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2017, Perspectivas. Revista de Filosofia da UFT
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A Filosofia Política de Arendt afunda raízes no pensamento existencial de Heidegger e Jaspers. Este trabalho tenta mostrar a apropriação crítica que Arendt faz dos seus mestres, salientando a aproximação e o distanciamento do pensamento arendtiano em relação à filosofia existencial na formação de sua original filosofia política.
Revista Dialectus, 2018
Resumo: A obra de Hannah Arendt tem uma forte presença hegeliana, seja em virtude de convergências temáticas, seja em virtude de divergências fundamentais do ponto de vista metodológico, ontológico e político. Salvaguardadas as diferenças de detalhe no tratamento dessas questões, as convergências temáticas fazem-se notar na distinção entre social e político e no lugar que a singularidade ocupa nas suas teorias políticas. A sua divergência fundamental diz respeito à filosofia da história, à noção de temporalidade que lhe está associada e às suas consequências para a relação entre necessidade, contingência e liberdade, bem como à noção de Progresso. O texto que aqui se apresenta procura contribuir para a clarificação desta divergência, argumentando que nela se constitui o eixo sobre o qual se articula a cisão entre os dois pensamentos. Abstract: Hannah Arendt's work contains a strong Hegelian presence both in virtue of their thematic convergence and their basic divergences from a methodological, ontological and political viewpoint. Differences regarding the detailed treatment of those issues notwithstanding, the thematic convergences are particularly evident vis-à-vis the distinction between the social and the political, as well as the place attributed to singularity in their political theories. Their basic divergence regards the philosophy of history, the notion of time related to it and its consequences for the relation between necessity, contingency and freedom, as well as the notion of Progress. This paper intends to contribute to the clarification of this divergence, arguing that it constitutes the point of articulation of the schism between both thoughts.
Philósophos - Revista de Filosofia, 2007
RESUMO: Nossa intenção é explicitar a noção de juízo em Hannah Arendt, partindo da legitimidade como contexto de problematização e tomando a finitude humana como horizonte de tematização. Nosso principal argumento é o de que em Arendt o juízo é concebido como político e o gosto é o modelo do seu modus operandi. Essa concepção é fruto da recepção arendtiana da Terceira Crítica, a Crítica da Faculdade do Juízo, de Kant. Assim, a partir da ligação de juízo a gosto, apresentaremos as seguintes dimensões do juízo: intersubjetiva, autônoma e compreensiva.
Pólemos - UnB, 2019
RESUMO: O texto desenvolvido pretende evidenciar e examinar a influência de Martin Heidegger (1889-1976) no pensamento filosófico de Albert Camus (1913-1960), e com isso sugerir uma proximidade notadamente entre a concepção heideggeriana de angústia e a perspectiva camusiana acerca do absurdo, destacando ao cabo suas pertinentes diferenças. Para tanto, examina-se ambos os conceitos respectivamente no tratado de Ser e Tempo (publicado em 1927) e no ensaio filosófico O Mito de Sísifo (publicado em 1942). Neste sentido, os pontos de maior aproximação, de modo geral, recaem nos temas: condição humana, estranheza ou “estrangeiridade” e, sobretudo, existência autêntica. Oportuniza-se, com essa comparação, uma via que enriquece ainda mais o âmbito filosófico que há no pensamento camusiano. PALAVRAS-CHAVE: Heidegger e Camus. Angústia. Absurdo. Condição Humana. Ser e Tempo.
RESUMO O conceito de ação desenvolvida por Arendt em sua obra A condição humana, é um dos conceitos centrais do seu pensamento político. A proposta deste texto é discutir esse conceito a partir das suas características fundamentais, a saber, a imprevisibilidade e a irreversibilidade. Palavras–chave: Ação. Homem. Pluralidade. Política. ABSTRACT The concept of action developed by Arendt in his work The human condition is one of the central concepts of his political thought. The purpose of this paper is to discuss this concept from its fundamental characteristics, namely the unpredictability and irreversibility. keywords: Action. Man. Plurality. Policy. Se com Platão houve a estruturação de uma filosofia que pensa a ética a partir da ideia reguladora de Bem, rumo a qual tanto a reflexão filosófica quanto a vida política tendem a convergir, graças a Aristóteles a contingência do mundo fora posta como assunto para a ética. No entanto, se a ética aristotélica representou um avanço em relação ao platonismo, não tivemos o mesmo cenário ao longo de todo o medievo. O mundo, composto pelas vivências cotidianas, esteve excluído dos ditames da ética, ao passo que a figura de um Deus Criador, em relação ao qual definimos nosso estatuto de subjetividade com ens creatum, passou a ocupar o posto que antes era conferido à ideia do Sumo Bem. Embora este modelo tenha se sustentado sobretudo no seio do cristianismo, notamos aqui certo distanciamento das fontes primitivas da experiência cristã, a partir das quais de algum modo Paulo já havia exposto a fragilidade do controle que temos sobre nossa conduta, ou seja, a imprevisibilidade de nossos atos: " pois o que faço, muitas vezes, não é o bem que desejo, mas o mal que não quero " (Rm 7,19).
RESUMO: Esse trabalho tem como escopo analisar os diferentes modos pelos quais Heidegger e Hans Jonas direcionaram suas críticas à modernidade a partir da relação entre dois elementos centrais: a ciência moderna e a técnica. Heidegger pensa a modernidade e e suas características a partir de seu projeto maior, o da pergunta pelo sentido do Ser e seus modos epocais de ocultamento e desocultamento. Jonas, por sua vez, tematiza a união entre técnica e ciência como um fator novo e " revolucionário " em relação às épocas anteriores, pois as mudanças trazidas não só alteram a compreensão de mundo a partir do século XVII, mas também o modo de vida e pensamento. Hans Jonas analisa a modernidade a partir das consequências da ação humana. É nesse sentido que rompe com Heidegger, pois encontra na filosofia do autor de Ser e Tempo um vácuo ético e, além disso, uma interpretação da natureza em continuidade com a compreensão moderna. A relação entre Heidegger e Jonas em torno da modernidade passa, assim, pelo enfoque que o último dá à marca própria dos nossos tempos, o niilismo, no qual o maior dos poderes se une ao maior dos vazios, a maior das capacidades, ao menor dos saberes sobre como utilizar tal capacidade. ABSTRACT: The scope of our work is to analyze the different means through which Heidegger and Hans Jonas have driven their critiques at modernity based on central elements of modern thought indicated by both authors, namely, modern science and technics. Heidegger thinks on modernity and what characterizes it according to its greater project, the questioning for the meaning of being and according to its epochal modes of concealing and revealing. Jonas, in turn, thematizes the union between technique and science as a new and revolutionary fact in comparison to previous epochs, and that happens because not only did the consequent changes alter our comprehension of the world after 16th century, but also altered our way of living and thinking. Hans Jonas thinks about modernity from the consequences of human acts. It is in this sense that he detaches from Heidegger, for he finds in the philosophy of the author of Being and Time an ethical void and also an interpretation of nature that follows modern comprehension. To summarize, we intend to outline some considerations on modernity based on Heidegger and Jonas " s critiques, mainly on the focus the latter gives to the fact that in modernity we shiver in the nakedness of a nihilism in which near-omnipotence is paired with near-emptiness, greatest capacity with knowing least for what ends to use it.
Resumo: O objetivo do presente artigo é analisar a temática do amor especificamente cristão nas Obras do amor de Kierkegaard em comparação com a temática da bondade tratada por Hannah Arendt na Condição humana. O primeiro tipo de amor, diferentemente do amor grego, que se calcava na afinidade, parece não mais eleger e a figura do próximo – que não possui necessariamente nenhum tipo de beleza ou virtude – torna-se sua base devido ao imperativo do dever de amar. Já o conceito de bondade parece igualmente baseado nos cristianismo e, no entender, da filósofa alemã, se constitui num entrave para a vida pública e parece fortemente se opor à tradição política. Nesse sentido, nosso intuito é aqui pontuar estas duas concepções e observar criticamente as teses dos dois pensadores, averiguando o quanto elas dialogam entre si e em que ponto se confrontam. Abstract: The aim of this paper is to analyze the theme of love specifically Christian in the Kierkegaard´s Works of Love compared with the themes of kindness addressed by Hannah Arendt on Human Condition. The first type of love, unlike the Greek love, which is wedged in affinity does not seem to elect more and figure the next-not necessarily having any kind of beauty or virtue-becomes its base due to the imperative duty to love. Already the concept of goodness also seems based on Christianity and, in the opinion of the German philosopher, constitutes an obstacle to public life and seems strongly oppose political tradition. In this sense, our aim here is to score these two concepts and to critically observe the theses of the two thinkers, checking how they interact with each other and at what point they face.
n RESUMO: O artigo investiga a relação entre os conceitos de medo, angústia, nada e morte na filosofia da existência de Heidegger. Pretende-se apontar para o papel destes fenômenos existenciais na passagem do ser-aí desde a inautenti-cidade para a autenticidade de seu ser. n PALAVRAS-CHAVE: Heidegger; existencialismo; filosofia; ética. Neste artigo pretende-se examinar os conceitos de angústia, de nada e de morte na analítica da existência de Heidegger, na medida em que estes três conceitos ocupam um papel estratégico na proposta de Heideg-ger, em Ser e tempo, de novamente colocar a questão do sentido do ser, sob o fundo do esquecimento do ser provocado por toda a metafísica oci-dental. Para tanto, o desenvolvimento do artigo segue o seguinte cami-nho: 1) inicialmente pretende-se comentar a proposta de Heidegger de uma filosofia da existência, ressaltando seus principais momentos, para, a seguir, 2) situar, no interior da analítica da existência, os temas da angústia, do nada e da morte. Quando se pretende examinar a filosofia de Heidegger como filoso-fia da existência, o que significa tratar da primeira filosofia de Heideg-ger, exposta principalmente em Ser e tempo, do ano de 1927, logo nos defrontamos com um problema, pois o filósofo negou em vários momen-tos que sua preocupação exclusiva fosse a existência. Na Carta sobre o
Cadernos Arendt, 2020
RESUMO: Objetiva-se discorrer sobre as motivações que levaram Hannah Arendt a voltar sua atenção às atividades da vida contemplativa. Toma-se como justificativa a estranheza que causou a alguns o interesse de Arendt pelas atividades do espírito. Tal questionamento partiu da compreensão de que o voltar a atenção às atividades do espírito parece avesso a quem sempre fez questão de excluir-se do rol dos filósofos. Soma-se ao objetivo acima apresentar os traços característicos das atividades espirituais no sentido de compreender que tais características são inerentes às atividades do espírito, à própria experiência do pensar, do querer e do julgar e não significam desprezo pelo mundo ou desqualificação das atividades da vida ativa. O artigo estabelece como hipótese que uma investigação mais atenta da obra de Hannah Arendt permite comprovar que a filósofa não caíra em contradição, tampouco fora levada a reconhecer como verdadeiro o que negara anteriormente. Trata-se de pesquisa bibliográfica assentada na análise e compreensão do texto de Hannah Arendt A vida do espírito e da biografia de Arendt escrita por Elisabeth Young-Bruehl Por amor ao mundo: a vida e a obra de Hannah Arendt. Concluiu-se que a investigação acerca da vida contemplativa da condição humana realizada por Arendt não constitui uma ruptura com aquilo que a filósofa defendeu anteriormente em sua obra, mas aponta para o caminho de compreensão do ser humano em suas dimensões ativa e contemplativa. Deste modo, a obra A vida do espírito consolida a proposta, sempre presente, de Arendt de investigar os dois modos de vida que compõem a condição humana, a vida ativa e a vida contemplativa, apresentando não uma distância intransponível entre elas, mas um imbricamento fundamental.
"Quem sou eu para julgar?" - Diálogos com Hannah Arendt, 2020
Introdução Nos últimos meses, marcados pela pandemia da Covid-19, um clichê tomou de assalto o espaço público, condicionando o modo como falamos e compreendemos a nossa situação existencial atual. O clichê a que me refiro é a expressão "novo normal", a qual, na minha perspectiva, procura descrever aquilo que é, a diferentes níveis, um acontecimento sem precedentes, subsumindo-o a precedentes. A minha proposta é que a constante repetição dessa frase-feita indica, de certo modo, o fato de não pretender comunicar nada, de ser desprovida de sentido. A sua função será dual: 1. Por um lado, constituir uma barreira discursiva que nos impede de lidar direta e politicamente com a situação atual e com aquilo que ela tornou manifesto de um modo radical, tendo em vista a ameaça existencial que traz consigo. 2. Por outro lado, a de preservar o status quo e as suas estruturas de dominação político-econômica. Assim, proponho-me apresentar uma leitura crítica da expressão "novo normal", com base numa curta análise de alguns elementos do pensamento de Hannah Arendt. Quero começar por dizer, para evitar mal-entendidos, que uma leitura crítica não equivale, obviamente, a uma negação da pandemia e muito menos dos seus efeitos. O princípio Responsabilidade, de Hans Jonas , parece-me um bom referencial a este respeito: considerando a disparidade insuperável entre os limites do pronunciamento das ciências e a potencial projeção para o infinito das 1 Artigo com base no texto apresentado no evento "Quem sou eu para julgar?"-Ciclo de Palestras sobre Hannah Arendt, 7-9 outubro 2020, PUCRS (via Zoom).
Heidegger and leibniz-the openness of the concept of monad abstract: This paper handles the heideggerian reflection on the concept of monad in Leibniz and its determinations. The comments that Heidegger does about the being from the leibnizian thought promotes a fundamental openness of the monad, bringing with it, among other consequences, the perspectivism and the idea of the beings as pulsion. The monad's ontological limitation and its capacity to move from itself result in a notion of representation and delimitate the beings's contours. The aim of this discussion is to demonstrate the possibilities of comprehension of the conception of monad taking as starting point Heidegger's reflections in 'From the last Marburg lecture course'.
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REVISTA REFLEXÕES, 2022
Vásquez Rocca, Adolfo, “Peter Sloterdijk: Tremores de ar, atmoterrorismo e crepúsculo da imunidade”, En SABERES, Revista Interdisciplinar de Filosofia e Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Brasil, Vol.. 2, Nº .3, dezembro 2009, 2009
Revista Aproximação - UFRJ, 2019
História Questões & Debates, 2007
XLV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, 2017