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2018, Sociopoética
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É objetivo deste trabalho analisar os processos e procedimentos narrativos tipicamente literários retidos entre as “estrias” do videojogo Journey. Ao reterritorializar as potências de organização diabólicas advindas da literatura através do contato entre as fronteiras da Semiosfera (MACHADO, 2007), este objeto se vê estriado pelo sistema literário e seu regime significante, que formata, modela e ajusta o processo narrativo às suas modelizações, bem como o processo de subjetivação às conformações do “sujeito individual”. Neste sentido, através do contato entre fronteiras e da relação intermidial estabelecida entre os sistemas, encontramos em Journey a presença de uma certa discursividade literária (MANGUENEAU, 2012), marcada, especificamente, pelo modo de estruturação do enredo, e, sobretudo, pela figura do personagem/avatar, que transcodifica o modo de construção do herói romanesco, criando, assim, uma mitologia da individualidade, reinventando, em nova base, a tradição romanesca através da exploração dos potenciais estéticos imanentes da literatura e da semiotização dos devires dominantes da produção de subjetividade do capitalismo.
Editora UNEMAT, 2019
O conjunto de obras perfila um árduo caminho em que se interroga a legitimidade em se opor o discurso poético ao discurso romanesco, a narrativa de ficção à narrativa histórica. As fronteiras que habitam a narração dos aconte-cimentos, submetidas à cultura, justificadas por princípios de exposição do racional. Eis um dilema da narrativa moderna: a pertinência indubitável e o aniquilamento do ser. Desde Dostoiévski, em Notas do Subsolo, por exem-plo, passando por Orgulho e Preconceito, as duas obras que tangenciam a representação da sociedade moderna no século XIX, já se anunciam movimentos de um "fracasso" da arte realista em satisfazer as exigências de fidelidade na reconstrução do real. As vias do monólogo (em Notas do Subsolo) e o excesso de discurso direto (em Orgulho e Preconceito), obliterando a descrição, anunciam a arqueologia artística do romance moderno na direção do que é verdade, és apenas, e tão somente, verdade artística. No fluir de múltiplas vozes que se propõem a dialogar sobre o romance moderno é que esta obra se erige. A Modernidade é fundada nos conflitos ideológicos que marcam a destituição dos pensamentos centrados na religião e no misticismo, os quais eram a base do sujei-to medieval. Em lugar desses, a razão torna-se a principal forma de o sujeito compreender a si mesmo e ao mundo que o cerca. O desarranjo social decorrente da mudança de paradigmas talvez seja a razão para um dos principais traços da Moder-nidade, indicado por Baumam-em Modernidade e Ambivalência (1999)-, a busca pela ordem. Na literatura, essa valorização da razão e da objetividade culmina no surgimento do Realismo no século XIX. Na contramão desse movimento, porém, estão obras que, escritas entre os séculos XIX e XXI, são instituídas no trânsito, no limite entre o real e o imaginário. Os romances analisa-dos nesta obra permanecem nesse vai-e-vem e, por isso mesmo, permitem reflexão sobre novas formas de concepções do real. são revisitados e ressignificados pelas vozes de uma nova geração de críti-cos literários. Sob a égide da memória e da teoria da narrativa, esses estudiosos debruçam-se na investigação do fenômeno estético do romance moderno em suas profusas manifestações. É essa pluralidade de perspectivas, portanto, que ressoam das páginas de Trânsitos Literários. O Núcleo de Pesquisa Wlademir Dias-Pino, o grupo de pesquisa "Estudo de Literatura: memória e identidade cultural" (CNPq) volta-se para o estudo de formas narrativas, com particular atenção ao gênero romanes-co, nas manifestações em que a memória e a identidade articulam zonas de tensão. O objeto de estudo é o fenômeno estético de narrativas na sua relação de ruptura e permanência que, ao problematizarem fron-teiras culturais, tecem, muitas vezes, relações conflitantes entre memória e história
Dissertação de Mestrado, 2019
A popularização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) permitiu uma grande conexão da sociedade, através das redes de internet, possibilitando a consolidação da Cibercultura, fenômeno diagnosticado por alguns autores no início dos anos 1990. Essas mudanças expandiram o leque de linguagens disponíveis à comunicação humana, provocando uma ruptura no predomínio da linguagem escrita alfabética como único meio à construção e transmissão de conhecimento. Nesse contexto, a educação possui desafios relacionados à adoção das TDICs, principalmente no âmbito da avaliação de aprendizagem. Por sua vez, a disciplina de História normalmente não é pensada/planejada com dinâmicas envolvendo artefatos tecnológicos, sendo tradicionalmente uma área em que a leitura e produção textual predominam nas práticas de ensino, aprendizagem e avaliação. Assim, tratando de contribuir para inserção de TDIC na disciplina de História, propusemos uma dinâmica avaliativa baseada na produção de narrativas digitais em podcast. A questão do estudo se refere a como a produção de narrativas digitais na mídia podcast pode favorecer uma dinâmica avaliativa em uma disciplina de História no ensino superior? Para alcançar as respostas pretendidas, utilizaremos uma abordagem qualitativa, de estudo de caso descritivo, balizando uma intervenção realizada em uma disciplina de “História da Educação no Brasil”, ministrada numa turma de Pedagogia, da UFPE. Nessa disciplina, as narrativas digitais foram inseridas como instrumento avaliativo e, aos estudantes foi ofertada uma oficina sobre produção dessas narrativas em forma de podcast. A partir dessa intervenção, objetivamos analisar como a produção de narrativas digitais na mídia podcast pode favorecer uma dinâmica avaliativa em uma disciplina de História, no ensino superior. Os autores que fundamentaram nosso estudo foram Amante, Oliveira e Pereira (2017), para o modelo PrACT de avaliação; Lambert (2013) e Paul (2014) para as narrativas digitais; e Carvalho, Aguiar e Maciel (2009) para os podcasts. Ao fim da pesquisa, pudemos constatar que a produção de narrativas digitais na mídia podcast favorece positivamente o desenvolvimento de uma dinâmica avaliativa em História, atendendo às dimensões do modelo PrACT, e possibilitando aos estudantes a construção de uma representação narrativa acerca do contexto histórico abordado em aula, além de favorecer o desenvolvimento da competência da narratividade digital.
In Revista, 2018
Este artigo tem como objetivo analisar a aplicação da ferramenta criativa "Storytelling" em relação ao conceito de Ciberespaço. Para compreender Storytelling, baseamo-nos no livro "Storytelling: As narrativas da memória na estratégia da comunicação" (2016), de em Rodrigo Cogo; e para fundamentarmos a noção de Ciberespaço, partimos da obra "Cibercultura" (1999), de Pierre Lévy. A partir dessa conceituação, realizamos um estudo de caso analisando comentários da campanha "Trilogia Lacta 5 Star" que foi veiculada na rede social Facebook na página Lacta 5 Star. O objetivo deste artigo é analisar a interatividade que o storytelling recebe no ciberespaço, e com isso compreender um pouco do papel do público na concepção, aplicação e disseminação da narrativa.
Brasil/Brazil, 2020
This article analyzes the behavior of the character Luzia Cambará as a newspaper and almanac reader in O Continente. It is understood that Luzia's reading practice not only indicates an intention to upset her interlocutors, in a context that denies women the right to express an opinion on certain subjects, but also leads to new interpretations about the writing of history in Erico Verissimo's trilogy, often legitimized by the journalistic narrative.
Hélade, 2019
Perambulação, nada pior existe entre os mortais. (HOMERO, Odisseia, XV, v. 343) 3 Esse eu era na guerra; mas o trabalho não me era caro, tampouco o senso doméstico que cria radiantes crianças; sempre me foram caras naus com remos, guerras, dardos bem-polidos e flechascoisas funestas, que para os outros horripilantes são. Mas isso era-me caro, o que o deus pôs no juízo; cada varão se deleita em trabalhos distintos. (HOMERO, Odisseia, XIV, vv. 222-28)
Izaura Vieira Mariano de Sousa, 2013
RESUMO: Mrs. Dalloway, romance de Virginia Woolf, destaca em sua narrativa olhares de personagens que questionam o sentido da vida e a relação do homem com o seu tempo e espaço. Entretanto, o olhar do personagem Septimus Warren Smith comporta-se como um olhar desviante dos demais, pois a experiência direta que teve com a morte na guerra o faz enxergar o mundo de maneira diferente. Nesse artigo levar-se-á em consideração a proposta de Walter Benjamin no que concerne a experiência que a morte traz para a narrativa, sancionando a voz do narrador, bem como a de Theodor Adorno, no sentido de o romance em questão trazer em si o desencantamento do homem com o mundo. Analisar-se-á também como esse sujeito do início do século XX, em crise com o mundo em que vive, tem um olhar transgressor, que busca a escuridão que há por detrás da luz de sua época, como adverte Giorgio Agamben sobre o homem contemporâneo. Palavras-chave: Mrs. Dalloway, Septimus Warren Smith, olhar, luz, escuro.
Narrativas midiáticas contemporâneas: sujeitos, corpos e lugares, 2019
Este capítulo busca revisar, de forma breve, a literatura sobre jornalismo e narrativas de viagem, apontando algumas das obras que precederam e influenciaram a vigorosa produção contemporânea de narrativas de viagem. Extrapolamos as definições sobre a temática, quando, em um segundo momento, decidimos lançar um olhar mais interpretativo sobre oito livros-reportagem produzidos por estudantes de Jornalismo (à época), que teceram narrativas sobre diferentes formas de viajar ou de ser viajante em produções finais de curso.
o que ensinar em AD e análise de narrativas
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Moringa - Artes do Espetáculo, 2019
ANAMORPHOSIS – Revista Internacional de Direito e Literatura, 2019
CADERNOS DO CNLF, 2009
Dissertação de Mestrado, 2011
Revista Graphos, vol. 14, n° 1, 2012 | UFPB/PPGL | ISSN 1516-1536, 2012
Revista de Estudos de Literatura, Cultura e Alteridade - Igarapé, 2020
IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO OBSERVATÓRIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA (SIOMSAL) e II SEMINÁRIO INTERNACIONAL CURUPIRAS, 2019
Revista Reflexão e Ação, 2020
ÂNCORA - Revista Latino-americana de Jornalismo, 2018
Dicionário do Ensino de História, 2019
Luciano Aparecido Borges Almeida, 2024
Signótica, 2009
ANIMUS (SANTA MARIA. ONLINE), 2023