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“Candomblé”. In Leilah Landin (org.). Sinais dos Tempos: Diversidade Religiosa no Brasil: 123-129. ISER, Rio de Janeiro, 1990.
Perspectivas Revista De Ciencias Sociais, 2013
RESUMO: O presente artigo teve como objetivo principal apreender os mecanismos sociais encontrados no candomblé-uma das várias formas de expressões religiosas de matriz africana no Brasil. Ao adentrar neste sistema religioso terapêutico, os sujeitos vão experimentar e se confrontar com uma série de inovações na sua vida cotidiana, ampliando suas visões e percepções sobre as causalidades da doença, repercutindo na consideração da relação entre "corpo/mente/orixá (divindade)", abrindo desta maneira uma nova opção no que tange às opções terapêuticas para estes. Diante da complexidade desta religião, o grupo em questãoadeptos e clientes externos-reafirma sua solidariedade intra e extra muros através da garantia da saúde física e social de seus membros, na medida em que opõe instâncias antagônicas representadas por sua visão de mundo: saúde/doença, vida/ morte. O equilíbrio entre estas instâncias se faz necessário para a afirmação daquilo que se torna elemento indispensável para o grupo: a manutenção da saúde.
2016
Vivemos, ja faz algumas decadas, um cenario de mudancas, principalmente do ponto de vista tecnologico. Isso tem influenciado e modificado a vida da grande maioria das pessoas. Do ponto de vista da religiao, isso tem se mostrado a partir da utilizacao do meio religioso das novas midias, como ponto de apoio para a divulgacao de doutrinas e servicos. Este presente artigo tem o intuito de apresentar essas transformacoes em meio a religiosidade afro-brasileira, que sempre deteve na tradicao oral e familiar sua estrutura religiosa. Ao analisarmos o fenomeno dos altares virtuais, percebemos que por detras da busca religiosa, existe, por parte das pessoas – adeptas ou nao da religiosidade afro-brasileira – uma outra busca ligada, sobretudo, aos servicos oferecidos tanto pela Umbanda quanto pelo Candomble. O mais curioso e que hoje nao e mais necessaria a ida ao terreiro para que tais servicos sejam realizados, pois a relacao do consulente nao se dava necessariamente por meio do pai ou filho...
Cadernos de Campo (São Paulo, 1991), 2006
A iniciação ritual no Candomblé é um processo de construção de uma identidade psicológica permanente entre o participante do culto e a entidade cultuada. Ao contrário do desenvolvimento mediúnico da concepção espírita-em que o médium renuncia temporariamente a sua própria subjetividade em favor da subjetividade de um desencarnado-o transe de incorporação no Candomblé tem por objetivo principal o auto-reconhecimento recíproco entre o 'santo' e seu 'filho', o reatamento simbólico e permanente do mundo dos homens (Ayé) com o mundo dos deuses (Orum). Este processo de identificação simbólica entre os participantes e os Orixás não existe apenas no momento privilegiado do transe ritual; a identidade entre o iniciado e seu santo corresponde a incorporação psicológica permanente das características do orixá na personalidade de seus filhos. Esta identidade instaura-se não só através da iniciação e se desenvolve lenta e gradualmente nos transes, mas também é reforçado periodicamente nas obrigações sucessivas e renovada nas festa públicas dos santos, quando toda a comunidade presente se torna testemunha e fiadora desta aliança e dela se beneficia. Os rituais do Candomblé consistem basicamente de um conjunto de temas arquetípicos-a representação\incorporação de forças naturais personificadas em comportamentos e estórias-que se sucedem durante a cerimônia. Cada entidade se manifesta através de um transe característico, produzido por imagens, sons, cheiros, gostos, danças, ritmos, cores, trajes e adereços específicos. Invocados através de danças extáticas e de três tambores cerimoniais (rum, rumpi e lé), os deuses africanos incorporam em seus 'filhos', fazendo-os re-dramatizar os grandes feitos míticos e lendas: a luta dos irmãos Ogum e Xangô pelo amor de Oxum, a viagem de Oxalufã ao encontro de seu filho Xangô, as aventuras amorosas de Yansã ... As entidades são, ao mesmo tempo, fundamentos psíquicos de comportamentos humanos e forças místicas da Natureza; e são representadas nos rituais como identidades sagradas que se manifestam dentro de uma estrutura mítico-litúrgica de interpretação do mundo.
Estudos Avançados, 2004
DESDE os estudos de Roger Bastide, na década de 1940, muita coisa mudou no Brasil, também no âmbito das religiões e das religiões afro-brasileiras. Velhas tendências foram confirmadas, novas direções foram se impondo. Religiões recém-criadas se enfrentam com as mais antigas, velhas religiões assumem novas formas e veiculam renovados conteúdos para enfrentar a concorrência mais acirrada no mercado religioso. Vou tratar aqui de um ramo religioso pequeno demograficamente, porém importante do ponto de vista de seu significado para a cultura brasileira e da visibilidade que transborda de seu universo de seguidores: as religiões afro-brasileiras. Trata-se de acompanhar as mudanças numéricas encontradas pelos censos para dimensionar os seguidores das religiões afro-brasileiras, e de examinar algumas de suas características, como cor e escolaridade, para então avançar, sem perder de vista as peculiaridades constitutivas e organizacionais dos cultos e terreiros, alguma explicação sobre mudan...
Revista AntHropológicas
No artigo compreendemos o transe enquanto performance de mediação da tradição cultural. Apresentamos o transe como modo performático em contraste com outras abordagens que trabalham o transe como conceito. Esta abordagem permite compreender o transe no ritual como manifestação das noções de pessoa nas religiões de matriz africana e afrobrasileira. As tradições contemplam em espaço liminar ritual: Orixás e entidades, que em seus contextos são performados pelos iniciados no espaço público religioso.
Neste artigo, analisamos a expansão da umbanda e do candomblé em terras alemãs, austríacas e suíças e, em especial, a dimensão cultural da migração. Tratamos da circulação de símbolos étnicos no campo religioso, abordando a importância do terreiro de candomblé Ilê Obá Silekê, localizado na cidade de Berlim. Analisamos de que modo sua construção é importante para a produção de símbolos relacionados com a cultura brasileira. Nosso estudo se baseia em trabalho de campo iniciado em 2009, buscando compreender o modo como o candomblé é vivido por seus praticantes no novo contexto, baseando-se na ideia de transnacionalização religiosa, que considera as adaptações das práticas importadas em um contexto bem determinado, seus modos de se tornarem locais e a incorporação de novos sistemas de crença.
Em agradecimentos públicos incide sempre o risco dos lapsos ou a impossibilidade de falar de todas as pessoas, ainda mais quando não é pequeno o número daqueles que contribuíram para a realização do trabalho. Assim, inicio agradecendo ao professor Luis Nicolau Parés, que dedicou horas do seu tempo à orientação, leitura e releitura deste trabalho, tornando-se imprescindível para sua realização, sobretudo, pela discussão das mais diversas questões, pela amizade e respeito à liberdade de escolha dos meus próprios caminhos.
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(In) Subordinações Contemporâneas: Linguística, Letras e Artes, 2019
Horizonte, 2015
Estudos de Religião
Revista Calundu, 2018
Ultimo Andar, 2007
Afro-Ásia, 2015
Anais Do Seminario Nacional Da Pos Graduacao Em Ciencias Sociais Ufes, 2011
DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), 2009