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2018, UBUNTU: UMA ANÁLISE ETIMOLÓGICA
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Ubuntu é a fundação e construção da filosofia africana. Apesar das variações dos "membros" desta família, toda ontologia e epistemologia da filosofia africana são baseadas no Ubuntu.
Propõe um estudo das conexões principais entre o conceito africano de Ubuntu – palavra que vem das línguas dos povos Bantus; na África do Sul nas línguas Zulu e Xhosa – e um modelo mais includente de democracia. Procura aprofundar a compreensão do respeito à etnodiversidade como base de uma democracia ampliada. Identifica procedimentos da hermenêutica diatópica, entendida por Boaventura de Sousa Santos como forma fundamental de realizar a tradução entre saberes – notadamente aqueles produzidos em “regiões” do Norte e do Sul - e proposta por Raimon Panikkar como metodologia de diálogo intercultural. Desenvolve um exercício de hermenêutica diatópica promovendo a aproximação entre a filosofia político-jurídica ocidental e a concepção de Ubuntu, apontado na máxima Zulu umuntu ngumuntu ngabantu (uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas). Sublinha a relevância da acolhida dessa noção axial por parte de Nelson Mandela, associando-a a seus esforços no sentido de se concretizarem experiências democráticas na África do Sul. Com base no trabalho de tradução aqui proposto, busca definir algumas políticas de reconhecimento na perspectiva de responder ao desafio contemporâneo de democratizar a democracia.
Resumo: Problemas ambientais enfrentados pela humanidade no século XXI requerem um reexame das crenças e valores que os produziram, em primeiro lugar. Neste artigo, o pesquisador discute alguns dos principais desafios enfrentados pela região sul-africana. O pesquisador aponta que se as respostas para os problemas ambientais locais se pretendem significativas (tornar possível um futuro mais sustentável), então será necessário um esforço coletivo por parte da sociedade e ao mesmo tempo uma conexão com os valores individuais ou os valores de grupos específicos. O filósofo norueguês Arne Naess argumentou que pode haver um acordo em princípios ambientais pelas culturas, regiões e nações e esses princípios podem ser apoiados por uma gama de ecofilosofias que estão alinhadas com os princípios acordados. Naess referiu-se a filosofias que apoiam princípios de ecologia profunda como ecofilosofias ou ecosofias. Orientado pela posição de Naess, nesse artigo, o pesquisador argumenta que o ubuntu/botho é uma ecosofia que está alinhada com os princípios do movimento da ecologia profunda (MEP). Ademais, que o ubuntu pode servir como a ecofilosofia/ecosofia que oriente políticas e práticas responsáveis pelos urgentes problemas ambientais enfrentados pela região sul-africana.
História e cultura afrodescendente, 2018
A tese que tenho defendido é que a filosofia africana (que deve ser sempre compreendida no plural e para além da disciplina da Filosofia), na qualidade de campo de produção de conhecimento e política de mudança social, coloca-se como um caminho de superação da crise ecológica-planetária, vista como uma crise ontológica. Por ser uma crise local-global-complexa, as respostas têm que ser igualmente locais-globais-complexas.
PREÂMBULO APOIADAS na história compartilhada e solidária de nossas nações, multiétnicas, plurilíngües e multiculturais, que lutaram pela emancipação e unidade sul-americanas, honrando o pensamento daqueles que forjaram nossa independência e liberdade em favor dessa união e da construção de um futuro comum; INSPIRADAS nas Declarações de Cusco (8 de dezembro de 2004), Brasília (30 de setembro de 2005) e Cochabamba (9 de dezembro de 2006);
Revista Café com Sociologia, 2020
O presente trabalho tem como finalidade a partir de reflexões filosóficas, antropológicas e educacionais projetar Exu como sinônimo de ensino-aprendizagem. Contribuindo no diálogo entre antropologia e educação para complementar nos estudos teóricos das relações étnico-raciais com destino as escolas por todo Brasil. Trata-se de uma pesquisa antropoeducacional instigada pela curiosidade acerca da atuação de Exu na sociedade brasileira; e principalmente como podemos extrair saberes desta figura emblemática para trazermos nas escolas a fim de promover o combate ao racismo. “Quem é Exu?”, “Qual imagem que Exu carrega?”, “É possível inserir Exu nas práticas pedagógicas?”, movidos por tais perguntas providenciamos Exu como sinônimo de ensino-aprendizagem. Tal pesquisa se mostra fundamental, embasada na lei 10.639/2003. Trataremos assim da diversidade nas escolas, caminhando na luta antirracista. Palavras-chave: Cultura. Educação. Questões étnicoraciais.
Tese defendida no Programa de Pós Graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba - UFPB, 2023
Sendo o Ubuntu uma antiga filosofia que traz um novo paradigma possível ao mundo contemporâneo, ele se constitui como uma pedagogia da ancestralidade que pode ensinar o mundo a viver coletivamente sua pluralidade de modo empático, solidário, fraterno e acolhedor. Portanto, o presente trabalho, o primeiro desenvolvido na área da Ciência da Religião e Teologia a abordar a ancestralidade e a espiritualidade na filosofia africana, tem por objetivo demonstrar que o Ubuntu é fundamental para a construção de uma nova subjetividade que conecta tudo o que existe e que, apesar das tentativas de apagamentos oriundas do colonialismo, resistiu e se estabelece como algo fundamental para a transformação e a construção de uma sociedade plural e que fomente uma cultura de paz. Através de uma abordagem qualitativa e a partir de pesquisa exploratória com suporte bibliográfico filosófico e histórico, o texto estabelece um diálogo interdisciplinar entre a Ciência da Religião e a Filosofia, particularmente com a Filosofia da Religião, situando-se no âmbito das Ciências Empíricas da Religião, pautando-se em uma orientação metodológica afrocentrada que passa pela compreensão do matriarcado, da ancestralidade, da espiritualidade e do biocentrismo, elementos presentes na cultura e nas religiões afro-diaspóricas e que constituem o Ubuntu, um dos principais conceitos da filosofia Africana. As leituras assinalaram para questões estruturantes e estruturais do ponto de vista social, político, econômico e religioso, que negam possibilidades e ocultam caminhos para a construção de subjetividades e de conexões que permitam as transformações sócio-culturais necessárias para um mundo plural e coletivo. Dentre estas questões, as principais são o racismo, a subalternização e os apagamentos epistemológicos, fronteiras constituídas pelo eurocentrismo para legitimar apenas as epistemologias produzidas no continente europeu. Apesar destes fatos, foi possível compreender que a Filosofia Africana fundamentada no Ubuntu se relaciona com a pluralidade, conectando o imanente e o transcendente, tecendo um complexo universo não suportado pelo estatuto epistemológico dicotômico da filosofia ocidental, mas que cabe, enquanto objeto de estudo, dentro estatuto epistemológico da Ciência da Religião. A partir dessa compreensão, é possível afirmar que há uma ancestralidade que conecta a todos os seres vivos, os mortos, os não-nascidos, os humanos e os não-humanos, gerando uma interdependência em tudo que existe e que relaciona passado, presente e futuro numa grande rede de partilhas e pertencimentos que nos humaniza em uma práxis coletiva denominada de Ubuntu.
Review of the book: "Etnometodologia e Analise da Conversa", by Rod Watson and Edison Gastaldo.
Cadernos Espinosanos XXI 158 159 divina, nenhuma escolha é feita por Deus. Por conseguinte, a indiferença da vontade divina exclui o livre-arbítrio. 2. A posição cartesiana acerca da vontade divina pode ser compreendida graças à supressão desde Ockham dos arquétipos no entendimento divino, conforme os quais seriam criados os existentes. Tal supressão veio a significar o fim da distinção ou hierarquia entre as faculdades divinas, surgindo, por conta disso, a tese da unidade absoluta entre essas faculdades. A Ockham coube pôr um fim definitivo à questão dos arquétipos, reduzindo-os a entes de razão, não podendo gozar jamais de existência extramental. Existem apenas as substâncias singulares e criadas imediatamente pela onipotência divina. Deus as conhece enquanto singulares. A realidade existencial do singular consiste na existência exterior ao pensamento; coisas como universais, gêneros e espécies, ideias, essências são reduzidas a nomes. No intelecto humano, elas existem como conhecimento abstraído de nossa experiência dos particulares. Desaparecendo as ideias do intelecto divino e os universais nas coisas, desaparece igualmente a precedência do intelecto à vontade. Ora, se se pensava na conformidade da vontade ao intelecto, porque neste residiriam as essências exemplares segundo as quais somente as coisas existentes seriam criadas, agora, com o fim das ideias arquetípicas e concebida somente a existência real dos indivíduos, Ockham abre um universo em que nenhuma necessidade inteligível se interpõe, mesmo em Deus, entre sua essência e suas obras. (Ver Alessandro Ghisalberti, 6 , capítulos III e VII). 3. Cabe ressaltar que depender de Deus é o mesmo que ter sido criado por ele. Essa é uma observação importante, pois a noção tradicional de criação envolve necessariamente a contingência, finitude ou cessação da coisa criada. Uma vez que Descartes coloca o necessário como dependente de Deus, pode-se inferir que tudo é contingente. Consequentemente, a razão, enquanto conhecedora do necessário, fica em uma situação um tanto desagradável. 4. Por Exemplo, Curley e Beyssade. Não desenvolveremos a solução apresentada por esses célebres autores, mas cuidaremos de apresentar uma alternativa à solução do problema, tendo como núcleo o conceito cartesiano de criação. 5. "Vós me perguntais in quo genere causae Deus disposuit aeternas veritatis [em que gênero de causa Deus dispôs as verdades eternas]? Eu vos respondo que in eodem genere causae [pelo mesmo gênero de causalidade] que ele criou todas as coisas, ou seja, ut efficiens & totalis causa [como causa eficiente e total]" (Descartes 1, AT I, pp. 151-152). 6. Ver também a carta a Clerselier (Descartes 1, AT IX, pp. 210-211). Resumo: Este artigo tenta localizar alguns pontos nos quais pode se embasar a crítica de Espinosa à filosofia política utópica, esta muitas vezes baseada em uma noção transcendente de poder. Fazemos isso dando relevo a algumas noções, como a de experiência e a de indivíduo, além de focalizarmos a importância da noção de conatus no estabelecimento de uma ontologia da atualidade da natureza humana, na qual, do ponto de vista cognitivo, conhecimento imaginativo e racional afirmam ambos a atualidade dessa natureza humana e permitem a proposição de regimes políticos baseados em tal atualidade.
Textura - Revista de Educação e Letras, 2021
Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar o túmulo de Agamêmnon na tragédia Electra de Eurípides, representada em Atenas por volta de 415 a.C. Nosso intuito é discutir como o espaço tumular é transformado em objeto de disputa e opera como lugar de memória do morto na comunidade. Por um lado, os filhos de Agamêmnon, Orestes e Electra, lutam ardorosamente pela preservação da memória do pai e pela conservação de sua honra; por outro, Egisto, o assassino de Agamêmnon e usurpador do seu trono, concentra suas forças em apagar da memória do povo o grande rei Atrida. Um dos estratagemas utilizados por Egisto, de forma astuciosa, é enterrar Agamêmnon nos confins da pólis, negando ao morto a continuação do convívio com a comunidade. Tomamos de empréstimo o conceito lugar de memória de Pierre Nora (1993), colocando-o em sintonia com o sentido que os gregos antigos emprestavam à memória. Palavras-chave: Electra; Eurípides; Túmulo; Lugar-de-memória. Between here and beyonde: the tomb as a place of memory in Electra of Eurípides Abstract: This article aims to analyze the tomb of Agamemnon in the Electra tragedy of Eurípides, represented in Athens around 415 B.C. Our aim is to discuss how the tomb space is transformed into an object of dispute and operates as a place of memory of the dead in the community. On the one hand, the children of Agamemnon, Orestes and Electra, fight fervently for the preservation of their father's memory and for the preservation of his honor; on the other hand, Egisto, the murderer of Agamemnon, and usurper of his throne, concentrates his forces on erasing the great King Atrida from the memory of the people. One of the stratagems used by Egisto, in a cunning way, is to bury Agamemnon in the confines of the polis, denying the deceased the continuation of the contact with the community. We borrowed the concept place of memory from Pierre Nora (1993), putting it in line with the meaning that the ancient Greeks gave to memory.
RESUMO: O estudo da literatura póscolonial permite questionar problemas que datam da colonização portuguesa em África. Ao deslocar a maneira eurocêntrica de compreender o mundo, a crítica pós-colonial abriu caminho para se entender a obra literária de acordo com as especificidades sociais, históricas e políticas de um determinado país. Ao analisar o livro Jesusalém de Mia Couto, compreendemos que a utopia criada por Vitalício é um espaço de resistência face aos sofrimentos de uma sociedade recém-independente. Dessa maneira, estudar a criação de um espaço utópico, assim como o papel de cada personagem dentro dele, permite-nos questionar vários acontecimentos da época colonial, assim como os problemas da transição e os traumas atuais da sociedade moçambicana. L'étude de la littérature postcoloniale permet de mettre en question des problèmes qui sont issus de la colonisation portugaise au Mozambique. Quand la littérature postcoloniale a déplacé le regard de la manière euro-centrée de voir le monde, elle a ouvert la voie pour comprendre l'oeuvre littéraire suivant les spécificités sociales, historiques et politiques d'un pays donné. Lors de l'analyse du livre L'accordeur de silences, de Mia Couto, nous nous apercevons que l'utopie crée par Vitalício est un espace de résistance face aux souffrances 1 No Brasil o título do livro foi alterado para Antes do nascer da terra.
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Itinerários - Revista de Literatura , 2020
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