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Ensaio Fenomenológico acerca do Inusitado

2017, Filogenese

O presente ensaio pretende trazer o que se deixa reverberar em meio a encontros para-com diferentes estados de coisas-eventos, fenômenos cotidianos-, experimentando acerca de limites ou, antes, intensidades que desde esses encontros reverberam, de maneira a "tratar" de receptividades específicas quando diante do inusitado. A partir de diversos fragmentos narrativos, como desde autores tais quais: Júlio Cortázar, Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares, buscaríamos estabelecer relações entre diferentes situações, mesmo que quando distantes, em que se faz expressar marca, rastro, ruído que seria próprio (ou tentativa de apropriação) de ação perspectivada, intervenção de intensão outra. Receptividade específica essa que envolve fenômenos que nos fogem às expectativas-dada a forma como lidamos com fenômenos incidentais, ou mesmo que fantásticos-considerando-os enquanto situações, eventos nos quais se dá abertura, mesmo que de múltiplas negociações de sentidos para-com agenciamentos outros, de forma a participarmos da experimentação de diferentes caminhos, d'onde se fazem repercurtir (des)semelhante movimento, de maneira a transitarmos, habitarmos outras perspectivas, ou mesmo que outras paisagens, sonoridades fantásticas. Assim, tal análise pretende perpassar movimentos intencionais, percorrendo diversas angústias que habitam nossas pretensas consciências, se tratando de uma experimentação fenomenológica, perpassando insinuações de Edmund Husserl, Martin Heidegger, a nos perdermos de vista diante de diversas possibilidades de articulação de elementos que nos vem ao encontro, que nos vem, pôs, às mãos, em meio à constituição de nossas familiaridades, mesmo que de nossas habitualidades, deixando ver suas concreções estruturais em meio à irrupção de (des)contínuo fenomenal.