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Este texto resulta de reflexões oriundas durante a organização e a aplicação de uma oficina sobre leitura e produção de texto jornalístico, para educação básica, no I Simpósio de Ensino de Linguagens (I SEL). Nele, coteja-se a apresentação de algumas discussões teóricas possíveis de sustentar a ideia de que, por meio de mecanismos linguístico-discursivos e pela organização do lide, é possível encontrar pistas que porventura revelem o ponto de vista do editor na produção de uma notícia, de modo não explícito, mas codificado, implicitamente, sobre seu próprio texto; e, igualmente, coteja-se que a apresentação de atividades de leitura e de produção textual, com base no gênero notícia, capazes de possibilitar ao aluno desenvolver seu olhar crítico sobre o que lê e de mascarar, na produção de seu texto, seu posicionamento/engajamento. A base teórica, que sustenta este estudo, ancora-se em autores da comunicação social, como Zanchetta Júnior, Bahia, Ferreira entre outros, além de teóricos do discurso, como Bakhitin e Charaudeau. O texto colabora não só para desconstruir o olhar de quem ainda percebe determinados gêneros do jornal como isentos do ponto de vista do editor, como oferece subsídios para repensar as atividades de leitura e de tessitura da notícia, no espaço escolar, atentas para os possíveis acenos da subjetividade da instância de produção midiática, no arranjo de gêneros que se rotulam neutros ou imparciais.
Estudos sobre línguas e literaturas na educação básica, 2021
Esta obra é resultado de pesquisas envolvendo diferentes perspectivas para o ensino de línguas e literaturas na Educação Básica. Conta com textos oriundos de distintas regiões brasileiras e de diferentes realidades. É um produto que pode ser consultado por estudantes de licenciaturas e por professores que já atuam, pois encontrarão propostas de ensino bastante atuais.
Revista FSA
Artigo recebido em 04/09/2019. Última versão recebida em 26/09/2019. Aprovado em 27/09/2019. Avaliado pelo sistema Triple Review: a) Desk Review pelo Editor-Chefe; e b) Double Blind Review (avaliação cega por dois avaliadores da área). Revisão: Gramatical, Normativa e de Formatação
2015
Pensando nas relações que a interdisciplinaridade pode estabelecer com outras disciplinas para o estudo de diferentes discursos, neste capítulo, propomo-nos a refletir sobre as possibilidades de intersecções entre língua, literatura e ensino de português. Com base na Análise do Discurso, nas abordagens de Maingueneau, motivou-nos este tema nosso interesse por discussões que envolvem a discursividade no tratamento da língua, da literatura e da prática de ensino e da aprendizagem de língua materna na educação básica e superior. Sabemos que, ainda hoje, nas instituições de ensino brasileiras, restam resquícios de uma orientação pedagógica tradicional em que não se coloca em foco os estudos de texto e do discurso, perspectiva que nos parece oferecer resultados mais eficientes nos procedimentos de leitura e de escrita do discurso literário e de outros discursos. Historicamente, as discussões relativas ao ensino de língua e literatura têm sido objeto para os pesquisadores da área da Educação, da Linguística Aplicada, da Psicolinguística, das Teorias de Aprendizagem, de diferentes Teorias de Leitura e Escrita e, mais atualmente, de trabalhos que se filiam à Educação Linguística, com o objetivo de propor reformulações e novos projetos para o ensino e a aprendizagem, no Brasil. Essas discussões passaram por vários equacionamentos, que englobam reflexões sérias, desde a busca da excelência do ensino, em geral, até sugestões menos complexas, como as de elaboração de atividades concretas para a sala de aula. Em meio a essas discussões, parece-nos imprescindível assumir um quadro teóricometodológico, com base em perspectivas discursivas e enunciativas. Esse olhar nos permite integrar as condições sócio-histórico-culturais de produção dos discursos, a materialidade linguística, as contribuições das teorias educacionais e as abordagens acerca dos sujeitos envolvidos nos processos de formação humana. Desta forma, podemos conferir ao ensino e à aprendizagem de língua portuguesa um novo redimensionamento, mais produtivo e favorável ao Capítulo 1 DISCURSO, LITERATURA E ENSINO DE LÍNGUA: QUESTÕES PARA O CANCIONEIRO MARIANO DE AFONSO X, O SÁBIO 10 alcance de soluções viáveis para professores e estudantes. Sem dúvida, introduzir a Análise do Discurso (AD), neste quadro, significa, de fato, não apenas propor um novo enfoque metodológico, mas eleger outros objetivos, definir novas sistemáticas e condutas, o que possibilita fazer uma revisão do que já se propôs e orientar novas investigações, que se respaldem em uma dimensão interdisciplinar e interdiscursiva no tratamento da língua, da literatura e do ensino em diferentes níveis de escolarização. O próprio conceito de paratopia, proposto por Maingueneau (2009), impõe um diálogo cooperativo entre metodologias diversas e o cruzamento de múltiplos campos do saber. Embora saibamos que a escola seleciona os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula em função dos objetivos propostos no Plano da Disciplina, optamos aqui por examinar um discurso literário, mais particularmente, a Cantiga 60, de louvor a Santa Maria, retirada do Cancioneiro Mariano de Afonso X, o Sábio, vocalizada no século XIII, período em que a língua portuguesa estava em formação. Aberto a numerosos olhares, o discurso literário medieval escolhido pode ser investigado não somente como um acontecimento histórico ou por meio de seus recursos de literalidade e poeticidade, mas também como uma prática social, que nos impele a observar o quanto os enunciados literários absorvem linguisticamente às instâncias sóciohistórico-culturais e como apreendê-los no interior da sala de aula, espaço privilegiado de relações interpessoais em que professores e estudantes se mobilizam e tornam-se sujeitos. Ainda que consideremos as fronteiras e limites que se impõem aos estudos linguísticos, literários e pedagógicos, tornam-se inevitáveis tomadas de decisões concretas, que viabilizem um direcionamento interdisciplinar em que o cruzamento desses campos discursivos produza compartilhamento de decisões e reflitam na qualidade do ensino. Neste sentido, esta atitude de diálogo visa a reformular práticas que, na atualidade, em função de uma crise de identidade epistemológica, deixa de aproximar áreas de conhecimento que se articulam inextricavelmente. Justifica-se, ainda, nosso tema o fato de podermos oportunizar a professores e estudantes trocas criativas entre diferentes campos do conhecimento, a fim de mostrar-lhes como os efeitos de sentido do discurso literário decorrem da operacionalização de estratégias linguísticas, metalinguísticas, cognitivas, estéticas, sócio-históricas, entre outras, que se articulam e se complementam em gestos de leitura e que dão um efeito polissêmico ao discurso. Nosso intuito é direcionar novas maneiras de trazer para a escola questões de língua, literatura e metodologias de ensino e de aprendizagem, fazendo com que professores e estudantes entendam que do discurso literário emanam valores socioculturais, que incidem diretamente sobre eles. Uma vantagem, ainda pouco explorada consiste também no fato de que o discurso literário permite-nos observar as instâncias autor e leitor e perceber as multividências e as funções produtiva e receptiva da experiência estética, adaptando o discurso às leis de seu funcionamento e de sua organização e às estratégias de ensino e de aprendizagem, que trazem dispositivos comunicacionais e enunciativos para primeiro plano. Surgindo no momento de origem e formação da Língua Portuguesa e, também, das nacionalidades ibéricas, o discurso literário galego-português é considerado uma referência de registros estético-linguísticos nacionais posteriores. Embora as polêmicas em torno das origens da lírica galego-portuguesa sempre tivessem como marco inicial as cantigas de amor e de amigo e, mais tarde, as cantigas satíricas, há particularidades que fazem das cantigas religiosas participantes desse movimento cultural. No percurso deste trabalho, mostraremos que as particularidades do discurso líteroreligioso medieval, que selecionamos, estão inscritas na língua portuguesa de então e na organização formal e estilística de sua enunciação literária, bem como na tematização do amor, mediado pela figura da mulher. Estes dados sinalizam-nos aproximações com os outros gêneros de discurso em circulação à época. Havemos de considerar, também, a presença do Rei-Trovador, figura proeminente da vida cultural, religiosa e política da época, que se envolveu efetivamente no movimento lírico-trovadoresco, tornando o discurso lítero-religioso mediador entre as formações sociodiscursivas laica e a eclesiástica. Ademais, a inserção do discurso mariano, ao lado dos profanos, atesta a importância desse discurso na história, na cultura, na sociedade e no movimento trovadoresco. Por isso, o discurso que selecionamos poderá oferecer ao estudante não somente o entendimento do homem daquela época, mas também a si próprios, seu grupo social e sua visão de mundo, no mesmo instante em que se instaura o serviço amoroso como um eco mundano e sentimental da submissão a Deus e ao Rei, mediatizado pela Virgem Maria.
2019
O texto, que aqui se apresenta, enquadra-se na evocação do 90º aniversário do nascimento de Henriqueta Costa Campos. Diversas formas são possíveis na descoberta e no conhecimento de uma pessoa: direta e pessoalmente, pelo que se conta dessa pessoa e/ou pelo que deixou. No meu caso, conheço a Henriqueta Costa Campos pelo que as colegas partilham e pelos seus textos. É sobretudo a partir desta última forma de descobrir e conhecer alguém que vou evocar o 90º aniversário, tecendo alguns comentários entre os escritos de Henriqueta Costa Campos que permanecem e o meu trabalho realizado no âmbito da tese de doutoramento (Gonçalves, 2010). Assim, realizarei uma breve reflexão sobre os cruzamentos prováveis ou improváveis entre a linguística e a literatura. Para tal, partir-se-á das diversas conceções sobre a língua/linguagem desenvolvida por Platão no Crátilo e suas consequências na apreensão da língua no seio da ciência que a estudaa linguísticae continuar-se-á a discussão com os contributos de Bronckart (1997), Campos (1994), Coseriu (2001) e Saussure (2002). Na parte final do trabalho, ilustrar-se-ão algumas potencialidades de língua com exemplos do corpus da tese de doutoramento.
Resumo: Este artigo tem por objetivo discutir a questão do estudo gramatical na educação básica, tomando-se como referência os pressupostos da linguística moderna. Para tanto, propõe-se uma metodologia baseada em projetos, que privilegia a formulação de hipóteses e o raciocínio inferencial sobre dados linguísticos, tendo-se como pressupostos, por um lado, a capacidade do educando de ler, interpretar e produzir enunciados e, por outro, a natureza inata do conhecimento linguístico. O artigo aborda três aspectos específicos do ensino de língua portuguesa -transitividade, regência verbal, e ordem de palavras -, mostrando questões com que os professores deparam ao utilizar a norma e a nomenclatura tradicionais e buscando apresentar uma proposta alternativa de trabalho pedagógico com a gramática, pautado no conceito de competência linguística. Palavras-chave: Educação linguística; competência linguística; ensino de gramática; conhecimento gramatical. O LUGAR DA GRAMÁTICA NO COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA: DO PRESTÍGIO SOCIAL E DA OBJEÇÃO ACADÊMICA PARA UMA REESTRUTURAÇÃO EM BASES CIENTÍFICAS
Dialogia, 2017
Este artigo tem como objetivo expor algumas das principais teorias acerca do conceito de letramento na atualidade, discutindo em especial o conceito de letramento literrio. Partindo da definio do termo letramento e de sua histria, o artigo procura discutir seus possveis usos prticos no processo de escolarizao, entre outras coisas, na comparao com o conceito de alfabetizao. Um de seus aspectos mais relevantes a apresentao do letramento sob a perspectiva da multiplicidade de suportes discursivos.
Educação, Escola & Sociedade
Este artigo apresenta resultados de pesquisa desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em Letras da Universidade Estadual de Londrina (UEL), finalizada em março de 2023. A partir da constatação de que grande parte dos estudantes matriculados nos oitavos anos, embora decodificasse a escrita, demonstrava considerável falta de compreensão dos textos lidos, conforme dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA)-2018 e da Prova Brasil-2019, elaboramos um material pedagógico a partir da obra A face oculta: uma história de bullying e cyberbullying, de Maria Tereza Maldonado, apoiado nas etapas sugeridas pela “sequência básica” desenvolvida por Cosson (2009): motivação, introdução, leitura e interpretação. A proposta didática objetiva tanto desenvolver o letramento literário quanto discutir um tema pertinente ao universo adolescente e escolar, o bullying.
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Revista Práticas de Linguagem, 2019
Revista (Con)textos Linguísticos, 2020
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 2014
EntreLetras, 2018
Scripta, 2023
Revista Brasileira de Educação, 2014
LETRAS EM REVISTA, 2019
Educação & Linguagem, 2015