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2019, Anais do 17º SBPJor
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O presente artigo tem como objetivo identificar traços da utilização do Jornalismo de Dados (JD) como o resultado de um processo de inovação dentro das redações. Discutem-se as definições acerca da inovação e o seu contexto dentro da comunicação e do jornalismo. Inicialmente, exploram-se diferentes entendimentos do que é a inovação e de que forma ela é vista; seguindo para um panorama da inovação dentro da comunicação e por fim, delimitam-se algumas definições a respeito do Jornalismo de Dados e apresentam-se exemplos de diferentes utilizações identificando produtos possíveis de serem vistos como inovadores na área.
O Jornalismo de Dados é cada vez mais utilizado pelos veículos como um recurso para se diferenciar no mercado assim como atrair a audiência. Com base nos estudos de Vasconcellos; Mancini e Bittencourt (2015), observa-se que existem diferentes níveis de utilização dos dados, podendo ele ser classificado de Jornalismo de Dados ou Jornalismo com Dados. Este artigo aplica a matriz dos autores como metodologia de análise para nove matérias publicadas pelo Nexo. O referido veículo tem sido visto e premiado como um case de sucesso no jornalismo inovador e ao final dessa pesquisa é possível verificar que, de certo modo, a aposta na utilização dos dados pode estar contribuindo para isso. Palavras-chave: Jornalismo de Dados. Base de dados. Nexo.
2018
Inovacoes no jornalismo constituem-se como um processo impermanente e, ao mesmo tempo necessario. Propomos uma revisao conceitual do processo e sua correlacao com praticas jornalisticas recentes que podem caracterizar-se como inovadoras para alem do uso de tecnologias digitais de informacao e comunicacao. Partimos do pressuposto de que no atual cenario tais inovacoes ocorrem mais frequentemente em iniciativas independentes full digital. Objetivamos, a partir das proposicoes iniciais, revisitar os conceitos recentes sobre inovacao e sua especificidade para o campo jornalistico, descrever praticas inovadoras recentes e indicar o potencial transformador, ou seja, de inovacao de tais praticas no campo dos negocios informativos. Uma abordagem multi-metodologica – revisao bibliografica e observacao nao-participante nortearam nossas propostas. A amostra piloto indicou que formatos e narrativas nao classicos do negocio jornalistico possuem potencial para inovacao.
A liberdade como princípio, 2021
Vinte anos depois da primeira publicação do artigo «Em louvor da Santa Objectividade» no n.º 1 da revista JJ: Jornalismo e Jornalistas (janeiro/março de 2000), propomo-nos revisitar o tema da valorização da objetividade jornalística. O texto de Mário Mesquita, que não será excessivo considerar como referência obrigatória nos estudos sobre jornalismo, fixa o conteúdo de uma intervenção proferida em 1996 numa sessão organizada em parceria pela Câmara Municipal de Cascais e o Clube de Jornalistas. Em 2003, o artigo é novamente publicado como parte de uma coletânea de textos de Mário Mesquita reunida sob o título O Quarto Equívoco: O poder dos media na sociedade contem-porânea, editada pela Minerva Coimbra. Ainda que Mário Mesquita tenha afirmado que o seu propósito seria «algo provocatório», ao pretender «estimular o debate acerca de um conceito que muitos jornalistas» já teriam arrumado no sótão «entre velharias sem préstimo» (Mesquita, 2003: 207), entendemos que a discussão sobre a valia da objetividade em jornalismo permanece atual. Mais do que isso, num momento em que se verifica uma preocupação generalizada com o lugar do jornalismo face aos desafios da desinformação no contexto digital, a objetividade jornalística pode ocupar um lugar importante no debate. Nesta ocasião, pretendemos discutir se o jornalismo de dados pode ser um campo privilegiado para fazer brilhar «a velha estatueta da Santa Objectividade» (Mesquita, 2003: 215).
Revista Parágrafo, 2017
Enquanto um estudo descritivo-analítico, o presente trabalho visa investigar práticas inovadoras do jornalismo digital, tomando como estudo de caso o Jornal Nexo. Como foco de análise, elencamos cinco categorias identificadas por Lucy Küng (2015) como características inovadoras comuns percebidas em organizações digitais - são elas o propósito singular, o foco estratégico, a cultural pró-digital, a interação entre jornalismo e tecnologia e o pioneirismo -, que nos orientam enquanto chaves de leitura das experiências do Nexo. Interessa-nos verificar em que medida essas ações inovadoras influenciam o modo de fazer jornalismo em novas iniciativas voltadas ao meio digital, compreendendo o atual contexto comunicativo no qual as esferas de produção e de consumo se confundem. Para traçar esse panorama, salientamos as categorias analíticas de Bakker (2013), Rossetti (2013) e Franciscato (2010) acerca do conceito de inovação, bem como o entendimento de propagabilidade (Jenkins et al, 2014).
2016
Resumo: O desenvolvimento de dispositivos digitais conectados e a evolução de sistemas midiáticos dentro deles formam um novo ecossistema informativo. Máquinas computacionais conectadas a redes telemáticas e banco de dados estruturam a "Era do Big Data", permitindo a produção e o armazenamento de dados em quantidade espantosa. O trabalho analisa a necessidade do profissional de jornalismo atuar sintonizado com as demandas informativas da sociedade contemporânea, extraindo informações não-triviais. Nesse novo contexto comunicacional surge a necessidade do hacking journalism. Palavras-chave: jornalismo, hacking journalism, base de dados, habilidades. Periodismo computacional en función de la "Era del Big Data" Resumen: El desarrollo de dispositivos digitales conectados y la evolución de sistemas mediáticos dentro de ellos forman un nuevo ecosistema informativo. Máquinas computacionales conectadas a redes telemáticas y base de datos estructuran la "Era del Big Data", permitiendo la producción y el almacenamiento de datos en cantidad espantosa. El trabajo analiza la necesidad del profesional de periodismo actuar en sintonía con las demandas informativas de la sociedad contemporánea, extractando informaciones no-triviales. En ese nuevo contexto de comunicación surge la necesidad del hacking journalism. Palabras clave: periodismo, hacking journalism, base de datos, habilidades.
Coletar dados. Organizá-los, dar sentido a eles. Apresentá-los. Permitir seu compartilhamento. De forma simplificada, é por meio desta sequência que podemos definir os processos de elaboração da informação jornalística. Eles podem ainda serem melhor elaborados a partir de outros prismas, como a função social do jornalismosintetizada na expressão watchdog -, discussões éticas, organização das redações, pressões mercadológicas, entre outras práticas profissionais.
Universidade Federal de Santa Catarina, 2019
O contexto recente da atividade jornalística destaca com maior robustez o papel central da inovação no jornalismo. Inovar não é uma ação necessariamente nova, enquanto forma; porém, o fluxo de transformações e adaptações exercido pela atividade indica um momento de especial atenção. Ao considerar o jornalismo como uma prática indispensavelmente relacionada ao público (GROTH, 2011; BELTRÃO, 1960), propomos um modelo de pesquisa a partir dos Estudos de Tendências (GOMES, 2012, 2016; RECH; 2016, DRAGT, 2017), para sugerir ações com maior aderência da audiência, enfatizando o jornalismo de inovação e tendências de setor. Como alinhar modos de produção, distribuição e modelos de negócio, entre outras abordagens e medidas, às tendências que impactam o setor jornalístico? Para responder a essa pergunta central, propomos um estudo de abordagem qualitativa e de natureza aplicada para o desenvolvimento de um modelo de pesquisa de tendências para o jornalismo de inovação. A partir da pesquisa bibliográfica compreendemos o conceito de inovação e sua apropriação para o campo prático jornalístico, diferenciando-o do que delimitamos como jornalismo de inovação. Em seguida, estudamos algumas metodologias de pesquisa já em prática no campo dos Estudos de Tendências (POPCORN, 1993; PEREZ & SIQUEIRA, 2009; MARQUES, 2014; GOMES & FRANCISCO, 2013; 2015, RECH & MACIEL, 2015; GOMES, 2016; DRAGT, 2017), para, então, apresentar uma proposta específica para o jornalismo. O modelo Trends for Journalism (T4J) é dividido em três etapas principais: 1) Segmentação, 2) Validação e 3) Apropriação; cada fase, por sua vez, subdivide-se em técnicas e ferramentas variadas. Após a aplicação do modelo, obtivemos como resultado três tendências de setor específicas para o jornalismo, além de uma força que compreende a lógica desses movimentos. O conceito de força é intitulado Discomfort Innovation (Inovação pelo Desconforto), e as tendências nomeadas como Transfluency (Transparência e Fluência de notícias), Data Polarity (Dados Polarizados) e Centripetal Demands (Demandas Centrípetas). Por fim, desenvolvemos um mini-dossiê com o compacto do conteúdo da pesquisa e as tendências identificadas com o objetivo de comunicar a tese desses movimentos (apêndice A). À título de exemplificação, relacionamos as categorias de jornalismo de inovação apresentadas na primeira parte da tese — 1) Conteúdo & Narrativa, 2) Tecnologia & Formato e 2) Modelo de Negócios — com o cenário proposto: do jornalismo tradicional, representado pela Folha de S. Paulo e do nativo digital, ilustrado pelo Nexo.
Intexto, 2018
Este artigo examina a inovação no jornalismo móvel a partir do conceito de affordance aplicado no estudo de revistas para tablets em três momentos definidos, entre 2010 e 2016. Criou-se uma ferramenta metodológica de análise com o objetivo de explorar os quatro conjuntos de affordances identificados: operação, coleção, compartilhamento e multimidialidade. A partir destes grupos, pontuou-se a emersão de affordances inovadoras possibilitadas pelos recursos e funcionalidades dos tablets e que também permitem interações inéditas ou renovadas na relação entre usuários e revistas. Entre elas estão: ouvir, assistir, jogar, pesquisar, armazenar. A comparação entre as revistas analisadas que mais se destacaram pela inovação também revelou uma tendência de estabilização de um formato para exploração dos recursos e funcionalidades do tablet, apesar de reconhecermos que há possibilidades ainda não exploradas pelos produtos que têm o potencial de induzir mais inovações.
Revista GEINTEC, 2014
Embora a atividade de comunicacao social e particularmente o jornalismo sejam diretamente condicionados por estruturas e processos tecnologicos, o termo ‘inovacao’ tem estado pouco presente nesses estudos cientificos. Esse distanciamento e ainda mais significativo se considerarmos que o campo da comunicacao se encontra dentro da area das Ciencias Sociais Aplicadas, portanto mais proximo a uma dimensao pratica e operacional do conhecimento. Da mesma forma, e significativo perceber que a constituicao das industrias de midia a partir do seculo XIX teve, na tecnologia, um dos marcos fundamentais para estruturacao dos grandes veiculos de comunicacao e suas rotinas de producao e circulacao de produtos. O objetivo deste artigo e investigar as razoes deste distanciamento, mesmo sendo o jornalismo uma atividade social que poderia se beneficiar diretamente da aplicacao do conhecimento cientifico e, ao mesmo tempo possibilitar a compreensao de especificidades de processos inovativos no ambien...
Intexto
ste trabalho é uma revisão sistemática de artigos, dissertações e teses sobre Jornalismo de Dados publicados no Brasil e tem o objetivo de mapear os principais estudos, abordagens, autores, grupos, projetos e instituições articulados em torno do tema. Os resultados indicam que os estudos e pesquisas sobre o tema são incipientes e recentes no Brasil (o primeiro estudo data de 2007) e que ganharam maior relevância atualmente, registrando-se um importante aumento no número de publicações qualificadas nos anos de 2016 e 2017. Além disso, identificam-se autores e instituições que se colocaram como pioneiros do tema no país, dando os primeiros passos para consolidar o Jornalismo de Dados como subcampo científico do Jornalismo e, portanto, da Comunicação.
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Media, informação e literacia: rumos e perspetivas, 2020
Fronteiras - estudos midiáticos, 2016
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo do Centro Universitário IESB, 2020
Ciência da Informação, 1997
Como o jornalismo lida com a inovação: um estudo de caso das melhores práticas em Portugal, 2018
Brazilian Journalism Research, 2021
Comunicação & Sociedade, 2009
Cadernos Zygmunt Bauman, 2014
IX Encuentro Internacional de Comunicación, 2017
2008
Inovação em mídia na Ibero-América: mirando o futuro, 2021
Animus. Revista Interamericana de Comunicação Midiática, 2015