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2014, Literatura Cristã Primitiva: Olhares Bakhtinianas
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Sapere Aude Revista De Filosofia, 2013
O subjétil aparece em Derrida no ensaio Forcener le Subjectile (1986) 2 na tentativa de traduzir essa palavraque também é um subjétilcitada três vezes por Antonin Artaud em seus desenhos, em 1932, 1946 e 1947, mas nunca conceituada enquanto tal com um "é", "que" ou "quem". Pensar numa tradução do que não se apresenta enquanto uma coisa em si, põe a prova o pensamento da alteridade irredutível em Derrida, dessa vez, também atravessado pelo pensamento 3 de Artaud, bem como outra responsabilidade demandada pela subjetilidade. Nesse sentido, gostaria de deslizar entre a discussão de um pensamento que é desde sempre acontecimento de camadas sobre camadas sobre um fundo sem fundo, e da traição do outro, fora de si, 1 Esse ensaio é parte da minha dissertação de mestrado em Filosofia, intitulada Traição em Desconstruçãosobre a tradução, o subjétil, a dança e além (2013), defendida sob a orientação pelo Prof. Paulo Cesar Duque Estrada (PUC-Rio).
Rede de afetos em discurso: uma homenagem a Mónica Zoppi-Fontana, 2021
Nosso objetivo teórico é buscar uma conceituação para relato de si, em sua diferença com a noção de testemunho (Mariani, 2021). Todavia, para além da visada teórica, fazemos uma discussão analítica sobre essa política do falar de si mesmo publicamente. Tomamos relatos de si que são também relatos de um conjunto de favelas, analisando o modo como a representação desse espaço faz sentido para o sujeito e assim o subjetiva (Zoppi-Fontana, 2003). Nosso corpus é formado por relatos de moradores do Complexo da Maré extraídos do projeto Histórias da Favela (de 2015 e 2016), que buscou dar maior visibilidade e escuta às favelas cariocas e seus moradores.
Ponto Urbe, 2014
Com este trabalho trataremos das relações entre mbyás e juruás (termo traduzido como "homem branco" pelos mbyá) não somente na aldeia urbana Tekoá Mboy'ty, localizada na Região Oceânica de Niterói, Rio de Janeiro, mas, também, daquelas que são travadas por seus membros nas redondezas. Tentaremos evidenciar as formas como estes vivenciam a cidade e como diferentes juruás, com diferentes intenções, vivenciam a aldeia. Vale enfatizar que, conforme observamos em campo, as formas de lidar com a cidade variam dentro do grupo, de acordo com critérios como gênero e idade.
Este é um ensaio, sinteticamente focado (sem desvios) no trabalho de Damásio sobre o "si autobiográfico". Naturalmente, que, na abordagem de Damásio, são excluídos os processos e dinâmicas sistémicas cognitivas orgânicas reflexivas, nas quais estão incluídos os níveis quântico e sub-quântico que lhes subjazem, em termos de suporte cognitivo à unidade sistémica (e respectiva não-localidade) que determina a identidade do organismo, de cada organismo. Contudo, sinaliza-se, como relevante para o pensamento sistémico, o facto de Damásio dessubstancializar a consciência (a entidade é o organismo), abordando o organismo como uma totalidade integrada, em que se destaca a noção de fronteira. Importa, ainda, relevar o "fundo de permanência" referido por Damásio, pela aproximação que pode ser feita, em termos (onto)sistémicos, aos campos quânticos de sustentabilidade que acompanham os respectivos organismos durante todo o seu "tempo" de existência, enquanto presenças e permanências auto-sustentadas. -//-Damásio considera que "aquilo" a que chamamos identidade e pessoalidade e que inclui elementos da nossa história organísmica, disponível desde o nascimento, ou aquela adquirida posteriormente, em permanente interface com o meio, no qual crescemos e aprendemos, baseia-se na memória autobiográfica, construída por cada organismo, ao longo dos seus anos de vida, segundo os seus próprios parâmetros e desenho internos 1 . 1 Damásio, O Sentimento de Si, p.367. O si autobiográfico, descritivamente acoplado à consciência alargada, tem uma base neuroanatómica (configurada durante o processo evolutivo pelos mecanismos orgânicos) que inclui um espaço imagético, em que imagens de todo o tipo, construídas a partir de padrões neurais, ocorrem explicitamente; e um espaço disposicional que contém a base do conhecimento e os mecanismos, através dos quais: as imagens podem ser construídas durante o recordar, os movimentos podem ser gerados e o processamento de imagens facilitado 2 . Ao contrário do espaço imagético, os conteúdos do espaço disposicional são implícitos. Ambos os espaços são apoiados por distintas bases neurais que correspondem, no caso do espaço imagético, a áreas de padrões neurais, activadas nos córtices límbicos e em núcleos subcorticais, e, no caso do espaço disposicional, a zonas de convergência, localizadas nos córtices de ordem superior, e em, igualmente, núcleos subcorticais 3 . Os registos que constituem o si autobiográfico, encontram-se dispersos por várias regiões e circuitos do cérebro, eficazmente coordenados por ligações neurais de modo a que os seus conteúdos possam ser rapidamente recordados sob a forma de conjuntos 4 . Podemos dizer que o si autobiográfico não existe substancialmente, é, antes, uma propriedade organísmica dinâmica e processual de activação e exibição, coordenadas entre si, da história de cada indivíduo e das suas ocasiões de pessoalidade 5 . Os conteúdos que configuram a identidade e pessoalidade de cada um de nós e que nos permitem afirmar que somos estes organismos e que estas são as nossas histórias, resultam de um processo físico, químico e eléctrico, trabalhado no e do ponto de vista de cada organismo que inclui as sombras do si nuclear, profundamente biológico, que acompanha a consciência nuclear, a qual corresponde a uma capacidade de apreensão pouco eficaz, por parte do organismo, no sentido em que o mesmo, apenas, consegue mapear o que ocorre no instante mais próximo do agora 6 , e que inclui, igualmente, o si autobiográfico, bastante mais complexo, acompanhado por uma capacidade de apreensão, igualmente mais complexa, a que Damásio chama consciência alargada, descrita com vários níveis de organização, tais como: a memória 2 op. cit. p. 253. 3 op. cit. pp. 254, 377. 4 op. cit. pp. 255, 256. 5 op. cit. pp. 259, 268. 6 op. cit. p. 139. convencional do espaço e tempo em que nos situamos, como referência ao que ocorre dentro e fora de nós 7 e a memória de trabalho, na qual são incluídos elementos como a atenção, a aprendizagem e a linguagem, e relacionados acontecimentos, factos, situações, escolhas e decisões 8 . Ao contrário da consciência nuclear, a consciência alargada permite o acesso a superfícies de interacção temporalmente mais expandidas, que relacionam, vantajosamente, em termos de decisão estratégica, o passado longínquo com o presente e o futuro distante, antecipado. Segundo Damásio, não é possível obter um rigor descritivo dos padrões neurais, nem das imagens mentais que lhes correspondem, no sentido em que os mesmos são baseados em modificações do organismo, quando este interage com objectos que lhe são exteriores. Cada objecto, em si mesmo, não é captado pelo cérebro, não existe tal coisa como uma percepção pura do objecto 9 . O que o cérebro capta e cartografa é a interacção organismo/objecto, as reacções e os ajustamentos que ocorrem durante o processo, e isto é tudo aquilo que é registado, em conjunto, no mecanismo memória 10 . O si autobiográfico tem, pois, uma base neural que remete, permanentemente, para o que acontece dentro e fora do organismo e que com este se relaciona, do seu ponto de vista. A produção de subjectividade é mapeada e reactivada momento a momento, o que significa que a identidade e pessoalidade é reconstruída, repetidamente, a partir da base neural. A ideia de uma autobiografia, localmente substancializada, não é descritivamente verificável, o que temos é uma sucessão de momentos em constante reelaboração. O fundo de permanência que acompanha a identidade e a pessoalidade envolve o trabalho das múltiplas regiões do cérebro, topograficamente organizadas. Este fundo torna possível ao organismo apreender-se como uma unidade, ou seja, uma coincidência permanente consigo mesmo a qual lhe permite responder com maior eficácia a problemas, postos pelo meio ambiente, que 7 op. cit. p. 175. 8 Damásio, O Erro de Descartes, pp. 201-211. 9 Damásio, O Sentimento de Si, p. 177. 10 op. cit. p. 365.
História: Questões & Debates, 2021
Este ensaio parte da constatação facilmente percebida por qualquer historiador da arte brasileira. No seu conjunto, os artistas criaram um paraíso fictício que encobre a prática do olhar por aquilo que é possível chamar de “realidade”. Esse paraíso elege privilegiados e elimina excluídos. No século XIX, é evidente a exaltação de um índio imaginário e heroico, que esconde não apenas os massacres que ocorrem sobre os indígenas verdadeiros, bem como afasta a representação dos afro-brasileiros. O paraíso é apenas para alguns.
Remate de Males, 2021
Com o intuito de explorar algumas reflexões sobre o romance K. – relato de uma busca de Bernardo Kucinski (2011). Este texto apresenta, em um exercício de narrador presente, a relação entre dualidades: os dois narradores possíveis – o autor Kucinski e o pai K., a relação entre lembrar e esquecer, a relação entre memória e reminiscência e a movimentação cíclica entre luto e culpa, proporcionada pelo ciclo de vida e morte que perpassa a narração dos fatos e das ações em contextos de experiência da violência institucional. Tem-se como elemento principal a proposição de que o caráter autoritário da ditadura brasileira apresenta aspectos que permitem, em uma análise psicanalítica, localizar elementos narcísicos e relacionados com o Complexo de Édipo não resolvido e a transposição do recalcado para a esfera pública. Na construção da memória testemunhal, a trajetória vai desde o estudo da condição humana, passando pela construção do narrador e pela análise a partir dos estudos metapsicológ...
Revista Científica/FAP
O artigo versa sobre o Yoga, no campo da performatividade em dança (SETENTA, 2008), enquanto estratégia ético-estética de cuidado de si. O disparador da reflexão pauta-se nos modos políticos de existência do artista-docente e pesquisador da dança enquanto resistência ao contexto da precarização das condições e relações de trabalho em espaços artístico-pedagógicos institucionais. Para tanto, problematiza-se as relações de tensão entre corpo e ambiente atravessados pela lógica de consumo 24/07 (CRARY, 2014) e a sociedade do cansaço (HAN, 2017), em tempos de crise sistêmica, decorrente das implicações do vírus SARS-CoV-2. O objetivo geral volta-se para as vivências do projeto de extensão online "Dança: Cuidado de Si'', iniciado em 2020, no Colegiado de Licenciatura e Bacharelado em Dança, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR). Os estudos de Michel Foucault (2006), sobre o cuidado de si, norteiam o raciocínio acerca de um desafio de pensar-fazer dança, pelo viés ...
Do Silêncio para Fora é uma obra seminal na literatura brasileira contemporânea. No ano em que a Lei Maria da Penha completa onze anos, treze meninas retratam-se em momentos e contextos de vidas discrepantes e desiguais no quinto país mais violento para mulheres. As meninas autoras fazem parte do Grupo Mulheres do Brasil no Comitê Meninas do Brasil / São Paulo. Neste livro encontramos meninas que buscam, no caso desta obra, pela literatura, criar oportunidades para que elas mesmas e seus leitores possam ter a liberdade para pensar e criar mecanismos de prevenção, punição e erradicação da violência contra a mulher.
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Pós-Humanismo: Interdisciplinaridade e Cinema, 2023
Revista Brasileira de Preservação Digital
InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, 2020