Academia.eduAcademia.edu

A morte do poeta: Benjamin leitor de Hölderlin

2019, Discurso - USP

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2019.165485

Abstract

The article, at first, seeks to contextualize the conditions for the appearance of Benjamin’s Two poems of Friedrich Hölderlin, using some historical facts, such as the death of his friend Fritz Heinle and Nobert von Hellingrath. Linked to the trigger of World War I, these deaths represent for Benjamin the death of an entire generation of young men, in whom he had placed all hope of revival of German culture. Hölderlin’s reading in this sense has a political end in seeking to counteract a aes-theticizing interpretation of his poems, in-fluenced by Stefan George’s circle. In a second moment, the article deepens the rea-ding of Benjamin’s essay on Hölderlin, seeking to define the concept of “poetized”as a central concept of his art criticism, sho-wing to what extent this concept serves as a counterpoint to the readings from the circle of George among them Hellingrath’s own.

Key takeaways

  • Num segundo momento, o artigo aprofunda a leitura do ensaio de Benjamin sobre Hölderlin, buscando definir o conceito de "poetificado" como conceito central de sua crítica de arte, evidenciando em que medida esse conceito lhe serve como contraposição às leituras provenientes do círculo de George, entre elas, a do próprio Hellingrath.
  • The article, at first, seeks to contextualize the conditions for the appearance of Benjamin's Two poems of Friedrich Hölderlin, using some historical facts, such as the death of his friend Fritz Heinle and Nobert von Hellingrath.
  • O ensaio de Benjamin sobre os poemas de Hölderlin, assim, não pode ser visto como pertencendo apenas ao âmbito puro da crítica literária; sua intenção, embora não nomeada explicitamente, é também política e pode ser resumida como uma tentativa, empreendida no campo da crítica de arte, de combater a leitura estetizante de Hölderlin, propiciada de certo modo pelo círculo de Stefan Georg.
  • Se, por um lado, o surgimento do ensaio de Benjamin sobre Hölderlin está ligado ao suicídio de Heinle, por outro, ele é também devedor da publicação, em 1913, do primeiro volume da edição crítica das Obras Completas de Friedrich Hölderlin por Hellingrath.
  • Enquanto, porém, essa relação com o destino é natural aos gregos, ele não o é aos modernos, que, como define Hölderlin no Hipérion 14 , são caracterizados pela ausência de destino.