte, a escuta direcionada aos familiares torna-se uma ferramenta de conhecimento das principais demandas que perpassam essa instituição, bem como a compreensão acerca da representação constituída pela família sobre a problemática, possibilitando mudanças paradigmáticas na maneira de transmitir às crianças questões referentes a identidade de gênero, sexualidade e orientação sexual. Esperamos que o presente trabalho possibilite novas discussões sobre a importância de inserir a família nas discussões de gênero no contexto educacional e escolar.
Gênero e Sociedade: Explicações de suas relações e efeitos educacionais, 2021
RESUMO O presente artigo trabalha as concepções de Vygotsky (1987) sobre a relação entre pensamento e linguagem sob uma perspectiva de influência no desenvolvimento cognitivo e na formação da visão sobre o gênero proposto pela escola. Neste sentido, notou-se também a construção de estereótipos compreendidos por Brunneli (2016) como grandes influências no comportamento social e no discurso, relacionando-se, por essa perspectiva, e mostrando-se capazes de explicar ações e interações que são estudadas pela psicologia social. Não obstante, recorreu-se aos estudos de Cunha e Góes (2002), Xavier, Ribeiro e Noronha (1994) para compreender como a formação desses estereótipos que foram disseminados influenciaram a organização educacional e cooperaram para a manutenção do status quo, isto é, da desigualdade social e das suas justificativas. Outrossim, para compreender as novas questões que surgem sobre a sexualidade, foi preciso analisar os estudos de Louro (1997) e Oliveira e Santos (2012) para compreender essas novas dinâmicas e perspectivas que surgem para pensar uma escola preocupada com o presente, deixando de lado suas preocupações com o ontem. Por isso, foi percebido como essas relações coexistiram e fomentaram uma organização social pautada em um propósito em não somente justificar as relações hierárquicas de poder, mas também mantê-las utilizando setores estratégicos como a educação e, consequentemente, a escola.
2012
Pretende-se nesse artigo tratar das representações sobre as identidades e as relações de gênero presentes nos discursos de professores das escolas públicas do Distrito Federal que participaram do curso Gênero e Diversidade na Escola (GDE) durante o ano de 2012-2013. As falas analisadas foram selecionadas dos fóruns do módulo Gênero 2 realizado no ambiente online de aprendizagem. A escola constrói conhecimentos, mas o faz, muitas vezes, reproduzindo padrões sociais, perpetuando concepções, valores e hierarquias sociais, fabricando sujeitos (seus corpos e identidades), legitimando relações de poder. Mas a escola, ao mesmo tempo em que reforça estereótipos e preconceitos de gênero, pode ser espaço privilegiado no enfrentamento da violência e discriminação contra mulheres, gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.
RESUMO: O presente trabalho objetiva, à luz da Análise de Discurso, apresentar um projeto de pesquisa em andamento, detendo-se de modo especial em um de seus resultados, qual seja, a elaboração coletiva de uma história em quadrinhos sobre gênero e violência de gênero, cuja proposta é circular em diferentes espaços, sobretudo no espaço escolar. A fim de facilitar a exposição, o texto está estruturado da seguinte maneira: para iniciar, serão desenvolvidas reflexões teórico-analíticas acerca do recrudescimento do discurso conservador na formação social brasileira, sobretudo em relação a gênero, e como tais questões são disputadas nos saberes que (não) podem e (não) devem circular no espaço escolar. Em seguida, será empreendida uma discussão sobre gênero e como o Aparelho Ideológico Escolar atua para a reprodução das relações de produção, bem como perspectivas teóricas que defendem a necessidade da escola assumir o debate de temas como gênero e sexualidade. Um último momento será dedicado à apresentação e breve análise de uma história em quadrinhos, por meio de alguns recortes. Com temas relacionados a questões de gênero e violência de gênero em seus gestos mais sutis e cotidianos, a história em quadrinhos de certa forma a visibiliza e faz circular dizeres de sujeitos segregados socialmente.
2016
RESUMO Este artigo resulta de uma pesquisa com criancas e trata dos modos de comunicacao familia-escola. Tem como objetivo principal dar visibilidade ao que as criancas do quarto ano de uma escola publica da regiao metropolitana de Porto Alegre tem a nos dizer sobre os modos de comunicacao entre seus familiares e seus professores. Inicialmente mostramos que os modos recorrentes de comunicacao familia-escola estao pautados no proposito de informar, celebrar, treinar ou reclamar, conforme apontou a entrevista com a gestora, professora e pais. As criancas do quarto ano ja se apropriaram da ideia de que a comunicacao entre essas duas instituicoes se da em situacoes de problema de aprendizagem ou comportamento. Como decorrencia, elas rechacam a presenca dos pais na escola e relembram experiencias positivas vividas anteriormente quando seus familiares frequentavam a escola com outro proposito. A pesquisa mostrou que embora a escola e a familia tenham muito a aprender e ensinar uma a out...
As relações entre escola e família baseiam-se na divisão do trabalho de educação de crianças e jovens, envolvendo expectativas recíprocas. Quando se fala na desejável parceria escola-família e convoca-se a participação dos pais na educação, sobretudo pelo dever de casa como estratégia de promoção do sucesso escolar, não se consideram: as mudanças históricas e a diversidade cultural nos modos de educação e reprodução social; as relações de poder entre estas instituições e seus agentes; a diversidade de arranjos familiares e as desvantagens materiais e culturais de grande parte das famílias; as relações de gênero que estruturam a divisão de trabalho em casa e na escola. Este texto discute estas questões argumentando que a política educacional, o currículo e a prática pedagógica articulam os trabalhos educacionais realizados pela escola e pela família, segundo um modelo de família e papel parental ideal e com base nas divisões de sexo e gênero, subordinando a família à escola e sobrecarregando as mães, o que perpetua a iniqüidade de gênero. RELAÇÕES DE GÊNERO -RELAÇÕES ESCOLA-FAMÍLIA -EDUCAÇÃO -PAIS ABSTRACT WAYS OF EDUCATION, GENDER AND SCHOOL FAMILY RELATIONSHIP. School-family relationship is based on the sharing of responsibilities in the education of children and adolescents, considering mutual expectations. When referring to the ideal school-family relationship and the need for parents to be involved in education, specially in homework, as an strategy to promote school success, some factors are not taken into consideration: historical changes and cultural differences in educational and social reproduction modes; power relations between these institutions and their agents; the diversity of family arrangements and material and cultural disadvantages in many households; gender relations shaping the division of labour at home and at school. This text discusses these issues arguing that educational policy, the curriculum, and pedagogical practice coordinate the educational work at school and at home according to an ideal model of family and parental role and based on sex and gender division, subordinating the family to the school and overburdening mothers, therefore perpetuating gender inequity. GENDER RELATIONSHIP -FAMILY SCHOOL RELATIONSHIP -EDUCATION -PARENTS
Estudos de Psicologia (Campinas), 2012
O objetivo principal deste trabalho foi identificar os estilos parentais característicos de famílias provenientes de contextos de alta vulnerabilidade social. A amostra foi composta por 62 adolescentes, com idade entre 12 e 17 anos, de ambos os sexos, e suas respectivas famílias. Para a coleta de dados, utilizou-se uma escala de exigência e responsividade, aplicada de forma coletiva nos adolescentes, além da análise de documentos constantes nos prontuários das famílias. Os resultados principais indicaram que as famílias eram geralmente numerosas, com estruturas diversas, e que os adolescentes percebiam seus pais mais como autoritativos do que como negligentes.
A produção do conhecimento sobre educação física escolar e relações de gênero: das teorias do conhecimento às metodologias de ensino, 2017
O trabalho tem como tema a produção do conhecimento sobre Educação Física Escolar e Relações de Gênero, procurando estabelecer de que forma as metodologias de ensino da Educação Física são determinadas pelas teorias do conhecimento utilizadas como base epistemológica. Logo, o objetivo geral é compreender como as diferentes teorias do conhecimento vêm influenciando a forma como a Educação Física é sistematizada e aplicada enquanto componente curricular na educação básica. A pesquisa caracteriza-se enquanto bibliográfica e utiliza a análise de conteúdo como principal inspiração para tratar os artigos selecionados. Os resultados apontam para uma hegemonia do referencial teórico pós-moderno como base para a produção de artigos sobre Educação Física Escolar e Relações de Gênero. Possivelmente pelos métodos de pesquisas defendidos por esses referenciais, há nos dados investigados um reduzido quadro de propostas metodológicas para a prática pedagógica nas aulas de Educação Física que busque superar os problemas das Relações de Gênero. Sendo, dessa forma, necessária a defesa da utilização de um diferente referencial teórico para isso, o materialismo histórico dialético.
Os diferentes sistemas de gênero -masculino e feminino -e de formas de operar nas relações sociais de poder entre homens e mulheres são decorrência da cultura, e não de diferenças naturais instaladas nos corpos de homens e mulheres. Não faltam exemplos demonstrativos de que a hierarquia de gênero, em diferentes contextos sociais, é em favor do masculino. De onde vêm as afirmações de que as mulheres são mais sensíveis e menos capazes para o comando? A idéia de "inferioridade" feminina foi e é socialmente construída
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as relações de gênero em cursos de graduação, no caso, a Pedagogia e o Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO). De acordo com teorias do estudo de gênero entende-se “Feminino” como um termo embasado por uma cultura que separa tarefa das mulheres das tarefas dos homens, ou seja, um termo sobre um aspecto cultural. A pesquisa utilizou a coleta de dados sobre a entrada de homens nos cursos de graduação para analise da inserção e da participação masculina. O objetivo da pesquisa é problematizar e historicizar as relações de gênero nos cursos procurando observar quais as motivações e desafios enfrentados pelos graduandos. O recorte temporal da pesquisa reside nos anos de 2001 a 2012, levando em conta que no último vestibular realizado para esses dois cursos, dos 117 inscritos, apenas sete eram homens e nenhum foi aprovado em primeira chamada. Podemos concluir que, embora a discussão de relações de gênero e ensino superior já tenha percorrido longo caminho, ainda precisamos de uma grande mudança social em relação às possibilidades de acesso a esses cursos.
A família tem um papel essencial e único na vida de qualquer ser humano e a escola uma impor-tância ímpar na instrução de qualquer indivíduo. Tanto a família como a escola têm sofrido intensas transformações, pelo que a problemática da relação família-escola continua a ser alvo de estudos, em que todos parecem reconhecer o importante papel desta relação na educação, no desenvolvimento e sucesso escolar dos alunos embora, ainda, com diferentes perspectivas entre si. Factores diversos de ordem socioeconómica e demográfica, em Portugal e no mundo, nos têm levado a assistir a profundas mudanças nas famílias e na educação, que conduziram a grandes alterações em ambas e que têm contribuído para que escola vá assumindo novas responsabilidades, entre as quais a de " suplência " da família. Esta interacção pode ir do alheamento profundo à participação mais activa de cada uma das partes. Mas ambas têm duas características em comum: a dinâmica no agir e a sua decisiva influência nas crianças e adolescentes. O grande desafio que têm que enfrentar é o da cooperação entre ambas, enquanto " dupla de partilhas e de aprendizagens " , merecedora de uma contínua reflexão para compreendermos que factores contribuem para que, por vezes, esta coope-ração falhe. Há que continuar a estudar e a propor alternativas de intervenções conjuntas entre famí-lia-escola, perante as actuais questões da sociedade e das nossas crianças e adolescentes. Palavras-chave: Família; Escola; Relação Família-Escola; Práticas Educativas; Estratégias e Obstáculos. INTRODUÇÃO " A escola e a família são contextos do desenvolvimento dos indivíduos com papéis comple-mentares no processo educativo cujo significado cultural, económico e existencial (…) reside no encontro dinâmico das realidades, valores e projectos de cada uma destas unidades sociais " e ainda " a tarefa de educar as gerações mais novas compete, em primeiro lugar, à família e logo em segui-da à escola. Ambas são agentes de educação do mesmo sujeito mas cada uma tem a sua especifi
Revista de Pesquisa Interdisciplinar, Cajazeiras, v. 3, suplementar, set. 2018.
O presente artigo busca fazer alguns apontamentos sobre gênero enquanto uma categoria discursiva pertinente para ser abordada em sala de aula. Traz em seu corpo textual a discussão da temática levando em consideração gênero enquanto uma prática e construção social. Percebe o plano de aula enquanto um instrumento essencial para o exercício da docência; na medida em que são colocas os conceitos, sugerem-se estratégias para trabalhar tais questões em sala de aula, desse modo buscou-se detalhar cada procedimento um plano de aula, a fim de contribuir para com os profissionais da educação. Por fim esse artigo traz contribuições para um ensino que seja engajado na realidade social contemporânea trazendo temáticas sensíveis para dentro do espaço escolar.
A relação família-escola é, hoje, tema em destaque na discussão sobre a garantia do sucesso dos alunos na escola. Freqüentemente ouve-se dos professores que o apoio da família é essencial para o bom desempenho do aluno, porém, muitas vezes essa expectativa de ajuda torna-se fator de acusação, atribuindo-se à família toda a responsabilidade pelo mau desempenho escolar da criança. Quando se tratam de crianças provenientes de classes populares -maioria da população que sofre o chamado fracasso escolar -há de se reconhecer que um modelo de família e de relacionamento entre pais e filhos é tomado como parâmetro.
2014
Anais do II Seminário Seminário Estadual PIBID do Paraná: tecendo saberes / organizado por Dulcyene Maria Ribeiro e Catarina Costa Fernandes — Foz do Iguaçu: Unioeste; Unila, 2014Este trabalho tem como objetivo compreender questões relacionadas a gênero, a partir do posicionamento de professoras, que atuam na rede de educação básica do município de Cascavel-PR, e participam do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) permitindo que acadêmicos do curso de pedagogia desenvolvam determinadas atividades dentro da sala de aula. Durante nosso estudo, nos referenciaremos nos estudos de Guacira Lopes Louro (1997; 2000; 2008), discutindo temáticas relacionadas a gênero, tais como: a relação entre o feminino e o masculino dentro da sala de aula e da escola; a inferiorização do feminino em relação ao masculino; a docência como sendo um papel inerente às mulheres; e as rotinas que criam e ou reforçam a segregação entre meninos e menina
Revista Cocar, 2020
Este artigo pretende apresentar diretivas promotoras de culturas inclusivas para as práticas pedagógicas sobre as relações de género e do corpo, fundamentadas nos conceitos de coeducação (DIAS, 2014) e de educação para o empoderamento social. Abordamos os conceitos de género (CARDONA et al, 2011), e de género, sexo e poder de acordo com a visão performativa de Butler (1990).Ressalvamos a pertinência de ações na Escola que permitam libertação e afirmação dos processos identitários dos indivíduos inseridos nas comunidades escolares pois constata-se que os ambientes escolares apresentam disciplinarização da masculinidade e da feminilidade (DIAS, 2014), do controle do erotismo, da sexualidade e do corpo (LE BRETON, 2003). Concluímos com a convicção de que as diretivas promotoras de culturas inclusivas para as práticas pedagógicas sobre as relações de género e do corpo são uma forma de afirmação política das diferenças, dos processos identitários e da minimização das desigualdades que com que nos deparamos no campo educativo. Em suma, uma possibilidade para a transformação da cultura da Escola. Palavras-chave: Coeducação. Cultura da Escola. Género. Brazão, P. & Dias, A.(2020) Relações de género e do corpo na Escola: Diretivas promotoras de culturas inclusivas para as práticas pedagógicas. Revista Cocar. V.14 N.29 Maio/Ago. p.61-72 ISSN: 2237-0315 https://paginas.uepa.br/seer/index.php/cocar/article/view/3347/1506
XVI ENDIPE
O artigo é resultado das reflexões desenvolvidas na Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais e analisa a construção dos significados de gênero nas práticas pedagógicas das Atividades Escolares Coletivas -AECs em uma escola da rede municipal de educação, examinando algumas especificidades dos significados de gênero que as professoras do Ensino Fundamental utilizam na prática pedagógica, engendrando experiências por meio da linguagem. Questiona sistemas de significação, sinalizando para uma didática que reflete sobre os significados da produção de gêneros "invisíveis" na escola sem a pretensão de apontar solução para o problema da marcação da diferença na constituição dos sujeitos, mas buscando rejeitar esquemas essencialistas e dicotômicos para pensar práticas pedagógicas em termos de pluralidade e respeito às diferenças. Adota a pesquisa qualitativa e faz o mapeamento dos ditos sobre as questões de gênero, utilizando fontes iconográficas, entrevistas abertas e observação de algumas AECs. As relações de gênero na prática pedagógica são discutidas numa abordagem pós-estruturalista articulada às reflexões do construcionismo social, da lógica do discurso e das relações de poder no jogo das diferenças, sustentada pelos estudos de: outros/as autores/as. Demonstra assim, a construção naturalizada dos significados de gênero na prática pedagógica, enquanto prática discursiva, que produz efeito com aquilo que enuncia e sugere a noção de gênero para ampliar o estatuto teórico da didática contemporânea. Não teve preocupação em apontar os limites da abordagem em torno do discurso, mas toda a inquietação foi impulsionada pelo desejo de compreender como os sujeitos significam e são significados nas práticas pedagógicas das AECs, fazendo uso da linguagem verbal e não-verbal.
A INTERFACE FAMÍLIA E ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR Hilda Bayma-Freire & Antonio Roazzi & Mônica Gomes Teixeira Campello de Souza Resumo: Este artigo tem como prioridade focar algumas das estruturas familiares vulneráveis de classe desfavorecida no âmbito das relações com os filhos adolescentes (idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos), como variáveis interventivas do processo escolar. Procede-se a uma análise que, centrada em diversos pontos de vista, destaca alguns dos fatores que levam o adolescente a substituir a sua formação acadêmica por outros interesses mediados pela sociedade como subsistência de fácil acesso, indo de encontro às regras mediadas pela família enquanto sistema social estruturante da identidade adulta. Como conclusão aponta-se ser responsabilidade da família contribuir com o desempenho escolar e com as competências do filho, em seu desenvolvimento acadêmico. Isto é, a família e a escola devem interfacear, em função de promover a autoestima e o interesse pelas atividades escolares, tendo em vista, inserir o aluno na dinâmica multidisciplinar e diminuir as altas taxas do fracasso escolar que, prejudica os adolescentes em formação acadêmica e interfere no progresso social. Palavras-chave: Família, filhos, estruturas vulneráveis, fatores de risco. Abstract; This article aims to focus on some vulnerable familiar structures of the less fortunate classes in the field of relations with teenager sons (aged between 15 and 17 years), as interfering variables of school process. An analysis is carried out, centered on different points of view, highlighting some of the factors that convince the teenager to substitute his academic formation for other interests mediated by society as subsistence of easy access, opposing the rules mediated by family as a social system that structures adult identity. It is concluded that It is the responsibility of the family in contributing to school performance and skills of the child in their academic development. That is, family and school must interface with, in terms of promoting self-esteem and interest in school activities, in order to insert the student in the dynamic multi-disciplinary and in reducing the high rates of school failure that affect adolescents in the academic growth and interferes in their social progress. Key-words: Family, sons, vulnerable structures, risk factors
Paidéia, 2019
Este estudo objetiva investigar a importância da família no sucesso escolar dos discentes, visando elucidar as formas de participação da família na escola, bem como conhecer o perfil dos familiares dos discentes pesquisados. Para realizar este trabalho foi feito um estudo de caso na Escola Municipal Areias, com a participação de alguns sujeitos, como: 07 (sete) alunos e seus familiares. Com os alunos foram realizadas observações tanto do cotidiano escolar quanto dos boletins escolares para conhecer a partir destes itens elucidados a presença da família no sucesso escolar destes. A metodologia utilizada é de natureza quanto-qualitativa, de cunho descritivo, com uso de levantamento bibliográfico e documental e entrevistas para coleta de dados. Essa pesquisa apoiou-se na fundamentação de alguns teóricos como: Libâneo (1994); Portes ; Bock, Furtado e Teixeira (1991); Lahire (1997) e Munhoz . Foram observados ainda a LDBN n.º 9394/96 e a Constituição Federal de 1988. Com este trabalho pode-se concluir que a família e a escola são redes de interdependência estruturadas e que tanto a família quanto a escola são importantes para o alcance do sucesso escolar dos discentes. Os resultados obtidos nessa pesquisa confirmam a preocupação e o empenho que família e escola têm em relação ao sucesso escolar dos discentes.
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