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Resumo: O objetivo do ensaio é introduzir a discussão acerca da relação do cineasta russo-soviético Serguei Eisenstein com a escrita literária, assim como a importância desse diálogo para o entendimento das aproximações que o cineasta desenvolveu entre cinema e literatura em seus textos. Para embasar a análise, valemo-nos dos estudos de Naum Kleiman e Oksana Bulgakowa sobre a autobiografia do cineasta. Dada a escassez de material sobre o tema e a necessidade de tornar acessível ao público brasileiro os raros escritos disponíveis, acrescentamos, ao final do ensaio, a tradução do texto "Eisenstein-escritor", em que o autor apresenta aspectos relevantes de uma possível escrita literária eisensteiniana.
2014
Este artigo descreve a busca pela teatralidade na teoria e na pratica do cineasta russo Serguei Eisenstein. Para isso, destaca algumas de suas ideias teatrais aplicadas ao teatro e ao cinema.
História e Cultura, 2017
EnglishThis text intends to highlight the aesthetic, ideological, technical and theoretical aspects that constitute the work of the Soviet filmmaker Sergei Eisenstein, with the objective of evaluating the influence of the director in what was called "revolutionary artistic spirit". His unique records on class struggles influenced left-wing filmmakers and intellectuals and consolidated themselves as an essential building block for a communist society. portuguesEste texto pretende destacar os aspectos esteticos, ideologicos, tecnicos e teoricos que constituem a obra do cineasta sovietico Serguei Eisenstein, com o objetivo de avaliar a influencia do diretor no que se batizou de “espirito artistico revolucionario”. Seus registros singulares sobre as lutas de classes influenciaram cineastas e intelectuais de esquerda e se consolidaram como peca essencial para a construcao de uma sociedade comunista.
O conceito de “pensamento sensorial” formulado por Eisenstein para dar conta da lógica do discurso cinematográfico o leva a propor diálogos fecundos com a Antropologia de sua época, especificamente com a formulação de Lévy-Bruhl sobre o modo de operar a “mentalidade primitiva”. Eisenstein procura traçar um paralelo entre a linguagem cinematográfica e o modo como se manifesta o pensamento primitivo que se apóiam no princípio de não-contradição, na ideia de simultaneidade do ‘eu’ e do ‘outro’, nos processos de metonimização como modo de intensificar a experiência sensorial. Esta sensorialidade produz uma determinada ‘perspectiva’, um engajamento entre espectador/personagem. Ao aproximar Cinema e Antropologia, Eisenstein produz uma potente reflexão sobre os conceitos de imagem, alteridade, perspectiva e sensorialidade.
In: Maria Esther Maciel;Sabrina Sedlmayer. (Org.). Textos à Flor da Tela. Relações entre Literatura e Cinema. 1ed.Belo Horizonte: Núcleo de Crítica Textual/Faculdade de Letras da UFMG, 2004, v. , p. 23-35. , 2004
No estudo das relações entre literatura e cinema, há uma certa tradição em discutir as especificidades das respectivas linguagens para depois estabelecer discussões que podem variar da questão da adaptação até a intersemioticidade, no esforço de compreender como certas elementos podem ser traduzidos, relidos, reconstruídos num outro suporte. A motivação dessas notas é outra, a de buscar categorias analíticas instauradoras de um espaço entre diferentes expressões artísticas, particulamente no que se refere à construção da subjetividade, do espaço e do tempo, a saber, sensibilidade, personagem-alegórico, imaginário e imagem. O objetivo seria contribuir para "uma estética de interação entre as artes" (SCARPETTA, 1985, p. 20), cada vez mais fundamental para compreender a arte contemporânea. O trânsito entre diferentes expressões, seja através de colaborações entre artistas ou na materialização mesma das obras, desde as artes tradicionais até as produções multidimidiáticas, implica novas exigências para o crítico de arte, não só um conhecimento de diferentes linguagens artísticas, mas sobretudo como responder a problemáticas que ultrapassam de muito o campo de uma especialidade, bem como uma maior mobilidade face a diferentes tradições teóricas, caso ele queira fazer emergir os sentidos culturais dos objetos estéticos, numa perspectiva transdisciplinar.
História e Cultura, 2017
Este texto pretende destacar os aspectos estéticos, ideológicos, técnicos e teóricos que constituem a obra do cineasta soviético Serguei Eisenstein, com o objetivo de avaliar a influência do diretor no que se batizou de “espírito artístico revolucionário”. Seus registros singulares sobre as lutas de classes influenciaram cineastas e intelectuais de esquerda e se consolidaram como peça essencial para a construção de uma sociedade comunista.
Truffaut em 35mm: uma semana de cinefilia, 2019
Revista Professor de Matemática On line
Desde os trabalhos de Gauss, vários pesquisadores têm se interessado pelo estudo de anéis que possuam uma aritmética similarà dos inteiros. Dentre eles, destaca-se o anel dos inteiros gaussianos, queé composto pelos números complexos cujas partes real e imaginária são inteiras. Outro exemplo de grande importância neste contextoé o anel dos inteiros de Eisenstein, o qualé o objeto de estudo deste artigo. Neste trabalho, são apresentados os inteiros de Eisenstein, enfocando suas propriedades algébricas, além de fornecer interpretações geométricas de alguns resultados.
Tese Doutorado - Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC-UNIRIO), 2010
Este estudo investiga planos teatrais do filme Ivan o Terrível – camadas, níveis, perspectivas que remetem ao caráter teatral dessa obra. A teatralidade de Ivan diz respeito à maneira de Eisenstein pensar teoricamente a construção da imagem cinematográfica, às referências artísticas de Eisenstein, aos seus procedimentos e escolhas dramatúrgicas. Em um desses planos estão presentes as teorizações, experiências e a própria figura do ator e encenador Vsévolod Meyerhold, considerado por Eisenstein, como seu “pai espiritual”. This study investigates theatrical shots of the film Ivan the Terrible – layers, levels, perspectives that refer to the theatrical character of that work. The theatricality of Ivan concerns the way Eisenstein thinks theoretically the construction of the cinematic image, Eisenstein’s artistic references, his procedures and dramaturgical choices. In one of these layers on the film we find theories, experiments and even the figure of the actor and stage director Vsévolod Meyerhold, considered by Eisenstein, as his "spiritual father".
Ensaio sobre a construção do Sentido através da Montagem Cinematográfica desenvolvido e teorizada pelo diretor soviético, Sergei Einsentein.
Letras Escreve (UNIFAP), 2015
Resumo: Este artigo apresenta uma abordagem literária sobre o roteiro cinematográfico com o objetivo de convalidá-lo na taxonomia dos gêneros da literatura; ao mesmo tempo em que relativiza a utilidade desse empenho e a necessidade da localização dessa textualidade, uma vez que o roteiro vive em uma espécie de limbo, entre literatura e cinema-visto como efêmero na esfera cinematográfica e bloqueado pelos preceitos rígidos da canônica legitimidade literária-, fatos que contribuem para o equívoco de não autonomia no processo de leitura literária do roteiro. Empenha-se, então, localização do script no âmbito da dramaturgia. Para isso, verifica essa possível autonomia em análise intertextual de corpus ficcional específico, através da leitura do roteiro de " Quanto vale ou é por quilo? " , de Sérgio Bianchi, Newton Cannito e Eduardo Benaim. Palavras-chave: roteiro cinematográfico, dramaturgia, gêneros literários, intertextualidade. Abstract: This paper presents a literary approach to the screenplay, with the purpose of validating it as taxonomic genre of literature, a needed endeavor considering the limbo in which it wanders-between literature and cinema. At the same time it is seen as ephemeral in the cinematic sphere and it is blocked out of legitimate literature by its rigid canonical precepts-, facts that contribute to a misplaced lack of autonomy of the script as a reading material. To circumvent the issue we place the script in the genre of drama. In order to do this, the paper observes such autonomy through intertextual analysis of a specific fictional corpus – the script of " Quanto vale ou é por quilo? " , by Sérgio Biachi, Newton Cannito and Eduardo Benaim.
Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, 2018
O mercado editorial da contemporaneidade parece cada vez mais tentar alavancar vendas apoiando-se na (ainda sólida) popularidade do cinema, essa arte cuja essência, segundo Bazin (1991), funda-se justamente sobre seu caráter radicalmente popular. O apelo comercial da sétima arte a anos impulsiona as vendas dos títulos literários que adapta para as telas do cinema, e o faz com sucesso. Nos últimos anos, a quantidade de livros ligados ao universo do cinema vem se ampliando constantemente, ao mesmo tempo em que os roteiros cinematográficos parecem ter finalmente encontrado seu espaço enquanto gênero literário em expansão. Nota-se que este panomara de construção e popularização de uma nova demanda de leitura, com seus códigos e público específicos, parece ecoar o cenário da popularização das publicações de teatro. Problematiza-se assim o conceito de literatura, pensando de que forma o renovado interesse pela publicação de roteiros representa um reflexo do novo statuscultural dessas obra...
Revista Ensaios Filosóficos, 2019
Este artigo se ocupa do encontro entre o cinema e a filosofia. Apresenta a dinâmica do movimento dialético de montagem cinematográfica pensado e utilizado por Eisenstein em suas produções, as quais foram desenvolvidas a partir das experiências com o teatro; mostra que elas carregam em sua base o conflito, princípio essencial ao movimento dialético de contraposição entre o princípio orgânico e natural do ser e o princípio de produção, originando, sinteticamente, o dinamismo do cinema. Em seguida, o artigo apresenta a interpretação que Deleuze faz deste movimento eisensteiniano; mostra como o filósofo associa o processo de montagem de Eisenstein ao processo de pensamento, na medida em que, por meio da dinâmica dialética, que é força motriz para a ação da massa sobre o mundo, provoca choque ao pensamento, o noochoque, forçando o espectador a se perceber como massa.
ALCEU. Revista de Comunicação, Cultura e Política, 2020
Neste artigo se discute a adaptação de histórias que migram do campo literário para o cinematográfico. Aborda-se o nexo entre as obras na perspectiva da intertextualidade e da hipertextualidade, em que os textos se relacionam em um processo de derivação. O foco é posto na transposição intermidiática de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) para o filme Memórias Póstumas (2001). São analisados os aproveitamentos e as adequações feitas na transposição do romance para o filme, e destacados os elementos que se mantêm, os que se renovam e os que não se concretizam na obra adaptada. Verificou-se, nesse caso, a transposição de fábula, de personagens e situações, e a influência dos formatos industriais na composição do enredo, que se manifesta no maior destaque à vida amorosa de Brás e na concatenação das relações de causa e efeito entre as partes do relato.
O cineasta e teórico do cinema Serguei Eisenstein ao longo de sua carreira, discorreu sobre o equilíbrio perfeito entre a forma e o conteúdo do filme, denominado por ele Cinema Intelectual. Com os movimentos feministas da Segunda Onda, vimos diversas artistas, não somente no campo do audiovisual, mas nas artes em geral, ao combater a estrutura patriarcal disseminada em toda a sociedade, construir uma nova linguagem alinhada ao conteúdo político e filosófico do movimento. A preocupação com uma nova forma de apresentar a mulher através de filmes que não as sexualizassem ou objetificassem, estando apenas preocupados com a satisfação masculina, fez com que a cineasta Chantal Akerman alcançasse o equilíbrio tão almejado pelo realizador soviético. Em Jeanne Dielman, a interação entre forma e conteúdo garante ao filme o status de Cinema Intelectual, conforme os parâmetros eisenteinianos.
Tentativa de estudo sobre a construção da realidade na linguagem cinematográfica, e da plasmação da realidade na ficção cinematográfica, à partir de uma leitura marxista.
Galáxia, 2024
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Anais do Textos Completos do XXIII Encontro Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) 2019, Saõ Paulo: Socine 2020, 1043-1049., 2020
O objetivo principal deste artigo é apresentar a biografia do correspondente estrangeiro, cineasta e escritor alemão Klaus Manfred Eckstein. Investiga como Eckstein se envolveu em produções do Cinema Novo nos anos 60 e 70 como Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade, 1969), Os deuses e os mortos (Ruy Guerra, 1970) ou Como era gostoso o meu francês (Nelson Pereira dos Santos 1971). English: The article introduces the life and work of the German foreign correspondent, filmmaker, and author Klaus Manfred Eckstein. It investigates how Eckstein got involved in productions of Cinema Novo in the sixties and seventies such as Macunaima (Joaquim Pedro de Andrade, 1969), Os deuses e os mortos (Ruy Guerra, 1970) or Como era gostoso o meu francÊs (Nelson Pereira dos Santos 1971).
Moringa - Artes do Espetáculo, 2010
A partir da noção de específico cinematográfico teatral, procuro entender a visão de Serguei Eisenstein sobre a relação entre o cinema e as outras artes, sobretudo quanto ao paralelo cinema-teatro. Palavras-chave: paralelo das artes, cinema, teatro.
Pandaemonium Germanicum, 2008
The Student from Prague (1913) is considered to be the first film d'art produced in Germany. The film is based on a script by Hanns Heinz Ewers, writer and ardent advocate of this new medium. With roots in German romanticism, particularly in regard to motifs in the works by E.T.A. Hoffmann and Adelbert von Chamisso, The Student from Prague explored the optical possibilities offered by the doppelganger character. This literary framework supports the plot, gives credibility to the movie and contributes to the acceptance of films as an art medium. It also marks the rise of German cinema on an international level, which reached its peak in the 1920s with the movement known as 'German expressionism'.
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