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2019, ENOMEMÓRIAS & ENOTURISMO: OS TERRITÓRIOS CULTURAIS DO VINHO
Resumo: Neste estudo abordamos a construção da paisagem vinhateira, assim como os métodos e técnicas de produção e conservação do vinho desenvolvidas no senhorio monástico alcobacense ao longo do século XVIII. Os cistercienses são indissociáveis da expansão da vinha, assim como do aperfeiçoamento do vinho, produto indispensável na cerimónia eucarística e como reforço da dieta alimentar do cenóbio. A vantagem da longa duração e do cruzamento de saberes e descobertas entre a rede de mosteiros permitiu a estes monges "agrónomos" criar vinhos de excelência elogiados, em particular, pelos viajantes do Grand Tour setecentista. Tratamos neste trabalho da localização preferencial das vinhas, dos critérios, mobilizações e defesos aplicados à cultura, das técnicas de produção dos vários tipos de vinho, da capacidade de armazenamento e envelhecimento deste produto relevando a sua importância no agrossistema dominial cisterciense.
Turismo - Visão e Ação, 2017
No contexto organizacional das vinícolas, o enoturismo envolve a entrada dessas empresas no setor terciário da economia, por meio de um conjunto de serviços e atividades turísticas. Este estudo baseia-se na abordagem de capacidades dinâmicas ao propor que as vinícolas propositadamente criam, ampliam e modificam os seus processos, construindo e utilizando capacidades dinâmicas-chave para desenvolver o enoturismo na sua unidade de negócio. Formularam-se dois objetivos para este estudo. O primeiro objetivo é compreender em que medida os níveis de capacidades dinâmicas contribuem para o desenvolvimento do enoturismo nas vinícolas. O segundo objetivo é analisar os efeitos do desenvolvimento do enoturismo no desempenho organizacional. A abordagem Partial Least Squares (PLS), o Modelo de Equações Estruturais (SEM) e os dados de uma pesquisa quantitativa são aplicados nas vinícolas da região do Alentejo, Portugal. Este estudo mostra os indutores das capacidades dinâmicas sobre o comportamento das vinícolas para desenvolver o enoturismo e o efeito do enoturismo no desempenho organizacional. O resultado mostra que as vinícolas renovam e alargam as suas capacidades operacionais. Um conjunto de novas capacidades-chave (detectar, aprender, integrar, coordenar e reconfigurar) contribuem simultaneamente, e de forma diferente, para o desenvolvimento do enoturismo. Além disso, o desenvolvimento do enoturismo tem impacto positivo no desempenho das vinícolas.
REVISTA TURISMO - VISÃO E AÇÃO - ELETRÔNICA, 2017
RESUMO: No contexto organizacional das vinícolas, o enoturismo envolve a entrada dessas empresas no setor terciário da economia, por meio de um conjunto de serviços e atividades turísticas. Este estudo baseia-se na abordagem de capacidades dinâmicas ao propor que as vinícolas propositadamente criam, ampliam e modificam os seus processos, construindo e utilizando capacidades dinâmicas-chave para desenvolver o enoturismo na sua unidade de negócio. Formularam-se dois objetivos para este estudo. O primeiro objetivo é compreender em que medida os níveis de capacidades dinâmicas contribuem para o desenvolvimento do enoturismo nas vinícolas. O segundo objetivo é analisar os efeitos do desenvolvimento do enoturismo no desempenho organizacional. A abordagem Partial Least Squares (PLS), o Modelo de Equações Estruturais (SEM) e os dados de uma pesquisa quantitativa são aplicados nas vinícolas da região do Alentejo, Portugal. Este estudo mostra os indutores das capacidades dinâmicas sobre o comportamento das vinícolas para desenvolver o enoturismo e o efeito do enoturismo no desempenho organizacional. O resultado mostra que as vinícolas renovam e alargam as suas capacidades operacionais. Um conjunto de novas capacidades-chave (detectar, aprender, integrar, coordenar e reconfigurar) contribuem simultaneamente, e de forma diferente, para o desenvolvimento do enoturismo. Além disso, o desenvolvimento do enoturismo tem impacto positivo no desempenho das vinícolas.
Enoturismo Os Territórios Culturais do Vinho COLÓQUIO INTERNACIONAL A PAISAGEM E O PATRIMÓNIO SECULAR DO VINHO OS VINHOS HISTÓRICOS MUSEU DO VINHO DE ALCOBAÇA 9 de novembro 2019 | 10:00h ORGANIZAÇÃO PATROCÍNIO CIENTÍFICO APOIOS O colóquio visa debater a noção atual do território do vinho associado à sua memória secular, quer no que toca à sua identidade histórica, cultural, imaterial e material, cujos simbolismos têm vindo a evoluir com o passar do(s) tempo(s). Como se estabelece hoje essa fronteira entre o passado e o devir da memória vinhateira. De que falamos hoje, quando falamos do(s) património(s) histórico(s) do vinho? Proposta Temática Seguindo os processos mais clássicos ou adoptando a modernização, os vinhos históricos mantêm-se como um produto único enquanto representante da cultura secular do vinho. Ao longo dos tempos, a técnica de produzir vinho foi passada de geração em geração em alguns casos, de forma quase imutável. Não há apenas uma forma de fazer vinho, já que a produção varia consoante a tradição local. Esta condição confere uma dimensão territorial, paisagística e proto tecnológica, diferenciadora e posiciona-os como expressões potenciadoras de uma patrimonialização do vinho com um forte cunho identitário para as regiões. Nesta posição, encontramos em Portugal um rico lastro patrimonial: vinhos de Talha no Alentejo, o vinho Palhete de Vila de Frades, o Colares com as vinhas plantadas em chão de areia, o vinho de Enforcado na região dos vinhos verdes, o Verdelho nos Açores ou, finalmente, os vinhos de tradição monástica, como os de inspiração cistercienses de Alcobaça, Lamego ou Ourém. Respeitando as castas autóctones, bem como a arte e o engenho da tradição, por vezes quase primitivos, estão ainda ligados à qualificação e valorização, mesmo do ponto de vista económico, do produto. Importa descortinar então quais os requisitos elementares desse cunho valorativo histórico do vinho. Qual a sua real expressão e incidência no desenvolvimento do(s) território(s) vinhateiros em Portugal e no mundo. Perspectivas e realizações patrimoniais seculares na paisagem contemporânea do vinho.
Resumo Os processos de identificação cultural nos fazem escolher aquilo que queremos como memória, como identidade com o passado, aquilo que queremos preservar. Para tanto, como projetos identitários coletivos elegem-se os patrimônios. As últimas três décadas foram marcadas por um crescente debate em torno da questão da valorização dos diversos tipos de patrimônio cultural. Neste contexto, o vinho, através dos vinhedos e da paisagem que este constrói, das arquiteturas e dos monumentos ligados à ele, bem como suas formas de produção e consumo, coloca-se, através da proteção da UNESCO, como um patrimônio mundial. Abstract The processes of cultural identification make us choose what we want as memory, what we identity with in the past, and what we want to preserve. This is how we select our cultural heritage projects: as collective identity projects. The last three decades have been marked by a growing debate around the question of valuating the various types of cultural heritage. In this context, wine is considered as a world heritage phenomenon—through the vineyards and the landscape its production creates, the architecture and monuments linked to it, and its forms of production and consumption, through UNESCO's protection.
Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña (HALAC) revista de la Solcha
Este artigo discute sob o viés da história ambiental o enoturismo e a realização de vindimas que estão ocorrendo no século XXI no terroir Vinhos de Altitude, localizado na região do Planalto do estado de Santa Catarina, Brasil. Através de revisão da bibliografia tanto teórica quanto empírica, assim como aanálise de fontes sobre o tema – como matérias publicadas na imprensa, fotografias e material de marketing, sobretudo acerca da festa denominada “Vindima de Altitude” –, este trabalho busca ampliar o debate sobre o enoturismo. Entende-se um enoturismo que vai além da idealização e romantização do setor, buscando um diálogo entre pesquisadores de diversas áreas do conhecimento e reflexões críticas no campo das ciências humanas. Argumentamos que a grande oportunidade para a construção de um diferencial para o terroir Vinhos de Altitude passa pela inserção de práticas sustentáveis nos vinhedos e a responsabilidade socioambiental para com os habitantes e o meio ambiente da região.
2018
Série: ALIMENTAÇÃO E CULTURA Capítulo do Livro: Alimentação e Turismo: oferta e segmentos turísticos.
Revista Campo-Território
O estudo de questões envolvendo o rural traz à tona a complexidade inerente ao conceito e tratamento do tema, impondo uma cuidadosa observação de suas relações para uma efetiva compreensão. Nesse sentido, o uso das ruralidades como categoria de análise se torna uma ferramenta importante na compreensão do rural e suas questões. A partir da abordagem das ruralidades, o trabalho analisa os atores sociais que constituem o território dos "Vinhos da Campanha" e suas perspectivas de sustentabilidade. Assim, os atores sociais foram agrupados de acordo com alguns critérios - como, relação com a cultura e a terra, meios de produção e comercialização e origem do capital investido - resultando em três categorias: (1) a vitivinicultura corporativa, (2) os empreendedores e (3) os produtores independentes. Dessa maneira pode ser observado como a relação de grupos distintos com a vitivinicultura caracteriza novas ruralidades para a Campanha Gaúcha, configurando o território dos Vinhos da ...
Campo Territorio Revista De Geografia Agraria, 2013
O estudo de questões envolvendo o rural traz à tona a complexidade inerente ao conceito e tratamento do tema, impondo uma cuidadosa observação de suas relações para uma efetiva compreensão.Nesse sentido, o uso das ruralidades como categoria de análise se torna uma ferramenta importante na compreensão do rural e suas questões. A partir da abordagem das ruralidades,o trabalho analisa o casodo território dos "Vinhos da Campanha", propondo categorias para análise. Assim, os atores sociais foram agrupados de acordo com alguns critérios -como, relação com a cultura e a terra, meios de produção e comercialização e origem do capital investido -resultando em três categorias: (1) a vitivinicultura corporativa, (2) os empreendedores e (3) os produtores independentes. Dessa maneira pode ser observado como a relação de grupos distintos com a vitivinicultura caracteriza novas ruralidades para a Campanha Gaúcha, configurando o território dos Vinhos da Campanha. As novas ruralidades acabam por sintetizar outras formas de apropriação do espaço, novas territorialidades, agregando funcionalidades ao rural e trazendo novas oportunidades e desafios.
Anais do X Congresso Brasileiro de Turismo Rural , 2018
This article analyses the Harvest Event, annual celebration of the work of winegrower communities that acquires new meanings as part of the wine tourism calendar of wineries worldwide. It particularly discusses the ritual of grape harvesting and treading performed by tourists during the event that took place in 2017 at Araucária winery. Considering the concepts of authenticity, staged tradition and sensorial experience, it evaluates the relevance of those acts, as perceived by its participants.
Resumo O turista, cada vez mais informado, exigente e difícil de fidelizar, busca realizar diferentes atividades durante o seu tempo livre. Por outro lado, um dos segmentos turísticos que tem ganhado destaque por oferecer experiências diversificadas é o enoturismo. Galiza é uma das grandes regiões produtoras de vinho em Europa e que possui algumas das denominações de origem mais antigas de toda a península ibérica. Por fim, pela terceira vez consecutiva, a Rota dos Vinhos Rias Baixas-Galiza viu incrementado o seu número de visitantes com relação ao ano anterior. Desta forma, este artigo analisou essa rota sob a ótica do Sistema Interfuncional Integrado da Competitividade, que, baseado no diamante de Porter, trabalha as vantagens competitivas de um destino turístico. Realizou-se um estudo com método descritivo a cerca da realidade competitiva desse destino enoturístico. Nesta análise considera-se o setor turístico como um conglomerado de propriedades, como podem ser os fatores de produção, a natureza da demanda, a presença de setores correlatos, a estratégia, estrutura e rivalidade das empresas, neste caso, também destinos competidores. Encontramos que a RVRB possui vantagens frente aos seus competidores por adotar estratégias de desenvolvimento acertadas que envolvem todos os atributos determinantes para a competividade turística. O artigo está estruturado em 5 seções: a) Introdução; b) Estado da arte sobre o enoturismo; c) Revisão da teoria da competitividade; d) Apresentação e aplicação do SIIC no destino; e, e) Considerações finais. Pretende-se com o estudo prover este segmento estratégico de mais uma ferramenta que permita aos destinos melhorarem sua competitividade.
Cadernos de Geografia, 28/29, 2009
Falar da Viagem envolve hoje circunstâncias, processos e modos tão diversificados que se torna difícil uma análise integradora. Todavia, falar de viagem é, na verdade, falar de tudo, mesmo de estar parado; quer dizer, entre movimentos. De facto, se nas sociedades que nos precederam o estar num lugar era claramente dominante perante o estar em movimento, na sociedade contemporânea os movimentos são crescentemente importantes no tempo das pessoas. Uma das características que este aumento de mobilidade incutiu ao quotidiano das pessoas foi a sua sedentarização. Controverso ou talvez não, a sociedade atual promove e diversifica os movimentos das pessoas precisamente porque somos crescentemente sedentários. Todavia, na verdade, podemos ler às avessas esta relação e afirmar que, de facto, é a facilidade de movimento que nos oferece a possibilidade de, de modo acessível, regressarmos a um lugar de residência que nos liga a acessibilidades de proximidade. Usando os territórios do vinho far-se-á uma viagem que procura dar aos lugares de visitação o valor da pertença.
Resumo O presente estudo partiu da premissa que são ainda incipientes as pesquisas sobre o ecoturismo em articulação com as questões da cultura, em áreas protegidas no Estado do Rio de Janeiro. No sentido de contribuir para esta discussão, o foco da investigação proposta foi o mapeamento participativo do patrimônio natural e cultural na localidade de Vila Inhomirim/RJ, localizada no entorno do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ), voltado para a construção de roteiros ecoturísticos inclusivos. Neste contexto, o objetivo do artigo foi analisar os resultados da metodologia desenvolvida e interpretar os desafios e as oportunidades decorrentes desta escolha metodológica para utilizações futuras no caso das demais áreas protegidas no Estado. Nas oficinas realizadas, durante a fase de identificação dos atrativos culturais e naturais da região foi possível verificar que os moradores de Inhomirim passaram a perceber a riqueza e a importância histórica desta área protegida. Neste caso, o exercício desenvolvido por meio da proposta metodológica adotada contribuiu não somente para uma reflexão coletiva sobre as potencialidades locais mas, também para o resgate da autoestima dos moradores. Com isso, pode-se afirmar que a metodologia utilizada favoreceu a construção compartilhada de conhecimento e, também, uma via de diálogo entre a academia e os moradores deste parque nacional, essenciais no contexto atual de gestão social e uso público de áreas protegidas.
RESUMO: Este artigo aborda o enoturismo no Brasil, tendo como objetivo apresentar os polos enoturísticos, regiões vinícolas e o mercado de vinhos brasileiro. Trata-se de um estudo exploratório com base em pesquisa institucional e on-line, tendo como suporte a revisão da literatura que contempla as categorias mercado, regiões vinícolas e enoturismo. Os resultados encontrados permitem inferir que: o enoturismo no Brasil é ainda um mercado incipiente, embora apresente-se em expansão, apresentando produção de vinhos bem avaliados no mercado internacional. Constata-se que a distribuição das regiões vitivinícolas não está restrita apenas ao Sul do país e que há necessidade de profissionais qualificados para o segmento. Conclui-se que o enoturismo emerge no mercado com bastante possibilidade de fortalecer o mercado de vinhos pela atividade turística. Palavras-Chaves: Enoturismo, Vitivinicultura, Vinhos. RESUMEN: LAS CONTRIBUCIONES DEl MERCADO DEL VINO Y DEL TURISMO PARA EL FORTALECIMIENTO DEL TURISMO EN BRASIL En este artículo se analiza el enoturismo en Brasil, tiene como objetivo presentar los polos enoturísticos, regiones de vino y el mercado del vino brasileño. Se trata de un estudio exploratorio com la base en la investigación institucional y on-line, se apoya en la revisión bibliográfica que incluye las categorias: mercado, regiones vinícolas y enoturismo. Basado em los resultados que se han encontrado se puede deducir que: el turismo del vino en Brasil sigue siendo un mercado emergente, aunque se presente en expansión, teniendo la producción de vinos bien evaluada en el mercado internacional.Se constata, pues, que la distribución de las regiones vitivinícolas no se limitan al sur del país y que hay necesidad de profesionales cualificados para el segmento.Se concluye que el enturismo emerge en el mercado como oportunidad para fortalecer el mercado por el turismo. Palabras clave: Enoturismo, Viticultura, Vino. ABSTRACT: THE CONTRIBUTIONS OF THE WINE MARKET AND THE WINE TOURISM FOR STRENGTHENING OF TOURISM IN BRAZIL. This article discusses the wine tourism in Brazil, aiming to present the enoturísticos poles, wine regions and the Brazilian wine market. This is an exploratory study based on institutional research and online, supported by the literature review which includes the categories market, wine regions and wine tourism. It was possible to infer that: the wine tourism in Brazil is still an emerging market, although present in expansion, with production-rated wines in the international market. It appears that the distribution of the wine regions is not restricted to the south of the country and that there is need for qualified professionals to the industry. It follows that wine tourism emerges in the market with very possibility of strengthening the market for wine tourism. Keywords: Wine tourism, Viticulture, Wine.
Para Onde!?, 2022
A vitivinicultura no Brasil já é uma realidade dada sua expansão e seu reconhecimento na produção de vinhos finos. A Indicação Geográfica (Indicação de Procedência, Denominação de Origem) obtidas em diversos territórios vitivinícolas brasileiros consolidou a importância dessa produção. No que tange a vitivinicultura, foi um processo construído pelo sentimento identitário dos imigrantes que chegaram ao Brasil, mais precisamente no Rio Grande do Sul, no século XIX. A expansão das áreas de produção em todo o território nacional vem ocorrendo com produção de qualidade e com competitividade em relação à produção vinícola internacional. Nesse sentido, busca-se entender a expressão da vitivinicultura como forma de preservar a memória, a cultura e o patrimônio do vinho no Brasil.
O amendoinzeiro (Arachishypogaea L.) é uma planta originária da América do Sul e uma das principais oleaginosas do mundo. Segundo a FAO (2012) a China é o maior produtor mundial com 15.709.036 t.ano -1 e o Brasil ocupa a 20ª posição com 230.449 t.ano -1
2013
A cultura das sociedades se manifesta na dimensão espacial de várias formas, se concretizando nas mais diversas características de uma paisagem, bem como na própria maneira do homem se relacionar entre si e como o meio natural. Como um dos componentes da paisagem, o relevo se constitui como elemento muito importante na dimensão ambiental e social, se encontrando de forma totalmente relacionada ao meio social já que as sociedades estão firmadas e desenvolvem suas atividades sobre ele. Desta maneira, este trabalho baseia-se na importância de resgatar o conhecimento de comunidades locais e de encontrar caminhos alternativos para alcançar um maior equilíbrio geoambiental, além de formas de gestão e uso do solo, mais condizentes com as realidades locais. O principal objetivo é resgatar o conhecimento das comunidades locais sertanejas, sobre o relevo e seus processos esculturadores, visto a intima relação que essas comunidades exercem com a paisagem local e o relevo do lugar a qual pertencem. A área de estudo foi o Distrito de Ponta da Serra, localizado no município de Crato, sendo este integrante da Região do Cariri, porção sul do estado do Ceará. Assim, para que pudesse ser efetivado, este trabalho passou por várias etapas, desde o levantamento bibliográfico, a produção cartográfica, a elaboração e aplicação de entrevistas, até a análise dos dados coletados em campo, seguidos da correlação entre conhecimento tradicional e conhecimento técnico – científico. Por meio da execução dessa pesquisa, pôdese perceber a riqueza do etnoconhecimento que o agricultor sertanejo possui, visto por meio das taxonomias e maneiras características de se expressar, e que, apesar de não se tratarem de algo construído cientificamente, mas sim culturalmente é da mesma forma, dotado de uma lógica impressionante.
2010
Partindo-se da compreensão que o turismo é uma atividade de grande crescimento em todo o mundo, é possível observar seus impactos nos locais onde se tem desenvolvido d99e forma desordenada e sem uma gestão sustentável. Neste caso podemos ver o turismo de massa, geralmente caracterizado pela ampla divulgação e pouca preocupação com infra-estrutura, acolhimento dos turistas, proteção dos meios natural e cultural e resultados para a população local. Ao contrário deste, alguns segmentos turísticos pelos seus próprios objetivos e perfis dos turistas podem gerar benefícios de forma sustentável para o núcleo receptor. Como exemplo pode-se citar o enoturismo. Uma atividade relacionada ao vinho e que está diretamente ligada ao modo de produção local, ao conhecimento da forma como vivem as pessoas que trabalham nos locais. Pode-se destacar que um dos principais objetivos do enoturista é ver e vivenciar a realidade local. Por isso, o enoturismo pode ser um exemplo do turismo de experiência, ao...
10° Ecoinovar, 2021
Portugal, um dos países mais conhecidos pela produção vinícola, tem investido em ações para estimular o enoturismo. As quintas, e, entre elas, a Casa de Sezim foi escolhida como objeto de estudo, pois alia a produção de vinhos ao patrimônio cultural composto por construções, tradições nos modos de vitivinicultura. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é discutir a contribuição do enoturismo na Quinta de Sezim para a preservação do patrimônio cultural. A pesquisa consistiu no levantamento bibliográfico, documental e entrevista com o gestor da Quinta, além de uma visita in loco. A Quinta que existe desde 1360 desenvolve o turismo do vinho há mais de 25 anos e os fatores mais importantes para a atração de hóspedes são os aspectos culturais como a preservação do prédio, o resgate das tradições, o acervo de ferramentas e a história do local que é extremamente valorizada pelos hóspedes e fator determinante na satisfação e na intenção de voltar a se hospedar. Esse é reforçado na resposta do entrevistado quando afirma que os principais fatores que contribuem para o enoturismo, na região de Guimarães, são o patrimônio cultural e a notoriedade dos vinhos. Destaca-se que o entrevistado considera que o enoturismo depende fortemente da preservação do patrimônio da Casa, mas ao mesmo tempo, a atividade turística financia e incentiva a preservação dos aspectos materiais e imateriais.
Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, 2017
Propósito justificado do tema: O território de Boticas (Norte Portugal), embora de baixa densidade populacional é visto como um espaço de valorização do património cultural, ao integrar de forma harmoniosa o seu ecossistema de enoturismo através de várias dinâmicas potenciadoras dos recursos endógenos, resultando num reforço da identidade e singularidade culturais. Objetivo: O objectivo deste trabalho é mostrar o “vinho dos mortos” como uma tradição vitivinícola peculiar e um símbolo da astúcia e sobrevivência do povo de Boticas, tendo surgido no período da 2ª Invasão Francesa (1808). O seu nome resultou do facto do vinho ter sido enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares para salvaguardar o património do saque dos soldados franceses. Design/Metodologia e abordagem: No estudo foram utilizadas duas metodologias qualitativas: MatrizPCI (Matriz Património Cultural Imaterial) para inventariação dos recursos endógenos, seguindo as orientações da UNESCO quan...
Turismo - Visão e Ação, 2016
Três elementos do desenvolvimento local se destacam a partir do turismo: a sociedade, o ambiente e a economia. Estes elementos são integrados e se reforçam mutuamente, em contextos nos quais a diversidade social e cultural e a diferenciação produtiva são utilizadas como recursos potenciadores de transformações e de desenvolvimento local. A região do Vale dos Vinhedos (Brasil) transformou-se no mais importante parque vitícola e enológico do País, além de produtora de vinhos destaca-se como destino enoturístico. Este estudo caracteriza-se como um estudo de caso exploratório-descritivo, de caráter qualitativo, constitui-se em uma análise exploratória feita à luz do conceito de desenvolvimento territorial. Desta análise, foram formuladas novas questões de pesquisa que visam ao atendimento das novas demandas que vêm desafiando a região. Buscou-se analisar o desenvolvimento territorial do Vale dos Vinhedos, vinculando os conceitos de território e de recursos territoriais ao modelo de cicl...
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