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2016, Literatura e ensino: reflexões, diálogos e interdisciplinaridade.
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Esta breve apresentação objetiva realizar um intervalo reflexivo sobre a literatura, suas fronteiras, a convivência com seus outros e sua capacidade de pulsação na vida social, para pensar em que medida os outros da literatura carregam a possibilidade de sua revivescência, de uma outra e nova vida da literatura. Não trataremos da relação entre a literatura e outros saberes ou artes ocidentais, importam por ora as possíveis relações da literatura de matriz ocidental com determinada literatura e conhecimento de matriz não ocidental, e os modos literários de convivência de todos o seres em solo planetário. Em termos literários, lembremos, primeiramente, que a literatura (cuja leitura se cultiva nas academias) perdeu seu lugar político em nossa sociedade, ao passo que os profissionais da área de Letras procuram pela paixão e práxis que outrora a literatura uma vez já provocou, quando a experiência do leitor e o sentido da obra eram mais importantes que a estrutura, os mecanismos, as categorias textuais etc.
RESUMO: Le texte envisage quelques aspects de la pensée critique au Brésil, caracterisée dès le début par une dualité de points de vue: d'une part, le désir d' être actualisée par rapport aux modèles littéraires et aux discours établis, d' autre part, la constituition d' un discours critique à partir du " dedans " , capable d' établir la diférence et la nationalisation. Ce texte examine aussi quelque peculiarités des rapports forme littéraire-histoire et indique quelques transformations produites au XX ème siècle, c' est à dire, les déplacements evidénts de la notion, des fonctions de la littérature et de la critique, qui ont comme conséquence la production des discours de diluition de la littérature, un affaiblissement critique et une saturation interpretative. Au Brésil, l' intrincation des réseaux historiques, esthétiques et idéologiques démande des études adressées aux différences et à la compléxification actuelle du procès littéraire face aux discours critiques. PALAVRAS-CHAVE: Literatura brasileira, crítica literária brasileira, crítica literária brasileira no século XX. Em " O animal como linguagem " , George Steiner assinala que a crítica e a história literária seriam " artes menores " : " sofremos no momento uma inflação espú-ria da crítica, que assumiu uma espécie de papel autônomo. O interesse desperdiçado com a personalidade e as disputas dos críticos, a massa de crítica produzida sobre obras de literatura que apenas pequena parcela do público culto se preocupará em ler (...) estes são fenômenos do jornalismo e podem ser índices de uma debilitação geral. Os críticos e os historiadores de literatura escrevem sobre escrever; oferecem livros sobre livros. É insensato não ver essa deriva ontológica, quanto mais exaltar o ato de comentário sobre o de invenção: hoje há até mesmo um métier acadêmico na crítica da crítica. Não se erguem muitas estátuas dedicadas a escritores, mas , ao contrário do sombrio prognóstico de Sainte-Beuve, talvez não demorem a ser erguidas estátuas para críticos. " Em ensaio de 1979, Luiz Costa Lima aborda as funções da crítica num sécu-Maria do Carmo Campos é professora de Literatura Brasileira do Instituto de Letras da UFRGS.
O presente texto objetiva discutir a concepção de leitura literária na educação básica e apontar alternativas para o resgate de uma perspectiva que seja produtora de leitores de literatura. Para tanto, vale-se de autores como Cosson (2014, 2020, 2021), Bajour (2012) e Petit (2008, 2019). A discussão está empiricamente embasada em uma análise da Base Nacional Comum Curricular e em uma experiência de clube de leitura viabilizada em ação de extensão universitária. As análises apontam que a promoção de ações que aproximam leitores e textos, as quais promovem espaços de fala e de escuta sobre o que se lê e sobre os sentidos que os leitores produzem, potencializa uma concepção de leitura literária experiencial (COSSON, 2016). Quando essa aproximação acontece envolvendo professores da Educação Básica, fortalece-se a sua constituição como leitores de literatura por haver mais ferramentas para potencializar a experiência de leitura literária para e com os seus alunos na Educação Básica.
Acta Novos Olhares: letramentos, linguagens e formação do leitor, 2016
De acordo com William Cereja (2004), a história literária está no programa de língua portuguesa desde 1858, “embora a disciplina, como esse nome, fosse introduzida somente a partir de 1870” (CEREJA, 2004, p. 163). Ressalta-se, contudo, que seus pressupostos – como a crença na organização narrativa e progressiva como construtora de conhecimento, a noção de literatura como reflexo de fatos políticos na maioria dos casos, entre outros – têm sido debatidos e postos em questão desde inícios do século XX, chegando a gerar uma descrença na sua capacidade de produzir conhecimentos acerca do passado literário, como é observado no texto de Paulo Franchetti, História literária: um gênero em crise (2002). Neste texto, o autor argumenta que, como a história literária está ligada a ascensão dos estados nacionais, ela não teria mais função na contemporaneidade. De fato, a história literária em seus moldes tradicionais não faz mais sentido em uma perspectiva crítico-teórica, mas a proliferação de alternativas de história literária demonstra uma necessidade de renovação da disciplina. A história literária não acabou. O que acabou foi uma determinada forma de fazê-la e concebê-la. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é oferecer uma alternativa para o campo de estudo, com base em discussões atuais acerca da necessidade de se pensar aspectos afetivos na produção de conhecimentos. Um dos pesquisadores que seguem nessa linha é o neurocientista Antonio Damásio (1996), que, a partir da observação de pacientes com problemas neurológicos na parte do cérebro responsável pela emoção, constata que o raciocínio e a tomada de decisões desses pacientes também são prejudicados. Em outras palavras, aspectos afetivos também fazem parte do nosso processo considerado lógico. Para ele, sentimentos e emoções são percepções diretas dos estados corporais e constituem elo essencial entre corpo e consciência, propondo que “o sistema de raciocínio evolui como uma extensão do sistema emocional automático, com a emoção desempenhando vários papéis no processo de raciocínio” (1996, p. 7). Teremos como parâmetro para pensar uma alternativa de história literária com base em aspectos afetivos o texto alguns experimentos contemporâneos, cuja preocupação também está na inserção do corpo e do afeto na produção de conhecimento.
Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, 2020
This article presents a quantitative analysis of fashion & literature research based on information about Brazilian theses and dissertations defended since 1987. It also points out and discusses the problems of the databases that gather information about these works and their consequences for investigations that use them for elaborating the “state of the art”.” Based on the analysis, the paper proposes and operates a semiotic typology of approaches to fashion & literature researches. Studies that investigate how literature uses fashion to talk about literature itself and socio-historical issues are predominant. Regarding the profile of the works, they are mainly developed in language/literature graduate programs at public universities in South-east Brazil.
RESUMO: Este texto trata da questão da temática na literatura, em especial no Brasil, a partir das orientações do imperador d. Pedro II de dar ênfase ao indigenismo. Se por um lado vários artistas atenderam ao chamamento imperial, pelo menos uma voz se levantou contra o assunto. Em um texto publicado num jornal, Machado de Assis busca mostrar que tentar fazer a obra de arte nacional por meio do tema é assunto temerário.
Estudos em Avaliação Educacional
As autoras agradecem à SEE-SP a oportunidade de fazer uso dos dados do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar-SARESP, 1998. necesarios para el pleno dominio no sólo de esa área como también de las demás, constituyéndose en los ciudadanos que se quiere para el país. Palavras-clave: evaluación educacional, enseñanza y aprendizaje de la Lengua Portuguesa, lectura y escrita.
Este artigo apresenta uma análise sobre o Processo Seletivo Simplificado para contratação de professores de Língua Portuguesa (2011), do Ensino Fundamental pela Prefeitura Municipal de Pontes e Lacerda - MT. A filiação teórica será na Análise de Discurso Histórica, discutida por Foucault (2010), tendo como conceito mobilizado a formação discursiva. A análise visou compreender as concepções de ensino presente no Processo Seletivo e contribuir com uma “inclusão” na proposta de ensino de língua: a compreensão da subjetividade da criança no texto por ela produzido. Os resultados apontam que o texto produzido pela criança apresenta questões humanas e linguísticas a serem exploradas, questões estas não levadas em conta pelo Seletivo.
Trânsitos, percursos e cisões: a literatura no tempo presente, 2022
Em 2018, no IV Colóquio Literatura e Tempo Presente, reunimos pesquisadores de diferentes regiões do país e do exterior para uma jornada intensa de debates sobre a literatura contemporânea compreendida não apenas a partir das textualidades que a compõem, mas também a partir de seus meios de inscrição e de circulação, de sua inserção no universo cultural e dos mecanismos que legitimam (ou não) os textos e autores a partir dos locais físicos e/ou simbólicos que ocupam. Aqui, reúnem-se as colaborações daqueles que compuseram esta edição do evento. Embora não esteja divido em partes, o livro congrega trabalhos que podem ser compreendidos a partir de quatro eixos temáticos. Inicialmente, o texto de Patrícia Trindade Nakagome abre o primeiro eixo, que se pode tomar como aquele que problematiza, sob diferentes aspectos, o silenciamento de vozes e a resistência ao apagamento do outro. Em sua reflexão, a autora coloca em questão a leitura literária a partir dos eixos da voz e do silêncio, tomando as noções de dissenso e emancipação do filósofo Jacques Rancière na discussão de gostos, interesses e valores silenciados na constituição do campo literário como espaço de formação de novos leitores. Na sequência, Natali Fabiana da Costa e Silva compõe um panorama da narrativa produzida na região das Guianas, observando, por meio do cotejamento das obras de André Paradis, Serge Patient e Cynthia Mcleod, personagens historicamente silenciados em uma literatura que se afirma como marginal. Por fim, Flávio Pereira Camargo parte do silenciamento em relação à produção de temática ligada à sexualidade na antologia O conto brasileiro contemporâneo, prefaciada por Alfredo Bosi, na análise da representação homoerótica no conto “Assim caminha a humanidade”, de Antonio Pádua. O segundo eixo temático contempla o esforço de compreensão da literatura no contexto digital, perseguindo possibilidades de conceituação, análise e apreensão da experiência estética promovida pela utilização de linguagens digitais em um suporte que não é o livro impresso. Aqui, a pesquisadora chilena Carolina Gainza Cortés faz uso do conjunto de obras digitais compiladas pelo projeto “Cultura digital no Chile: literatura, música e cinema”, de sua autoria, na caracterização do que se compreende por “estética digital”. Do Chile para o Brasil, no segundo trabalho deste conjunto, Rejane Cristina Rocha propõe, em ensaio organizado a partir de dois movimentos distintos, um debate dos pressupostos teóricos que envolvem diferenciação do conceito de literatura digital em relação à noção de literatura no contexto digital, promovendo a análise de objetos que colocam em questão categorias críticas estabelecidas no âmbito dos Estudos Literários e impõem não apenas a necessidade de revisão de conceitos, mas também a reflexão em torno da descrição e das possibilidades de leitura dessa produção. Em seguida, o tema da imigração e o deslocamento de personagens sustentam o que se poderia tomar como a terceira linha de força do volume. Em ensaio que coteja os romances O sol se põe em São Paulo, de Bernardo Carvalho, e Diário da queda, de Michel Laub, Gisele Novaes Frighetto discute a representação da memória de imigrantes e seus descendentes por meio de narrativas em que a primeira pessoa se constrói de modo descentrado e fragmentado. Ao seu lado, Juliana Santini, realiza a leitura de Quarenta dias e Outros cantos, de Maria Valéria Rezende, observando os significados do trânsito das personagens que, em cada narrativa, fazem uso da voz para reconstruir sua experiência, atrelando o deslocamento físico ao ato de narrar. Finalmente, dois exercícios pontuais de análise crítica fecham o volume com seu último eixo temático, aquele em que o debruçar-se sobre o texto literário se revela ainda mais claramente como reflexão a partir da linguagem e pela linguagem escrita. Maria Célia Leonel e Edna Maria Fernandes dos Santos Nascimento discutem o romance Crime delicado, de Sérgio Sant’Anna, tomando o oximoro construído no título como operador de leitura para problematizar de que modo o estranhamento atua como componente principal da narrativa, em que se dá a “fusão de experiências diversas e opostas”. Na sequência, Sylvia Telarolli traz à cena o volume de contos O sol na cabeça, de Geovani Martins, observando, na linguagem que compõe as narrativas, a mistura entre violência e afe10Apresentação to que fazem com o que a antologia se filie à tendência brutalista da literatura brasileira. ***** O Grupo de Pesquisa Literatura e Tempo Presente foi criado em 2015 com o principal objetivo de integrar os cursos de graduação em Letras e os Programas de Pós-Graduação da área de Estudos Literários da UNESP e da UFSCar, construindo um espaço de diálogo que envolve duas instituições estratégicas da região que, embora próximas, permaneciam de certo modo apartadas do ponto de vista de sua produção científica e cultural no âmbito da crítica e da teoria da literatura. Diante desse quadro, a proposição de um grupo que reunisse professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós--graduandos em torno de um objeto comum – embora múltiplo –, que é a produção literária do tempo presente em suas mais diferentes problemáticas, tornou possível a sistematização de projetos e a realização de eventos acadêmicos que congregaram especialistas do Brasil e do exterior. Já consolidado em suas atividades, o grupo promove reuniões de trabalho mensais que acontecem na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, em Araraquara, e na Universidade Federal de São Carlos. O deslocamento espacial já característico dessas atividades é justamente o que viabiliza o diálogo constante e a integração entre alunos das duas instituições. Como grupo que atua no interior da universidade, o Literatura e Tempo Presente congrega e fomenta reflexões acerca da expressão literária contemporânea, procurando problematizar sua periodização – inclusive no que diz respeito às delimitações do que se entende por contemporâneo –, suas categorias, seus espaços de circulação e de inscrição, suas opções formais e seus recortes temáticos. Sob esse aspecto, as pesquisas e os pesquisadores ligados ao Grupo constroem uma abordagem da literatura que a toma como parte de uma rede cultural da qual fazem parte outros objetos, práticas e linguagens, artísticas ou não, de modo que se possa enfrentar a complexidade do que se compreende – ou do que se virá a compreender – como literatura no tempo presente. Cada encontro do Grupo se constitui, hoje, como uma resistência. Este volume não é apenas o registro de um dos colóquios anualmente realizados por professores e alunos que dão corpo e voz a esse grupo, antes, é processo e é produto, é o que nos inscreve nas Ciências Humanas e nos mantém, apesar do presente, fazendo ciência. Juliana Santini Gisele Novaes Frighetto Rejane C. Rocha
As palavras que você ainda não tem, 2021
Este livro passou por avaliação e aprovação às cegas de dois ou mais pareceristas ad hoc.
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Revista Tempo e argumento, 2010
Matizes na Literatura Contemporânea 2, 2021
PESQUISAS EM TEMAS DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES, 2020
Diálogo das Letras, 2013
Revista Odisséia, 2023
Textos e Contextos: leitura, escrita e cultura letrada, 2015
Revista Philologus, 2019
A IMPORTÂNCIA DA QUESTÃO NA ESCRITA HISTÓRICA, 2019