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Em sintonia com o topo-centrismo pós-moderno e com a neo-liberalização do espaço, observa-se nos últimos anos, também na cidade do Porto, um crescente uso e apropriação pública e privada do espaço urbano, público e privado, por diversas práticas culturais, criativas e de lazer imprimindo, e fazendo ressoar, um ritmo lúdico nas dinâmicas e geografias urbanas. Inscritas em práticas discursivas enaltecedoras da revitalização do centro da cidade, ações performativas tomam o espaço urbano público e privado como palco e chão do uso lúdico e preenchem a agenda da cidade nos últimos anos. O ator urbano, do (novo) turista ao morador, é convidado a passear na cidade, a usá-la de forma lúdica e móvel, dinâmica. Conseguirão estes eventos e atividades contribuir para fazer de uma cidade, durante décadas, desamparada desconhecida, invisibilizada e aparentemente estática, uma cidade móvel, visível, participada, ou farão também eles parte da agenda enobrecedora dos centros das cidades ocidentais? Palavras chave: lúdico, enobrecimento, itinerância
Resumo: O presente texto tece algumas considerações sobre o processo de urbanização em intersecção com o envelhecimento populacional, abordando algumas temáticas como a mobilidade dos idosos, a violência urbana, a gentrificação e as memórias dos mais velhos na relação com o espaço urbano. Nosso objetivo é analisar, com base em pesquisas bibliográficas e em relatos de longevos coletados por nós mediante pesquisa sistemática, as mudanças que ocorrem nas subjetivações dos idosos no espaço urbano. O envelhecimento, enquanto fenômeno complexo e diverso, traz alguns desafios para a circulação do idoso e sua apropriação da urbe, como a superação de barreiras físicas, que comprometem o acesso a logradouros diversos. Porém, nota-se que, atualmente, no cenário brasileiro, as barreiras sociais e morais também podem tolher de forma intensa a produção de subjetividade do idoso, quando elas circunscrevem e delimitam o(s) lugar(es) que eles devem ocupar e a maneira como devem fazê-lo. Nesse sentido, é necessário pensar e habitar a cidade para além dos guetos etários. Abstract: This paper presents some considerations about the process of urbanization in intersection with the population aging, addressing some issues such as the mobility of the elderly, urban violence, gentrification and the memories of the oldest in the relationship with the urban space. Our objective is to analyze, based on bibliographic research and in the oldest reports collected by us through systematic research, the changes that occur in the subjectivities of the elderly in urban areas. Aging, as complex and diverse phenomenon, it brings some challenges for the circulation of the elderly and their ownership of the metropolis, as overcoming physical barriers that compromise access to several public parks. However, note that, currently, in the Brazilian context, social and moral barriers can also hinder intensively the production of elderly subjectivity when they circumscribe and delimit places they must occupy and how they should do it. Therefore, it is necessary to think and live the city beyond the age ghettos.
ETD - Educação Temática Digital
O presente artigo discutirá o museu enquanto espaço privilegiado de educação, fomento e acesso à cultura a partir da trajetória do projeto. Descobrindo Embu no Museu. Trata-se de um projeto de educação museal desenvolvido pelo Museu de Arte Sacra dos Jesuítas (Embu-SP) desde 2007 cuja finalidade é aproximar a comunidade local do patrimônio cultural existente na cidade por meio da valorização da cultura local, do reconhecimento dessa identidade e do fortalecimento do sentimento de pertencimento à história do Embu. Ganhador do prêmio Darcy Ribeiro de Educação Museal, promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), sua ação educativa consiste na formação de professores da rede básica de ensino e na visita de seus alunos ao museu. Em 2017, o projeto completou 10 anos de existência e o objetivo deste texto é realizar um balanço de suas ações, discorrendo sobre seu desenvolvimento, aplicação, resultados, avanços e desafios que surgiram ao longo de uma década de existência.
Civitas, 2023
Artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
2020
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Profa. Dra.THEREZA CHRISTINA COUTO CARVALHO Autora: Fernanda Pacheco Dias
Cecult em Ação - relatos extensionistas, 2018
Relato da experiência do Projeto Bordando a Cidade, junto ao Massapê - Programa de Educação Patrimonial (Cecult/UFRB\0.
Na década de 40, quando apenas 31% da população brasileira eram urbanos, as cidades eram vistas como o lado moderno e avançado de um país predominantemente agrário e atrasado. De 1940 a 1980 o PIB brasileiro cresceu a 7% ao ano, o que é um aumento excepcional sob qualquer ponto de vista. O processo de urbanização-industrialização parecia representar um caminho para a independência de séculos de dominação da produção agrário-exportadora e de mando coronelista. No início do século XXI, quando 82% da população do país são urbanos, a imagem das cidades, especialmente das metrópoles, se apresenta bastante diversa daquela de 60 anos antes. Violência, enchentes, poluição do ar, poluição das águas, favelas, desmoronamentos, infância abandonada etc. etc. Em apenas nove metrópoles moram 50 milhões de pessoas, mais do que a população da maior parte dos países da Europa ou da América Latina. Em 50 anos, a população urbana brasileira cresceu mais de 100 milhões de indivíduos. A sociedade apenas começa a se dar conta de que o avassalador processo de urbanização foi acompanhado da modernização no modo de vida, no ambiente construído, nas comunicações, sem deixar, entretanto, de reproduzir seu lado arcaico. Isto é, a modernização e apenas para alguns; a cidadania e os direitos, idem. Não se trata de alimentar a noção da cidade dual ou fraturada. Ela pode ser utilizada para facilitar a compreensão da segregação e da exclusão, mas pode conduzir a uma falácia: a de que o atual modelo de desenvolvimento poderia ser estendido a todos. Há uma relação biunívoca entre esse moderno e esse arcaico. Os aparelhos eletroeletrônicos chegam às favelas antes da unidade sanitária completa (e evidentemente antes da moradia digna). A relação de favor e o clientelismo continuam a mediar as relações sociais, como há séculos. A aplicação da lei se subordina às relações de poder. A questão fundiária urbana é um nó não desatado, como sempre o foi no campo, ao longo dos séculos. O latifúndio, que nos Estados Unidos foi eliminado no século XVIII, atravessou impassível até o início do século XXI, no Brasil. A aplicação da função social da propriedade encontra obstáculos de várias origens: pela via do Judiciário, pela correlação de forças local, pela precariedade dos cadastros ou registros de propriedades. Durante os anos 80 e 90, sob novas relações internacionais, a desigualdade se aprofunda. O desemprego cresce e as políticas sociais recuam. Aumenta exponencialmente o número de favelas, como mostra o IBGE no Censo de 2000 (embora de forma bastante subdimensionada). Aumenta a população de rua e o número de crianças abandonadas. Levantamentos científicos comprovam o que nossos olhos constatam diariamente. Talvez a maior novidade esteja na explosão de um novo tipo de violência: a chamada violência urbana. Alguns indicadores sociais continuam a ter uma evolução positiva desde os anos 40. Entre os mais importantes podemos citar a queda da mortalidade infantil e o aumento da esperança de vida ao nascer. Mas, nos anos 90, o aumento no número de homicídios passa a influir até mesmo na expectativa de vida dos homens, em nível nacional, em especial dos jovens, pretos e pardos (MARICATO:1996). A relação entre habitat e violência é dada pela segregação territorial. Regiões inteiras são ocupadas ilegalmente. Ilegalidade urbanística convive com a ilegalidade na resolução de conflitos: não há lei, não há julgamentos formais, não há Estado. À dificuldade de acesso aos serviços de infra-estrutura urbana (transporte precário, saneamento deficiente, drenagem inexistente, difícil acesso aos serviços de saúde, educação, cultura e creches, maior exposição à ocorrência de enchentes e desabamentos) somam-se menores
Revista PET Interdisciplinar e Programa Conexões de Saberes On-Line, 2017
O presente texto trata do memorial sobre a trajetória escolar de Glauciane Pinheiro Lima, ex-integrante do Programa Conexões de Saberes. Tem como objetivo apresentar os passos percorridos desde o início da educação básica até a entrada à UFPA e quais os principais entraves de estudantes das comunidades populares adentrarem o ensino superior público. A memória foi usada como principal referência para construção do material. Em seus resultados, apresenta os esforços individual e coletivo para que de fato a educação seja uma questão de direito e não de privilégio de poucos.
Plural
Neste artigo, exponho como os praticantes da arte contemporânea incorporam desobediência epistêmica e o conceito de ocupação para proporem uma reconfiguração da cidade. Primeiro, argumento que há cada vez mais reflexão sobre a ressignificação do espaço urbano, provocada por um tipo particular de prática de arte contemporânea intersticial; em seguida, defendo que os contextos em que essas práticas ocorrem sugere que artistas trabalhando com tais paradigmas encontram, e respondem a, uma noção totalmente diferente de “participação” do que aquela articulada por Claire Bishop (2004, 2012) ou Nicolas Bourriaud (2002). A localização é essencial ao que caracteriza e forma a prática artística. Situadas na fronteira porosa entre espaços de arte contemporânea institucionais e não-institucionais e frequentemente integradas às complexas lutas pelo direito à cidade, essas práticas ocorrem dentro de redes e hierarquias, que derivam de múltiplos modos de vida. É esta encruzilhada de eixos – o horiz...
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Ensino, ambiente e cultura: interfaces na formação docente, 2017
Revista VIS: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arte
CES CONTEXTO, 2019
Revista Z Cultural, 2017
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, 2012
PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, 2019