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2018, pjribeiro.blogspot.com
Este artigo trata de uma estudo sobre a temática do sentido da vida a partir da reflexão operada por Juan Alfaro. O texto intenta apresentar o pensador espanhol, depois discorre sobre a sua concepção de homem e a partir daí busca mostrar as características desse homem, na sua dinâmica enquanto ser existente e como esse homem se descortina através da própria experiência. Através da pesquisa bibliográfica e usando o método reflexivo, o trabalho quer evidenciar que o conceito de homem por meio das estruturas que compõem a sua realidade define esse mesmo homem como dividido, consciente de si e aberto ao transcendente. Chega-se a conclusão que a pergunta sobre o sentido é a pergunta das perguntas, pois ela leva o homem a se reconhecer como pergunta e encontrar um possível sentido para o seu próprio sentido.
Glossário de Termos do Discurso, 2020
Verbete "Enunciado dividido" publicado no "Glossário de termos do discurso: edição ampliada", organizado pela Profa. Dra. Maria Cristina Leandro-Ferreira.
Direitos do Homem, Imprensa e Poder ele que o Grand Larrousse de la Langue Francaise e o Robert indicam ser o ano de 1803 o ano em que a formulação do conceito se dá. Mas, como Arendt nos explicou, Heródoto mesmo sem dar um nome, sem criar um conceito unificador, já descrevera o estado de realidade que haveria de tomar definição através do termo "objectividade". Pois já então Heródoto dizia que uma tarefa dos que escrevem e pensam é "dizer o que é".
Cuadernos de antropología social, 2021
O objetivo deste artigo consiste em, a partir da prática do Núcleo de Promoção a Filiação e Paternidade em Maceió-AL (NPF), apresentar estudo etnográfico sobre as distintas moralidades, sensibilidades e noções de verdade que se articulam e se tensionam entre as mães intimadas e as profissionais em torno dos procedimentos de reconhecimento espontâneo da filiação paterna. A metodologia reuniu a observação tanto da rotina de trabalho quanto das audiências de conciliação, a análise de entrevistas e conversas guiadas por roteiro aberto na sala de espera. O artigo propõe entender, como apontam outras investigações, a esfera legal como uma arena de moralidades em disputa que mobilizam estratégias de resistência e agência, com ordens de normativida de que competem muitas vezes com a legalidade oficial na busca pela filiação paterna.
CIDADES Comunidades e Territórios, 2020
Este ensaio traz considerações sobre os bairros populares da cidade de São Paulo (periferias, favelas, ocupações de edifícios por parte de movimentos de moradia e conjuntos habitacionais), tendo por base uma década de trabalho sistemático de observação. Nele se observam os vários movimentos no sentido da configuração do espaço da habitação popular paulistana, desde os primeiros esforços de reverter a cisão estabelecida na cidade a partir da experiência moderna que ali se instala no final do século XIX, passando em revista algumas ações do Poder Público ao longo do século XX e instrumentos recentes de planejamento. O texto aqui apresentado vai em busca de possibilidades no enfrentamento do grande desafio relativo à habitação na cidade de São Paulo, a saber, seus bairros populares, com suas múltiplas precariedades. Habitação é aqui entendida no seu sentido pleno, ou seja, moradia associada a infraestrutura urbana e equipamentos públicos.
Psicanálise & Barroco em Revista, 2022
A noção de sujeito, por sua pregnância clínica e epistemológica, inquestionavelmente ocupou uma posição central no trabalho e no ensino do psicanalista Jacques Lacan. E, apesar de muitos desenvolvimentos teóricos derivados desta noção, muitas discussões e confusões se dão no seu estudo e tratamento. A partir disso, intenta-se no presente trabalho apresentar uma série de reflexões e encaminhamentos que permitam a circunscrição e mesmo o delineamento dos elementos conceituais envolvidos nesta larga trama. Ou, mais sinteticamente, se este trabalho tiver sucesso, o leitor terá, ao cabo de sua leitura, uma noção ainda mais fértil de tão múltiplo sujeito.
iniciais e infantis, intervenção ABA para autismo e Deficiência Intelectual pelo CBI of Miami, Neuropsicologia e Gestão de Recursos Humanos; • Graduanda em Pedagogia pela UERJ.
O filme se passa num futuro não muito distante do nosso tempo. O local é uma cidade litorânea dos Estados Unidos, mas o nome da cidade não é revelado. Pode-se explicar esta ausência do nome da cidade devido ao fato de que em muitas obras de ficção científica, como esta, os Estados Unidos não se apresentem como nós o conhecemos, ou seja, como um grande país, formado de muitos estados e cidades. A forma como nos é mostrada é como um conglomerado de blocos urbanos unificados, formados pelas cidades que conhecemos. Esta unificação pode se dar por questões políticas, sociais, ou mesmo de ordem natural, como o caso de uma catástrofe, como um terremoto ou maremoto. Além da área litorânea da cidade, local onde importantes momentos do filme se passam, mais precisamente os da família que " adota " o robô NDR 114, conhecido por Andrew, temos também a parte urbana, caracterizada pela evolução da tecnologia, mostrada em seus grandes e modernos edifícios, nos carros voadores e nas técnicas da ciência, como a medicina e, é claro, da robótica. Alias, esta tecnologia é mostrada durante todo o filme como estando sempre em permanente evolução, afinal de contas, a história se passa durante os 200 anos de " vida " de seu personagem principal, e num tempo tão longo, é evidente que o mundo não podia ficar sempre do mesmo jeito. Outros cenários de filme também são importantes, como a empresa que cria os robôs, palco de várias visitas de Andrew e seu dono, a fim de notificar as características incomuns daquela máquina. Temos também a empresa, pequena de início e depois grandiosa, onde Andrew e seu novo amigo e cientista Rupert Burns, desenvolvem mais e mais a " humanidade " do robô. Um fator importante para tal empreendimento é o capital investido por Andrew, resultado dos muitos anos em que ajudou seu dono no conserto e confecção de relógios. Quando o robô decidiu partir, seu dono achou melhor dar a parte do dinheiro que lhe cabia pelo seu trabalho, numa atitude que valorizaria ainda mais o lado humano de Andrew. Um outro local de muito significado é a casa de Andrew, construída por ele mesmo depois que sai para viver uma liberdade só sua. É interessante notar o momento em que ele termina de construir sua morada e a evolução que ele faz nela ao longo do tempo. Representa o potencial de uma pessoa em montar uma individualidade, através de um espaço exclusivo, mesmo que esta pessoa seja um robô. Cenários de um filme são planos de fundo para as situações dos personagens, e às vezes, eles interagem com os seres vivos, tornando-se partes de suas existências. Podemos dizer, que os cenários, os objetos, enfim, tudo o que nos cerca, mesmo que não possua vida própria, é parte de nossas vidas, podendo inclusive, nos levar a escolher um ou outro caminho. O cenário é muito importante, pois representa o meio em que vivemos e construímos nossa vida, tanto para nós mesmos, como para os outros que habitam este mesmo mundo ao nosso lado. Enfim, chegamos ao tão importante bicentenário, presente no título do filme. Este período de tempo é muito importante para a compreensão da história e para que possamos identificar cada personagem, cada momento, pois é o período em que Andrew aprende tudo de possível neste mundo, e parte na sua busca de se tornar um ser humano, procurando possuir em seu ser mais do que componentes eletrônicos e um cérebro positrônico. Os duzentos anos em que a trama se desenrola vão de 2005, tempo em que se inicia a saga de Andrew chegando à casa de seu dono e desempenhando as funções pelas quais fora programado (cuidar dos afazeres domésticos), até o momento em que ele morre, ou pára de funcionar, em meados de 2225, após ter adquirido praticamente todas as características humanas, desde as chamadas biológicas até as que se
Resumo: O objectivo deste artigo é apresentar brevemente a Sociofísica, uma disciplina que, nas últimas décadas, se tem vindo a desenvolver na fronteira entre a Física e as ciências sociais. Como ilustração da sua abordagem, iremos rever alguns modelos de formação de opinião, incidindo nas condições em que uma sociedade é mais sensível à penetração de uma mensagem externa.
REVISTA APOENA - Periódico dos Discentes de Filosofia da UFPA
O presente artigo é uma homenagem ao filósofo e professor brasileiro Benedito Nunes. Como foi escrito num período histórico de profunda crise sanitária (pandemia da Covid-19), política (ascensão ao poder do neofascismo no Brasil), social (preponderância do sentimento de ódio entre as classes, as pessoas e até dentro das famílias), econômica (aumento da miséria, reingresso do país no Mapa da Fome), numa palavra: crise humanitária, reuni algumas tentativas de definição de homem, ser humano ou essência humana. Não me restringi às definições estritamente filosóficas, recorri também e, propositalmente, àquelas outras, designadas “poéticas” ou “literárias”. Tentei discorrer e meditar um pouco sobre essas várias definições, inclusive, sobre a noção heideggeriana de Dasein.
Cadernos IHU em Formação (UNISINOS), v. 1, p. 58-61, 2005, 2005
Entrevista com Maria Celina Soares D’Araujo
Vi três fotos daquele homem. Na primeira, uma fotografia de infância, ele aparenta ter por volta de 10 anos, de pé, à beira do lago de um jardim, cercado por várias meninas (imagino que fossem suas irmãs e primas), vestindo um hakama 1 de listras largas, com a cabeça inclinada cerca de trinta graus à esquerda, mostrando um sorriso feio. Feio? Não é dizer que não existisse no sorriso daquele menino uma sombra do que se chama de "gracioso", suficiente para que pessoas insensíveis (ou seja, indiferentes à estética) fizessem, sem muito interesse, algum comentário vago-"que menino bonitinho, não é?"-e isso não soasse como um elogio totalmente vazio. Contudo, qualquer um com alguma experiência com a estética, por menor que seja, ao olhar essa foto provavelmente murmuraria com enorme desagrado, "que criança horrorosa!", e a lançaria para longe, como quem afasta uma taturana. De fato, quanto mais olho para o sorriso daquele menino, mais desconfortável me sinto. Em primeiro lugar, isso não é um sorriso. O menino não está sorrindo nem um pouco. A prova disso é que ele está parado apertando ambos os punhos com força. Nenhum ser humano consegue sorrir apertando os punhos desse jeito. É um macaco. É o sorriso de um macaco. Está apenas franzindo o rosto de forma grotesca. "Que menino encarquilhado!", é o que dá vontade de dizer diante dessa expressão tão esquisita, até mesmo obscena, do tipo que deixaria qualquer um estranhamente nauseado. Eu nunca havia visto um menino com uma expressão tão desconcertante. Já na segunda foto, sua aparência está tão transformada que causa espanto. É um estudante. Talvez de ensino médio ou universitário, não há como saber ao certo, mas é um estudante extremamente belo. Contudo, também essa foto, inexplicavelmente, não passa a menor impressão de se tratar de um ser humano vivo. Ele veste o uniforme escolar, com um lenço branco saindo do bolso do peito, e está sentado de pernas cruzadas em uma cadeira de vime, novamente sorrindo. O sorriso agora não é mais aquele sorriso enrugado de macaco como antes, e sim um sorriso agradabilíssimo. Mas, por algum motivo, não parece o sorriso de um ser humano. Sua expressão não tem nem, digamos, o peso do sangue, nem a austeridade da vida, nada, nem um pouco dessa sensação de completude; é leve, não como uma ave, mas como uma pluma, uma folha de papel em branco, e está
Panorama de 150 anos de finanças públicas no Brasil Buraco nas contas públicas: FHC quebrou o Brasil Propostas para enfrentar a dívida interna A política fiscal como instrumento de distribuição de renda Reinaldo Gonçalves e Valter Pomar Reinaldo Gonçalves e Valter Pomar A ARMADILHA DA DÍVIDA PARA GARANTIR a continuidade do pagamento das dívidas financeiras, o governo Fernando Henrique Cardoso tem promovido um avassalador calote de todas as dívidas sociais, desviando para pagamento dessas dívidas recursos que poderiam garantir moradia, saúde, educação, transporte, terra e trabalho para todos os brasileiros. A questão da dívida interna tem um papel central nesse processo, pois, nos últimos anos, o governo tem gasto mais com o pagamento da dívida pública interna do que com a dívida externa. Assim, é fundamental saber qual a origem da dívida pública interna, qual sua composição e quem são seus beneficiários. A armadilha da dívida -dos mesmos autores de O Brasil endividado (também publicado na coleção Brasil Urgente)sistematiza as informações disponíveis sobre a dívida pública interna brasileira desde 1850 até os dias de hoje, com destaque para o que ocorreu durante o governo FHC. Esperamos que a leitura deste livro nos ajude a enfrentar os "senhores da dívida". . Como a dívida pública per capita aumentou de R$ 1.000 em 1995 para R$ 5.300 em 2002 . Governo FHC: o maior déficit, a maior carga tributária, a maior dívida interna e um desempenho econômico medíocre
Revista Eletrônica de Estudos Integrados em Discurso e Argumentação, 2020
O objetivo deste trabalho é analisar discursivamente como se dá a argumentação por parte de sujeitos-alunos do nono ano do ensino fundamental de uma escola pública, ao discursivizarem sobre o uso, ou não, do celular nas escolas. Adotamos o embasamento teórico da Análise do Discurso de linha francesa pêcheuxtiana e os estudos sobre a argumentação na perspectiva da AD que, para Pacífico (2016) é um direito humano; para Amossy (2016) mobiliza jogos de força e coloca em evidência a relação do discurso com o poder, e, para Piris (2016) não é um jogo de estratégias para persuadir. Foi possível constatar que a escola ainda é um espaço de interdição dos sentidos, posto que argumentar contra o sentido dominante, no caso da lei que proíbe o uso do celular na escola, nem sempre é possível para o sujeito-aluno, que produz imagens sobre o seu leitor.
Revista Decifrar, 2024
Mirava o vazio. Nada havia. Mas via. Via. Um amontoado de situações, o-sci-la-ções. Lá estavam, em cores do anil ao ébano. Um mundo de possibilidades, e Vontades. Terremoto de experiências, e Vivências. À vista, o vazio. Adentro, a orquestra. De enlaços. Pulsavam. Pul-sa-vam. Como um membro rígido ardente. Sangue fluindo e fazendo-se fluir. Fazendo-se tremer. Fazendo-se temer. Tormento. A-len-to. O cenário era mais carne que a sua carne. Mais vida que a sua vida. Ele não lhe falava. Uivava. O mundo lá fora era pouco ideal, pouco amável, inviável. Diante de si, um colosso de vitalidade, uma estrada ao impreciso, ao indizível, ao invisível. Mas ele via. E a vivia. As aves gritavam. CRACRA! CRACRA! Nem sei como sobrevivem aos aviões. Voam e voam. Julgando o seu entorno. Sua única preocupação é o bater de asas. Rumam ao nada. Desimportantes. O sol incendeia-lhes os olhos. Incendeia-lhes os ossos. E a alma. Ave não tem alma. Homem é ave. Quando pode, voa. Homem é ave, já disse. Mero amontoado de desejo, intestino e insignificância. Despido de propósito. Valorado ao nível do solo. Prisioneiro em um limbo de improbabilidade. Passiva matéria bípede. Existe por conveniência. Porque inexistir seria demasiado esforço. Então vive. E sobrevive. Vai existindo. Não pelo gozo. Por teimosia. Seu bater de asas é monótono. Mais um dia se alça aos céus. E declina. O sol determina seu vigor, seu teor. O cansaço esmaga-lhe os ombros. Descende em linha reta. Peso morto para si. Para a raça humana. Peso morto para a espécie. Nem o solo quer tocá-lo. Comprime-se ao impacto. Teme ser contaminado pela massa negra que é a humanidade. Doença pútrida. Amarga razão de ser. -Aves malditas, saiam agora do meu telhado! -CRACRA! CRACRA!
I Madalena, ou simplesmente Magdá, como em família tratavam a filha do Sr. Conselheiro Pinto Marques, estava, havia duas horas, estendida num divã do salão de seu pai, toda vestida de preto, sozinha, muito aborrecida, a cismar em coisa nenhuma; a cabeça apoiada em um dos braços, cujo cotovelo ficava numa almofada de cetim branco bordada a ouro; e a seus pés, esquecido sobre um tapete de pelos de urso da Sibéria, um livro que ela tentara ler e sem dúvida lhe tinha escapado das mãos insensivelmente.
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