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2018, Organizado por Cíntia Sanmartin Fernandes e Micael Herschmann. – Porto Alegre: Sulina, 2018. 455 p. ISBN: 978-85-205-0812-1
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Esta coletânea reúne especialistas brasileiros e estrangeiros que fazem parte de uma extensa rede de pesquisadores que vem intercambiando regularmente através não só de eventos nacionais (tais como Compós, Intercom e/ou Comúsica) e internacionais (como,por exemplo, IASPM e ALAIC), mas também por meio de investigações interinstitucionais de grande relevo – poder-se-iam mencionar os projetos de pesquisa intitulados “Cartografias do Urbano na Cultura Musical e Audiovisual” (que foi coordenado por Simone Pereira de Sá, com apoio PROCAD/Capes); “Cultures of The Urban Night” (que foi coordenado por Will Straw e Jeder Janotti Junior e apoiado pelo Canada-Latin America and Caribbean Research Exchanges); a investigação “Creative Industries, Cities and Popular Music Scenes” (a qual foi coordenada por Adriana Amaral, com apoio da Capes); ou ainda, o projeto “Cartografias Sensíveis das Cidades Musicais” (que está sendo coordenado por Micael Herschmann e Cíntia S. Fernandes) –, os quais vêm priorizando direta e indiretamente, nas suas respectivas agendas de estudos, o binômio Música & Cidade. Esta coletânea, assim como outras organizadas na última década pelos membros desta rede – tais como os volumes intitulados Rumos da Cultura da Música (Sá, 2010), Nas bordas e fora do mainstream musical (Herschmann, 2011) e Cenas Musicais (Janotti Jr. e Sá, 2013) –, dedicou-se a tratar de temáticas desafiadoras e fundamentais, as quais se constituem, de certo modo, em “nós górdios”, os quais vêm dificultando o processo de produção de conhecimento neste campo de estudos.
Logos
A partir dos estudos de caso das cidades de Rio das Ostras, Conservatória e Rio de Janeiro, vem se avaliando a importância das atividades musicais realizadas ao vivo e nos espaços públicos e privados pelos atores para a ressignificação destas urbes do Estado do Rio de Janeiro. Parte-se do pressuposto de que há uma cultura musical potente nestas localidades, praticada por diversos atores capaz de criar condições não só para a ampliação da sociabilidade, mas também para a ressignificação inovadora das dinâmicas dessas urbes. Um pouco distinto da noção de “cidades musicais” (como modalidade de “cidade criativa” tal como foi formulada pela UNESCO), emprega-se este conceito para designar localidades que possuem “territorialidades sônico-musicais” significativas que vêm promovendo expressivas modificações no imaginário e cotidiano urbano.
ECOS URBANOS A Cidade e suas Articulações Midiáticas, 2008
Ecos Urbanos.pmd 12/2/2009, 14:01 13 * Dedico este artigo a Antônio Bezerra Baltar, meu avô, engenheiro e urbanista. Ao preparar o presente texto, encontrei com prazer e saudade a tese escrita por ele em 1951, na qual traçava as diretrizes para o planejamento urbano de Recife, ressaltando a importância de um pensamento regional para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes da cidade.
A música popular brasileira é uma fonte riquíssima de representação das nossas cidades. Com foco neste pressuposto, este artigo trata de parte de uma pesquisa científica na qual se entende a cidade como produto social, onde a música popular é um dos meios que representa sua lógica e dinâmica. Por intermédio de canções do cotidiano, pretende-se investigar conflitos urbanos, as relações sociais estabelecidas na cidade, as relações de conflito com o espaço e com a produção e disputa do mesmo. O propósito principal da pesquisa em curso é identificar conflitos urbanos representados por intermédio de exemplares de canções da música popular brasileira. Especificamente neste artigo, o objetivo é apresentar a metodologia empregada para analisar as canções selecionadas, aplicando-a em dois estudos de caso e discutir o resultado desta análise. Esta análise tem como intenção a identificação de quais elementos musicais são utilizados para descrever um conflito urbano e como o compositor articula estes elementos para que tenha um efeito sobre o tema. Neste artigo, são analisadas: a) a música Lamento Sertanejo de Gilberto Gil, em articulação com o tema migração no Brasil dos anos 70; b) a música Malabaristas do Sinal Vermelho de João Bosco, em articulação com o tema cidade partida e segregação sócio-espacial. Com este artigo, pretende-se contribuir com a produção do conhecimento sobre conflitos urbanos e sua representação pela música popular brasileira, como também para pesquisas interdisciplinares que tematizam a cidade.
Dança, cidade-território e circulação como política pública – 1997 a 2007, 2007
This text presents a critique of the Funarte public notice for investments in caravans of regional circulation in Brazil, during the decade from 1997 to 2007.
É reconhecida na cidade contemporânea uma dispersão urbana e uma falta de sentido “humano”, esta aparece dividida entre o que são as áreas formais e as áreas informais resultando num limite que estimula a exclusão social. Neste limite, surge espaço público, o espaço entre e que congrega os opostos. Na procura de uma humanização da cidade e diluição dos limites delineados considera-se necessária, tal como Jorge Jáuregui aponta, a existência de estratégias de intervenção que conciliem as necessidades e interesses locais e da cidade a fim de uma cidade contemporânea conectada, como Aldo Van Eyck defende “(…) a cidade como uma grande casa (…)”. A música é considerada como uma possível ferramenta de intervenção na cidade com qualidades sociais e urbanas. As suas qualidades sociais são reconhecidas já desde Platão e Aristóteles pelo seu poder de formação e transformação do indivíduo e utilizadas em projetos inseridos em comunidades desfavorecidas que beneficiam do poder da música e da educação musical a fim de se conseguirem resultados a nível social, podendo-se considerar um novo paradigma da educação musical, as “orquestras de rua”. Quanto às suas qualidades urbanas, é defendido que a música é uma importante ferramenta para a criação de “lugar”, promovendo a interação social e diferentes perceções do espaço, qualidades reconhecidas em projetos de arquitetura de intervenção que utilizam a música como ferramenta de revitalização e regeneração de espaços da cidade. Procura-se uma possível articulação destas qualidades a fim de estas se beneficiarem mutuamente e de “a cidade ser uma grande casa”. It is recognized in the contemporary city a urban dispersion and a lack of “human” meaning, the city is divided between the formal and the informal areas resulting in a borderline that stimulates the social exclusion. In this borderline line, comes public space, the space between and that brings together the opposites. In order to the humanization and the thinning of the limits is considered necessary, as Jorge Jáuregui points, a existence of intervention strategies that balance the local and city needs and interests for a connected contemporary city, as Aldo Van Eyck says “(…) a city like a large house (…). Music is considered a possible tool of intervention in the city, with social and urban qualities. Its social qualities are recognized since Plato and Aristotle for its power of formation and transformation of the individual and used in projects placed in deprived communities that benefit from the power of music and musical education in order to achieve social outcomes, turning possible to be considered a new paradigm of music education, the “street orchestras”. Referring to its urban qualities, it is argued that music is an important tool to the creation of “place”, promoting social interaction and different perceptions of space, qualities recognized in intervention architecture projects that use music as a tool for the revitalization and regeneration of city spaces. A possibility of articulation of these qualities could benefit each other and turn the “(…) city like a large house (…)”.
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Um abraço caloroso a geógrafa Luciana Borges pelo seu sempre positivo coleguismo e receptividade com todos ao seu entorno. Aos bons, agradáveis e importantes colegas de trabalho que integram ou integravam o grupo de pesquisa do qual faço parte, Marina Regitz Montenegro, Flávia
(...) Por isso falo da surdez das ciências sociais e da necessidade da sua exposição à música. Ao contrário dos tempos clássicos do quadrivium, a música hoje não é ciência. Mas tem um ritmo, uma harmonia e uma melodia muito próprios que fazem a cidade soar. A cidade da música excessiva grita e silencia, ao mesmo tempo. Esse é o verdadeiro espetáculo musical da cidade contemporânea, feito de uma relação muito complexa com os silêncios. Essa é a musicalidade única da cidade dos nossos dias. Saibamos escutá-la.
iv v Agradecimentos Ao meu orientador, o professor Carlos Fortuna, um agradecimento sincero pelos desafios lançados, pela troca e discussão de ideias e pelo constante acompanhamento no decorrer destes meses. À minha maravilhosa mãe, agradeço o apoio, o amor incondicional, as sábias palavras e os conselhos oportunos nos piores e nos melhores momentos da minha vida. Ao meu pai e aos meus avós, reconheço, do fundo do coração, o amor, o apoio, a generosidade e o incentivo dado ao longo da vida. Ao João, pelo amor, apoio e compreensão, por todos os valiosos momentos. À Lígia, pela amizade incessante, pelas horas de pacientes conversas e de motivação, pelo apoio incondicional. À Carolina, pela amizade, dedicação e apreço e pela confiança, sempre presente e motivadora. À Mariana, pela amizade e acompanhamento, um especial agradecimento pelo tempo despendido na concretização da imagem da dissertação. À Nocas, pela troca de ideias, pela ajuda na construção deste trabalho e pelos momentos de apoio e descontração. À Su, à Martinha, à Catarina, ao João, ao Rui, ao Luzio, ao Santiago, ao Mendes, ao Barreira e a todos os meus amigos do coração pelo apoio, amizade e convívio que tornaram estes meses muito mais descontraídos e valiosos, preenchidos com palavras de amizade e motivação. À Rádio Universidade de Coimbra, uma segunda família, onde encontrei pontos essenciais para a minha formação e onde tive a oportunidade de construir o arquivo sonoro que apresento nesta dissertação. Ao Luís Antero, um sincero obrigada pelas conversas valiosas e por todo o apoio que me prestou na recolha e cedência do material sonoro. Ao Dinis Alves, à Cristina Leal, ao José Mário Albino (em representação da ACAPO de Coimbra) por terem aceitado conversar durante largos minutos sobre o som e a cidade. A todos vós, um eterno agradecimento por terem ajudado, cada um à sua maneira, na concretização deste projeto e na superação de mais uma etapa da minha vida.
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Música, transversalidades: Série Diálogos com o Som , 2017
Mídia e Contemporaneidade: estudos transdisciplinares., 2022
Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, 2016
GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), 2014
Fernandes, C. e Herschmann, M. (orgs). Cidades musicais: comunicação, territorialidade e política. Porto Alegre: Ed. Sulina. , 2018
Grafias do Espaço: imagens da educação geográfica contemporânea
Imaginários intempestivos (Artur Rozestraten, Marcos Beccari e Rogério de Almeida), 2019
Revista de História, 2023
Universidade do Minho. Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) eBooks, 2018
Revista Lugar Comum, 2020
Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 2016
27a. Reunião Brasileira de Antropologia, Belém do Pará (Brasil, 2010)