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2020, Cadernos PAGU
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O artigo tem como proposta debater a nova dinâmica política espanhola a partir de dois eixos: o crescente ativismo de jovens feministas na cidade de Madri; as relações das ativistas com as novas forças políticas e partidos que movimentam o jogo político eleitoral da Espanha. Está dividido em duas partes: uma breve apresentação da metodologia e do aparato empírico; a análise das entrevistas com foco em quatro grandes temas – a trajetória das ativistas, as novas formas de fazer política a partir do 15M, a questão intergeracional e o local dos feminismos nos novos partidos políticos. A pesquisa nos permitiu constatar que a atuação no 15M gerou crescimento da consciência feminista e de uma forma de pedagogia ou educação cidadã. Além disso, é possível afirmar que a mudança geracional se traduz em uma maior densidade e diversidade do tecido feminista na cidade de Madri, com uma mudança de elites, tanto em termos dos movimentos sociais como em relação aos partidos políticos. Entretanto, no momento de criação dos partidos políticos, as posturas hierárquicas, tão marcadas nos partidos tradicionais, reaparecem quando se trata da agenda feminista.
Revista Brasileira de Ciência Política
Resumo: O artigo tem como proposta discutir a questão geracional/intergeracional nos feminismos autônomos da cidade do Madri na nova dinâmica política espanhola a partir do movimento 15M. Dois aspectos centrais são desenvolvidos ao longo da discussão: a socialização das jovens ativistas na construção como feministas neste novo ciclo de mobilizações e o conflito ou compartilhamento intergeracional nos feminismos na cidade de Madri. As narrativas das jovens protagonistas dos feminismos autônomos, fruto de entrevistas semiestruturadas e observação participante fazem pensar que o compartilhamento geracional se traduz em uma maior densidade e diversidade do tecido feminista na cidade de Madri. E esta densidade e diversidade se dá, em grande medida, na importante participação de distintas gerações de mulheres no movimento 15M, a partir da Comissão de Feminismos Sol.
Temáticas Emergentes em Juventudes, 2024
A intenção deste manuscrito é tecer considerações em torno das jovens mulheres que se identificam como feministas, tomando como base o conceito de gerações na perspectiva manheimiana. O texto se organiza na interseção de três elementos: a) as jovens feministas compõem um grupo geracional onde transitam significados construídos, apropriados ou recusados na medida em que se relacionam com pessoas de sua própria geração, com pessoas de outras gerações e com o mundo em que estão inseridas; b) o movimento feminista é a forma de associação plural que assume o lugar de denúncia, luta e oposição aos sistemas de opressão das mulheres e alcança jovens mulheres; c) a ascenção da retórica antigênero e antifeminista incide e obtém a adesão de jovens mulheres. BASSALO, Lucelia de M. B. Jovens Mulheres e Feminismo. In: OLIVEIRA, Victor Hugo Nedel (org.). Temáticas Emergentes em Juventudes. Porto Alegre: GEPJUVE/UFRGS, 2024
Interseções: Revista de Estudos Interdisciplinares, 2018
O artigo apresenta uma reflexão acerca das relações geracionais de jovens engajadas na luta feminista. A partir de uma pesquisa etnográfica realizada junto ao Coletivo Marcha das Vadias de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, desenvolvemos uma discussão a respeito da articulação dos novos movimentos sociais em sua interface com as dinâmicas de uma prática feminista marcada pela atuação em espaços da internet. As disputas entre diferentes práticas políticas dessas jovens são descritas como parte da configuração de um feminismo contemporâneo, marcado por disputas simbólicas que articulam novas formas de ação política, manifestadas por fragmentação, fluidez, efemeridade e primazia das pautas imateriais.Palavras-chave: Marcha das Vadias. Feminismo. Juventude.
Revista do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 2020
O presente trabalho pretende discutir o papel desempenhado pelas mulheres na sociedade de Itapemirim no século XIX, tanto das senhoras da sociedade quanto das cativas. Para isso, serão analisados documentos primários, tais como a Lista Nominativa da População de Itapemirim de 1833, Inventários post-mortem, Testamentos e Documentos Eclesiásticos. O objetivo é identificar o papel que as mulheres desempenharam nessa sociedade, tanto as proprietárias de bens quanto as escravizadas. Os documentos apresentam mulheres como donas de fortunas em terras, joias e cativos, ao mesmo tempo que traz inúmeras cativas, que não possuíam bens, mas tinham ocupação como mucamas, cozinheiras ou rendeiras, além de chefiarem famílias, às vezes formadas por vários filhos. Assim, este artigo quer destacar essas mulheres, que na maioria das vezes têm suas histórias ofuscadas por uma sociedade patriarcal.
Civitas - Revista de Ciências Sociais
O objetivo do artigo é analisar as relações entre os feminismos e as mídias digitais em um contexto de expansão do acesso à internet no Brasil. A partir dos desdobramentos ocorridos na última década, interessa-nos compreender como se constroem novos repertórios dos ativismos feministas nas redes digitais, com atenção às transformações sociotécnicas, tecnológicas e políticas. O material empírico resulta de duas pesquisas qualitativas, com entrevistas semiestruturadas, realizadas com ativistas feministas em Londrina e no Rio de Janeiro, combinadas com acompanhamento de interações em redes sociais. Os resultados apontam para uma (re)configuração da prática política em que a promessa do digital somada aos acontecimentos políticos posteriores às jornadas de junho de 2013 no Brasil, recompõem os diagramas e os repertórios políticos desses movimentos.
Atas IX Congresso Português de Sociologia, 2016
A UMAR implementou na área metropolitana do Porto o Projeto “Mudanças com Arte II”, no sentido de promover o combate à violência de género e uma cultura dos direitos humanos, através de um programa de ação sistemático com jovens em escolas do ensino básico. Esta investigação socorre-se do modelo de discurso pedagógico proposto por Basil Bernstein, para explicar que a prática pedagógica é norteada por regras discursivas de controlo e regras hierárquicas de poder, que medeiam o processo de distribuição e aquisição de conhecimento, entre grupos sociais. Analisámos como ao longo de 32 meses, em 10 escolas se desenvolveram agências, que incidem nas relações entre sujeitos, entre discursos e entre espaços. A análise parte da recolha documental dos materiais produzidos nas sessões de formação, sendo complementada com reflexões obtidas numa observação participante. A intervenção feminista serviu de base para uma reflexão também feminista e queer sobre a relação entre o conhecimento produzido pelos movimentos sociais, a ação política e as desigualdades sociais. Confirmámos como no contexto escolar as relações de género são entendidas através de categorizações oriundas da educação informal, nomeadamente da família e da comunidade.
Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional
O artigo tem como objetivo discutir o ativismo feminista transnacional através do exame de diferentes repertórios de ação utilizados na Marcha Mundial das Mulheres e na Marcha das Vadias. Por meio de pesquisa documental e bibliográfica, discutem-se as potencialidades do uso das noções de redes transnacionais de ativismo e de repertórios e performances de ação para a compreensão das novas formas de ativismo feminista. Inicia-se com uma recuperação da trajetória de construção do movimento feminista e das principais abordagens que procuraram explicá-lo. Segue, então, uma discussão sobre a noção de transnacionalidade e seus efeitos para a compreensão do movimento feminista. Faz-se, em seguida, uma descrição do processo de constituição e de organização da Marcha Mundial das Mulheres e da Marcha das Vadias. Por fim, é proposta uma reflexão sobre o uso das categorias de repertório de ação e performance para discutir o ativismo feminista transnacional.
2015
Na sociedade portuguesa do século XV, a situação da mulher e do homem eram claramente distintas. Havia relativa liberalidade para a satisfação dos desejos masculinos, desde que fossem preservadas as mulheres de status elevado. Contudo, as mulheres pertencentes a estamentos inferiores poderiam ser seduzidas e tornadas barregãs. Embora a desigualdade de gêneros seja anterior ao cristianismo, o discurso cristão foi fundamental para a propagação da misoginia. A Igreja estabeleceu uma dualidade entre o homem (razão e mente) e mulher (corpo e desejo). Havia a ideia, de que a mulher levava o homem ao pecado, pois ela era sempre comandada pelos desejos da carne, e, logo, estava distante do espírito de Deus. O matrimônio que era considerado sagrado e indissolúvel, era, ao mesmo tempo, tido como pecaminoso, uma canalização aos desejos. Levava-se em conta os interesses econômicos, políticos e sociais do casamento, uma espécie de acordo interfamiliar, não importando os laços afetivos dos cônjuges. Por meio da análise das crônicas produzidas no período proposto, esse artigo analisará os discursos da Igreja Católica, que permeavam aquela sociedade, sobre a moral da mulher e sua sexualidade, bem como seu lugar dentro do matrimônio. ABSTRACT: In Portuguese society of the fifteenth century, the situation of women and men were clearly distinct. There was relative liberality to satisfact male desires, as long as high status women were preserved. However, women that belonged to lower strata could be seduced and made concubine. Although gender inequality pre-dates Christianism, Christian discourse helped to spread misogyny. The Church established a duality between man (reason and mind) and women (body and desire). There was the idea that the women led men to sin, for she was always driven by the desires of flesh, and there for was far from the spirit of God. Marriage,
2023
Este texto se propõe a revolver as escritas de Maria Firmina dos Reis e Carolina Maria de Jesus lidas e escutadas como vozes-mulheres, que comparecem e seguem ecoando na escrevivência de Conceição Evaristo. O objetivo é reconhecer no corpo-escrita, corpo-letra dessas escritoras a herança sobre a qual atua a escrevivência, borrando a imagem do corpo-objeto da mãe preta escravizada, de modo a relançar a (esp)herança do corpo-escrevivente.
Resumo Este artigo objetiva prosseguir com reflexões em torno de uma problematização que vem sendo aos poucos demarcada na produção escrita dentro e fora da academia sobre as perspectivas geracionais no feminismo do ponto de vista da juventude. Se aceitamos que há gerações de feministas, que intervalo define e separa uma geração de outra? Que faixas etárias definem ou expressam uma determinada geração no feminismo? Existe preconceito de idade (ageism) contra a juventude dentro do feminismo brasileiro? O que querem ou reivindicam as mais jovens? As jovens trazem algo de particular para a renovação do feminismo brasileiro? Estas e outras questões fazem parte da discussão que propomos a partir de uma pesquisa mais ampla sobre a transmissão intergeracional no feminismo brasileiro. Palavras-chave: Feminismo. Jovens feministas. Gerações. Idades. Brasil. Abstract This article aims to proceed with reflections on a problematic that has been gradually demarcated in the writing inside and outside the academia about the generational connections in feminism from the point of view of youth. If we accept that there are distinct generations of feminists, what interval defines and separates one generation to another? What ages define or express a certain generation in feminism? Is there ageism against youth within the Brazilian feminism? What do youngest feminists want and what do they vindicate? Does youth bring any singularity to the renewal of feminism? These and other questions are part of the discussion we are proposing based on a broader research on the intergenerational transmission in the Brazilian feminism.
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Cuestiones de género: de la igualdad y la diferencia, 2016
2018
VII COCAAL – Colóquio de Cinema e Arte da América Latina, 2019
TEXTURA - ULBRA, 2019
Cadernos de gênero e tecnologia, 2019
Razón y Palabra, 2018
Cadernos Pagu, 2011
Hortas Comunitárias Urbanas: promovendo a saúde e a segurança alimentar e nutricional nas cidades, 2024
Primeiros Estudos, 2012
Revista Temáticas, 2018
Juventudes em movimento: experiências, redes e afetos, 2019