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1995, O Jardim das Aflicoes Olavo de Carvalho
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327 pages
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La Obra mayor de la filosofía reciente del Ibero Mundo. Brasil,. un continente de pensamiento por descubrir. Tomado de pdf de Livros.
CAPÍTULO I. A NOVA HISTÓRIA DA ÉTICA § 1. Introdução.-O que Epicuro veio fazer aqui, ou: Biografia deste livro "It is strange to find that, here and in other parts of South America, men of undoubted talent are often beguiled by phrases, and seem to prefer words to facts." JAMES BRYCE 4 M ESCRITOR EDUCADO, como um bom convidado à mesa, não deve ir logo de entrada falando de si mesmo. Transgrido aqui as boas maneiras por necessidade intrínseca do assunto, que não obstante consisteposso garantirem coisas cuja relevância transcende infinitamente a pessoa do autor. A necessidade a que me refiro provém do seguinte: este é, dentro de certos limites, um livro de filosofia, e uma tese filosófica pouco significa se amputada das razões que a ela conduzem e das motivações geradoras da pergunta a que responde. Daí a conveniência de garantias preliminares contra um duplo equívoco possível: de um lado, o leitor pode acolher ou repelir a tese em abstrato, no ar, sem saber a que coisas e seres se refere na vida deste mundo; de outro, pode rejeitar de cara a formulação mesma da pergunta, sem tomar o cuidado de seguir até o fim o fio dos argumentos onde se manifestará, só então, o seu verdadeiro sentido. Contra o primeiro desses equívocos, devo advertir que as opiniões expressas no começo são apenas um começo; que aceitá-las ou rejeitá-las in limine é impedir-se 4 South America: Observations and Impressions, London, Macmillan, 1912, p. 417. No trecho citado, o autor refere-se especificamente ao Brasil. de entender aonde levam; que o leitor, ao tomar posição pró ou contra logo nas primeiras páginasou, pior ainda, ao fundá-la numa impressão do momento-, estará se enganando a si próprio, tomando este livro como expressão de opiniões prontas, quando ele é, como há de ver quem o leia até o fim, substancialmente uma investigação; investigação que, do meio para diante, toma de fato um rumo bem diverso daquele que parecia anunciar no começo 5 .
No início de 2015 fomos surpreendidos pela Vide Editorial, chefiada pelo competentíssimo Editor Sílvio Grimaldo, com o lançamento da 3.edição do livro Jardim das Aflições, do filósofo Olavo de Carvalho, trabalho que expõe o núcleo da teoria política do autor e aclara questões tão importantes quanto inexploradas para a compreensão da história humana dos últimos 2 milênios. Na medida mesma em que a teoria é exposta, já se espalha por dois milênios de acontecimentos políticos, religiosos, culturais, literários e historiográficos, em notável síntese teoria-prática que irradia preciosa luz à compreensão de como a humanidade chegou ao atual estado de coisas. Sem nenhuma pretensão de abarcar a totalidade da obra -que independente da profundidade e densidade de seu conteúdo, somente do ponto de vista formal é já obra prima da literatura em língua portuguesa -, passei a meditar acerca de pontos para mim altamente significativos, no que redigi as pequenas notas abaixo, as quais reproduzo unicamente no intuito de conclamar mais pessoas a lerem obra tão essencial à compreensão da realidade e do mundo em que vivemos:
Revista Wirapuru, 2023
Resumo: O crescimento de grupos e partidos de extrema-direita em diversos países foi acompanhado pela ação de inúmeros intelectuais e think tanks. No Brasil, no contexto da ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da República, as intervenções intelectuais de Olavo de Carvalho contribuíram para a difusão de posicionamentos políticos autoritários. Diante disso, o presente trabalho objetiva investigar a estruturação do pensamento de Olavo de Carvalho nos anos 1990. Elaborado durante a retomada da democracia no Brasil, o pensamento de Carvalho apontava para a existência de um país decadente que deveria regenerar-se a partir de uma nova cultura. Nesse sentido, pretendemos demonstrar como seu pensamento é construído a partir de uma perspectiva reacionária da história, mantida até seu falecimento em 2022, que, simultaneamente, busca a retomada de valores do passado e ambiciona uma transformação radical da realidade. Com isso, almejamos elucidar e combater argumentos contrários à democracia e à república.
2010
" Escrevi este livro na convicção de que nossa existência já foi o maior dos mistérios, mas deixou de sê-lo. Darwin e Wallace o desvendaram ". Com estas palavras o eminente biólogo evolucionista Richard Dawkins inicia seu fabuloso livro " O Relojoeiro Cego " (Ed. Companhia das Letras). Indiscutivelmente o mais expressivo divulgador da ciência desde as mortes de Carl Sagan e Stephen Jay Gould, Dawkins sofre no Brasil a mesma oposição que o atinge no restante do mundo, notadamente por parte dos criacionistas e de muitos ditos intelectuais de direita; os primeiros incapazes de distinguir a realidade daquilo que desejam que seja realidade; os últimos utilizando-se da abordagem pueril e caricata das idéias evolucionistas como um artifício político para denegrir o pensamento progressista da esquerda. Nesta segunda categoria, destaca-se o auto-intitulado filósofo Olavo de Carvalho, cuja perspicácia intelectual não deve ser desprezada, especialmente pela sua inegável capacidade de elaborar sofismas que, conquanto fúteis, são adornados por uma erudição convincente que impressiona o leitor desavisado.
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Aproveito a ocasião para informar que a presente edição traz umas coisinhas a mais que a segunda, reunidas num "Suplemento do Suplemento", e para agradecer aos leitores que esgotaram a primeira em um mês, a segunda em duas semanas. Renovo, também, os agradecimentos que fiz nas duas anteriores: Agradeço à minha esposa, Roxane, pela paciência e inteligência com que ouviu e depois leu estas minhas opiniões, ajudando a completá-las com mil e uma sugestões interessantes. Agradeço a José Carlos de Azevedo, pela confiança. Agradeço a Ronald Levinsohn, a Paulo Mercadante e a José Mário Pereira, pela coragem. Agradeço a Cláudia Levinsohn, a Sandra Teixeira, a Beatriz Lima, a Luís Soares, a Cristina de Mattos Manier, a Sílvia Szczupak, a Sofia Bezerra Coelho e a todo o pessoal da Faculdade da Cidade, pela ajuda que me deram na preparação e edição deste livro. Agradeço sobretudo a Paulo Francis, a Roberto Campos e a José Oswaldo de Meira Penna, que vieram em auxílio do franco-atirador em guerra contra um exército organizado. OLAVO DE CARVALHO ADENDO PAULO FRANCIS não teve tempo de ler estes agradecimentos. Morreu, de ataque cardíaco, na manhã de 4 de fevereiro de 1997. Minha amizade com ele foi breve, mas profunda e verdadeira. Esse homem de transbordante alegria não morreu feliz. Seus últimos dias foram atormentados por perseguições e calúnias de uma baixeza incomparável, que bem dão a medida do caráter de seus autores e da causa a que servem, pois nada revela melhor a índole dos fins do que a natureza dos meios. Algumas delas são comentadas nas páginas finais deste livro. NOTA À SEGUNDA EDIÇÃO Certas reações a este livro, ultrapassando a taxa de imbecilidade média prevista, tiraram do autor qualquer dúvida que ele porventura ainda tivesse quanto à credibilidade da tese aqui defendida, segundo a qual alguma coisa nos cérebros dos nossos intelectuais não vai bem. Primeiro foi o Paulo Roberto Pires que, não gostando deste livro, inventou outro e escreveu sobre ele em O Globo, jurando que era este. Depois vieram André Luiz Barros, Gerd A. Bornheim, Muniz Sodré, Emir Sader e Leandro Konder, que, reunidos numa página do JB de 4 de setembro, nada dizendo do livro, emitiram estes pareceres a respeito da pessoa do autor: Não é de nem homem. É um bestalhão. Não vou servir degrau para uma pessoa dessas. É covarde. Se apoia no poder econômico. É direitista. Não tem nem diploma. Diante de tais perdigotos, só resta ao acusado acrescentar à sua tese as letrinhas fatídicas:
2018
É incrível, mas ainda existem pessoas surpresas com a presença do livro "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota" do filósofo Olavo de Carvalho sobre a mesa do Presidente eleito Jair Messias Bolsonaro, compondo uma seletíssima bibliografia ao lado apenas da Bíblia, da Constituição da República de 1988 e da biografia do grande estadista britânico Winston Churchill. Achei oportuno, então, traçar de forma bem direta o significado preciso dessa presença antes que os "intelectuais" esquerdistas derrotados nestas eleições (na sua pretensão de porta vozes do povo) utilizem sua ignorância e revolta para criar ainda mais desinformação, para si mesmos e para o público em geral, com seus apatetados rótulos - já circula por aí, inclusive, o epíteto de "ideólogo"! Nada mais ridículo.
Textos para discussão, 2020
A preocupação básica deste texto é tentar entender o que explica a aderência das ideias de Olavo de Carvalho em um expressivo setor do campo conservador que, principalmente por estímulo dos filhos do presidente, possui ampla participação no alto escalão da administração pública federal.
Licere, 2017
RESUMO: Neste texto, faremos o esforço de, através de um exercício historiográfico, pensar alguns significados atribuídos às manifestações da "cultura popular" nos arrabaldes dos subúrbios da cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, a base de nossa argumentação se estabelece na tentativa de compreender as representações criadas pelas crônicas de Olavo Bilac, que não somente desqualificavam como também estereotipavam as práticas de lazer da região arrabaldina. Quanto ao recorte temporal adotado (1904-1906), levou-se em conta os textos produzidos na Revista Kosmos, entre os anos de 1904 a 1906, período em que o autor teceu diversas críticas às formas de diversão suburbana, buscando redefinir usos e costumes considerados inadequados aos padrões daquilo que se julgaria civilizado.
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Anais do Congresso Internacional "La Cultura Arquitectonica Hacia 1900", Buenos Aires – 01 a 03 de setembro de 1999, 1999
Phainomenon, 2011
Todas as Artes. Revista Luso-brasileira de Artes e Cultura, 2020
Tempo Social, 2007
Flávio de Carvalho expedicionário, 2018
Revista Metamorfoses, 2023
Anais Leirienses. Estudos & documentos, 2021
Delfim Santos Studies, pp. 88-108, 2014