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2019, Valter Hugo Mãe, As ilhas dos Abaeté - Catálogo de exposição
Valter Hugo Mãe (Angola, 1971) constitui hoje um dos pilares mais sólidos da cultura portuguesa contemporânea graças, sobretudo, a um perfil bastante singular que tem vindo a traçar enquanto criador. A maioria de nós chegou até si através dos seus livros, primeiro pela poesia e depois pela prosa, apesar desta guardar em si a mesma essência poética que o autor escolheu como maná da sua escrita. Entramos sorrateiramente pelos seus textos adentro e somos logo seduzidos pela plasticidade que o escritor imprime às suas narrativas, deixando-nos entrever em que medida a sua inquietação artística não se pode bastar apenas com a escrita, razão pela qual acode à música ou ao desenho como atividades complementares. No caso do desenho, sabemos que o autor sempre o considerou como um suporte importante para a sua produção literária; a almofada onde assentar a sua imaginação. Felizmente, existe sempre um papel para receber os seus adoráveis monstrinhos e pássaros bordados, ou um livro onde estampar uma silhueta, já que o escritor, sempre que a ocasião lho permite, é capaz de converter o seu autógrafo num abraço infinito com os seus leitores. Só muito recentemente Valter Hugo Mãe se atreveu a compartir os seus desenhos com o público em geral; primeiro através das capas de algumas das reedições dos seus romances e, posteriormente, como ilustrador da última edição de O paraíso são os outros 1 , para júbilo dos que conhecíamos essa sua paixão e como revelação para muitos dos seus leitores que passaram a ler esse livrinho com uma alegria renovada. Uma alegria que se revigora com a exposição desta fascinante mostra de desenhos do autor. Para Valter Hugo Mãe, a arte constitui a melhor garantia de entendimento da vida e por isso ele parece vivê-la sempre com urgência pelo que, tal como já o temos afirmado, identificá-lo como escritor afigura-se-nos sempre como algo simplista, na medida em que esta será apenas a cara mais visível de um criador. Ele mesmo nos confessa que desenhar 1 Valter Hugo Mãe, O paraíso são os outros. Ilustrações de Valter Hugo Mãe. Porto Editora. Porto, 2018
A humanidade e a cidadania ativa de Valter Hugo Mãe nas suas crónicas da revista 2 do jornal Público.
Scripta, 2016
Este ensaio analisa aspectos da poesia de Carlos Drummond de Andrade afins com o tema do humanismo. Para tanto, vale-se das homologias entre a poesia de Drummond e a filosofia/literatura de Jean-Paul Sartre a partir do romance A Náusea e O que é a literatura?, sobretudo. A aproximação com o humanismo, no entanto, longe de ser uma relação de superveniência, ou de subsídio, é discutida no próprio terreno da literatura e problematizada a partir do eu lírico.
Tradução do inglês e resumo do texto editado anteriormente no International Journal of Music and Performing Arts: Some Considerations on the Relationship between Humanist Thinking and the Change in Texture in the Music of the Early Baroque, de Jorge Falcon e Martin Herraiz. Palavras chave: Humanismo. Textura. Figura-fundo. Perspectiva. Eu lírico. Introdução Este trabalho tem como objetivo realizar algumas considerações sobre as mudanças acontecidas na música na passagem do século XVI ao XVII. O Humanismo, como eixo do pensamento do Renascimento gerou, inevitavelmente, mudanças profundas na concepção, e conseqüentemente, na produção das artes como literatura e pintura, primeiramente, e posteriormente na música. Este trabalho toma como referência a mudança na textura com todas suas implicações teóricas e práticas como eixo significativo das mudanças do pensamento da Idade Média para o Renascimento. Por outro lado, a mudança na textura, de polifonia para melodia acompanhada será tratada de maneira não tradicional, com as ferramentas que são apresentadas na dissertação de mestrado do autor deste trabalho. O Humanismo O Humanismo é o principal movimento intelectual, filosófico e artístico do Renascimento europeu. Situa suas origens no Século XV na península itálica, retomando o antigo Humanismo da Grécia Clássica do Século de Ouro. O Humanismo renascentista propõe o antropocentrismo, a idéia do homem como centro do pensamento filosófico, ao contrário do
Tradução do inglês e resumo do texto editado anteriormente no International Journal of Music and Performing Arts: Some Considerations on the Relationship between Humanist Thinking and the Change in Texture in the Music of the Early Baroque, de Jorge Falcon e Martin Herraiz.
Resumo: As «descobertas» e «conquistas» ibéricas dos séculos XV e XVI obrigaram a Europa a repensar a sua relação com o «outro», com uma «nova humanidade», nomeadamente com o «negro» e com o ameríndio. E se o negro-africano foi objeto de tráfico esclavagista,entre a aceitação geral e a inevitabilidade «para o bem das colónias», o «índio» americano esteve no âmago de um debate acerca de «direitos», que certamente conduziria às modernas declarações de «direitos humanos». O presente ensaio parte deste contexto geral, para se centrar na abordagem vieirina desta «nova humanidade».
Intuitio, 2018
Este artigo está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada.
Filosofia e Educação
Este artigo tem como finalidade analisar aspectos teóricos comuns entre o historiador inglês Edward Palmer Thompson e o educador brasileiro Paulo Freire, como a crítica ao idealismo marxista desvinculado da experiência cultural dos sujeitos e a consequente negação de seu papel na história. Não há a pretensão de incluir os dois autores em um mesmo campo teórico, um marxismo, mas destacar que a cultura - enquanto modos de vida e experiência em Thompson – e como leitura de mundo em Freire, se constitui como fundamento da historiografia social e da educação popular humanizadora. Desta forma, o marxismo e a educação são vistos de baixo.
O humanismo d’O Vagabundo, 2019
Este ensaio objetiva traçar uma aproximação entre conceitos da filosofia sartriana e temas chaplinianos, personificados em Carlitos. Para tanto, analisamos as tra-jetórias do filósofo francês Jean-Paul Sartre e do cineasta britânico Charles “Charlie” Chaplin, a fim de isolar os principais conceitos e temas de suas obras. Em sequência, empregamos como corpus o filme Luzes da cidade, lançado em 1931, para estreitar a relação entre a filosofia existencialista e os temas que Chaplin desenvolve por meio de seu célebre personagem. Esta pesquisa pretende tomar a filosofia existencialista em seu viés mais otimista e, por isso, evitamos estereótipos que circulam por meio do senso comum e apontamos de que forma essa filosofia pode ser compreendida como defensora da liberdade absoluta, o que, em consequência, diz respeito a uma grande responsabilidade.
Revista Brasileira de Educação Médica, 2009
Este artigo apresenta uma pesquisa que analisa as concepções de humanismo e suas contribuições para a formação médica, na ótica discente, no âmbito do curso de Medicina da Universidade Federal de Alagoas, no período compreendido de novembro de 2006 a julho de 2007. A metodologia escolhida foi a de realização de cinco grupos focais, nos quais foram coletados os depoimentos de 73 estudantes, analisados posteriormente por meio de referencial sobre as práticas discursivas. Os resultados encontrados destacam três aspectos acerca do que o estudante observa e vivencia: na relação com a instituição, o curso e os sentimentos que surgem no seu processo como aprendiz; sobre a relação aluno-professor no curso médico; e, por fim, sobre a relação médico-paciente e demais pessoas com quem o médico interage em seu exercício profissional. Surgiram elementos indicativos de um aprendizado entremeado de sinais de contrariedade, irritação, impaciência e intolerância com os professores e seus métodos e c...
Trabalhos em Linguística Aplicada, 2019
O pós-humanismo não apenas convida a repensar a unidade básica de referência para o ser humano e as ciências humanas, como expande o conceito de (prática) social para abranger os seres humanos e os agentes não-humanos interagindo socialmente de forma mais horizontal e simétrica. A pesquisa sobre letramentos, diante dessa nova forma de olhar para o mundo, exige uma nova proposta teórica que supere binarismos usuais nesse campo de estudo tais como digital/analógico e múltiplos/único, entre outros. Portanto, este trabalho objetiva propor uma reflexão sobre o conceito de letramentos como práticas sociais sob uma perspectiva pós-humanista, considerando novas ideias vigentes na literatura sobre pós-humanismo, agência, cognição e subjetividade. Utiliza-se como método a pesquisa bibliográfica, tendo como principais referenciais os trabalhos da filósofa Rosi Braidotti sobre o pós-humanismo crítico, da crítica literária Nancy Hayles sobre a condição pós-humana, da física e teórica feminista Karen Barad acerca do realismo agencial e do linguista aplicado Alastair Pennycook acerca especificamente de sua proposta de uma linguística aplicada pós-humanista. O resultado dessa reflexão teórica indica que uma concepção pós-humanista de letramentos demanda que essas práticas sejam entendidas como práticas materiais-discursivas, isto é, práticas em que matéria e discurso emergem conjuntamente por intra-ação, o que implica um outro olhar para o que seriam os contextos, os sujeitos e os objetos dos letramentos. Por consequência, é também necessário considerar que os significados constitutivos dos letramentos não são isolados em unidades como palavras ou ideias de significantes, mas sim na rede material-discursiva construída por intra-ação. Palavras-chave: letramentos; pós-humanismo; realismo agencial.
O ensaio busca compreender como o autor luso-africano Valter Hugo Mãe opera o devir-minoritário (DELEUZE e GUATARI, 2003) em sua escrita.
2018
Pensar o humano significa olhar o entorno e o distante, e perceber que aquilo que nos parece longinquo esta ao alcance das maos. Considerada essa dimensao da vida, talvez se possa ver o mundo como de fato ele deveria ser: a casa dos homens. A literatura abre as portas para que seja possivel ter acesso a diferentes experiencias humanas e se reflita sobre a condicao humana. No romance A desumanizacao (2014a), de Hugo Mae, chama atencao, previamente, a condicao contraria ao homem; e um livro que fala do ser humano diante de um mundo desagregador, cujos valores colocam em xeque a propria humanidade. Das possibilidades de leitura, elegemos a abordagem mitica para conduzir este ensaio. O intuito e destacar como a narrativa mitica se inscreve na obra, assumindo uma dimensao altamente sensivel, humanistica e reflexiva, alimentada, sobretudo, pela expressao poetica da linguagem.
O humanismo em Teilhard de Chardin e o ser amazônico em seus novos caminhos, 2018
O artigo aborda a relação entre o conceito de humanismo em Chardin e ser amazônico. Uma leitura que permeia também o foco religioso nesse tempo de Sínodo para a Pan-Amazônia.
Resumo: Valter Hugo Mãe é um dos escritores que mais dialogam com o humano na atualidade. Em seus romances, a condição humana é representada por histórias e personagens comuns em conflitos com suas paixões e com a vida cotidiana. Nascido em Angola, mas vivendo em Portugal desde criança, Mãe é provavelmente um dos mais influentes escritores de língua portuguesa hoje. Neste artigo, procuramos examinar a condição do humano em seus romances: a busca por uma linguagem que deixe transparecer o grotesco, onde as imagens do humano são plasticamente metamorfoseadas em elementos da natureza, animais e máquinas. Na esteira de autores como Slo-terdjik e Agamben, trata-se de compreender a questão do humano na literatura contemporânea. Abstract: The literature of Valter Hugo Mãe dialogues intensively with human beings' metaphors. In his novels, the human condition is represented by a series of characters in conflict with their passions and their everyday life. Born in Angola, but living in Portugal since his childhood, Mãe is probably one of the most influential Portuguese writers today. Therefore, this article aims to examine the human condition in his novels, analysing the search for a language that shows the grotesque, trough images of the humans plastically metamorphosed in elements of nature, animals and machines. In line with the studies of authors like Sloterdjik and Agamben, this paper intends to understand the issue of human in contemporary literature. O inferno não são os outros, pequena Halla. Eles são o paraíso, porque um homem sozinho é apenas um animal. A humanidade começa nos que te rodeiam, e não exatamente em ti. Ser-se pessoa implica a tua mãe, as nossas pessoas, um desconhecido ou a sua expectativa. Sem ninguém no presente nem no futuro, o indivíduo pensa tão sem razão quanto pensam os peixes. Dura pelo engenho que tiver e perece como um atributo indiferenciado do planeta. Perece como uma coisa qualquer. Valter Hugo Mãe. A desumanização
2014
A presente pesquisa pautou-se pela intenção de ouvir a opinião do jovem em relação ao humanismo, além de buscar contribuir para a construção de referências atualizadas a respeito da percepção do jovem brasileiro sobre si mesmo. Tratando-se de um estudo exploratório, não serão apontadas soluções às questões relacionadas ao jovem, mas sim, serão fornecidos dados concretos que possibilitarão novas problematizações, proposições, estudos e respostas. Trata-se do desenvolvimento de um conteúdo primordial até então não estruturado,
Todas As Letras Revista De Lingua E Literatura, 2009
Resumo: O presente trabalho analisa as idéias humanistas defendidas por Petrarca em seu texto Invective contra medicum, escrito em oposição a um médico anônimo da corte papal de Avignon.
Pensamento Realidade Revista Do Programa De Estudos Pos Graduados Em Administracao Fea Issn 2237 4418, 2002
2014
St. Bernard isconsidereda historical novelmarkedbysocial changesin the year1934.The society,at the time,suffered fromconcerns andlosses.Thisarticle analyzesthe trajectory of theprotagonist of that work, Paulo Honorio. The character hasa life markedby greed andthesearch for power, and your figureis opposed to his wife, Madalena, an idealistwho fightsfor the common asset of humanity.
Semiótica: desordem e incertezas.1 ed.São Paulo : Kazuá, 2018, v.1, p. 257-280. (http://www.editorakazua.net/academico/semiotica-desordem-e-incertezas-vol-1-de-alexandre-rocha-da-silva-regiane-m-de-o-nakagawa-lisete-dias-de-oliveira-orgs), 2018
O reposicionamento pós-humanista busca demonstrar como a co-presença evolucionária de outros seres — técnicos e animais — potencializa outras compreensões sobre o humano. Esse é o posicionamento base para a compreensão do anime japonês como uma máquina, tal qual se apresenta na teoria de Thomas Lamarre (2009) em conjunto às teorizações de Gilbert Simondon, Félix Guattari e Gilles Deleuze. Nesse artigo, iremos analisar três aspectos constitutivos da animação — intervalo, perspectiva e composição — na segunda animação Evangerion Shin Gekijōban: Ha da tetralogia Evangerion Shin Gekijōban (Rebuild of Evangelion). Nossa hipótese é demonstrar como a máquina anímica poderia permitir uma heterogênese pós-humana através da dobra comunicacional do intervalo anímico.
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