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Crislaine Alessandra de Lima Scher (Mestranda em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná) RESUMO O presente trabalho é o resultado da pesquisa e análise desenvolvida sobre os "lugares de memória" encontrados na obra literária espanhola El lápiz del carpintero do escritor, jornalista e poeta galego Manuel Rivas, publicada em 1998. Nossas exposições e análises foram elaboradas a partir de estudos bibliográficos, considerando o contexto histórico, as relações entre memória, história, literatura e os estudos comparados. A análise foi realizada com base nos conceitos de memória individual, memória coletiva e memória histórica de acordo com os teóricos Dário Betancourt (1999), Yosef Yerushalmi (2013), Zilá Bernd (2013) e Jacques Le Goff (1994), a partir destes conceitos, foi verificado como eles se interligam no romance e formam o que historiador francês Pierre Nora (1981) chama de "lugares de memória". Por fim, há um espaço dedicado à simbologia do lápis do carpinteiro que dá título à obra, buscando caracterizá-lo como personagem e como objeto de memória.
Estruturalismos, Pós-Estruturalismos e Outras Discussões, 2017
Este livro é resultado das discussões da X Semana Acadêmica de Letras
RESUMO É próprio do homem o repertório cultural que traz consigo e compartilha com o outro. Por vezes, manifestações culturais retratam tradições de outrora esquecidas. Essas são identificadas e legitimadas por pessoas pertencentes a este grupo até alcançar o conhecimento daqueles que estão envolvidos com as questões culturais de maneira mais abrangente. Este é o caso da cultura imaterial estudada numa cidade do interior paulista. A partir da metodologia de pesquisa-ação-colaborativa e de registros partilhados em mídias digitais, verifica-se o alcance local/global dessa cultura, a problemática das políticas públicas e das ações governamentais frente às demandas culturais locais em resposta ao lugar e ao global. A necessidade dos registros encontra respaldo nas políticas culturais nacionais e internacionais. Entender estas políticas e as práticas culturais requer um modo de conhecer global e orgânico aportado em diferentes áreas como: da geografia – ao georeferenciar as narrativas; da história – porquanto as narrativas de vida podem estar ou não acordadas à história oficial; da ciência da informação – apropriação da informação, formas e divulgação de registros; e da comunicação – que é o campo onde se situa a pesquisa. Portanto, responder a questões culturais é necessariamente trabalhar em sua complexidade de maneira transdisciplinar e colaborativa. Palavras-chave: Cultura Imaterial. Memória. Mídias Digitais. Narrativas Audiovisuais. Transdisciplinaridade.
Revista de Humanidades, 2014
Este artigo apresenta o terreiro de Umbanda como um espaço preservador de uma memória, bem como um espaço de patrimônio de memória, onde o material dá suporte ao imaterial. Utiliza-se a categoria “lugar de memória” de Pierre Nora para caracterizar o espaço do terreiro de Umbanda como patrimônio imaterial, onde a memória se instalada serve como alicerce das memórias coletivas e por último eles são simbólicos, pois são reveladores de identidades sociais. Assim, segue Nora (1993), na busca pela afirmação de que não há memória, no que se refere à memória espontânea, construída verdadeiramente pela sociedade, insiste na tese de que esta é construída para que nos dê o sentido necessário de identidade, fazendo necessário, a realização de uma memória – histórica a fim de ressuscitar a lembrança tradicional, como meio de acesso a esta. Na esperança de que essa possa reunificar o individuo fragmentado com o qual lidamos na sociedade contemporânea. Neste caso, as memórias dos grupos se referen...
2008
This article reflects about the cultural patrimony and the changes occurred in the city of Joinville/SC during the 20th century. Assuming the perspective of the gender category in the historical analysis, we are problematizing, with support of the oral history methodology, female memories about histories of different places, institutions, periods and daily practices lived in the city.
Cadernos do NUPPOME , 2019
Sabemos que a cidade e seus espaços proporcionam leituras que transitam dentro das experiências das ciências exatas, humanas e biológicas. Neste artigo, as leituras da cidade são analisadas como ideários de representação e registro de memórias. Por meio de uma revisão bibliográfica trama o os lugares de memória a cidade, arte e tecnologia, em três momentos de reflexão (1) lugar de memórias, (2) a cidade como lugar de memórias cidade, memória e arte. Apresentando como consideração que as possibilidades de interação tornaram-se necessárias nas experiências entre homem, cidade e memória, tanto no espaço concreto quanto no virtual. Promovendo a produção de conhecimento tramado entre a história social, a imaginação e a memória. Palavras chave: Cidade. Lugar. Memória. Abstract We know that the city and its spaces provide readings, transiting within the experiences of the exact sciences, human and biological, in this research the city's readings will be analyzed as ideals of representation and memories of registration. Through a literature review of the plot memory of the places the city and art, in three moments of reflection (1) place of memories, (2) the city as a place of memories (3) City, memory and art. Featuring As consideration que as interaction possibilities become If Necessary experiences between man city and memory, both in concrete as any virtual space. Promoting knowledge production plotted between Social Hhstory, memory and imagination. Introdução A cidade abriga diferentes características e manifestações culturais, que possibilitam várias leituras, cuja fixação na memória se transforma no decorrer do tempo concomitante as mudanças produzidas no espaço e na sociedade. Sobre esse olhar, a herança cultural aproxima o universo do sensível ao do ambiente urbano, o que torna a arquitetura e a paisagem um acervo de símbolos mnemônicos. Na expectativa de compreender a cidade como lugar de
Esse texto é fruto de minha pesquisa sobre os espaços educativos não formais e sua relação com a dimensão pedagógica dos chamados "lugares de memória". Parto do princípio da afirmativa de que toda a cultura é pedagógica porque ensina alguma coisa e toda pedagogia é cultural, ou seja, é fruto de um contexto histórico específico. Sendo assim, fiz um recorte teórico e metodológico em minha investigação e analiso os conceitos de educação formal, de educação não formal e de educação informal estabelecendo correlações com os "lugares de memória" e o possível empoderamento identitário. Interessa-nos sobremaneira, o papel das narrativas históricas na construção das memórias em prol do fortalecimento identitário, como no caso dos museusquer sejam museus clássicos, ecomuseus ou museus comunitários. Podemos situar teoricamente nossa pesquisa na fronteira da Educação com a Museologia Social, os Estudos Culturais, a Memória e a História. Conjugamos do interesse recente pelos museus como espaços de representação do outro e de grande potencial educativo ou pedagógico. Além disso, entendemos serem os museus guardiões e divulgadores de culturas e de ideologias de grupos sociais específicos. Tentaremos entender a missão educativa dos museus privilegiando o estudo sobre os museus comunitários e/ ou ecomuseus. Nosso estudo de caso foi o Museu da Maré na cidade do Rio de Janeiro, visto como um espaço de educação não formal que constrói narrativas históricas e memórias fortalecendo identidades culturais locais. São essas questões e suas relações com as práticas educativas de empoderamento social e possível fortalecimento identitário, através da construção da(s) memória(s) coletiva(s), que pretendemos analisar.
Revista Légua & Meia
Este trabalho examina representações identitárias e políticas no romance Cobro revertido, do chileno José Leandro Urbina. A experiência narrativa de Urbina organiza um espaço de escrita e reflexão que invoca o político através da memória e da prática concreta de desterritorialização, de distanciamento de si próprio, afirmando a emergência dos “passados presentes” da pósmodernidade, em oposição aos “futuros presentes” da modernidade (Huyssen, 2000), representados no texto pela experiência da disjunção nacional e temporal.
Memórias e Territórios Interdisciplinares, 2020
A presente exposição tem como intuito investigar as personificações socioculturais que descrevemos ao inquirir determinados espaços urbanos nos quais encontram-se estabelecidas indispensáveis relações sociais, educacionais, políticas, econômicas e culturais, além do imaginário constituído nesses lugares pelas transformações resultantes da passagem inexorável do tempo, bem como, pelas vivências e experiências dos indivíduos e instituições que por lá trafegaram. Para tanto, pretende-se aqui constituir uma interação interdisciplinar através da teoria do geógrafo francês Paul Charles Christophe Claval (1932) a respeito da geografia cultural, isto é, do ferramental responsável pela comunicação e divulgação da cultura, bem como, dos recursos utilizados na constituição das identidades culturais em conexão com um determinado espaço territorial, e a teoria do historiador francês Pierre Nora (1931) em relação aos lugares de memória, ou seja, dos ambientes e objetos que constituem identidades e evocam lembranças, sendo, ao mesmo tempo, experiência concreta e elaboração abstrata. Seguindo esses referenciais, a propositura basilar da presente comunicação é contribuir para a percepção de que esses espaços possuem atributos e significados específicos, ao mesmo tempo diversificados e complexos, que não têm sido tratados, de forma mais completa, pela historiografia correspondente. A fim de averiguar essa hipótese, são tomados aqui como exemplo dois espaços que marcam a memória e a história da cidade de São Paulo: a Chácara Lane, cujo edifício é tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico da cidade de São Paulo e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, e a emblemática Rua Maria Antônia, que passou para a memória paulistana como local de confronto estudantil e acontecimentos culturais. Tais espaços reúnem características singulares na geografia urbana e cultural da cidade de São Paulo, sendo apontados como referências para a história da formação do bairro da Consolação.
Patrimônio Cultural: Memória e Intervenções Urbanas, 2017
Em especial nas ciências sociais é quase centenária a temática dos vínculos entre memória e espaço. Já nos anos de 1920 Maurice Halbwachs ([1925] 1994) falava dos “quadros sociais da memória” para apontar o vínculo que determinada localização social nutre com a reconstituição de lembranças . E mais tarde o autor (Halbwachs, [1950] 1997, p. 63) sintetizava: “Para se obter uma lembrança, não basta reconstituir a imagem de um acontecimento passado. Tal reconstrução opera a partir de dados ou noções comuns que se encontram tanto em nosso espírito como naqueles dos outros, porque se movem sem parar de cá para lá e vice-versa, o que seria impossível se não fizessem parte de uma mesma sociedade”. Justamente por isso, a memória se liga também ao espaço. Sem ignorar o impacto precursor que a abordagem de Halbwachs teve sobre estudiosos da memória em áreas diversas das ciências humanas , suas ponderações sobre o vínculo aparentemente autoevidente entre memória e espaço não deixam de incomodar quando contempladas à luz da realidade empírica da cidade de São Paulo. Ao menos esta cidade em momentos variados a partir da segunda metade do século XIX, e até hoje.
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Lugares de Memórias Difíceis no Rio de Janeiro, 2024
Novos lugares e olhares de memória: (re)pensando o papel do documentário, 2019
Revista Memória em Rede, 2015
Revista Tocantinense de Geografia
Revista-Valise, Porto Alegre, 2013
Anais Do Congresso Brasileiro De Biblioteconomia Documentacao E Ciencia Da Informacao Febab, 2013
Revista Calundu, 2017
Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, 2009
Revista História.com - Universidade Federal do Recôncavo Baiano , 2018
Revista Brasileira de Educação em Geografia
Mérida. Ciudad y patrimonio: Revista de …, 1997
Poéticas Ameríndias: memórias territórios, 2023
Revista Scientiarum Historia, 2021