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2018, Desigrejados: um caso de reconfiguração religiosa entre os evangélicos brasileiros no contexto da modernidade radicalizada
"O desigrejado exemplifica um caso de reconfiguração religiosa no período chamado de modernidade radicalizada, em que o processo de individualização é fator determinante para a compreensão das novas ressignificações das experiências religiosas, vividas por indivíduos cada vez mais autônomos em relação às instituições que anteriormente lhes conferiam algum sentido, criando assim sua versão pessoal de Deus". Fruto de sua pesquisa de mestrado, em Desigrejados o sociólogo Douglas Alessandro Souza Santos se propõe a levantar as características de grupos cristãos não institucionalizados no Brasil, relacionando seu crescimento aos aspectos próprios da modernidade tardia nele reverberados. Para tanto, toma a comunidade Caminho da Graça, fundada e mentoreada por Caio Fábio Araújo Filho, como principal caso de campo observado.
a porTa qUe Nos leva às descobertas | 76 por Lohany de Oliveira Ferreira as ocuPações estUdaNTis Na lUta por politização | 80 por Mateus Henrique Alves de Oliveira Poesia, fruição e resisTêNcia | 85 por Marcelly Maria Souza da Cruz o pecado das mUlheres | 90 por Isabella Martins "Direitos hUmaNos são a bússoLa, o NorTe e o camiNho. Também são a resPosta para esta crise e para todas as oUtras crises, passaDas oU fUtUras." | 96 Entrevista com Danielle Annoni OLHOS SOBRE A TELA QualQuer semelhaNça é mera coiNcidêNcia | 107 por José Aparicio da Silva Neoliberalismo e o caPiTaL: as coNseQuêNcias da (Des)hUmaNização | 112 por Mayco A. Martins Delavy Toca raUl! | 118 por José Aparicio da Silva a vida eTerNa de Zé do caixão | 122 por José Aparicio da Silva a astúcia do Jeca | 129 por José Aparicio da Silva coriNga: um retraTo da socieDaDe No espelho | 134 por Joel Júnior Cavalcante O menino invisível | 138 Luiz Ruffato ÓCIOS DESAS SOSSE GOS MIL FACES SECRETAS exPeriêNcia e iNgeNUiDaDe, uma coNTradição qUe forma boNs leiTores | 149 por Cezar Tridapalli Poesia para iNiciaNTes | 154 por Daniel José Gonçalves Utopia/Distopia em huxley e a preVisão do caPiTaLismo seLvagem | 158 por Paulo Venturelli Lima barreto e Dias gomes diaLogam sobre um brasil de excessos e de fake News | 166
Livro do Desassossego, 2013
Brasil / Rio de Janeiro "O "Livro do Desassossego" é um dos maiores feitos literários do século XX. Obra-prima póstuma, retrato da cidade de Lisboa e do seu retratista, compõe‑se de centenas de fragmentos, oscilando entre diário íntimo, prosa poética e narrativa, num conjunto fundamental para compreender o lugar de Fernando Pessoa na criação da consciência do mundo moderno. Nessa nova edição, Jerónimo Pizarro, reconhecido estudioso pessoano, regressa às fontes dos textos que Fernando Pessoa pretendia incorporar no "Livro do Desassossego". Daí o novo "corpus" e a nova organização da obra, as melhorias na decifração de quase todos os fragmentos, o respeito pela ortografia original, as notas destinadas a esclarecer referências literárias e decisões editoriais e, finalmente, a redefinição do cânone da autoria desse livro imenso."
Revista de Estudos Literários, 2012
LlVRO DO DESASOCEGO, Tomo I e Tomo II, Edição crítica de Jerónimo Pizarro FERNANDO PESSOA / BERNARDO SOARES Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010 (Serie Maior, Vol. XII) 1095 paginas, ISBN: 978-972-27-1849-3
1 Cf. Livro do Desasocego, INCM, pág. 252, Lisboa, 2010. Enfim, se não há universo que nos acolha e que se nos revele; criemos o nosso próprio universo e nele descubramos enfim a verdade que nos sempre foi ocultada.
Análise do Livro do Desassossego. Homenagem a Cleonice Berardinelli, Jacinto do Prado Coelho e Eduardo Prado Coelho.
Candice Günther, 2021
Alguns livros nos acompanham ao longo da vida e das vidas, creio eu que o livro Renúncia é um desses patrimônios da alma, que uma vez adquiridos, jamais se desfazem. Uma história antiga, ou como Emmanuel fala, velhas recordações, cheia de lutas e sacrifícios e que nos tocam a alma de forma ímpar.
Esta pesquisa pretende colocar em diálogo, em um movimento de mútua iluminação, parte dos conceitos expostos no livro L'Écriture du Désastrede Maurice Blanchot e da produção de um grupo de escritores brasileiros, reunidos aqui na forma de uma dita comunidade da desrazão. Partiremos inicialmente dos estímulos em Blanchot para a práticade uma escrita fragmentária que se fará posteriormente presente no desastre e nos testemunhos da desrazão. Estas referências se baseiam, sobretudo, nos pensamentos de dois filósofos alemães: F. Schlegel e F. Nietzsche. Após a visitação da potência do fragmento na escrita iremos diretamente ao levantamento de uma espécie de composição alquímica que parece haver no desastre blanchotiano. Isto será feito na identificação de alguns conceitos que pairam sobre ele, na formação de um corpo, molecularização e substancialização do desastre. Como forma de exemplificação para esta corporificação utilizaremos o filme Hiroshima mon amourde Alain Resnais, marcador de uma fissura no século XX através do acontecimento da barbárie atômica. Reuniremos então, por meio do conceito de comunidadetal qual colocado pelo filósofo francês Jean-Luc Nancy, autores da literatura brasileira que produziram escritos provenientes de estados de desatino, tendo mesmo parte de seus testemunhos registrados durante ou após períodos de internações psiquiátricas. Estes autores serão: Lima Barreto, Maura Lopes Cançado, Torquato Neto, Renato Pompeu e Rodrigo de Souza Leão. Por conta da carga confessional que muitos destes textos apresentam, nos apoiaremos ainda para uma análise mais profunda na relação entre a ficção e o real no pensamento quanto ao testemunho proposto por Jacques Derrida. Buscaremos também vislumbrar como os elementos da alquimia do desastre pairam e operam nestes escritos. Finalmente, veicularemos textualmente o trabalho poético-performático por nós realizado Fukushima mon amour, expositor das diferenças e transmutações dos tempos através da mediação do desastre e da desrazão na arte produzida a partir dos perigos e fantasmas provenientes do acidente nuclear.
Escrever sobre o Livro do Desassossego começando por um princípio é método que pouco jus faz à estrutura formal e ao conteúdo da "obra". Começar por um meio, eis o que seria justo (se justiça alguma pudesse ser feita por um escrito a outro).
Estudo do livro Renúncia, psicografado por Francisco Candido Xavier, pelo espírito Emmanuel
1°°°°°H avia um muro. Não parecia importante. Era feito de pedra bruta e argamassa grosseira. Um adulto conseguia olhar por cima dele, e até uma criança conseguia subir nele. No ponto em que atravessava a estrada, em vez de ter um portão, ele degenerava em mera geometria, uma linha, uma ideia de limite. Mas a ideia era real. Era importante. Por sete gerações não houve nada mais importante no mundo do que aquele muro. Como todos os muros, era ambíguo, com dois lados. O que ficava dentro ou fora do muro dependia do lado em que se estava. Visto de um lado, o muro encerrava um campo árido de sessenta acres, chamado Porto de Anarres. No campo havia dois grandes guindastes, uma plataforma de lançamento, uma garagem de caminhões e um alojamento. O alojamento era sólido, encardido e lúgubre; não tinha nenhum jardim, nenhuma criança; era evidente que ninguém vivia ali, nem sequer devia passar muito tempo ali. Era, na verdade, uma quarentena. O muro não cercava apenas o campo de pouso, mas também as naves que desciam do espaço, e os homens que vinham nas naves, e os mundos de onde vinham, e o resto do universo. O muro cercava o universo, deixando Anarres de fora, livre. Visto do outro lado, o muro encerrava Anarres: o planeta inteiro estava dentro do muro, um grande campo de prisioneiros, apartado de outros mundos e outros homens, em quarentena. Algumas pessoas vinham pela estrada em direção ao campo de pouso, outras paravam no ponto em que a estrada cruzava o muro.
Revista Cereus, 2017
This article presents the analysis of the Book of Disassosure, by Bernardo Soares, heteronymous by Fernando Pessoa, with the aim of understanding some aspects of the author's personality and the construction of his narrative. The general assumption is that the processes of literary construction in Fernando Pessoa are a subjective autobiography that expresses his emotional state. The relevance of this study is the learning that the reader can acquire when reading personal writing, in which the poet, through a fragmented narrative, shows that literary art is the manifestation of the soul and of human intelligence, which is created from a piece of reality. Thus, in the foundation of this work, the theories of several scholars in Fernando Pessoa were used, such as:
2016
Orientador : Profª. Drª. Patrícia da Silva CardosoTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa: Curitiba, 02/06/2016Inclui referências : f.147-149Área de concentração : Estudos literáriosResumo: A presente tese propõe a leitura das obras Os Lusíadas (1572), de Luís Vaz de Camões, Livro do Desasocego (2010), de Bernardo Soares e Uma viagem à Índia (2010), de Gonçalo M. Tavares. Entende-se que cada uma das obras enfrenta, de diferentes modos, uma mesma questão que aqui se define como sendo a da individualidade ou subjetividade demiúrgica. Tal questão aparece de modo central na composição de cada uma das obras e, por isso, permite o estabelecimento de um diálogo bastante próximo entre elas. Nesse sentido, flagram-se três momentos do tratamento recebido por essa mesma questão: com Camões no século XVI, com Fernando Pessoa no século XX e com Gonçalo M. Tavares no século XXI. Outra característica das obras ligada...
Ao meu orientador, Mauricio Salles Vasconcelos, pela longa e franca interlocução, a inteireza com que se dispôs em nossos diálogos desde a gênese até o desfecho desse trabalho. À minha companheira, Layla, por ser presença paciente e fortalecedora nessa e em diversas outras passagens de vida e escrita. À minha filha, Marina: as linhas seguintes só ganham sentido se forem capazes de encontrá-la mais adiante. À minha família, Rosana, Caio, Larhissa, Victória (mãe, pai, irmãs) que desde sempre apoiou, incondicionalmente, minhas decisões. Aos sobrinhos, Victor, Davi e Lorenzo, outros focos luminosos para onde essa tese se encaminha.
[Resenha publicada em 2017] MARX, Karl. Os Despossuídos. São Paulo: Boitempo, 2016.
O tédio no Livro do Desassossego Ponto de Partida O enfrentamento dos escritos pessoanos, de modo geral, exige dedicação, esforço e coragem do leitor. Tal situação se torna mais grave e séria quando se pretende a leitura do Livro do Desassossego. Apesar do contrassenso da afirmação que se segue, esta obra é, praticamente, inclassificável. Ela se constitui uma espécie de labirinto literário, composto por um vasto conjunto de pensamentos soltos, sem nítidos pontos de conexão, marcado por contradições e mudanças de opinião. Richard Zenith escreve, nos parágrafos iniciais da sua introdução, que esse escrito de Fernando Pessoa é a imagem fiel do livro "(...) que nunca existiu (...) e que nunca poderá existir." Numa certa analogia e vinculação com a vida do poeta português, assevera que o texto traz consigo o caráter da incerteza e do inacabamento 1 . Certos da complexidade própria das reflexões e pensamentos expressos pelo Ajudante de Guarda--Livros da cidade de Lisboa, o objetivo do estudo que ora se apresenta é analisar o tema do tédio, no que diz respeito aos seus sentidos principais, às ocasiões de sua emergência e às possibilidades de seu afastamento. A escolha do termo justifica-se em razão do fato de ser o único que no Livro do Desassossego merece duas tentativas de elucidação. Ele é utilizado umas 130 vezes, sendo repetido, seguidamente, por volta de 15 vezes, em dois textos distintos. E, sobretudo, por se tratar de uma expressão qualificadora e reveladora da realidade e do sentido existencial de seu autor, o que poderá ser percebido durante a exposição. 1 Cf.: ZENITH, R. Obras de Fernando Pessoa: Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda--livros na cidade de Lisboa. Lisboa: Assírio e Alvim, 1988, pp. 13--14. Esta é a edição utilizada para execução do estudo. Daqui por diante, as referências a ela serão feitas através da abreviatura L.D., acompanhada do número da página ou do texto, quando for o caso. 2 Em maio de 1914, Fernando Pessoa escreveu uma carta a João de Lebre e Lima, na qual pergunta ao seu correspondente se este havia visto Na floresta do alheamento numa das edições de A Águia, publicada no ano anterior. Caso negativo, o próprio Pessoa iria encaminhar a Lebre e Lima uma cópia do material. Na floresta do alheamento foi incluído por Zenith no Livro do Desassossego no conjunto de Os grandes trechos.
Anais do XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da …, 2003
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