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A obra dialogam com os estudos culturais, retratando o mundo colonial do século XX, a partir de um olhar literário busca elaborar reflexões sobre as possibilidades de descolonização dos povos. O autor, Frantz Fanon, acreditava que a revolução não acontece através da cultura, mas sim a partir das mudanças das condições de vida dos indivíduos (o que remete a corrente do materialismo histórico), ou seja, para lutar contra a opressão deve-se elaborar também uma mudança na estrutura social, que ocasione transformações na politica e na economia. A luta contra a opressão do negro na sociedade colonial é retratada na sua obra. O modo como à sociedade europeia – branca – colonizadora tratava o negro – africano – colonizado é o plano de fundo principal da obra Pele negra, máscaras brancas.
Revista Rascunhos - Caminhos da Pesquisa em Artes Cênicas
Resumo As produções teatrais negrorreferenciadas vêm se fortalecendo no cenário brasileiro atual. Representatividade na composição da equipe, problematização acerca da identidade conceitual e ontológica do corpo negro, proposições e experimentações de processos afrocentrados, reformulação de referenciais na construção dramatúrgica de personagens e temáticas são alguns elementos que marcam a atualidade brasileira do chamado Teatro Negro e, aqui, servem como ponto de observação da peça Pele Negra, Máscaras Brancas (2019), da Cia de Teatro da UFBA. Palavras-chave: epistemologias negras, Frantz Fanon, teatro negro.
Perspectivas em Psicologia, 2017
Resumo O presente estudo objetivou investigar a percepção monocular da profundidade ou relevo de máscaras côncavas: branca, cinza-médio e preta, iluminadas por baixo e apresentadas nas posições vertical e invertida. Quarenta observadores estimaram a profundidade ou relevo dos reversos ocos das máscaras por meio de uma escala do tipo Likert e a profundidade métrica visualmente percebida, julgada por meio de uma trena retrátil. Não foram observadas diferenças nas atribuições métricas da profundidade ou relevo da máscara côncava frente às variações de e posicionamento e de luminosidade ou brilho. Houve tendências para perceber a máscara branca com maiores profundidades e a preta com menores durante a inversão monocular. Entretanto, maiores profundidades foram designadas às máscaras preta quando não foi percebida a ilusão. Palavras-chave: Ilusão da máscara côncava; Percepção de faces; Percepção visual; Percepção de profundidade; Inversão visual da profundidade.
2024
Este trabalho procura investigar a participação de pessoas brancas em calundus, na tentativa de compreender em quais contextos a interação ocorreu e quem eram os indivíduos que, mesmo em uma sociedade católica, hierarquizada e escravista, se envolveram com a religiosidade afro-brasílica. A minha hipótese de trabalho é que a América Portuguesa era culturalmente mestiça, o que teria tornado possível a participação de pessoas de diferentes cores, qualidades, grupos sociais e culturais em cerimônias afro-brasílicas. As áreas de estudo são a Bahia e Minas Gerais nos séculos XVII-XVIII. A partir da documentação disponível, em especial registros dos Cadernos do Promotor, busco demonstrar aspectos da relação senhor-escravo mediadas pelos calundus; motivações que levaram indivíduos aos rituais e, que, até mesmo os padres foram influenciados pela religiosidade, adotando e buscando por suas características. Nesse sentido, busco realizar uma análise sociocultural desse fenômeno, contribuindo para o entendimento da sociedade colonial por meio da integração e compartilhamento de valores, costumes e crenças.
Ler Fanon é vivenciar a noção de divisão que prefigura e fende a emergência de um pensamento verdadeiramente radical que nunca vem à luz sem projetar uma obscuridade incerta. Fanon é o provedor da verdade transgressiva e transicional. Ele pode ansiar pela transformação total do Homem e da Sociedade, mas fala de modo mais eficaz a partir dos interstícios incertos da mudança histórica da área de ambivalência entre raça e sexualidade, do bojo de uma contradição insolúvel entre cultura e classe, do mais fundo da batalha entre representação psíquica e realidade social. (BHABHA, 1998:70). Pele Negra, Máscaras Brancas (1952) é o que se pode chamar de-a obra prima do autor-no caso abordado aqui, do intelectual Frantz Fanon, nascido na Ilha da Martinica no ano de 1925. Fanon estudou psiquiatria e filosofia na França, lutou junto às forças de resistência no norte da África e na Europa, dedicou sua vida a lutas em prol do bem comum, foi lido como revolucionário, porque dizia e escrevia o que havia vivido, assim tornou-se ícone entre membros dos movimentos sociais negros espalhados entre os norte americanos, latino americanos, africanos e europeus 2. Na obra evidenciada nessa resenha, o autor Martinicano não poupa exemplos de como acontece o que ele denomina de alienação e situação colonial 3 imposta aos negros, tão bem descritas e abordadas nesse livro. Desse modo, o autor passeia da psiquiatria, passa pela filosofia em uma escrita poética sobre os estudos pós coloniais, pensamento sobre a diáspora Africana oferecendo uma gama de possibilidades de interpretação elencadas de modo refinado e sofisticado, por um pensamento a frente do seu tempo. Essa obra chegou ao Brasil há menos de dez anos, embora tenha sido traduzida de sua versão original escrita em francês no ano de 1952 e, reeditada 23 anos mais tarde [1975]. Frantz Fanon, era e ainda hoje é (re)conhecido como revolucionário, de modo que seu trabalho não pode sequer ser dividido entre inicial e posterior, pois em cada obra Fanon se 1 Mestranda pelo programa de pós graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-bolsista CAPES e vinculada ao grupo Gênero, Corpo e Saúde-GCS/PPGAS/UFRN. 2 GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. A recepção de Fanon no Brasil e a identidade negra. Novos Estudos-CEBRAP, n. 81, p. 99-114, 2008. 3 Tais conceitos são elucidados pelo autor nos capítulos quatro e sete respectivamente.
Revista Eco-Pós, 2022
O texto elabora uma reflexão crítica acerca do documentário A morte branca do feiticeiro negro (2020), de Rodrigo Ribeiro, buscando evidenciar a potência testemunhal de uma carta de suicídio escrita em 1861 por um homem negro escravizado. A escritura fílmica confere a esse documento a força de um grito que faz ecoar a dor, o sofrimento, o dizer e o rosto dos negros escravizados. Silenciados pela aniquilação da memória de sua existência e da dignidade que os tornam humanos e enlutáveis, a narrativa nos oferece a chance de produzir uma resposta à enunciação da violência pelos "sem nome" da história. A sobrevivência das palavras registradas nesse documento histórico reabre as chagas mais profundas da história secular do genocídio do povo negro no Brasil.
Revista TOMO
Manaus, capital do Amazonas, foi uma das primeiras cidades brasileiras a se tornarem epicentro da pandemia do Covid-19. Entre os meses de março e abril, os índices de adoecimento e morte foram altíssimos e causaram o colapso do sistema de saúde. Como no restante do mundo, a pandemia ressaltou problemas que já existiam. No caso de Manaus, a população indígena que habita a cidade e seus entornos, sofreu um impacto muito grande e através de suas lideranças e associações teve uma reação também forte. Neste artigo apresentamos, uma etnografia feita nos contextos digitais, aliada a literatura produzida sobre o tema da presença indígena na cidade de Manaus. Apresentamos brevemente, algumas das associações indígenas da cidade de Manaus e estratégias por elas desenvolvidas no momento da explosão dramática dos casos da doença no Estado do Amazonas. Palavras-chave: Povos indígenas, Manaus, Covid-19, resistência, etnografia em contextos digitais
Madrygal. Revista de Estudios Gallegos, 2018
Era um filme sensacional. Mas isso era ofuscado pela intensa alegria de todos dentro do carro, por todos aqui ---os quatro amigos estavam no fusca, trafegavam com felicidade ---Vinha de dois bons projetos de filmes aquele diretor, e estava agora com aquele filmaço, maravilhoso ---você está animado demais ---um dos quatro falou, seguiam com o fusca subindo a avenida Antônio Carlos em direção ao centro da cidade, para ir ao cinema, e algo esta estranho aqui ---somos quatro homens jovens e negros dentro de um carro em plena Belo Horizonte de noite! Nada é mais suspeito de comunismo e bandidagem nesse país! Vão nos parar a qualquer momento! A cidade de moças puras e brancas, o tesouro da tradicional família brasileira ---você já disse isso! ---eu sei ---"músicas de velório" e "os incapazes" ---filmes de 1964 e 1966 respectivamente, fez um certo sucesso em Belo Horizonte no circuito popular universitário, mas era algo mundo submundo. Um diretor de cinema excelente, sem dúvida.
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Revista Interdisciplinar de Literatura e Ecocrítica, 2020
v. 6 n. 2 (2023): Edição: Mai/Ago, 2023
Revista de Estudos de Cultura, 2021