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2018, Capítulo do livro Território, Museus e Sociedade
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Coleção Museus, Memória e Cidadania, 2018
Diante do avanço e do fortalecimento do neoliberalismo em todo o mundo, não é possível discutir as estreitas relações entre território, museus e sociedade na contemporaneidade sem que se amplie o alcance do olhar e da análise. É preciso incorporar também a perspectiva dos que hoje lutam e resistem à precariedade imposta pelo sistema capitalista globalizado e ao modelo excludente da cidade-empresa/cidade-criativa disseminado com a vitória neoliberal das últimas décadas. A museologia social, nos termos como a praticamos e pensamos, escova o museu e a própria museologia a contrapelo, afirma a dignidade das classes populares, a potência dos povos indígenas e dos povos afro-brasileiros, a força dos movimentos feministas e LGBTI, a ecologia dos saberes e a mobilização dos afetos poéticos e políticos a favor da potência da vida. A museologia social, como aqui é compreendida, está inteiramente a serviço da vida. Fica o que significa.
dObra[s] – revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, 2014
Em tempos de capitalismo cognitivo, de produção imaterial e de trabalho vivo, o valor não se encontra mais materializado em objetos capturados por nossas instituições de memória. Reside, na verdade, no comum linguístico, cultural, afetivo, relacional, comunicacional, cooperativo produzido no território pela (e produtor da) multidão contemporânea: uma “informação biopolítica” que põe em xeque os museus como nós os conhecemos.
2020
a_ponte TERRITÓRIO É CULTURA Buscava escrever o título território e cultura para o texto, quando um destes corretores malditos/benditos, que nos atormentam no dia-a-dia, escreveu soberanamente: território é cultura. Aceitei o desafio da tecnologia que nos rodea, aprisiona e liberta. Em um mundo globalizado parece paradoxal afirmar que território é cultura. Em especial, quando o velho Marx, há mais de 150 anos, já constatava que todo que é sólido se desmanchar no ar. Tal afirmativa, território é cultura, sedimentada em outras áreas de conhecimento, a exemplo da Geografia, inclusive em autores da dimensão de um Milton Santos, vem se cultivando no campo da cultura através de diversos estudos e práticas, como bem expressam textos contidos neste livro. O tema, cada vez mais agendado entre os pesquisadores e gestores da cultura, tem possibilitado vários experimentos analíticos e empíricos, interessantes e inovadores. Novamente textos aqui publicados servem de afinados exemplos desta nova atitude. Nada casual, algumas mutações têm acontecido em diferentes dimensões do Cultura em momento de perigo 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2014
O termo ‘comunidade’, nos seus diversos usos, vem se mostrando vago e elusivo por apresentar numeraveis significados. A critica a sua utilizacao pelas ciencias sociais buscou reformular o campo ocupado pelos estudos de comunidade, o que resultou na proposta de uma investigacao voltada para sistemas sociais locais que, entretanto, nao sao concebidos isoladamente das estruturas e processos sociais operativos mais amplos. A tentativa de se pensar, diferentemente, em ‘grupos sociais’ constitui um exemplo desta revisao conceitual. Com o objetivo de defender um uso mais complexificado dos termos na pesquisa museologica, este artigo discute brevemente as implicacoes sociais e historicas do museu comunitario como um constructo recente. A comunidade atualmente pode ser representada de forma depreciativa como na nocao de gueto, assim como pode ser exaltada, como na evocacao de museus comunitarios nos mais diferentes contextos. O que esta em disputa nestes museus e o proprio sentido da comunid...
Neste número dos Informal Museology Studies publicamos um conjunto de textos sobre a relação da Museologia Social com a Paisagem. Desde há algum tempo que temos vindo a defender a necessidade de ultrapassar a clivagem entre cultura e natureza. Esta separação, que podemos fazer remontar aos trabalhos de Francis Bacon (1620), na sua proposta expressa na Novum Organum onde propões uma nova classificação das ciências, onde na sua proposta duma nova classificação das ciência, propõe a poesia, como ciência da imaginação, a história, como ciência da memória e a Filosofia, como ciência da razão. A história será dividia em História Natural e Civil, e a Filosofia, em Filosofia da Natureza e Antropologia. Para esta nossa abordagem, a paisagem vista a partir da Teoria Crítica, intressa-nos o processo de naturalização da “natureza”, expresso na ideia de ideia baconiana do “compreender a natureza para a dominar”. Esta questão tem sido muito relevante para discutir a questão da ideia do Antropoceno, que discutimos noutro lugar. (Leite, Pedro, 2016, Museologia social e novas Fronteiras). Interessa-nos sobretudo sublinha, na ideia de Antropoceno, como proposta de idade geológica, onde as dinâmicas de transformação são resultado da ação humana, a relação entre a técnica e a natureza. São campos que têm permitido o desenvolvimento de novos temas sobre a História Ambiental, que temos acompanhado no âmbito da Rede BrasPor.) ou noutras dimensões mais história onde se fala do Imperialismo Ecológico Europeu, que defendo que desde o ano mil, as culturas europeias iniciaram a colonização do mundo através de biótipos portáteis. Uma questão que está na ordem do dia, porque marca a questão da formação das associações de proteção ambiental e patrimonial, cuja questão abordamos no âmbito das aulas de museologia em espaço público, em abril de 2017. Este é um primeiro texto, que nos serviu de base de trabalho e que será desenvolvido noutras ocasiões. Nele procuramos dialogo com as questões da educação popular patrimonial e com a Carta de Sienna, aprovada em 2016 no encontro Internacional do ICOM, em Milão, e discutida no Fórum dos Ecomuseus també, em Milão, onde também participamos. A partir deste dois textos, fazemos uma viagem ás origens da teoria crítica. As abordagens sobre a paisagem foram trabalhadas, num primeiro tempo pela Geografia, sobretudo pela Geografia Crítica, cujos trabalhos primordiais são feitos pelo geógrafo anarquista Eliseu Réclus, que desenvolve um método geográfico que aqui apresentamos em dois textos. O primeiro, com o título “Élisée Reclus e o seu método geográfico2 da autoria de Miriam Hermi Zaar - Universidad de Barcelona. De seguida o texto de Federico Ferretti “ Eles têm o direito de expulsar-nos”: a Nova Geografia Universal de Élisée Reclus, publicado em Espaço e Economia Revista brasileira de geografia econômica em 2013. A partir daqui dois textos em dialogo com a Museologia Contemporânea, do ICOM a “Cultural Landscapes and Museums” de Daniele Jalla e “Cultural Landscapes in International Charters de Cecilia Sodano. São dois textos incluídos nos Museum Studies do ICOM, publicados em 2017 onde se aborda, no primeiro a questão da Paisagem Cultural e o segundo a sua evolução ao nível das Cartas Internacionais. São dois textos que procuramos traduzir, e que o faremos quando o tempo permitir. De seguida apresentamos um texto sobre as paisagens e as Cidade de com texto “É preciso pensar a cidade com todos e para todos” de Charles Landry, o criador do conceito de cidades criativas. Finalmente uma leitura crítica dobre “Marxismo e Ecologia, reencontro necessário” de Eduardo Mancuso, onde se faz uma releitura da problemática do ambiente no âmbito da teoria marxista. Foram textos sobre os quais tivemos a pretensão de trabalhar de forma mais aprofundada em 2017. Por diversas razões ficaram assim, á espera de uma outra releitura, nomeadamente na integração da Convenção da UNESCO sobre o Património Natural e Cultural de 1973.
Evolução do conceito de património. Built heritage concept evolution.
O património, enquanto conjunto de valores, estrutura de mediação entre o passado e o presente, matriz de explicitação das linguagens de estruturação dos territórios e das paisagens, assume hoje foros de quadro privilegiado de reflexão conceptual no âmbito da temática do desenvolvimento. Com efeito, o património, sobretudo através da sua componente cultural, é um tema recorrente nos caminhos para o desenvolvimento. Contudo, as capacidades para identificar e activar esses valores são desiguais conforme os lugares e as sociedades. No caso dos espaços rurais periféricos a dinâmica dos últimos anos tem, regra geral, acentuado os processos de abandono e a degradação das estruturas edificadas e das paisagens rurais. Mas, alguns desses territórios são agora organizados e apropriados sobretudo por populações urbanas que valorizam os elementos da paisagem outrora entendidos como sinal de arcaísmo e atraso de desenvolvimento, em resultado de processos espontâneos ou na sequência de linhas estratégicas de orientação e de instrumentos de política regional que enfatizam acções e medidas com o objectivo de requalificar esses territórios e promover as suas potencialidades originais e excepcionais (Carvalho, s/d). Noutros casos, é a dinâmica interna e o papel dos actores locais que enfatiza o valor pedagógico do património, identificando-o e aproximando-o dos cidadãos. Em qualquer dos exemplos, as lições do passado e o contexto histórico, projectados no campo do património cultural, configuram um recurso singular e alicerçam a matriz de especificidade dos territórios.
2015
Os museus são considerados os "atrativos estrelas" do turismo, principalmente do turismo cultural (Camargo & Cruz, 2009, p. 315). No México, por exemplo, o Museu Nacional de Antropologia, o Museu do Templo Maior, as ruínas de Teotihuacán, além dos inúmeros museus regionais e a céu aberto, são paradas quase que obrigatórias para quem visita o país. Outros exemplos significativos são o Museu do Louvre, em Paris; o Museu do Prado, em Madrid; o British Museum, em Londres e o Metropolitan Museum, em Nova York.
2015
Conhecer e analisar as relacoes entre cidade, museu e informacao e estrategico diante de um sistema mundial capitalista em que a cultura, o lazer, o prazer e a producao intervem na constituicao de uma memoria, nas invercoes de sentidos e na organizacao da vida. Pensamos o museu como lugar social privilegiado que, como parte da esfera publica, ajuda a produzir conhecimento, auxilia na solidariedade social e divulga as circunstâncias e questoes conjunturais. Consideramos a cidade como o locus privilegiado dos embates contemporâneos e espaco de producao e disputa da informacao numa vigorosa forma de producao de poder social e simbolico. Neste sentido, um novo desafio esta colocado para o museu, que passa a se constituir como um espaco publico que influencia e auxilia na organizacao e na mobilizacao dos atores sociais. O museu e a cidade, o museu na cidade e o museu da cidade se transformam em fluxos informacionais e instituicoes orientadas ao conhecimento, a difusao e as acoes coletiva...
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Cadernos De Sociomuseologia, 2012
Midas Museus E Estudos Interdisciplinares, 2014
Fronteiras: Revista Catarinense de História, 2007
Revista Campo-Território
ANAIS XXVIII Encontro Regional do ICOFOM LAM “Em direção a uma definição de museu na perspectiva da América Latina e do Caribe: fundamentos epistemológicos” Argentina - modalidade virtual - 04 a 06 de novembro de 2020, 2022
Revista CPC
Revista Museus, 2016
Cadernos De Sociomuseologia, 2014
Entre Territórios e Redes, Arte, memórias, cidades
Turismo, Cidades, Colecionismo e Museus, 2021
Cadernos de Sociomuseologia, [S.l.], v. 46, n. 2, june 2014., 2013
PASOS Revista de turismo y patrimonio cultural, 2006