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2019
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O Homúnculo, personagem da segunda parte do Fausto de Goethe é um dos personagens mais originais da literatura universal. Embora tenha vida breve na tragédia fáustica, sua ação está marcada por inúmeras influências e referências, das mais diversas origens, dos escritos alquímicos de Paracelso, às divergências entre netunismo e vulcanismo na filosofia pré-socrática. Seu aspecto mais marcante, porém, é justamente o “não-lugar” da personagem que flutua entre diversas referências culturais e literárias sem firmar posição determinada em nenhuma delas. O “não-lugar”, termo com o qual se designa a insubstancialidade e incorporeidade do personagem, é um traço constante de sua ação, sempre dividia entre universos culturais distintos e em busca de uma identidade própria. Esse trabalho, analisa o personagem à luz dos seus intérpretes mais conhecidos e busca trazê-lo para mais perto do público leitor brasileiro.
2021
Escrito entre os anos de 1770 e 1832, Fausto é composto de referências históricas que dificultam a sua classificação. Há características do Iluminismo, do movimento pré-romântico Sturm und Drang, do Classicismo de Weimar e, principalmente, do Romantismo, que podem ser notadas na obra. Este trabalho de cunho bibliográfico tem por finalidade relacionar e identificar as manifestações estéticas do Grotesco e do Sublime na primeira parte do drama fáustico goetheano; além disso, analisar propriamente a obra; averiguar como cada autor específico define tais estéticas e seus efeitos; contextualizar o período romântico, sua importância e influência em Goethe para a concepção do Fausto; e, por fim, demonstrar como, tanto o Grotesco quanto o Sublime são partes constituintes do espírito inquieto do ser que anseia elevar-se além da sua própria condição humana.
A intenção deste artigo reside em comparar os modos com que Goethe e Bulgákov se apropriaram da literatura fáustica. Para isso, nos limitaremos a evidenciar as semelhanças e diferenças em relação à presença do cômico nas obras Fausto, de Goethe, e O Mestre e Margarida, de Bulgákov, já que a literatura fáustica em geral têm na comicidade um elemento característico. Trata-se de analisar os contextos filosóficos delas quanto ao cômico, de modo a delimitar os sentidos presentes em Goethe e em Bulgákov. Como resultado de tal percurso temos: 1. Tanto em Goethe como em Bulgákov a temática fáustica assume o papel crucial de colocar a realidade às avessas, de modo a operar uma crítica consequente de seus tempos através do cômico; 2. O Fausto de Goethe exerce uma importante inspiração neste romance de Bulgákov, mas também a aproximação do Fausto a O Mestre e Margarida nos faz atentar para traços pouco salientados da obra de Goethe; 3. É a partir da apropriação russa de Nietzsche que podemos compreender a distância entre as obras quanto aos sentidos da apropriação da literatura fáustica e da presença do cômico nos projetos humanistas que ressoam nelas.
Artes Cênicas-UFBA "Como muita coisa em nossa experiência não pode ser pronunciada de forma acabada e nem comunicada diretamente, há muito tempo elegi o procedimento de revelar o sentido mais profundo ao leitor atento, por meio de configurações que se contrapõem umas às outras e ao mesmo tempo se espelham umas nas outras". Goethe em carta a Carl J. L. Iken 2 .
Embora a primeira menção à lenda de Fausto em um livro impresso tenha sido feita no texto anônimo editado por Johann Spiess em 1587, a propagação e perenidade do assunto fáustico no imaginário ocidental são fenômenos que certamente devem ser creditados à tragédia escrita por J. W. von Goethe no século XIX, sobretudo à primeira parte, publicada em 1808. Tendo em vista que em sua recriação do mito fáustico Goethe Fausto goethiano, como o veículo de uma visão autoral crítica, ainda que irônica, em relação a determinados aspectos do contexto sociocultural alemão da época.
Revista Discurso, 2020
This essay aims to present the dualities found in the first movements of Faust’s finished edition as constituent elements of the formation of the whole of the work. It is the dual characterization itself that guarantees the work the status of a tragedy. Seeking to establish relations with the polarities ad-dressed by Goethe, this dual reading is done according to some theoretical postulates of the author himself and is a tool that helps the understanding of this lifetime work.
Contextura, 2020
Nota crítica sobre os comentários da filósofa Simone Weil a Pátroclo, principalmente, no seu renomado texto A Ilíada ou o poema da força. Levando em conta o adjetivo 'doux' (utilizado pela autora para descrever Pátroclo), este artigo tem por objetivo analisar linguística e etimologicamente a proposta interpretativa de Weil. É esta proposta que torna Pátroclo, sob o olhar da filósofa, o único herói homérico capaz de moderação no uso da própria força. Artigo originalmente publicado pela Revista CONTEXTURA, Belo Horizonte, nº 16, 2020, pp. 48-59.
2021
This research aims to present an analysis about the "Sublime" and the "Horrible" in Faust: a tragedy - first part (1808), by Johann Wolfgang von Goethe, and Mefistofele (1868), opera by Arrigo Boito based on the German tragedy. "Sublime" is the term that the composer uses to define the divine scene of the Prologue in Heaven, both in tragedy and opera; On the other hand, the "Horrible" is used to categorize the Night of the Romantic Sabbath, based on the Walpurgis Night from Goethe's tragedy, where devilish creatures gather to worship Satan. Boito uses these terms as two extremely opposed points of a wind rose in order to describe Goethe's Faust and, consequently, to conceive his opera, the only memorable Italian composition about the Faust. In order to develop this analysis, the research starts with an investigation about the legend of Doctor Faustus, considering the historical figure that inspires it, Georgius Sabellicus, and the two main publications about the legend in the sixteenth century, the anonymous author's book, published in 1587, and Christopher Marlowe's tragedy, written in 1592. Then, an analysis about Goethe's Faust is presented, followed by the main musical compositions inspired by the tragedy and other versions of the legend, besides Goethe's ideas for an ideal opera for his Faust. Posteriorly, Arrigo Boito's position in the Italian bohemian movement, Scapigliatura, is discussed, considering his journey as a composer, librettist, translator and art criticist. Then, it is presented his conception for Mefistofele and his efforts to compose a work that would unite, in perfect harmony, music, poetry and scene. Finally, the two scenes that mostly present the "sublime" and "horrible" aspects are analyzed, considering the textual, musical and scenic aspects. This analysis focuses on the investigation of the following material: the libretto from 1868, compared to the revision from 1875 and 1879; the musical scores published between 1880 and 1920; and five video recordings of the opera presented between 1989 and 2015, set following traditional ideas, that evoke the composer's directions and Goethe's work itself, and modern ones, developed on the stage director's ideas, that allow themselves to change the narrative, rethinking the set, leaving the medieval scenario proposed in the first conception of the opera.
Revista: O olho da história, 2018
Resenha do livro: Caminhos da esquerda: Elementos para uma reconstrução, de Ruy Fausto, lançado recentemente pela editora Companhia das Letras. REVISTA O OLHO DA HISTÓRIA, n. 27, maio de 2018. ISSN 2236-0824
Arquitextos, 2020
Para visualizar o texto, acesse o link https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/21.244/7879 Johann Wolfgang von Goethe tem uma rica produção de crítica de arte, dentre as quais se situam dois artigos dedicados à arquitetura: o primeiro elabora um discurso poético sobre a catedral de Estrasburgo, lançando luz sobre o conceito de natureza e no gênio criativo do arquiteto; o segundo se refere a outra catedral, a da cidade de Colônia, no qual são tecidas reflexões sobre o significado do estilo gótico como alegoria da liberdade e autonomia humanas. A partir de uma interpretação historiográfica e filosófica, este artigo procura compreender o significado da arquitetura tanto no âmbito dos dois escritos goethianos em si, quanto num sentido mais amplo, circunscrevendo-os em determinadas obras literária do poeta alemão. Busca-se, ainda, entender a ideia do estilo gótico e outras categorias - tais como natureza, ficção e ruína – no debate artístico europeu de meados do século XVIII.
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Revista Miguilim, 2024
Passagens Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica, 2012
Darandina Revisteletrônica, 2009
Público, 2009
Tese, Programa de Pós-Graduação em Teoria e História Literária, UNICAMP, 2008