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2019, Montagens: nos espaços fílmico, expositivo e impresso (ISBN: 978-85-9578-107-8)
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A montagem é uma operação mencionada com recorrência nas reflexões sobre cinema, literatura e fotografia, mas pouco presente quando se discute desenho. Apesar disso, a montagem lhe é fundamental. No desenho, elaboram-se as partes simultaneamente à sua disposição no campo compositivo. A produção (que entendo como reprodução, explicarei adiante) dos fragmentos ocorre ao mesmo tempo em que eles são dispostos e articulados entre si. Nessa forma de edição, as marcas das emendas confundem-se com a própria estrutura das partes. Partes formadas pela aproximação (ou distância) que mantêm entre si. Tal dificuldade de identificação trata menos do resultado de uma intenção dissimulante do que de uma derivação da própria natureza promíscua do meio gráfico.
Arquivos do CMD, 2021
O objetivo deste artigo é trazer à tona parte do arquivo de fotos da pesquisa A Experiência do satatus para discutir a relação ora conflituosa, ora conciliadora, entre fotografia e etnografia. Mais do que isso, a relação muito mais tensa que pacífica entre fotógrafo e etnógrafo. Compõem também este acervo algumas das fotos feitas para o projeto Memória da Moda, desenvolvido junto ao NIDEM/Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobra Moda, coordenado por Solange Wajman, com financiamento da FAPESP e sediado na UNIP, em São Paulo, onde eram entrevistados nomes importantes ligados à moda no Brasil nos anos de 1960, 1970 e 1980. Também há imagens feitas posteriormente, em especial de vitrines e interiores de lojas. São essas as fotos que compõem esse arquivo.
Revista-Valise, v. 14 n. especial - O desenho e seus percursos II, 2024
A ação de constelar e desenhar é abordada a partir da sua origem projetiva e diagramática comum. O diagrama é referido como o elemento capaz de estruturar a reflexão e espacializar os conceitos, segundo Charles S. Peirce. O processo de trabalho na arte é o princípio indutor das análises, o que permite investigar a relação entre concepção e demonstração do ponto de vista do pensamento diagramático. As obras de Marina Camargo e Bernard Moninot são abordadas naquilo que elas tocam as relações analisadas aqui. Draw and constellate are approached from their common projective and diagrammatic origin. The diagram is referred to as the element capable of structuring reasoning and showing concepts spatially, according to Charles S. Peirce. The inducing principle of the analysis is the artistic working process, from which we examine the relationships between conception and demonstration from the point of view of diagrammatic reasoning. The works of Marina Camargo and Bernard Moninot are pointed out as they touch upon the relations analyzed here.
ILUMINURAS
Ingold reivindica uma antropologia das linhas. Assim, o desenho de um meshwork parte da premissa de que “todo ser vivo é uma linha, ou, melhor, um feixe de linhas”. No entanto, embora desenhos, fotos, gráficos coexistam com a escrita na grafia antropológica, nesse campo de conhecimento é a escrita a englobante. A experiência proposta por este ensaio é contrapor conceitos de linhase tentaular e traduzir narrativas de vida em meshwork, para sugerir que linha, escrita e desenho em antropologia podem entrelaçar-se como grafias (não gráficos, stricto sensu, mas os incluindo) companheiras, como os barbantes da cama de gato (Haraway, 2016).
Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 2017
Património em si mesmas, as imagens são também um meio para outros fins, com destaque para o conhecimento de realidades desaparecidas, outros patrimónios. Descritivas ou simbólicas, as imagens, designadamente as que representam espaços urbanos, são sempre insinuantes, veiculando como realidade olhares da realidade conduzidos por quem as produziu mas também por quem as vê, ainda que por vezes nem o seu criador, menos ainda o espectador, esteja consciente disso mesmo. Uma vez feitas ficam sujeitas aos perigos e ao fascínio da manipulação, o que pode ocorrer pelo contexto, pela truncagem, pela edição e montagem. O seu uso, qualquer que seja o âmbito da investigação é, por isso, um processo de descodificação, de identificação dos diferentes cruzamentos e níveis de leitura. Este texto reflete sobre o enorme potencial das imagens na investigação em patrimónios, sobretudo nas áreas da arquitetura e urbanismo: a imagem desenhada como fonte de conhecimento; o desenho como ferramenta de investigação.
Trama Interdisciplinar, 2024
Este artigo apresenta o processo de construção de uma história em quadrinhos que narra um acontecimento histórico na cidade de Cerquilho, interior de São Paulo, utilizando conceitos de montagem cinematográfica. O projeto leva em consideração a premissa de que a rememoração presume uma montagem mental e de que a história é a partilha de memórias que foram definidas como dignas de serem registradas. A partir de registros textuais e fotográficos e da percepção e memória de um dos autores, a pesquisa levantou a hipótese de que a montagem de diferentes tipos de registros em uma linha do tempo poderia acrescentar diferentes pontos de vista à história oficial. Para isso, foram definidos e apresentados conceitos de memória e rememoração e de montagem, bem como o processo construtivo da história em quadrinhos.
2017
These reflections came from the questioning of the research and its deployment as an academic writing with the production of photographs and textual and imaging narratives. This work came from the experimentation with the researches, where the image productions and written imaging narratives was developed through texts production workshops and photographs from the discussion about the relationship between words and images.The workshop happened in four stages, with written letters, which were photographed and cut, generating new textual constructs. The technique of cutup was the reference to propose the textimage as a fragment to form new writtenimage. Foucault and Deleuze indicated support for thinking the lines of visibility and the similitude relations operating between words and images. Also the operation essay, suggested by Jorge Larossa and Adorno, where thinking, writing and living create reciprocal links. Such experimentation led the boundaries between images and words, creat...
O Mosaico, 2009
RESUMO: O artigo reflete sobre o ensino e a prática do desenho a partir de uma pesquisa exploratória, realizada no final da década de 1990, na Faculdade de Artes do Paraná e, também, de relatos sob o ponto de vista do aluno, transformados em diários entre 2003 e 2009. Este trabalho foi motivado pelas discussões sobre o processo criativo e desenho, durante encontros de orientação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) da FAP. Na seqüência, identificou-se a crítica genética como possibilidade de pesquisa e de contribuição para uma cartografia dos processos de criação. O desenho pode ser entendido enquanto processo de criação e de comunicação da arte e, além de ampliar o campo de investigação, sugere uma metalinguagem. PALAVRAS-CHAVE: ensino e prática de desenho, processo criativo, crítica genética, comunicação REGISTROS: DIÁRIOS E DESENHOS Recordações da primeira aula de desenho, desenho de observação de estruturas de sólidos geométricos, ficaram marcadas pela presença de uma maioria de alunos que executava primorosamente seu trabalho sem auxílio de réguas. No entanto, observou Sejanes (2009) em suas anotações, além da maneira correta de segurar o lápis, a primeira lição tratou de distinguir pessoas e habilidades, ou seja, confirmou a existência necessária de uma técnica de desenho que se impôs desde a primeira tentativa. Pelos idos de 2003, a
2006
No Verão passado, no templo de Philae, em Assuão, no Egipto onde, estando eu rabiscando num pequeno bloco de desenho, um polícia (que não falava inglês) veio ter comigo, e autoritariamente me gesticulou que não podia desenhar. Espantado, por gestos perguntei-lhe se podia fotografar a que ele acenou afirmativamente. Perguntei-lhe ainda se podia filmar e a resposta foi idêntica. Como confirmação perguntei-lhe se não podia desenhar e ele confirmou-me: não podia! Grande homem este que tão bem conhece a distinção entre perceber o mundo através do desenho e "percebê-lo" através da fotografia! Excelente professor de desenho! Esqueci-me de lhe perguntar se podia pintar mas presumo que a resposta fosse sim Porque não podia desenhar? O que preocupava o guarda não era o (meu) desenho, mas sim o que eu poderia estar a fazer com o desenho; o que o preocupava era aquilo que o desenho possibilita, as possibilidades e competências do desenho! Não era por estar a fazer uma simples representação (a fotografia faria melhor e mais depressa) nem por estar a utilizar uma "técnica artística"; mas por poder estar a fazer alguma coisa que, quer a foto, quer o vídeo, quer a pintura, não podiam fazer. Por estar ali, naquele sítio, a "maquinar" alguma coisa!... Não era por utilizar o desenho como um fim (a produção de uma imagem, uma "representação óptica", perceptiva) mas como um meio (de perceber: para além da aparência do espaço, a sua estrutura, a sua ordenação, a sua implantação, a sua planta, de poder anotar as movimentações dos guardas, os seus equipamentos, de poder registar os pontos fracos, no fundo de poder estar a esquematizar um plano de ataque!). 1 1 Já Francisco de Holanda, no livro Da ciência do desenho refere "…de que vem dizer também que os imperadores na guerra que têm desenho de ir assentar seu campo em tal província, ou em combater com seu exército tal cidade, ou de fazer tal fortaleza, muito antes que o façam, tendo feito já o desenho na deliberação secreta do entendimento" pág. 21
Rua, 2022
Resumo: O presente artigo visa realizar uma leitura da construção de uma imagem da cidade por meio do fotolivro Paranoia, de Roberto Piva e Wesley Duke Lee. No estudo são articuladas questões inerentes ao objeto fotolivro, a afinidade com a produção surrealista da representação, a questão do acaso objetivo e a busca pelo Maravilhoso, assim como, a articulação entre imagem fotográfica e imagem poética, questão de acentuada importância em Paranoia. A leitura é apresentada através da unidade significante do poema Visão de São Paulo à noite, Poema Antropófago sob Narcótico e mostra um olhar particular sobre a cidade, construída por meio da experiência e com interdependência entre fotografia e poesia.
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Encontros estudioum II, 2012
Anais do 4° Ciclo de Investigações em Artes Visuais do PPGAV-UDESC (2009)
Design Centrado no Usuário: concepções, práticas e soluções, 2021
Anais do VIII Seminário Ibero-americano sobre o processo de criação em Artes.