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2019, Revista Brasileira de Educação em Geografia
O presente artigo trata de uma proposta de atividade realizada durante uma disciplina do curso de licenciatura em Geografia na Universidade Federal de Juiz de Fora. As reflexões mobilizadas ao longo da sua construção, para além de sua concepção inicial, trazem como metodologia fundamental a produção de narrativas à luz da cartografia, da experiência espacial e do raciocínio geográfico, tensionando a formação de professores de Geografia. São apresentados dois fragmentos de narrativas elaboradas por alunos do curso que permitiram a reconstrução e o inacabamento da disciplina e culminando no que defendemos como narrativas cartográficas.
2016
O que está posto nas próximas páginas é a valorização dos lugares, das lutas, das conquistas e da força dos TINGUERREIROS.
Ra’e Ga, 2014
Este ensaio propõe uma reflexão sobre o mapa como modelo privilegiado de representação do espaço. Partindo da iconografia historicamente verificada com a disseminação do imaginário do globo terrestre e buscando os possíveis estratos heterotópicos ou margens de desobediência cartográfica nos mapas existentes bem como na emergência de novos mapas, aborda algumas das suas transformações históricas na tensão constantemente experimentada entre inventário e invenção, através de um conjunto selecionado de reflexões e proposições de autores vindos não da geografia mas das artes visuais e da literatura. Frente à análise da aplicabilidade do mapa como relato subjetivo e da sua aproximação com uma experiência cartográfica múltipla e diversa capaz de inventariar, nos lugares estudados, a qualidade poética da vida, o mapa ressurge, assim, como ciência das qualidades em detrimento de campo das quantidades. Propõe-se, conclusivamente, repensar a cartografia como uma plataforma científica que, mesmo nas suas origens, já guardava uma potência mítica para relatos abertos e transversais à ciência e que, no contexto atual, pode tornar-se uma plataforma de ação criativa em prol de novas sensibilidades perceptivas, novos mundos estéticos e novos movimentos prospectivos de transformação imaginativa do espaço.
O teatro que corre nas vias, 2017
Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribição 4.0. Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento 4.0.
Editora UNEMAT, 2020
Este livro é resultado de pesquisas produzidas pelo Núcleo Wlademir Dias-Pino. São, no conjunto, 15 autores, entre doutores, doutorandos e mestres formados pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários- PPGEL/UNEMAT, ao longo de dez anos. Cartografias literárias e o domínio arquitextual da narrativa encerra, para além da reflexão sobre a Literatura Brasileira nas suas múltiplas e complexas expressões, um ciclo de debate sobre a urgência da arte, sua inquietante posição frente às formas de identidades, cultura e memória. Isso tudo diante da convicção de que vivemos uma crise profunda em uma sociedade brasileira que “se desconhece” ou vira as costas ao seu passado.
Textile Cartographies Two Years of a Project Cartografías textiles dos años de un proyecto 2 1 ÍNDICE EDITORIAL 3 INTRODUÇÃO 12
The emergence of practices engaged to use maps as instruments of contestation, such as the participatory mapping methodology, combined with theoretical effervescence on criticizing maps, especially from Brian Harley, is critical cartography. Participatory maps come up as a proposal to strengthen the defense of traditional communities, in the context of territorial conflict. Thus, a multitude of experiences and techniques is developed with the purpose of counter hegemonic cartographic representations. Meanwhile, in the theoretical scenario, maps have its character of neutral scientific document questioned and situated in the midst of power relations. Historically, maps were and still are used in strategies of domination and there are several situations that justify such a claim. In addition, the maps are also contesting instruments and appear as a counterpoint to the different hegemonic strategies of power. This research aimed to discuss the political nature of this relationship, and to strengthen the production of maps that can be a counterpoint to the status quo. The scientific literature was reviewed to support the criticism around maps and to endorse the empirical research organization and analysis which consisted of a formative experience in critical and participatory mapping, carried out with young public school students from the outskirts of São Paulo. As a result, nine workshops were developed, systematized and evaluated, being capable of replication in other areas. To promote new players into the mapping scene is to confront and make opposition to the dominant cartographic discourse and the school is a strategic space for such actions.
Editora da UNEMAT, 2020
Labor e Engenho
Neste trabalho trata-se das dimensões material e imaterial da paisagem urbana e ambiental, fruto da polaridade entre o centro antigo e a crescente expansão urbana que ocorre no cotidiano das cidades contemporâneas. O objetivo geral é compreender quais narrativas da paisagem emergem do patrimônio arquitetônico e urbano local e de que forma as mesmas interferem na salvaguarda do patrimônio no conjunto analisado? A metodologia utilizada baseia-se na pesquisa histórica e documental, na Teoria da Paisagem e suas narrativas e na Teoria das Representações Sociais. O aporte teórico utilizado passa por autores como Bourdieu (1991) (2001); Choay (2017); Moscovici (2015) e outros. Espera-se, a partir dos resultados encontrados, refletir sobre os caminhos possíveis para uma gestão e salvaguarda mais eficaz do patrimônio no século XXI.
In. A Delicadeza: Estética, Experiência e Paisagens. Brasília, EdUnB, 2002
Nem confissões, mergulhos subjetivos, nem ensaios clássicos, as paisagens articuladoras de imagens e conceitos são marcas de um sujeito feito de exterioridades, de um texto de superfícies, como já era O Livro das Passagens de Walter Benjamin. “Talvez nós necessitemos tentar nos redefinir em uma paisagem onde seja possível encontrar mais verdades laterais. O que para outros são desvios, são para mim dados que definem meu caminho” (BENJAMIN apud CHAMBERS, 1990, p. 81) A paisagem é mais do que um estilo de pensar e escrever, é uma forma de viver à deriva, entre o banal e o sublime, a materialidade do cotidiano e a leveza do devaneio (HIRSCH, 1995, p. 3/4). Ao invés de pensar, caminhar; salvar-se no mundo das coisas e não apenas ser voyeur ou consumidor, deixando rastros, idéias para trás a cada novo momento, a cada encontro; renovar-se constantemente, mesmo que seja num modesto passeio, um deixar-se, uma dissolução, mesmo quando voltamos para casa. “ A paisagem vem a nós de todas as direções, de todas as formas” (WOOD, 1995, P. 3). O mar. O mar. O mar.
Convergências - Revista de Investigação e Ensino das Artes, 2023
O presente artigo discute o modo como, no contexto da Arte Atual, linguagens e processos consubstanciados em suportes de documentação – Arquivo – têm vindo a funcionar como uma importante modalidade criativa, ao nível das estratégias de construção autoral. À luz de propostas como “Herbário de Plantas Artificiais” (2002-) do artista colombiano Alberto Baraya, “New Pictures from Paradise” (1998-) do artista alemão Thomas Struth e “Trajeto de um corpo” (1976-1977) do artista português Alberto Carneiro, desenha-se uma visão em torno do “gesto arquivista” – das suas diversas formas, registos e estratégias de “apropriação” simbólica e conceptual – como um instrumento diacrónico de atuação e captação da identidade do lugar, analisando as experiências reais dos artistas “in situ” e as suas traduções e implicações estéticas e poéticas na construção e “re-significação” desses “extratos” de território – tanto discursivos, quanto mnemónicos e imagéticos.
Although Geography is a predominantly visual discipline that claims the map as one of its most powerful tools, spatial representations are threatened to lose their meaning in our image-laden society. For this reason, Cartography must be appraised as a communication language by excellence in order to express ideas and emotions about the world that is directly or indirectly experienced. It is suggested a complementary approach to scientific Cartography, laying emphasis on functional mapping and everyone’s spatial creativity and imagination, which will be illustrated by several concrete examples. Keywords Cartographic language – Functional mapping – Social Cartography.
Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas, 2016
Bem antes de servir para comunicar, a linguagem serve para viver. Se nós colocamos que à falta de linguagem não haveria nem possibilidade de sociedade, nem possibilidade de humanidade, é precisamente porque o próprio da linguagem é, antes de tudo, significar. (BENVENISTE, 1989, p. 222) RESUMO Nossa proposta centra-se na análise do mapa como texto, conforme os estudos da significação desenvolvidos por Eduardo Guimarães, os quais abordam o assunto sob uma perspectiva enunciativa. Para o linguista, autor de Semântica do Acontecimento: um estudo enunciativo da designação (2002), os mapas são assumidos como textos, ou seja, como unidades de sentido, efeitos de linguagem. Nessa perspectiva, as ruas de um bairro, por exemplo, apresentam-se como enunciados que se entrecruzam, sendo passíveis de leitura e interpretação. O processo de interpretação envolve o reconhecimento de que a linguagem não é ingênua, imparcial, sendo atravessada pela ideologia e pela memória. Por isso, mesmo que o mapa apresente-se como documento oficial, aparentemente dotado de neutralidade, sua essência-visto que é linguagemdemonstra muito mais do que o óbvio: indicar uma localização ou direção. Desse modo, nomear ruas e organizá-las dentro do mapa são ações políticas, as quais significam os sujeitos, os cidadãos dentro do espaço urbano. Neste trabalho, por meio dos pressupostos teórico-metodológicos da Semântica do Acontecimento, analisaremos a questão já apresentada, tomando a cidade de Londrina como exemplo e sugerindo, também, um trabalho interdisciplinar. Palavras-chave: mapa, texto, sentidos. INTRODUÇÃO Olhar para a produção de sentidos no espaço da cidade tem sido um dos propósitos de estudos desenvolvidos pelo semanticista Eduardo Guimarães, autor que se debruça sobre o nomear e o designar em um relação integrativa com o mapa. O mapa, na visão do teórico, é considerado como texto, linguagem. Desse modo, os nomes de ruas e avenidas que o integram são enunciados que movimentam sentidos, os quais significam a todo o momento os cidadãos que vivem na cidade. Nossa proposta de trabalho filia-se aos pressupostos teóricos da Semântica do Acontecimento, que vem sendo desenvolvida por Guimarães, desde a década de 1980, na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Sua teoria propõe caminhos para
2018
Il s'agit de reflechir sur le rapport entre litterature et paysage a partir d'une formulation teorique-critique qui discute le paysage comme une elaboration culturelle qui peut questioner le rapport entre le sujet, le monde et le mot. On examine brievement quelque production poetique de la langue portugaise post-70 du XX eme. siecle sous la perspective des etudes du paysage et la configuration d'une geographie lyrique urbane produisee par des subjectivites en tension.
2015
Resumo: Quatrocentos anos após a publicação, pelos prelos de Pedro Craesbeck, de uma das obras mais relevantes da Literatura de Viagens portuguesa, a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, pretende esta comunicação abordar novas metodologias de análise destas narrativas, propondo-se nomeadamente uma perspetiva geocrítica. Se é verdade que a Literatura tem estabelecido relações metodológicas com outras Ciências Humanas e Sociais, como a História, a Sociologia, a Filosofia, a Antropologia ou a Psicologia, que têm redundado em frutuosas revelações, já as suas relações com a Geografia são tímidas e por vezes relutantes. A despeito das brilhantes intuições dos nossos primeiros geógrafos-Amorim Girão ou Orlando Ribeiro-que cedo mediram o valor das relações entre Geografia e Literatura, são atualmente muito parcos os estudos que usam fontes literárias na reconstituição do saber geográfico e métodos geográficos para a análise literária. Há, no entanto, algumas contribuições, que seguem a esteira de investigadores estrangeiros, como Tuan, Pocock, Moretti, Chevalier, Bailly. Recentemente, em Portugal, o uso de fontes literárias na análise geográfica tem sido efetuado por investigadores como Fernanda Cravidão, Rui Jacinto ou João Carlos Garcia. A Literatura não pode virar as costas à importância dos métodos geográficos na análise literária. Tal como afirmou Charles Batten (1978), «travel
2012
Artigo publicado na Revista Antíteses, v. 5, n. 10, p. 833-853, jul./dez. 2012. Este artigo tem como objetivo pensar as narrativas de contadores de histórias selecionados que ocupam lugares socioeconômicos e espaciais diferentes na cidade de Sobral (CE). São narradores que contam experiências de vida que podem ser vistas como estilos pautados em perspectivas distintas. Nesse texto, o pesquisador aparece sendo afetado pelas narrativas. Quatro depoimentos arquivados no LABOME - UVA-Sobral/CE - serviram como fonte para compreender o urbano como cúmplice dos narradores no exercício de suas experiências. A “unidade estrutural” de Sobral é relativizada nas lembranças dos narradores que mostram cidades possíveis e plurais, que não se separam de suas aventuras pelas estradas da vida.
O ato de mapear é Uma maneira ou outra de Tomar a medida de um mundo. Confi gurando a medida Tomada de uma maneira assim Para que possa ser comunicada Entre pessoas, lugares ou tempos. A medição do mapeamento Não é restrita ao matemático; Pode ser igualmente espiritual, política ou moral. Pelas mesmas razões, O registro do mapeamento Não é confi nado ao que é para arquivar, Mas também inclui o que é lembrado, imaginado, contemplado. O mundo fi gurado através do mapeamento Pode ser então Material ou imaterial, Existente ou desejado, Inteiro ou em partes, Experimentado, lembrado ou projetado em várias maneiras. Conforme a sua escala, O mapeamento pode traçar uma linha Ou delimitar e defi nir um território De qualquer comprimento ou tamanho, Da totalidade da Criação Aos menores fragmentos; Noções de formas e áreas São, por eles mesmos, de certa forma, O produto de processos de mapeamentos. Atos de mapear são criativos, Às vezes inquietos, Momentos de obter conhecimento sobre o mundo, E o mapa é ao mesmo tempo Uma materialização da cognição E um estímulo para novos compromissos com o conhecimento. Denis Cosgrove, 1948-2008, minha inspiração para essas "cartografi as culturais" (13)
Revista Indisciplinar, n.3, v.2, dez. 2016, 2016
Since the 19th century, a science has been constantly rationalizing urban landscapes and territories in accordance to economic demands. The urbanism was born, at this time, as a speech of truth which, in order to shape and standardize the space, had tried to sanitize it at any cost, removing the elements that were considered undesirables. Amongst these elements, the poorest inhabitants were evicted out of the central areas, divergent ways of thinking and occupying the space were silenced. Nevertheless, alternative forms of social urban life never cease to emerge between the lines of the master plan, filling the vacuum left in urban spaces after each evictions. As such, cities remain a place of permanent conflict and struggle around different visions of spatial occupation and relationship with the territory. There conflicts and contradictions, however, are overlooked in modern cartography, the official way of spatial representation, instead looking at how to render the space more homogenous, in line with the ideal of urbanism. Drawing on recent experiences of collective production of knowledge and the idea of co research, this articles discusses the possibility of a multi authored cartography, which could underline the political dimension of space, as well as the other urbanity, silenced and systematically rejected to the hidden corners of the map.
RESUMO: Este texto apresenta um debate teórico e metodológico acerca das práticas de produção do texto historiográfico em suas múltiplas relações com as diversas fontes documentais. As reflexões tem como referência as regras estabelecidas no campo da história, e estabelece vários diálogos com outras áreas do conhecimento, em especial, a filosofia e a literatura. ABSTRACT: This paper presents a theoretical and methodological debate about the production practices of historiographical text in its multiple relationships with the various documentary sources. Reflections has reference to the rules established in the field of history, and sets out various dialogues with other fields of knowledge, especially philosophy and literature.
Revista de Políticas Públicas, 2017
O presente artigo tem como objetivo destacar a importância da compreensão dos procedimentos cartográficos no âmbito de um projeto de pesquisa visando o mapeamento social da região ecológica dos babaçuais. Enfatiza o tratamento desse conhecimento, não somente por um prisma geográfico, mas, sobretudo, levando em consideração os conhecimentos tradicionais que cada comunidade carrega sobre os territórios aos quais são pertencentes. Por representar autografias em forma de mapas, tais comunidades fazem uso dos mapas sociais para reivindicar direitos que lhes são negados. Destaca que, no caso especifico das quebradeiras de coco babaçu, as autocartografias representam mulheres invisíbilizadas pelo Estado e afetadas por grandes empreendimentos econômicos, que buscam através dos mapeamentos denunciarem crimes contra seus territórios a exemplo da devastação das palmeiras, o aumento das carvoarias e avanço das siderúrgicas. Nessa perspectiva, conclui quese pode pensar a apropriação de cartograf...
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