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2007, Fundamentos da Psicopedagogia
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Objetivos: - Compreender a Psicopedagogia como campo do saber científico, seu objeto de estudo e metodologias utilizadas na produção do conhecimento psicopedagógico; - Conhecer o processo de construção histórica da Psicopedagogia como área que lida com os processos de aprendizagem e seus impedimentos; - Analisar os elementos constituintes do saber psicopedagógico e suas dimensões interdisciplinares; - Avaliar a formação do especialista em psicopedagogia no Brasil e as implicações éticas e morais desta área de atuação profissional.
Abordagem Psicopedagógica às Dificuldades de Aprendizagem, 2007
O objetivo desta disciplina é compreender as dificuldades de aprendizagem como fenômeno situado em um contexto histórico e cultural. A identificação dos problemas impeditivos à aprendizagem surgiu em decorrência das múltiplas transformações vivenciadas pela humanidade nas últimas décadas e que alteraram significativamente o papel da escola e da aprendizagem no contexto das sociedades modernas. O mundo nunca experimentou tamanha transformação em seus tecidos social, econômico e cultural como vêm ocorrendo nas últimas décadas. O avanço indescritível do conhecimento e a proliferação das tecnologias têm modificado profundamente a experiência humana de modo a exigir do sujeito freqüentes condutas adaptativas. Estas transformações trazem, a reboque, significativas mudanças nas crenças, valores e práticas sociais que são transmitidas culturalmente pelas agências educacionais, com destaque para a família e a escola. Diante de um cenário sociocultural tão mutável e com características tão complexas surgem enormes dificuldades por parte das famílias e instituições escolares em prover processos educacionais adequados e de qualidade, que acompanhem tantas mudanças. Deste descompasso, desta fissura emergem as dificuldades de aprendizagem. Elas surgem como sintomas que deflagram a dificuldade em articular educação e vida e apontam para a necessidade de revisão das práticas educacionais diante de uma nova sociedade, que se transforma cotidianamente. Compreender as dificuldades de aprendizagem como um fenômeno multideterminado é indispensável na atualidade, especialmente para o educador. Investigá-la para além de seus conceitos e/ou taxonomias também consiste em tarefa indispensável para os profissionais que trabalham com ensino e aprendizagem, em especial os psicopedagogos. É necessário compreender as dificuldades de aprendizagem como fenômeno cultural, que atinge uma pessoa de modo particular, mas que se constitui nas relações entre o sujeito da aprendizagem e seu contexto social e cultural. Uma criança deixa de aprender não somente por ser portadora de alguma restrição cognitiva ou fisiológica, mas especialmente porque em sua trajetória de vida algumas rotas desenvolvimentais encontraram obstáculos intransponíveis que se expressaram no impedimento à aquisição do conhecimento. Aprender é ato revestido de concepções e ideologias típicas de cada cultura. Uma criança que deixa de aprender não o faz por incompetência individual, mas provavelmente porque, em algum momento, deixou de atender às exigências postas por esta cultura com relação aos conteúdos que devem ser aprendidos e de que forma isto deve ocorrer. Apresentar dificuldades para aprender pode ser uma reação saudável do sujeito, especialmente quando esta carga vem carregada de valores e atitudes sem sentido ou significado para ele. A escola é uma instituição feita “para todos” e esquece que seres humanos são únicos, em suas características personológicas assim como em seus anseios e desejos. Se os conteúdos que a escola empurra goela abaixo de uma criança não interessam ou não fazem sentido para a sua existência é muito provável que surja a recusa em aprender. Parece uma atitude correta, que vai privar o indivíduo de profundos dissabores. É sob esta perspectiva que investigaremos as dificuldades de aprendizagem: a partir de uma leitura complexa que não se reduz aos conceitos, tipos de DA´s e estratégias de intervenções pontuais. Além das dificuldades de aprendizagem este texto pretende também investigar o fracasso e o sucesso escolar como ocorrências típicas das sociedades industrializadas, ou seja, como fenômenos deste momento histórico e social. Fracasso escolar e dificuldades de aprendizagem são conceitos que se esbarram continuamente e necessitam ser compreendidos em suas particularidades. Uma criança fracassa na escola porque apresenta dificuldades para aprender ou começa a apresentar dificuldades de aprendizagem em decorrência de freqüentes experiências de fracasso escolar? A princípio, as duas proposições procedem, ou não! Compreender o fracasso escolar e suas inter-relações com as dificuldades de aprendizagem é tarefa que exige aprofundamento teórico e conceitual em distintas áreas do conhecimento, com destaque para a educação, a psicologia e, em especial, a psicopedagogia. O presente texto pretende contribuir neste sentido, apresentando uma discussão mais elaborada sobre este tema.
A Avaliação Psicopedagógica Institucional, 2007
Esta disciplina inaugura um núcleo de conteúdos que mesclam teoria e prática psicopedagógica. Seu objetivo é ofertar conhecimentos e saberes que permitam ao psicopedagogo, em formação, construir sua identidade profissional, conhecer o campo da Psicopedagogia Institucional e dominar o processo de avaliação psicopedagógica, com ênfase no espaço escolar. Até o presente momento deste curso foram discutidas questões teóricas de grande relevância, como: as bases epistemológicas da Psicopedagogia, os processos de construção do conhecimento, as contribuições da Psicanálise para a compreensão do saber psicopedagógico e uma análise aprofundada das dificuldades de aprendizagem e do fracasso escolar. Como o foco desta formação é a aplicação da Psicopedagogia no âmbito escolar e institucional, necessitamos de conhecimentos específicos nesta área de atuação assim como de recursos que permitam a realização de processos de avaliação psicopedagógica institucional com segurança e propriedade. Esta disciplina vai tratar dos saberes psicopedagógicos a serviço das instituições de ensino. Seu objetivo central consiste em compreender a escola como o espaço onde se constroem as dificuldades de aprendizagem e o sujeito como aquele que delata a dimensão disfuncional de todo um contexto. Pensar a Psicopedagogia Institucional é pensar a instituição escolar e todo o sistema que cerca o sujeito que apresenta dificuldades de aprendizagem. Não existe fracasso escolar sem um contexto que o produz. A compreensão desta relação dialética é fundamental para a abordagem psicopedagógica institucional. A partir de uma visão sistêmica do fenômeno da aprendizagem e da não-aprendizagem, a Psicopedagogia atua nas instituições escolares, em caráter preventivo, construindo saberes, valores, crenças e práticas que funcionam como “desconstrutores” das práticas pedagógicas impeditivas do processo de aprendizagem de alguns alunos, criando novos caminhos de intervenção e regulação dos déficits evidenciados. O psicopedagogo que trabalha na instituição de ensino deve pensar globalmente, o tempo todo, olhar para o aluno como parte de um sistema maior, onde a escola predomina como lócus de aprendizagem, mas não como único elemento capaz de propiciá-la. Além de conceber a aprendizagem como resultante de um sistema complexo em interação, o psicopedagogo institucional tem que adquirir ferramentas de trabalho para agir, desenvolver estratégias de trabalho, atuar preventivamente e promover reajuste nos sistemas de aprendizagem que apresentam disfunções. Para atuar, este profissional necessita dominar conhecimentos específicos que orientam os processos de avaliação, intervenção e atuação psicopedagógica na instituição de ensino, considerando que grande parte de seu instrumental de trabalho será produzido por ele mesmo, de acordo com a realidade onde está inserido, com as demandas com as quais lida e as características específicas da clientela que atende.
A Construção do Conhecimento, 2007
Esta disciplina se destina a investigar o processo da construção do conhecimento pelo sujeito humano em sua longa jornada desenvolvimental, desde a concepção até o momento de sua morte. Compreender o mundo é uma tarefa de extrema importância para a nossa espécie. É por meio destes conhecimentos que atribuímos significados à existência e sobrevivemos como espécie. Nossa proposta é compreender como a criança vai, aos poucos, elaborando suas estruturas cognitivas, emocionais, sociais, afetivas e motoras, ao longo do seu desenvolvimento, com o propósito de compreender o mundo e a si mesma. Somos quem somos porque aprendemos a ser “humanos” com o outro, com nossos cuidadores, pais, amigos, escola, comunidade, grupos sociais e a cultura. É a cultura que nos dá ferramentas para organizarmos nosso conhecimento. É por meio do outro que aprendemos quem somos e damos significados para o mundo que vivemos e sentimos. Em cada cultura encontraremos mentes diferentes, construídas por meio dos instrumentos e signos ofertados por agentes culturais distintos. Compreender este processo é fundamental para o educador, para o psicopedagogo, para qualquer profissional que trabalhe com pessoas em desenvolvimento e aprendizagem, especialmente crianças. Para que possamos dar conta de um tema tão complexo necessitamos do apoio de algumas disciplinas, dentre as quais: (1) a Psicologia Escolar, que objetiva compreender os fenômenos humanos desenvolvimentais e de aprendizagem ocorrentes no espaço escolar; (2) a Psicologia do Desenvolvimento, disciplina que investiga o processo de desenvolvimento do homem, desde a concepção até a morte do indivíduo e (3) a Psicologia da Aprendizagem, cujo foco central diz respeito ao entendimento dos processos de construção e elaboração dos conhecimentos, saberes e informações pelo homem. As contribuições destas três áreas da Psicologia serão discutidas neste Caderno de Estudos, de acordo com os temas específicos de cada capítulo, todos voltados para o entendimento dos processos de construção do conhecimento da criança no espaço escolar.
DIREITOS FUNDAMENTAIS CONSAGRADOS À PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 E SUA EMENDA CONVENCIONAL: PRELIMINARES APONTAMENTOS SOBRE O NOVO MARCO CIVIL DE CAPACIDADE LEGAL, 2018
Trata-se de Texto publicado em Ebook - que aqui está sendo anexado integralmente - oriundo do I Congresso Internacional Direitos Fundamentais na Nova Ordem Mundial, onde se debateu o Direito Constitucional Contemporâneo, com especial ênfase nos direitos fundamentais. O nosso texto sobre Pessoa com Deficiência está da Página 335 até a 354.
Revista Extensão & Sociedade
Este artigo apresenta alguns dos direitos de aprendizagem garantidos em diferentes áreas do conhecimento, durante as intervenções realizadas pelos projetos desenvolvidos no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Pedagogia/ UFRN. Relata experiências vivenciadas nas turmas do 1° ano A e B do Ensino Fundamental da Escola Municipal Professora Emília Ramos, localizada no bairro de Cidade Nova (Natal, RN), a partir dos projetos A minha, a sua, a nossa cor e Repensando o lixo a partir da consciência ambiental. Os temas abordados nos projetos possibilitaram a garantia dos direitos de aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento como o reconhecimento das semelhanças e diferenças existentes entre o/a aluno/a criança e os colegas e o reconhecimento dos problemas ambientais existentes na comunidade e sua relação com a qualidade de vida e saúde. A metodologia utilizada considerou a utilização de vídeos, histórias literárias, produção de obras de arte com m...
Para assinalar os 30 anos da Lei de Bases, o Conselho Nacional de Educação organizou um conjunto de iniciativas que contribuíssem para uma reflexão alargada sobre os desafios que o sistema educativo português enfrenta: um ciclo de seminários, do qual resulta a publicação Lei de Bases do Sistema Educativo: Balanço e Prospetiva (Volume I e II) e a publicação Reformas e Bases da Educação: legado e renovação (1835-2009). Este artigo constitui o nosso contributo para essa reflexão. Nele, desenvolvemos uma análise alargada, dum ponto de vista filosófico, do que cabe entender por liberdade de ensinar, assente na relação dialética entre os dois termos que compõem a expressão, na qual se identificam diferentes esferas de significação, se evidenciam os nexos com outros conceitos fundamentais, como os de democracia, modernidade, justiça, solidariedade, epistemologia, aprendizagem, paternalismo, etc., se expõem os principiais paradoxos que dela decorrem e se definem algumas restrições, consequentes com o exposto. To mark the 30 years of the Basic Law, the National Education Council organized a set of initiatives that would contribute to a broad reflection on the challenges facing the Portuguese educational system: a series of seminars, resulting in the publication of the Basic Law of the Educational System: Balance and Prospect (Volume I and II) and the publication Reforms and Bases of Education: legacy and renovation (1835-2009). This article is our contribution to this reflection. In it, we have developed a broad analysis, from a philosophical point of view, of what can be understood by freedom of teaching, based on the dialectical relationship between the two terms that make up the expression, in which different spheres of meaning are identified, its relations to other fundamental concepts, such as those of democracy, modernity, justice, solidarity, epistemology, learning, paternalism, etc., are stressed, the main paradoxes that arise from it are discussed and some restrictions on its scope are suggested.
Amplamente Cursos e Formação Continuada eBooks, 2021
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Novas Possibilidades rumo ao Futuro das Ciências Humanas e suas Tecnologias, 2020
Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 2021
CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES
20 ANOS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE, 2010
Direitos Culturais, 2018
Temas em Educação e Saúde, 2021
Educação inclusiva e a dignidade da pessoa humana, 2017
Outras Palavras, 2013
Revista Espaço Pedagógico, 2019